Aquecimento Global

Orion

Furacão
Registo
5 Jul 2011
Mensagens
21,648
Local
Açores
A new study sponsored by Nasa's Goddard Space Flight Center has highlighted the prospect that global industrial civilisation could collapse in coming decades due to unsustainable resource exploitation and increasingly unequal wealth distribution.

Noting that warnings of 'collapse' are often seen to be fringe or controversial, the study attempts to make sense of compelling historical data showing that "the process of rise-and-collapse is actually a recurrent cycle found throughout history." Cases of severe civilisational disruption due to "precipitous collapse - often lasting centuries - have been quite common."

The research project is based on a new cross-disciplinary 'Human And Nature DYnamical' (HANDY) model, led by applied mathematician Safa Motesharri of the US National Science Foundation-supported National Socio-Environmental Synthesis Center, in association with a team of natural and social scientists. The study based on the HANDY model has been accepted for publication in the peer-reviewed Elsevier journal, Ecological Economics.

It finds that according to the historical record even advanced, complex civilisations are susceptible to collapse, raising questions about the sustainability of modern civilisation:

"The fall of the Roman Empire, and the equally (if not more) advanced Han, Mauryan, and Gupta Empires, as well as so many advanced Mesopotamian Empires, are all testimony to the fact that advanced, sophisticated, complex, and creative civilizations can be both fragile and impermanent."

Resto do artigo em:

http://www.theguardian.com/environm...sation-irreversible-collapse-study-scientists
 


Orion

Furacão
Registo
5 Jul 2011
Mensagens
21,648
Local
Açores
Achei interessante esta comparação (bem sei que outros factores têm de ser incluídos mas...):

Global carbon dioxide emissions from burning fossil fuels will rise to a record 36 billion metric tons (39.683 billion tons) this year, a report by 49 researchers from 10 countries said, showing the failure of governments to rein in the main greenhouse gas blamed for global warming.

The report by the Global Carbon Project, which compiles data from research institutes worldwide each year, was published in the journal Earth Systems Data Discussions on Tuesday.

Its 2013 estimate represents a 2.1 percent gain versus 2012 and a 61 percent increase since 1990, the baseline year for the U.N.'s Kyoto Protocol, the only global agreement that places binding limits on national CO2 emission levels.

The report was published as officials from almost 200 nations are gathered in Warsaw, Poland, tasked with advancing U.N. negotiations on a new pact to curb emissions from all nations due to take effect from 2020.

"Governments ... need to agree how to reverse this trend. Emissions must fall substantially and rapidly if we are to limit global climate change to below 2 degrees Celsius," said the report's lead author, Corinne Le Quere of the Tyndall Centre for Climate Change Research at Britain's University of East Anglia, in a statement.

She was referring to a rise in the average global temperature from levels prior to the Industrial Revolution. U.N.-backed scientists have warned that a gain above 2 degrees will trigger extreme floods, droughts and storms.

The report shows that the rate of growth in global CO2 emissions is down slightly on the previous year's 2.2 percent increase but is only slightly lower than the average growth of 2.7 percent a year in the last 10 years.

http://www.reuters.com/article/2013/11/19/us-global-carbon-emissions-idUSBRE9AI00A20131119

No caso dos vulcões:

The carbon footprint of a volcano:
1 million tonnes CO2: Mount Etna, Italy, in a quiet year
42 million tonnes CO2: Mount Pinatubo, Philippines, 1991
300 million tonnes CO2: all volcanoes in a typical year

http://www.theguardian.com/environment/green-living-blog/2010/oct/07/carbon-footprint-volcano

Explosive volcanic eruptions might be attention grabbing, but a new review of research finds that their environmental impact pales in comparison to human activities. According to the research, humans put out the same amount of carbon dioxide in three to five days that all of the volcanoes on Earth put out in one year.

"Anthropogenic carbon dioxide emissions dwarf global volcanic carbon dioxide emissions," study researcher Terrance Gerlach, of the U.S. Geological Survey, said in a statement. Carbon dioxide, or CO2, is the main greenhouse gas responsible for climate change.

Gerlach crunched the carbon dioxide numbers from earlier studies of volcanic output, finding a range of 0.13 to 0.44 billion metric tons, or gigatons, of CO2 per year. In comparison, the estimated rate of human carbon dioxide emissions for 2010 alone is 35 billion metric tons.

(...)

Present-day human carbon emissions could even exceed the CO2 output of several supervolcano eruptions, including the giant eruption that will eventually occur at Yellowstone National Park, Gerlach wrote in the American Geophysical Union's newsweekly Eos. These mega-eruptions are very rare, with the last one occurring 74,000 years ago in Indonesia.

In fact, to scale up volcanic emissions to an equivalent of what we release would require the release of more than 200 cubic miles (850 cubic kilometers) of magma per year, the researchers calculate. For comparison, Lake Ontario holds about 393 cubic miles (1,640 cubic km) of water.

http://www.livescience.com/14591-carbon-dioxide-emissions-humans-volcanoes.html

No novo relatório do IPCC, este organismo indica 2036 como um ano crítico.
 
  • Gosto
Reactions: StormRic

Orion

Furacão
Registo
5 Jul 2011
Mensagens
21,648
Local
Açores
Além de acelerar as mudanças climáticas, a concentração de CO2 na atmosfera prejudica também a qualidade nutricional dos alimentos. Um estudo publicado neste domingo (06/04) na revista especializada Nature Climate Change revelou que o aumento dos níveis de dióxido de carbono inibe nas plantas a transformação de nitrato em proteínas.

A assimilação do nitrogênio tem um papel fundamental para o crescimento e produtividade das plantas. Nas plantações que cultivam alimentos, esse processo é especialmente importante porque o nitrogênio é utilizado para produzir proteínas essenciais para a nutrição humana. Somente o trigo, por exemplo, fornece 25% de todas as proteínas indispensáveis para o homem.

"Nós descobrimos que a qualidade dos alimentos está diminuindo com o aumento de CO2 na atmosfera. Várias explicações para esse declínio foram apresentadas, mas esse é o primeiro estudo que mostra que o aumento da concentração de dióxido de carbono inibe a conversão de nitrato em proteínas nas espécies cultivadas pela agricultura", conta Arnold Bloom, autor da pesquisa e professor do departamento de Botânica da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

A descoberta é preocupante, já que o nível dos gases do efeito estufa na atmosfera não param de subir. Segundo os dados mais recentes divulgados pela Organização Meteorológica Mundial, WMO, a concentração global de CO2 em 2012 era de 393.1 partes por milhão – 2.2 acima do valor medido em 2011.

Desde 1750, época pré-industrial, a concentração global de dióxido de carbono aumentou 141%.

Amostras de trigo

Para observar a reação a diferentes níveis de dióxido de carbono na atmosfera, os pesquisadores analisaram amostras de trigo colhidas entre 1996 e 1997. Nesse mesmo período, ar enriquecido com CO2 foi liberado sobre os campos de pesquisa em diversas concentrações, seguindo o nível de aumento esperado para as próximasdécadas. Outras plantas foram cultivadas sem receber esse tratamento.

As amostras colhidas foram colocadas imediatamente no gelo, posteriormente passaram por uma secagem ao forno e embaladas a vácuo. Foi depois de uma década que novos métodos de análise química foram desenvolvidos e possibilitaram o experimento.

Bloom não participou da primeira pesquisa realizada no Arizona, que tinha outros objetivos. "Eles fizeram o estudo, mas obtiveram resultados que não entenderam na época e guardaram com muito cuidados as sementes. Eu sabia que eles haviam guardados as sementes e, como já havia pesquisado essa reação em laboratórios, eu pedi para analisar, por meio delas, a reação nos campos", relatou à DW Brasil.

No recente estudo, os pesquisadores verificaram que três níveis diferentes de assimilação de nitrato confirmaram que a concentração elevada de dióxido de carbono inibiu a conversão deste elemento em proteína.

Estudos anteriores no laboratório já haviam revelado a ligação entre CO2 e a queda na assimilação de nitrato nas folhas de grãos e espécies não leguminosas, porém essa relação ainda não havia sido comprovada nos campos. Eles também constaram que a diminuição nesse processo era de cerca de 8% em espécies como arroz, batata e outros grãos.

"Quando esse declínio é repassado à respectiva porção diária de proteína derivada desses grãos, fica claro que a quantidade de proteína disponível para o consumo humano irá cair cerca de 3% quando o nível de CO2 atingir os níveis previstos para as últimas décadas", afirma Bloom.

Segundo o pesquisador, o aumento do nível de nitrogênio em adubos poderia compensar parcialmente essa queda na qualidade de alimentos. Mas isso também teria consequências negativas, incluindo altos custos, aumento da concentração dessa substância nas águas subterrâneas e também nos gases do efeito estufa.

http://www.dw.de/aumento-de-co2-na-atmosfera-compromete-qualidade-dos-alimentos/a-17548080
 

Paulo H

Cumulonimbus
Registo
2 Jan 2008
Mensagens
3,272
Local
Castelo Branco 386m(489/366m)

O estudo centra-se demasiado na dependência dos nitratos, ou seja, na parte inorganica da química, ou melhor dizendo, na nossa dependência em adubar as terras em vez de usar fertilizantes orgânicos naturais.

Talvez seja essa a realidade num mundo onde só com agricultura quase intensiva pode sustentar a população mundial, a preços aceitáveis.

Mas outras questões se levantam: se o CO2 aumenta desde a revolução industrial, e se há aquecimento global então também há mais vapor de água na atmosfera (em princípio), pelo que a manter-se a quantidade de O2 e N2, qual a consequência real:
1) atmosfera maior?
2) mesmo diâmetro, mas maior pressão atmosférica?

Existe resposta?
 

camrov8

Cumulonimbus
Registo
14 Set 2008
Mensagens
3,288
Local
Oliveira de Azeméis(278m)
O estudo centra-se demasiado na dependência dos nitratos, ou seja, na parte inorganica da química, ou melhor dizendo, na nossa dependência em adubar as terras em vez de usar fertilizantes orgânicos naturais.

Talvez seja essa a realidade num mundo onde só com agricultura quase intensiva pode sustentar a população mundial, a preços aceitáveis.

Mas outras questões se levantam: se o CO2 aumenta desde a revolução industrial, e se há aquecimento global então também há mais vapor de água na atmosfera (em princípio), pelo que a manter-se a quantidade de O2 e N2, qual a consequência real:
1) atmosfera maior?
2) mesmo diâmetro, mas maior pressão atmosférica?

Existe resposta?

A atmosfera é um sistema dinamico que tende para um equilibrio se aumenta o vapor de água aumenta a chuva logo o saldo é 0 depois as coisas são mais complicadas é como sal na água não aumenta o volume
 

Orion

Furacão
Registo
5 Jul 2011
Mensagens
21,648
Local
Açores
The amount of carbon dioxide in the atmosphere averaged more than 400 parts per million throughout April, the first time the planet’s monthly average has surpassed that threshold.

The data from the Scripps Institution of Oceanography at the University of California, San Diego, shows how world leaders are failing to rein in greenhouse gases that climate scientists say are warming the planet.

The average value for April was measured at 401.33 ppm at the Mauna Loa monitoring station in Hawaii, according to an announcement on Twitter disclosing the finding by the institution’s Keeling Curve program. It was named for the scientist who began the measurements in 1958 and shows that temperatures are rising more quickly.

The finding adds to concerns that a buildup of carbon dioxide is damaging the atmosphere, making storms more intense, glaciers melt and putting at risk the future of seaside cities such as Miami.

Last May, researchers logged a daily average in excess of 400 ppm for the first time, and less than a year later, the average for a month has now exceeded that threshold not seen for at least 3 million years.

Concentrations of CO2 are rising at about 2 to 3 ppm per year. The United Nations has said that in order to maximize our chances of limiting the global temperature rise since 1750 to the internationally-agreed target of 2 degrees Celsius (3.6 degrees Fahrenheit), the concentration of all greenhouse gases should peak no higher than 450 ppm this century.

That includes methane and nitrous oxide, gases not included in the Scripps measurement.

http://www.bloomberg.com/news/2014-...exceeds-historic-threshold-through-april.html
 
  • Gosto
Reactions: CptRena

Orion

Furacão
Registo
5 Jul 2011
Mensagens
21,648
Local
Açores
Deixo aqui 3 estudos/notícias:



A New study from scientists at the University of Miami Rosenstiel School of Marine and Atmospheric Science and colleagues confirms rising levels of water vapor in the upper troposphere -- a key amplifier of global warming -- will intensify climate change impacts over the next decades. The new study is the first to show that increased water vapor concentrations in the atmosphere are a direct result of human activities.

"The study is the first to confirm that human activities have increased water vapor in the upper troposphere," said Brian Soden, professor of atmospheric sciences at the UM Rosenstiel School and co-author of the study.

http://www.sciencedaily.com/release...cedaily+(Latest+Science+News+--+ScienceDaily)

Ao que parece o aumento de CO2 está a aumentar o vapor de água troposférico, o que faz com que a temperatura do planeta também aumente (mais).



Statistical analysis of average global temperatures between 1998 and 2013 shows that the slowdown in global warming during this period is consistent with natural variations in temperature, according to research by McGill University physics professor Shaun Lovejoy.

In a paper published this month in Geophysical Research Letters, Lovejoy concludes that a natural cooling fluctuation during this period largely masked the warming effects of a continued increase in man-made emissions of carbon dioxide and other greenhouse gases.

Climate models can recreate the slowdown in global warming since 1998, as long as they correctly factor in crucial variables such as the state of the El Niño system, new research has shown.

The new study applies a statistical methodology developed by the McGill researcher in a previous paper, published in April in the journal Climate Dynamics. The earlier study—which used pre-industrial temperature proxies to analyze historical climate patterns—ruled out, with more than 99% certainty, the possibility that global warming in the industrial era is just a natural fluctuation in the earth's climate.

http://phys.org/news/2014-07-global-natural-fluctuation.html#nwlt

Ou seja, o aquecimento da Terra não é linear.



Climate models can recreate the slowdown in global warming since 1998, as long as they correctly factor in crucial variables such as the state of the El Niño system, new research has shown.

The discovery vindicates the models against the accusation that they failed to predict the "alleged hiatus" in surface warming, says CSIRO researcher James Risbey, who led the study.

In the study, published in Nature Climate Change, Risbey and his colleagues looked at a set of 18 climate models featuring data on the Pacific Decadal Oscillation (PDO) – the seesawing temperature pattern that determines whether a given period is dominated by El Niño or La Niña conditions.

They then looked only at those models whose PDO settings matched those in the real world, and found that these models gave a much more accurate reconstruction of temperature trends – including the slowdown in warming seen over the past decade and a half.

The discovery shows that El Niño has a strong influence on temperature trends over relatively short timescales such as 15 years, Risbey said.

Because Pacific temperature patterns flip back and forth every few decades, not all climate models reflect the real-world state of El Niño at a given time. That means that, when many models are averaged together, climate models have tended to overestimate the rate of post-1998 warming.

http://phys.org/news/2014-07-vindicates-climate-accused.html#nwlt

A falta de dados está a prejudicar as previsões da evolução da temperatura.
 

Mário Barros

Furacão
Registo
18 Nov 2006
Mensagens
12,603
Local
Maçores (Torre de Moncorvo) / Algueirão (Sintra)
Novo recorde de gases com efeito de estufa em 2013
As concentrações de gases com efeito de estufa na atmosfera atingiram um novo recorde em 2013, segundo um novo balanço da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

A quantidade de dióxido de carbono (CO2) – o principal vilão do aquecimento global – chegou a 396 partes por milhão (ppm), tendo subido, entre 2012 e 2013, a um ritmo sem precedentes desde 1984. O aumento foi de 2,9 ppm, contra uma média de 1,5 ppm por ano desde 1990 e de 2,1 ppm por ano na última década.

A esta velocidade, a simbólica marca dos 400 ppm vai ser ultrapassada em 2015 ou 2016, conforme já previa a Organização Meteorológica Mundial no ano passado. Este limite já foi ultrapassado pontualmente nalgumas estações de medição de CO2. Os cálculos OMM são, no entanto, uma média global, com base em várias estações em terra, em navios e aviões.

Até ao final de 2013, a concentração de CO2 correspondia a quase uma vez e meia (142%) da que havia na era pré-industrial (1750), antes das fábricas e dos automóveis. Outros gases com efeito de estufa também estão com concentrações mais elevadas. O metano (CH4) chegou a 253% dos níveis pré-industriais e o óxido nitroso (N2O), 121%.

As emissões de CO2 proveniente da queima de petróleo, gás e carvão – ou seja, a quantidade expelida por centrais térmicas, refinarias, fábricas e automóveis – têm vindo a subir globalmente. Nos dez anos entre 2003 e 2012, aumentou em média 3,3% ao ano, segundo dados do Global Carbon Atlas.

Embora na Europa e nos Estados Unidos tenham vindo a cair neste período, os ganhos estão a ser anulados sobretudo pela China, que está no caminho inverso, com 10% de aumento anual em média desde 2003. A China tornou-se o maior emissor mundial de CO2 em 2006 e tem hoje quase o dobro das emissões dos Estados Unidos, o segundo da lista.

A OMM diz, no entanto, que o rápido aumento na concentração de CO2 não tem a ver com a subida nas emissões. Cerca de 55% do CO2 lançado para a atmosfera é absorvido pelos oceanos e pelas plantas ou outras formas de vida terrestres. Uma variação na quantidade de CO2 capturado pela biosfera terrestre será a explicação mais plausível.

“Ainda é muito cedo para dizer que factores são responsáveis pela subida maior do que o normal da média entre 2012 e 2013”, refere o relatório da OMM.

Os cientistas também não sabem ainda explicar cabalmente por que é que, perante um aumento cada vez mais rápido da concentração de gases com efeito de estufa, o termómetro global não está a subir na mesma proporção. Segundo dados da NOAA, a agência norte-americana para o mar e a atmosfera, as temperaturas médias anuais estão mais ou menos estabilizadas desde 2000, embora num patamar que nunca tinham atingido pelo menos desde 1880.

A principal explicação será a de que parte da energia excedente está a ser absorvida pelo oceano, aquecendo-o em profundidade.

O relatório inclui também, e pela primeira vez, uma análise sobre o nível de acidificação dos oceanos, que, segundo a OMM, "parece não ter precedentes, pelo menos nos últimos 300 milhões de anos". Segundo a OMM, "as potenciais consequências da acidificação dos oceanos nos organismos marinhos são complexas", mas a maior preocupação diz respeito ao corais, algas e moluscos.

A divulgação do balanço da OMM ocorre a duas semanas de uma cimeira mundial, em Nova Iorque, convocada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para acelerar as negociações para um novo tratado climático global, que se arrastam há anos.

“Sabemos, sem sombra de dúvida, que o nosso clima está a mudar e as condições meteorológica estão a se tornar mais extremas devido a actividades humanas como a queima de combustíveis fósseis”, disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, num comunicado. “Temos de reverter esta tendência, reduzindo as emissões de CO2 e outros gases com efeito de estufa. Estamos a ficar sem tempo”, completou.

Numa campanha de sensibilização, a OMM está a divulgar uma série de vídeos com boletins meteorológicos fictícios para 2050, envolvendo apresentadores conhecidos de meteorologia em vários países.

Publico



Espero que não seja congelados :D, ainda bem que isto é tudo em formato digital, em 2050, bem preservado poderemos ver as utopias que a ciência andava a prever. Muito provavelmente o tempo não terá mudado assim tanto como previam.
 
Editado por um moderador:
  • Gosto
Reactions: CptRena

MSantos

Moderação
Registo
3 Out 2007
Mensagens
10,670
Local
Aveiras de Cima
A campanha de desinformação continua... :facepalm:

A área de gelo em redor da Antárctida tem batido recordes de extensão, há alguns anos que está acima da média... :facepalm:

Degelo na Antártica está a «baralhar» a gravidade da Terra

Além do aumento das temperaturas a nível global e da subida dos níveis do mar, parece que as alterações climáticas, que estão a levar ao degelo na Antárctica, também estão a «baralhar» a gravidade da Terra.

Num estudo publicado na revista Geophysical Research Letters, investigadores da Agência Espacial Europeia (ESA), calculam que entre 2009 e 2012 a camada de gelo que reveste a Antárctica “encolheu” de tal forma que distorceu o campo de gravidade.


Mais concretamente, parece que o degelo nesta parte do mundo interferiu significativamente no campo gravitacional da Terra, embora, até ao momento, esse fenómeno não seja perceptível na geografia da região. A ser, toda a paisagem elevar-se-ia.

Os cientistas alertam que caso os efeitos do aquecimento climático não sejam revertidos as hipóteses são que testemunharemos a uma mudança acentuada na gravidade do planeta.

É do conhecimento geral, segundo os peritos, que a gravidade da Terra não é uniforme. Pelo contrário, é influenciada pelas marés, montanhas e até mesmo pela rotação do planeta. Porém, o degelo decorrente do aquecimento global pode alterar de forma significativa o campo gravitacional, o que, segundo sustentam, é razão para estarmos preocupados.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=733685
 

StormRic

Furacão
Registo
23 Jun 2014
Mensagens
23,302
Local
Póvoa de S.Iria (alt. 140m)
Sabendo que a capacidade de amazenamento de calor pelo oceano é 1000 vezes superior ao da atmosfera, basear qualquer discussão sobre aquecimento/arrefecimento da superfície terrestre apenas em medições de temperatura da atmosfera é, a meu ver, uma perda de tempo. Comparado com o detalhe do estudo da atmosfera, o estudo da hidrosfera até ao presente é imensamente menos detalhado e aprofundado. Há um longo caminho a percorrer antes de o conhecimento da dinâmica completa dos três sistemas, atmosfera, hidroesfera e litosfera, que constituem afinal um só, impossíveis de dissociar-se uns dos outros no que respeita por exemplo a mecanismos de transferência de energia, conduza a um debate esclarecido. Acompanhar e registar a evolução das observações, bem como a capacidade de sondar o passado, esse é sim o trabalho mais urgente e ao qual deve ser dada a atenção e disponibilização de meios. Sem observações não há teorias, modelos, predições que se aguentem. Sobre o caminho errado da humanidade no uso que faz do planeta, pela produção de compostos que não existiam no sistema e pela destruição dos equilíbrios que levaram milhões de anos a serem atingidos até proporcionarem um habitat global para a vida como a conhecemos, penso que todos estamos de acordo.
 

Paulo H

Cumulonimbus
Registo
2 Jan 2008
Mensagens
3,272
Local
Castelo Branco 386m(489/366m)
A campanha de desinformação continua... :facepalm:

A área de gelo em redor da Antárctida tem batido recordes de extensão, há alguns anos que está acima da média... :facepalm:


http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=733685

Que grande confusão vai nesse tal artigo.. Pior era difícil!

O centro de massa da Terra, não é estático! Não coincide com o centro geométrico do planeta. Na verdade o centro de massa da Terra (ponto da Terra, para onde aponta o peso, digamos assim), encontra-se algures próximo do seu centro geométrico mas deslocado para o lado em que se encontra a Lua. É importante relembrar que temos um binómio Terra-Lua. Por exemplo, o centro de massa do conjunto Plutão - Caronte, encontra-se fora da superfície de Plutão. http://pt.wikipedia.org/wiki/Satélites_de_Plutão

Ora o artigo fala de campos gravitacionais, pior ainda! O que se passa é que em caso de degelo e estamos a falar de calotes glaciares com pelo menos 1 centena de metros, a crosta terrestre suporta menos peso, pelo que ao deixar de estar comprimida, pode fazer emergir alguns metros em altitude. Não tem nada a ver com o centro de massa da Terra, ou pelo menos seria muito insignificante!

Provavelmente a serra da estrela subiu alguns centímetros, desde que se libertou dos glaciares (é aceitável supor que sim).
_______________________________________________________

Degelo da antártica

As observações dizem o contrário, tem aumentado de superfície. Mas também surgem artigos que defendem ser resultado do aquecimento global, como por exemplo:

http://www.newscientist.com/article...ctica-due-to-global-warming.html#.VCwza1ux7cc


"Record sea ice around Antarctica due to global warming
IT JUST gets bigger. The extent of the sea ice around Antarctica has hit a record high – for the third year running. Counter-intuitively, global warming is responsible.
Since satellite records began in 1979, the winter maximum sea ice cover around Antarctica has been growing at 1.5 per cent per decade. This year has long been on track for a new annual record, with 150 daily records already set.
The record was finally broken on 15 September and sea ice extent has increased since, according to data from the US National Snow and Ice Data Center analysed by Australia's Bureau of Meteorology in Hobart.
More sea ice may seem odd in a warmer world, but new records are expected every few years, says Jan Lieser of the Antarctic Climate and Ecosystems Cooperative Research Centre in Hobart. That's because the southern hemisphere warms more slowly than the north, as it has less landmass, boosting the winds that circle Antarctica and pulling cold air onto the sea ice.
The melting of ice on the Antarctic mainland may also be creating more sea ice, by dumping easily frozen fresh water into the ocean, says Nerilie Abram of the Australian National University in Canberra.

The extra sea ice is a good thing, as it reflects sunlight and slows global warming. But the sea ice is expected to shrink eventually. "By 2100 we will see dramatic reductions," says Lieser. "Once it goes belly-up it's not good for the rest of the world."
 
  • Gosto
Reactions: StormRic e CptRena

Paelagius

Nimbostratus
Registo
27 Set 2013
Mensagens
1,521
Local
Porto
Sabendo que a capacidade de amazenamento de calor pelo oceano é 1000 vezes superior ao da atmosfera, basear qualquer discussão sobre aquecimento/arrefecimento da superfície terrestre apenas em medições de temperatura da atmosfera é, a meu ver, uma perda de tempo. Comparado com o detalhe do estudo da atmosfera, o estudo da hidrosfera até ao presente é imensamente menos detalhado e aprofundado.

De acordo.

O oceano influencia o tempo atmosférico e o clima. O oceano influencia a distribuição da precipitação, secas, inundações, climas regionais, e o desenvolvimento de tempestades, furacões e tufões. Assim, estamos interessados nas interacções oceano-atmosfera, especialmente nos fluxos de calor e de água em toda a superfície do mar, no transporte de calor pelo oceano, e na influência do oceano nas condições climáticas e meteorológicas.

Partilho convosco as últimas sobre recentes estudos que sugerem uma tendência de aumento da temperatura daa camadas do oceano para além da camada de mistura (150~200m).
http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-29474646
 
  • Gosto
Reactions: StormRic

StormRic

Furacão
Registo
23 Jun 2014
Mensagens
23,302
Local
Póvoa de S.Iria (alt. 140m)
Li este artigo recente também :thumbsup:. Mostra como é fundamental perspectivar o problema do aquecimento (ou não) global, natural ou antropogénico, baseando toda a discussão no modelo de armazenamento de calor pelos oceanos. Aqui é que o trabalho tem de ser feito e, literalmente, em profundidade. A inércia termodinâmica dos oceanos é tão superior à da atmosfera que é no perfil da variação no tempo do armazenamento global de calor pela hidrosfera que está a resposta sólida a todas as questões sobre o aquecimento/arrefecimento global; é nas transferências de calor entre os oceanos e a atmosfera que pode estar a explicação da variabilidade da temperatura atmsoférica global. Penso que a variação do nível global dos oceanos é o indicador chave e o mais seguro para medir se a temperatura global está realmente a subir ou não.
Recomendo esta súmula de factos relacionados com este tema:
http://earthobservatory.nasa.gov/Features/Water/
 
Última edição: