A agonia do Parque Nacional Tablas de Daimiel em Espanha

Vince

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23 Jan 2007
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Braga
A zona húmida das Tablas de Daimiel, a mais importante do centro da Península Ibérica, foi declarada parque nacional em 1973 e reserva da biosfera em 1981; trata-se do último representante de um ecossistema denominado tablas fluviais e que resulta das cheias provocadas pelos rios Guadiana e Gigüela numa planície quase plana. Entre as muitas espécies animais que ali vivem ou que por ali passam nas suas rotas de migração, com especial destaque para as aves, contam-se patos, garças, garças reais e garças imperiais, cegonhas, abelharucos e martins-pescadores, javalis, raposas, coelhos, lontras e ouriços http://biztravels-monuments.net/biztravels/monuments.php?id=328&lg=pt

Espanha: Fogos subterrâneos, mais recente ameaça para o Parque das Tablas de Daimiel
Os danos causados pela seca, desvio de água e mais recentemente fogos subterrâneos - depois de quatro anos de falta de humidade - estão a causar danos irreversíveis no Parque das Tablas de Daimiel (Espanha), Património da Biodiversidade.

Os antigos lagos e pântanos do parque - e a flora e fauna a eles associados - praticamente desapareceu e hoje esta zona protegida, próximo de Ciudad Real (a sul de Madrid), está seca e em risco de desaparecer.

Os responsáveis do parque admitiram que a zona vive “o pior momento da sua história” desde que, em 1973 foi transformado num dos 14 parques naturais de Espanha e em especial desde 1981 foi declarado Reserva da Biosfera, pela UNESCO (Organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura).

É um ecossistema criado pelas planícies fluviais formadas, outrora, pelo Guadiana e Ciguela, onde se podia andar de barco e pescar e que agora se atravessa de jipe, levantando pó seco de um terreno cada vez mais amarelecido.

A agravar a situação de seca - um problema que começou há 50 anos com os primeiros desvios de águas para zonas de cultivo de regadio - tem-se acentuado desde aí, com a água a praticamente desaparecer da zona.

Períodos de alguma recuperação aquífera - especialmente depois de secas profundas nos anos 80 - não resolveram o problema estrutural de fundo: a falta de água.

O problema agravou-se a partir de Agosto, quando fogos subterrâneos começaram em vários pontos do parque.

Guardas florestais e especialistas de solos e florestas espanhóis confirmaram que está em risco todo o subsolo do parque formado ao l ongo de 300 mil anos, o que arrastaria consigo o que resta da importância ecologia da zona.

O problema dos fogos deve-se à rápida secagem do que é o alimento vegetal de todo o parque. Sem humidade e com gretas na terra que o alimentam de oxigénio, entra em autocombustão.

Apagar estes incêndios obrigaria a inundar a zona, o que é difícil porque o curso de água mais próximo com suficiente quantidade está a 17 quilómetros e porque o volume necessário é imenso: 25 hectómetros cúbicos, ou mais ou menos o volume de 25 estádios do Santiago Bernabéu cheios.

Um plano impulsionado pelo governo nacional espanhol e pelo governo regional de Castela La Mancha, orçado em 3.000 milhões de euros e em curso desde 2007, quer recuperar a zona.

Mas o próprio parque reconheceu, na informação pública que disponibiliza, que se não forem tomadas medidas urgentes “esta zona terá desaparecido em apenas três anos”.

Um relatório preparado recentemente considera que as Tablas de Daimiel sofrem “um processo de degradação irreversível” que figura “um ponto de não retorno na sua conservação”.

Hoje o parque sobrevive através de parte da água do transvaze entre o Tejo e o Segura, ou seja com água do rio Tejo, que é conduzida para o quase seco Ciguela.

Mas quase toda a água acaba por infiltrar-se no aquífero de La Mancha, ou seja acaba por alimentar regadios.

Hoje as atenções voltam-se novamente para o Guadiana e para qualquer medida que possa ajudar a inundar o parque. Depois de quatro anos de seca intensa, a situação é de clara emergência.

http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=15954


SOS Tablas de Daimiel: águas do Tejo e Guadiana vão alagar o parque
O Governo espanhol vai realizar em Janeiro um transvase de água entre o Tejo e o Guadiana para poder alagar o Parque Tablas de Daimiel (Ciudad Real), uma Reserva de Biodiversidade, e combater fogos subterrâneos na zona.
http://www.ionline.pt/conteudo/27859-sos-tablas-daimiel-aguas-do-tejo-e-guadiana-vao-alagar-o-parque


Plan para salvar las Tablas de Daimiel

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Medio Ambiente quiere conducir agua desde el trasvase Tajo-Segura para apagar el incendio subterráneo

http://www.ideal.es/granada/20091015/sociedad/plan-para-salvar-tablas-20091015.html


El hombre que pescaba cangrejos en Daimiel
Julio Escuderos, memoria del humedal manchego, pena el desastre ecológico
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http://www.elpais.com/articulo/soci...jos/Daimiel/elpepusoc/20091017elpepisoc_8/Tes

El incendio de turbas en Las Tablas avanza lentamente por debajo de la tierra

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Dos de las fumarolas que brotan del incendio de turbas que se registra en el Parque Nacional de Las Tablas de Daimiel, que continúa activo y avanzando lentamente bajo tierra, mientras los técnicos trabajan intensamente para intentar sofocarlo.