Aquecimento Global



Orion

Furacão
Registo
5 Jul 2011
Mensagens
21,648
Local
Açores
Report reassesses variations in global warming

Experts at the European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF) have issued a new assessment of temperature trends and variations from the latest available data and analyses. They present evidence that global warming slowed less from 1998 to 2012 than first thought.

The experts also document substantial warming since then: global temperature peaked in February 2016 at a level around 1.5ºC above its level early in the Industrial Revolution. Pursuing efforts to limit the long-term temperature increase to 1.5 ºC was a goal set in the Paris Agreement in 2015.

"It is salutary that the world touched the 1.5ºC level less than twenty years after touching the 1ºC level in the record-breaking year of 1998, following a strong El Niño," said Prof. Adrian Simmons, lead author of the Quarterly Journal of the Royal Meteorological Society article.

O artigo completo está aqui. De lá há uma coisa importante:

What constitutes damaging climate change cannot be encapsulated in the value of a single metric such as global-mean surface temperature, even if the latter arguably provides the best single quantity for which to express an overall target (Knutti et al., 2015). Nevertheless, whatever metric is used in a particular case, the critical value or range of values must be an absolute one, even if imperfectly known, not one relative to a pre-industrial level of uncertain value that is likely to change as data, modelling and understanding are refined. Targets for limiting future change, to be achieved by limiting anthropogenic disruption of the climate system, would be better framed and monitored in a global stocktake in terms of change relative to a recent period over which the system has been comparatively well observed. This does not mean that work to improve estimation and understanding of change from the pre-industrial to the recent past is not needed, as it serves purposes that include evaluating climate models and determining responsibilities for past change and its impacts.

Por exemplo, não é só o ar do ártico que está estupidamente quentes. As águas também estão.

Arctic sea ice hits record monthly low for 7th time in 2016

The sea ice reached levels not seen since satellites started to monitor the region in 1979. Some Arctic air was 18 degrees warmer (10 degrees Celsius) than normal and seawater was 7 degrees (4 degrees Celsius) above normal, preventing sea ice from forming. Data center scientist Julienne Stroeve blamed natural weather patterns and man-made global warming.

Relacionado com isto, é preciso analisar diligentemente as notícias:

Scott and Shackleton logbooks prove Antarctic sea ice is not shrinking 100 years after expeditions

Antarctic sea ice had barely changed from where it was 100 years ago, scientists have discovered, after poring over the logbooks of great polar explorers such as Robert Falcon Scott and Ernest Shackleton.

Experts were concerned that ice at the South Pole had declined significantly since the 1950s, which they feared was driven by man-made climate change.

But new analysis suggests that conditions are now virtually identical to when the Terra Nova and Endurance sailed to the continent in the early 1900s, indicating that declines are part of a natural cycle and not the result of global warming

The findings demonstrate that the climate of Antarctica fluctuated significantly throughout the 20th century and indicates that sea ice in the Antarctic is much less sensitive to the effects of climate change than that of the Arctic, which has experienced a dramatic decline during the 20th century.

O que é está omisso? Que a Antártica tem um sistema oceânico-meteorológico muito mais fechado que o Ártico sendo apenas natural que fique menos afetada. Os efeitos mais notórios serão visíveis nos países mais próximos (Austrália, Patagónia chilena e argentina, NZ...) que podem - ou não - receber menos frio.

Para o comum mortal, a notícia pode constituir mais uma 'prova' que o AG não acontece. Mas a realidade é ligeiramente diferente.

---

During last warming period, Antarctica heated up two to three times more than planet average
 
Última edição:

james

Cumulonimbus
Registo
16 Set 2011
Mensagens
4,541
Local
Viana Castelo(35 m)/Guimarães (150 m)
E menos frio no Artico, menos entradas siberianas no inverno na Europa...

Que é o que tem faltado nos últimos anos...

Digo eu...

E essas entradas frias continentais(conjugado com outros fatores) eram fundamentais para a ocorrência de queda de neve a cotas baixíssimas no nosso Litoral Norte e Centro (até ao final dos anos 80, era relativamente frequente a queda de neve no Litoral Norte e Centro com intervalos relativamente curtos de 4/5 anos), cuja periodicidade diminuiu consideravelmente a partir dos anos 90.

Posso estar estar a dizer alguma asneira, mas é a percepção que tenho.
 
Última edição:
  • Gosto
Reactions: Thomar

Norther

Cumulonimbus
Registo
25 Nov 2010
Mensagens
2,007
Local
Tortosendo 600m Encosta sul Serra da Estrela
Pois James... aqui pela Cova da Beira antigamente caia a cota 400m que é a cota mínima, no fundo do vale, 2 nevões por ano ate ao final dos anos 90. A partir daí é muito raro ver neve abaixo dos 800m e em pouca quantidade.
Lembro-me de belos nevões o dia todo, ate ao joelho porque tínhamos ar frio acumulado continental ou as tais Siberianas, com uma frente do Atlântico de SO era um mimo, e isso acontecia muito.
 

guisilva5000

Super Célula
Registo
16 Set 2014
Mensagens
7,170
Local
Belas
E menos frio no Artico, menos entradas siberianas no inverno na Europa...

Que é o que tem faltado nos últimos anos...

Digo eu...

E essas entradas frias continentais(conjugado com outros fatores) eram fundamentais para a ocorrência de queda de neve a cotas baixíssimas no nosso Litoral Norte e Centro (até ao final dos anos 80, era relativamente frequente a queda de neve no Litoral Norte e Centro com intervalos relativamente curtos de 4/5 anos), cuja periodicidade diminuiu consideravelmente a partir dos anos 90.

Posso estar estar a dizer alguma asneira, mas é a percepção que tenho.
Aconteceu no ano passado(ou este ano já não me lembro xd), nevou no litoral centro e norte.
 

james

Cumulonimbus
Registo
16 Set 2011
Mensagens
4,541
Local
Viana Castelo(35 m)/Guimarães (150 m)
Aconteceu no ano passado(ou este ano já não me lembro xd), nevou no litoral centro e norte.


Nevou este ano em Fevereiro, mas só acumulou acima dos 700 metros.
Mas eu estava a referir - me a cotas muito mais baixas, onde outrora nevava com muito mais frequência. Só para dar um exemplo, nos anos 80 nevou à cota zero com acumulacao 3 ou 4 vezes.
 
  • Gosto
Reactions: guisilva5000

guisilva5000

Super Célula
Registo
16 Set 2014
Mensagens
7,170
Local
Belas
Nevou este ano em Fevereiro, mas só acumulou acima dos 700 metros.
Mas eu estava a referir - me a cotas muito mais baixas, onde outrora nevava com muito mais frequência. Só para dar um exemplo, nos anos 80 nevou à cota zero com acumulacao 3 ou 4 vezes.
Pois, o evento foi mais intenso no litoral centro, onde chegou a nevar a cotas 300/400 metros.
 

luismeteo3

Furacão
Registo
14 Dez 2015
Mensagens
17,112
Local
Fatima (320m)
Imagine um bloco de gelo do tamanho da Índia. Em novembro deste ano ele desapareceu
9 dez 2016 · 09:41

A extensão de gelo na Antártida e no Ártico atingiu mínimos históricos em novembro. Isto é reflexo de temperaturas anormais no Ártico, ventos de sul e um oceano quente. Já na Antártida, o gelo recuou rapidamente (mais do que seria habitual) durante o mês passado devido a temperaturas acima da média. No global, a extensão de gelo registada é excecionalmente baixa. Se tivesse de quantificar o gelo que se "perdeu" este ano face à média... pense na Índia e terá uma medida aproximada.



Em novembro de 2016, a extensão de gelo do Ártico era de 9,08 milhões de quilómetros quadrados, a menor alguma vez registada nesta altura do ano, menos 800.000 quilómetros quadrados do que em 2006, ano em que se registou o maior recuo antes do atual, e menos 1,95 milhões de quilómetros quadrados face à média entre 1981 e 2010. A análise é efetuada pelo Centro Nacional de Neve e Gelo norte-americano (NSIDC, na sigla inglesa).

Este ano está a ser excecionalmente quente no Ártico. A temperatura do ar registada este mês esteve acima da média registada entre 1981 e 2010 em todo o oceano ártico, e 10 graus Celsius acima do habitual para esta altura ano junto ao Polo Norte. A isto juntam-se ventos de sul e temperaturas mais elevadas do mar.

Já na Antártida, o gelo atingiu a sua extensão máxima a 31 de agosto, muito antes do que é normal e tem vindo a recuar desde então, atingindo um novo mínimo recorde em novembro face aos períodos homólogos.

A extensão média da Antártida em novembro foi de 14,54 milhões de quilómetros quadrados, menos um milhão de quilómetros quadrados face ao último mínimo histórico, registado em 1986, e menos 1,81 milhões de quilómetros quadrados do que a média registada entre 1981 e 2010. A justificar este declínio estão temperaturas do ar 2 a 4 graus Celsius acima do habitual no final de outubro e início de novembro.

Em resultado destes fenómenos, a extensão global de gelo em novembro está muito abaixo da média para esta altura do ano.

Se somarmos a diferença entre a extensão média e a registada este ano (1,95 milhões de quilómetros quadrados a menos no Ártico e 1,81 milhões de quilómetros quadrados a menos na Antártida), estamos a olhar para uma extensão de gelo superior à área geográfica da Índia.

Ou seja, o mundo registou em novembro deste ano menos “uma Índia de gelo”. De referir que 2016 pode vir a ser o ano mais quente de que há registo.

No entanto, alerta a NSIDC, a evolução nos dois hemisférios é resultado de geografias e de processos oceânicos e atmosféricos distintos, sendo “pouco provável” que “estes recordes mínimos nos dois hemisférios” estejam relacionados.

Em novembro, a tendência é de que o gelo no Ártico aumente, enquanto a Antártida recua. No seu conjunto, a formação de gelo na Antártida aumentou ligeiramente nas últimas quatro décadas, mas isso não aconteceu nos dois últimos invernos austrais, tendo a extensão de gelo ficado dentro da média ou abaixo para a época.

Os cientistas mostram-se preocupados com estes fenómenos. “Está algo de muito estranho a acontecer”, diz Mark Serreze, diretor do NSIDC, salientando que em alguns dias de novembro a temperatura em determinadas zonas do Ártico esteve 20 graus Celsius acima do que é normal para esta altura do ano. O responsável explicou ainda que o receio dos investigadores é de que e degelo na Antártida contribua para aumentar rapidamente a subida do nível do mar.

De referir que o período de 2011 a 2015 foi o conjunto de cinco anos mais quente desde que há registo, com 2014 e 2015 a serem os anos mais quentes de todos até ao momento. No entanto, segundo a OMM, organização do universo das Nações Unidas, 2016 pode mesmo bater 2014 e 2015.
http://24.sapo.pt/atualidade/artigo...bloco24&_swa_csource=sapo.pt&_swa_cmedium=web
 

joralentejano

Super Célula
Registo
21 Set 2015
Mensagens
9,444
Local
Arronches / Lisboa
Aquecimento global: 50 anos para a terceira extinção animal em massa?
Quem defende a ideia é o biólogo John Wiens. O professor universitário acredita também que a eleição de Donald Trump é um desastre para o planeta.
IWU0xHX.jpg

A fauna e a flora mundial não estão a conseguir fazer face ao aquecimento global, pelo que, no espaço de 50 anos, pode ocorrer a terceira extinção animal em massa na História do planeta Terra.

Numa investigação publicada no “PLOS Biology”, o biólogo John Wiens descobriu que 47% de quase mil espécies sofreram extinções locais associadas às mudanças climáticas. O cientista examinou documentos académicos sobre 976 espécies diferentes de todo o mundo.

“Em praticamente metade das espécies examinadas já houve extinções locais”, afirmou, em declarações citadas pelo “The Independent”. Neste trabalho, John Wiens analisou 716 tipos diferentes de animais e 260 de plantas na Ásia, na Europa, na América do Norte e do Sul, entre outros locais. As conclusões mostraram que houve extinções locais entre 47,1% das espécies.

“O que se mostra é que as espécies não podem de forma tão rápida a conseguirem lidar com uma pequena mudança climática. É esta a grande complicação – mesmo uma pequena mudança na temperatura e eles não lhe conseguem fazer frente”, explica o autor da obra The ecology of bird communities.
Fonte
 

Orion

Furacão
Registo
5 Jul 2011
Mensagens
21,648
Local
Açores
Mitigating the risk of geoengineering: Aerosols could cool the planet without ozone damage

Ice ages have been linked to the Earth's wobbly orbit—but when is the next one?

The world's wet regions are getting wetter and the dry regions are getting drier

Cientistas de 15 países alertam para aumento das emissões de metano

Electricity bills to rise by $40 from mid next year, Australian Energy Market Commission says

"Across the national electricity market the generation mix is changing — with the large-scale renewable energy target leading to substantial investment in wind generation," he said in a statement.

"This is contributing to the closure of coal-fired plants and increasing wholesale and retail prices."

The report estimates the closure of Australia's dirtiest coal-fired power plant has added $78 to the national yearly average power bill, $204 in Tasmania and $99 in Victoria.

World's largest reindeer herd plummets
 
Última edição:

luismeteo3

Furacão
Registo
14 Dez 2015
Mensagens
17,112
Local
Fatima (320m)
O Ártico nunca foi tão quente
14 dez 2016 · 07:33


O Ártico bateu recordes de calor no período de 12 meses terminado em setembro, quando o ar quente desencadeou uma fusão massiva de gelo e neve e atrasou o gelo do inverno, divulgaram cientistas na terça-feira.



A avaliação lúgubre foi feita no relatório sobre o Ártico relativo a 2016, um documento revisto por outros cientistas que não os seus autores, feito por 61 cientistas de todo o mundo, que é publicado pela agência governamental dos EUA para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA, na sigla em Inglês).

O documento cobre o período de outubro de 2015 a setembro de 2016, um período em que “a temperatura média anual sobre as áreas terrestres (do Ártico) foi a maior desde que há registos”, como se salientou.

“Raramente se viu o Ártico evidenciar um tão claro, forte ou acentuado sinal de persistente aquecimento e os seus efeitos em cascada no ambiente do que este ano”, afirmou Jeremy Mathis, diretor do programa de investigação sobre o Ártico que está a ser desenvolvido na NOAA.

A região do Ártico continua a aquecer a uma velocidade que é o dobro da do resto do planeta, que também deve ter em 2016 o ano mais quente dos tempos modernos.

Os cientistas climáticos disseram que as razões para o aumento da temperatura incluem a queima dos combustíveis fósseis, que emite gases com efeito de estufa para a atmosfera, bem como a tendência de aquecimento do oceano associada ao El Niño, que terminou em meados do ano mas exacerbou o aquecimento.

A temperatura média anual do Ártico em terra supera em 3,5 graus Celsius (ºC) a registada em 1900.

A temperatura da superfície do mar no pico do verão, em agosto de 2016, esteve 5ºC acima da média do período 1982-2010 nos mares de Barents e Chukchi, bem como nas costas leste e oeste da Groenlândia
http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/o-artico-nunca-foi-tao-quente
 
  • Gosto
Reactions: guisilva5000

Orion

Furacão
Registo
5 Jul 2011
Mensagens
21,648
Local
Açores

What can’t an extreme event attribution tell us?
It can’t tell us whether global warming “caused” a specific event. When most people ask if something caused something else—did global warming cause the Louisiana floods?—they want a yes or no answer. But with global warming and extreme events, it’s not a yes/no question.

Instead, it’s always a question of whether global warming added to the existing mix of ingredients that already make extreme weather happen. Global warming may be a cause for an event, but not the cause—at least not yet.

Mais aqui.
 
Última edição:
  • Gosto
Reactions: lserpa