Seguimento Açores e Madeira - Março 2015

lserpa

Cumulonimbus
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29 Dez 2013
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Horta, Matriz, (90m)
Pois, segundo o GFS haverá um período de mudança, mas sinceramente já não sei o que dizer sobre a grande redundância (pouco acertiva) que os modelos têm representado nestes últimos meses...
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aponta para uma mudança de padrão, sem dúvida, agora resta saber se a tendência se manterá...
 


Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Açores
Sabem qual é a melhor parte deste filme?
É o Reino Unido e consequentes países à mesma latitude mais a norte, com as SST mais frias que os Açores, e mesmo assim levam em cheio com tudo.
Já por aqui, é esta sina que toda a gente sabe qual é..:buh:

Inevitável. Passa tudo a norte do arquipélago ou dissipa-se a oeste. E enquanto ficar na mesma posição não se pode esperar algo diferente.

Novamente, são coisas 'normais' de vez em quando. A Rússia também sofreu em 2010 com um anticiclone que não se ia embora (também é verdade que foi menos tempo):

“Este acontecimento parece ser devido maioritariamente a um processo dinâmico da atmosfera que produz e mantém um fenómeno de bloqueio duradouro”, explicam os autores no artigo. Este bloqueio atmosférico manteve uma camada de ar subtropical a latitudes mais a norte e impediu durante várias semanas as tempestades de Verão que vêm do Pólo Norte de atingir a região.


http://www.publico.pt/ciencia/notic...te-o-verao-de-2010-teve-causa-natural-1484224

Os invernos estão a ficar secos. Contudo, não acho 'anormal' um evento destes. Nós é que não vivemos o suficiente para os experienciarmos 'de vez em quando'. Se o anticiclone estivesse estacionado a oeste nesta altura as queixas seriam de um inverno extremamente chuvoso (e possivelmente frio).
 
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Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Açores
Porque até (2013):

O arquipélago dos Açores registou “um fim de inverno e um início de primavera anormal”, com a frequência de situações de chuva, por vezes intensa, durante vários dias, nomeadamente em São Miguel, “um recorde dos últimos 42 anos”.

“Tivemos um fim de inverno e início de primavera anormal com a frequência de situações de chuva, às vezes intensa, por vários dias” afirmou o delegado regional dos Açores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Diamantino Henriques, acrescentando, por exemplo, que num período de 40 dias, choveu durante 30 em São Miguel, o que disse ter sido “um recorde dos últimos 42 anos”.

http://www.diariodosacores.pt/index...-chuva-em-s-miguel-bateram-recorde-de-42-anos
 

StormRic

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23 Jun 2014
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Póvoa de S.Iria (alt. 140m)

O anticiclone apanhado em flagrante a empurrar a frente para trás quando ela estava quase a chegar ao Grupo Central.
Parece que até as "águas mil" de Abril secaram nas antevisões. Sem dúvida uma anomalia a tornar-se cada vez mais "interessante" mas... não há aquela frase chinesa de maldição, "que vivas em tempos interessantes"? Ainda espero por um falhanço da maldição.
 

Azor

Nimbostratus
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8 Out 2011
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Ilha de São Miguel - Açores (Eiras Velhas)
Inevitável. Passa tudo a norte do arquipélago ou dissipa-se a oeste. E enquanto ficar na mesma posição não se pode esperar algo diferente.

Novamente, são coisas 'normais' de vez em quando. A Rússia também sofreu em 2010 com um anticiclone que não se ia embora (também é verdade que foi menos tempo):


http://www.publico.pt/ciencia/notic...te-o-verao-de-2010-teve-causa-natural-1484224

Os invernos estão a ficar secos. Contudo, não acho 'anormal' um evento destes. Nós é que não vivemos o suficiente para os experienciarmos 'de vez em quando'. Se o anticiclone estivesse estacionado a oeste nesta altura as queixas seriam de um inverno extremamente chuvoso (e possivelmente frio).

As SST não podem ser apenas a causa primária para se tentar explicar uma anomalia destas, porque se assim fosse, tudo o que estaria localizado a norte do arquipélago, (pela lógica) também atrairia também os anticiclones, e no entanto, pelo que vimos, ficámos este ano com a "seca", e os demais com a "festa".

O que eu acho é que enquanto o continente americano não parar de lançar para o atlântico estes malditos anticiclones, nem no inverno de 2015 teremos chuva como deve ser. Umas miseráveis frentes que a todo o custo tentam cá chegar, não serão a solução para nada, até porque já chegam muito erodidas e secas.

O anticiclone teria de se deslocar mais a oeste ou para sul, o que não me parece que venha a acontecer uma vez que nos aproximamos a passos largos do Verão, e a tendência é sermos atingidos com mais frequência e intensidade por anticiclones do que por depressões, e curiosamente, a tendência é dele ficar sempre em cima ou a nordeste das ilhas.

As actuais estações estão todas trocadas....Percebem o que quero dizer? Quero dizer que nem tão cedo isto muda. Se tivesse que mudar, teria mudado na estação certa. Agora é para esquecer.

Teorias que dizem que os anticiclones acompanham por norma a posição dos raios solares, e que as SST funcionam como uma espécie de "íman" para altas pressões, não me convencem. Este ano, e em anos anteriores tirou-se a prova dos nove.

Tem a ver tudo com a latitude em que estamos inseridos, mas também com outras variáveis tais como a MJO, ENSO, NAO, PNA etc....
Há anos em que as altas pressões estão mais activas a norte para a sua posição normal de inverno.

Se o presente anticiclone virasse o "anticiclone das Canárias", ou de " Cabo Verde" durante o Inverno, quem sabe aí talvez ficássemos com o clima mais normalizado no Inverno, mas até lá podem esquecer que tudo o que se tentar aproximar daqui, morrerá pelo caminho. É assim que as coisas têm funcionado até hoje.
Pelo que tenho lido e consultado, não me parece que isso venha a mudar nos próximos séculos... há teorias também que falam do enfraquecimento da Corrente do Golfo, mas na minha opinião, são outros assuntos que em nada me convencem.
Resumindo e concluindo, não vai ser fácil destronar o anticiclone dos Açores.... só mesmo um milagre!
 

lserpa

Cumulonimbus
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29 Dez 2013
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Horta, Matriz, (90m)
As SST não podem ser apenas a causa primária para se tentar explicar uma anomalia destas, porque se assim fosse, tudo o que estaria localizado a norte do arquipélago, (pela lógica) também atrairia também os anticiclones, e no entanto, pelo que vimos, ficámos este ano com a "seca", e os demais com a "festa".!

....
Não nos podemos esquecer que as jet streams também um papel significativo na localização dos sistemas meteorológicos, sejam eles de pressão alta ou baixa... Nos últimos meses o que temos visto é a jet stream a passar constantemente a norte do arquipélago e a marcar um trilho bem definido para as frentes que já dura há meses...
O que o GFS prevê para a segunda semana de abril é que a jet stream baixe para a nossa latitude e virgule, proporcionando assim uma depressão.

Ou então, acontece como no ano passado em Julho, aqui no Faial, tivemos a persistência de linhas de convergência numa folga do AA, em que a calmaria prevaleceu e a convenção era brutal e a chuva mais brutal ainda! Sem ventos alísios para as deslocar, parecia um paraíso tropical constantemente debaixo de chuva FORTE e trovoada
Foram 3dias de chuva com água mais que suficiente para superar a "quota" destes últimos 4 meses...
 

StormRic

Furacão
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23 Jun 2014
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Póvoa de S.Iria (alt. 140m)
As SST não podem ser apenas a causa primária para se tentar explicar uma anomalia destas, porque se assim fosse, tudo o que estaria localizado a norte do arquipélago, (pela lógica) também atrairia também os anticiclones, e no entanto, pelo que vimos, ficámos este ano com a "seca", e os demais com a "festa".

São uma causa importante e não actuam como se possa pensar mas por contraste com as massas de ar que lhes são sobrepostas. Potenciam a convecção quando são positivas e atenuam-na quando negativas. É o suficiente para as depressões e frentes ganharem ou perderem força às nossa latitudes, lembremo-nos como no outono todas as perturbações ganhavam uma força extraordinária ao chegarem a esta zona do Atlântico, as temperaturas da água estavam bem acima do normal. Assim que se verificou a mudança de padrão das SST, em Dezembro, as perturbações passaram a sofrer o efeito contrário. Passámos o tempo desde então a surpreender-nos com o enfraquecimento e a dissipação de tudo o que era previsto, quando anteriormente tinha sido o contrário, o espanto ia para a violência da convecção, acima do que era esperado.
Não são claro a causa principal, em princípio. Quanto à anomalia negativa a norte ela tem efectivamente atraído as altas pressões mas aí elas interpôem-se na corrente de oeste, porque esta tem de passar algures.
 

Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Açores
There are also some modeling studies to explore the possible causes of the observed low-frequency variations of the NAO. Rodwell et al. (1999) and Latif et al. (2000) have shown that much of the interannual and multidecadal variabilities of the winter NAO over the second half of last century can be reconstructed from the knowledge of sea surface temperature (SST). Hoerling et al. (2001) explored the role of the tropical oceans in the wintertime NAO trends over the past several decades, and indicated that the low-frequency NAO variation contains a response of North Atlantic climate to changes in the surface boundary (SST).

Model simulations with increasing greenhouse gas concentrations give various projections of the NAO. The simulations of the Canadian Center for Modelling and Analysis and the Goddard Space Flight Center coupled general circulation models (CGCMs) indicate that the Arctic Oscillation (AO) exhibits a positive trend in the global warming scenario (Fyfeet al., 1999; Shindell et al., 1999). However, the NAO index in the simulations of the Max-Planck-Institute for Meteorology (ECHAM4/OPYC3) CGCM showed only a moderate increase within a 240-yr scenario run, and its long-term trend exceeded the variability of the control climate in the period near the end of the simulation (Ulbrich and Christoph, 1999). In contrast, the steadily growing storm track activity over northwestern Europe is much more apparent. Ulbrich and Christoph (1999) found that the disagreement between the NAO index change and the storm track intensification results from the northeastward shift of the northern center of action of the NAO. By examining the same scenario run, Hu et al. (2001) also found that there is no significant change of the NAO index. Zorita and Gonźalez-Rouco (2000) demonstrated the disagreement of the simulated long-term trends of the AO intensity between the HadCM2 and ECHAM4/OPYC CGCMs, although the simulated winter temperature increases averaged over the NH in the two models are very similar. The HadCM2 experiments indicate that the anthropogenic effect should reverse early next century, weakening the winter pressure gradient between Gibraltar and Iceland (Osborn et al., 1999).

The model simulation produces a significantly strengthened annual-mean meridional pressure gradient over the North Atlantic associated with projected global warming, and the two centers of action of the NAO, the Icelandic low and the Azores high, are intensified and shifted northeastward by 10◦ to 20◦ in latitude and 30◦ to 40◦ in longitude in the global warming scenario. The shift of the centers of action leads to a failure in capturing the NAO change with the traditional definition of the NAO index. A modified index is introduced that allows for this shift, and exhibits a tendency toward the positive phase and an enhancement of its intensity.

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Segundo artigo na pesquisa Google aqui.

Estudo muito interessante sobre o aquecimento global e o anticiclone. Os Açores terão (?) mais anticiclones (do que agora) semi-permanentes. Mais preocupante é o deslocamento gradual para este. A Península Ibérica sofrerá secas severas. Nos Açores, provavelmente haverá diferenças gigantescas na precipitação tendo o ocidental mais e o oriental menos (como se vê agora). Curiosamente esta posição favoreceria a passagem de tempestades tropicais pelos Açores. E dependendo da temperatura oceânica não seria de admirar algum furacão severo (cat. 2).
 
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Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Açores
Primeiras impressões do núcleo depressionário previsto para dia 4: Chuvoso, muito chuvoso.

Revendo os modelos (120h):

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E a precipitação prevista:

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Mas antes disso Abril vai começar chuvoso. No dia 2 haverá a passagem de uma frente fria em dissipação (resta saber onde ocorrerá a mesma):

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O GFS indica que a frente estacionará aproximadamente durante 24 horas no mar entre os grupos ocidental e central:

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Durante a fase final da dissipação, aguaceiros fortes poderão ocorrer em algumas ilhas do grupo central (especialmente nas ilhas mais a oeste):

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O ECM também indica que poderão haver surpresas locais na precipitação:

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Se bem que o IPMA discorda:

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Para demonstrar perfeitamente a dissipação (e posterior estagnação) da frente (mais uma vez) basta ver o Hirlam:

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Depois deste evento virá o núcleo depressionário primeiramente mencionado. Ainda é cedo para ter certezas. Depois de amanhã ter-se-á mais certeza sobre o local da estagnação da frente e mais informações sobre o evento subsequente.
 
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StormRic

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23 Jun 2014
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Póvoa de S.Iria (alt. 140m)
Primeiras impressões do núcleo depressionário previsto para dia 4: Chuvoso, muito chuvoso.

Sinceramente não quero desapontar mas mesmo nessa run das 12 horas o máximo que eu via de precipitação era 5 mm: isto não é chuvoso.
Agora com a run das 0 h confirma-se que a depressão, uma cut-off, é estrangulada e dissipada rapidamente pelos dois anticiclones e a pouca precipitação significativa passa a norte rasante às ilhas do Grupo Central. No máximo precipitações na ordem da meia dezena de milimetros, talvez zero para o Oriental e sempre um pouco mais significativa no Ocidental. Contas feitas à previsão para a primeira década de Abril, todas as ilhas com um acumulado abaixo dos 20 mm ou ligeiramente superior no Ocidental: isto é seca severa e todas as medidas de gestão rigorosa da água têm de ser implementadas desde já. Não se pode esperar mais sempre confiando que vai mudar o padrão ainda antes do verão.
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Às 336h, fiabilidade quase nula portanto, há uma frente a largar cerca de 15 mm no Faial e mais nada, tudo abaixo disto até ao fim da primeira quinzena.
 

Azor

Nimbostratus
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8 Out 2011
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Ilha de São Miguel - Açores (Eiras Velhas)
São uma causa importante e não actuam como se possa pensar mas por contraste com as massas de ar que lhes são sobrepostas. Potenciam a convecção quando são positivas e atenuam-na quando negativas. É o suficiente para as depressões e frentes ganharem ou perderem força às nossa latitudes, lembremo-nos como no outono todas as perturbações ganhavam uma força extraordinária ao chegarem a esta zona do Atlântico, as temperaturas da água estavam bem acima do normal. Assim que se verificou a mudança de padrão das SST, em Dezembro, as perturbações passaram a sofrer o efeito contrário. Passámos o tempo desde então a surpreender-nos com o enfraquecimento e a dissipação de tudo o que era previsto, quando anteriormente tinha sido o contrário, o espanto ia para a violência da convecção, acima do que era esperado.
Não são claro a causa principal, em princípio. Quanto à anomalia negativa a norte ela tem efectivamente atraído as altas pressões mas aí elas interpôem-se na corrente de oeste, porque esta tem de passar algures.

Exacto, daí ter reforçado a ideia que as SST não são apenas o factor determinante na formação das anomalias atmosféricas. Existem igualmente outras variáveis como mencionei acima.
Em relação á persistência desta seca, pois o mais provável é a água escassear no que respeita ao seu uso para as explorações agrícolas, mas também o abastecimento público será inevitavelmente afectado este fim de Primavera-inícios do Verão.

Mas ainda assim, é a maior ilha do arquipélago, com maior número de aquíferos e cursos de água....do mesmo modo, bem podemos imaginar como as mais pequenas estão....

Ainda ontem falando com uma amiga que realiza passeios pedestres pelo interior da ilha, a mesma confirmou-me que as águas de algumas lagoas e lagoeiros de S. Miguel estão com um nível de água assustador para esta altura do ano....muito baixo para não dizer histórico..

...pudera.... não chove.... :(
 

StormRic

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23 Jun 2014
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Póvoa de S.Iria (alt. 140m)
Mas ainda assim, é a maior ilha do arquipélago, com maior número de aquíferos e cursos de água....do mesmo modo, bem podemos imaginar como as mais pequenas estão....

Na run das 6h do GFS já foi retirada parte da precipitação dos dias 4 e 5, no entanto, com a entrada dos dias 9 e 10 no horizonte dos meteogramas há um reforço de precipitação que eleva acima de 20mm o esperado para todas as ilhas. Mas... já vimos este cenário repetido até à exaustão. Além de que não são aquelas quantidades decadais que repõem o balanço hidrológico próximo da normalidade, longe disso.

Santa Maria:
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Terceira:
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Azor

Nimbostratus
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8 Out 2011
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Ilha de São Miguel - Açores (Eiras Velhas)
Na run das 6h do GFS já foi retirada parte da precipitação dos dias 4 e 5, no entanto, com a entrada dos dias 9 e 10 no horizonte dos meteogramas há um reforço de precipitação que eleva acima de 20mm o esperado para todas as ilhas. Mas... já vimos este cenário repetido até à exaustão. Além de que não são aquelas quantidades decadais que repõem o balanço hidrológico próximo da normalidade, longe disso.

Santa Maria:
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Terceira:
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Sei que por Santa Maria e Graciosa o cenário está negro.
São normalmente as ilhas primeiramente mais sacrificadas sempre que situações destas ocorrem por aqui, uma vez que para além de serem as mais baixas e pequenas do arquipélago, são também aquelas que têm menor índice de humidade relativa, a par da pouca ou mesmo inexistência total de cursos de água, como é o caso da Graciosa propriamente dita.

As mais húmidas e chuvosas (Flores, S. Miguel, Faial, S. Jorge e Terceira) ainda se vão aguentando a todo o custo...mas até nestas, a água já começa a ser racionada para as explorações agrícolas.

Acredito que se fosse no Verão já teriam secado várias ribeiras e várias fontes...

Se o actual panorama continuar a persistir no tempo, não tenham dúvidas que as ilhas que mencionei acima (exceptuando-se as Flores que tem registado mais precipitação que as restantes) também irão ver secar alguns dos seus afluentes a médio prazo.

A actual situação é grave!
 

Afgdr

Cumulonimbus
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28 Set 2011
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Lagoa - São Miguel, Açores
Boa noite!

Sigo com céu encoberto e vento bonançoso/moderado.

Hoje, o céu apresentou-se em geral muito nublado/encoberto. Nos últimos dias, o céu apresentou-se de uma forma geral muito nublado a encoberto, por vezes com boas abertas. De ontem para hoje, notou-se um aumento da intensidade do vento e, consequentemente, da sensação de frio, embora o valor da temperatura não fosse baixo.

Como tem sido regra nos últimos tempos, não tem chovido por aqui...
 
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