Alerta precoce de Tsunamis em Portugal

Mário Barros

Furacão
Registo
18 Nov 2006
Mensagens
12,603
Local
Maçores (Torre de Moncorvo) / Algueirão (Sintra)
Portugal candidato a acolher centro de alerta de tsunamis

Portugal candidato a acolher centro de alerta de tsunamis

Portugal poderá acolher um centro de alerta de tsunamis. O anúncio foi feito pelo Instituto de Meterologia que tem um grupo de trabalho para esta área que irá integrar um projeto europeu.

Portugal, através do Instituto de Meteorologia (IM), vai integrar um projeto europeu para alerta precoce de tsunamis e apresenta-se como candidato a acolher um centro regional para o Atlântico Nordeste e Mediterrâneo, anunciou hoje o IM.

O primeiro projeto (TRIDEC) é coordenado pelo Centro Geofísico de Potsdam (Alemanha), no âmbito da instalação de futuros sistemas de alerta precoce de tsunamis e tem uma duração prevista de três anos para desenvolver "arquiteturas inteligentes" destinadas ao processamento de grandes volumes de dados que sirvam de suporte à decisão num quadro de alerta de tsunami, segundo informação divulgada pelo IM.

"Tem por objetivo desenvolver ferramentas informáticas capazes de manipular grandes volumes de dados. No caso de acontecer um tsunami é necessário analisar um grande conjunto de informação", desde dados sísmicos, ao nível do mar, altura da onda, cenários de tsunamis e ondas expetáveis em vários pontos da costa a cartas de inundação, explicou à agência Lusa o diretor do Departamento de Sismologia e Geofísica do IM.

"É muita informação que tem de ser rapidamente trabalhada e colocada à disposição do decisor", referiu Fernando Carrilho.

O projeto que agora vai ter início é financiado pela União Europeia, foi "aprovado há dias" e a primeira reunião que dará o "pontapé de arranque" deverá ocorrer em outubro ou novembro, acrescentou.

Paralelamente, Portugal propõe-se acolher o Centro Regional de Alerta de Tsunamis na Região do Atlântico Nordeste e Mediterrâneo, no âmbito do sistema de alerta que se encontra em desenvolvimento na Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO, a agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
Portugal entre seis países europeus

Além do IM, o projeto integra mais nove instituições de seis países europeus.

No âmbito do sistema de Alerta de Tsunamis para o Atlântico Nordeste e Mediterrâneo e deste sistema que está a ser preparado, Portugal faz-se representar com um grupo de trabalho.

"Para funcionar no futuro, prevê a existência de centros regionais de alerta e para este em que está Portugal o país é candidato a albergar o centro que desempenhe essas funções", indicou.

Caso a candidatura vingue, o centro de processamento de dados, em terra, deverá ficar no Instituto de Meteorologia, mas ainda não há apoio explícito dos vários governos envolvidos no processo, nem decisões políticas sobre o modelo de financiamento.
Primeira fase: rede sísmica marítima

Numa primeira fase, os sistemas de alerta irão ter como preocupação detetar tsunamis originados por sismos no mar.

A primeira componente é a rede sísmica, que vai avaliar o sismo, a profundidade e intensidade. A partir daí é calculada a probabilidade de ocorrer um tsunami, seguindo-se a confirmação.

Segundo o especialista, o equipamento no mar é "muito dispendioso", comparativamente ao investimento para os equipamentos que existem em terra e que já estão instalados, mas é preciso o país estar preparado.

Fernando Carrilho não tem dúvidas de que a zona litoral portuguesa, nomeadamente a região de Lisboa, voltará a ser assolada por um fenómeno destes: "Não é uma teoria, isso vai mesmo acontecer".
 


Mário Barros

Furacão
Registo
18 Nov 2006
Mensagens
12,603
Local
Maçores (Torre de Moncorvo) / Algueirão (Sintra)
Re: Portugal candidato a acolher centro de alerta de tsunamis

IM integra projecto no âmbito do alertas precoces de tsunami

O Instituto de Meteorologia, I.P., irá integrar o projecto europeu TRIDEC, coordenado pelo Centro Geofísico de Potsdam (Alemanha), no âmbito da instalação de futuros sistemas de alerta precoce de tsunamis.

O projecto, com a duração de 3 anos, tem por objectivo o desenvolvimento de arquitecturas inteligentes para o processamento de grandes volumes de dados, para suporte à decisão no quadro de alertas precoces de tsunami.

O IM, I.P. e o KOERI (Turquia), que também integra o projecto, são dois dos candidatos a receberem o Centro Regional de Alerta de Tsunamis na região do Atlântico Nordeste e Mediterrâneo, no âmbito do sistema de alerta que se encontra em fase de desenvolvimento no seio da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO.

Para além do IM, I.P., o projecto integra mais 9 instituições de 6 países europeus.

IM

Ao que parece sempre se confirma.
 

Vince

Furacão
Registo
23 Jan 2007
Mensagens
10,624
Local
Braga
Setúbal vai ter sistema de alerta de tsunamis a partir do dia 18
A cidade de Setúbal vai ter um equipamento de "aviso e alerta de tsunamis na costa portuguesa" a partir do dia 18, avançou hoje à agência Lusa o coordenador da Protecção Civil Municipal, José Luís Bucho.


"No dia 18 de Março, uma equipa constituída por técnicos portugueses, franceses e italianos vai instalar um equipamento provisório de alerta de tsunamis, para que as pessoas que se encontrem na zona ribeirinha de Setúbal sejam avisadas a tempo de se afastarem", informou. O equipamento em causa, que estará ligado ao Instituto de Meteorologia, é constituído por várias torres a partir das quais serão emitidos sinais sonoros de aviso à população de Setúbal. José Luís Bucho salientou a importância das acções de prevenção, como hoje ficou demonstrado pelo comportamento da população do Japão perante um sismo com uma magnitude de 8,9 graus.

Segundo o coordenador da Protecção Civil Municipal, a Câmara de Setúbal tem vindo a trabalhar na prevenção deste tipo de fenómenos naturais a nível local, mas também no âmbito de um plano mais vasto que abrange toda a Área Metropolitana de Lisboa. De acordo com simulações em computador feitas pela empresa portuguesa Hidromod, parceira de um projecto europeu de alerta de tsunamis, sabe-se que a zona ribeirinha de Setúbal poderia ser muito afectada por um eventual tsunami, com origem num sismo com epicentro no mesmo local onde se verificou o terramoto de 1755, que destruiu grande parte das zonas ribeirinhas de Setúbal e Lisboa.

"Temos cerca de meia hora entre o início da onda e a chegada dessa mesma onda à costa de Setúbal", disse José Luís Bucho. "Após a instalação do equipamento de alerta será necessário realizar alguns exercícios, para que, em caso de uma catástrofe deste género, as pessoas saibam reagir da melhor forma que o fizeram os japoneses", concluiu.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1804078
 

Gerofil

Furacão
Registo
21 Mar 2007
Mensagens
10,059
Local
Estremoz
:eek:

"(...) Em 2001, cientistas previram que uma futura erupção do instável vulcão Cumbre Vieja em La Palma (uma ilha das Ilhas Canárias) poderia causar um imenso deslizamento de terra para dentro do mar. Nesse potencial deslizamento de terra, a metade oeste da ilha (pesando provavelmente 500 bilhões de toneladas) iria catastroficamente deslizar para dentro do oceano. Esse deslizamento causaria uma megatsunami de cem metros que devastaria a costa da África noroeste, com uma tsunami de trinta a cinqüenta metros alcançando a costa leste da América do Norte muitas horas depois, causando devastação costeira em massa e a morte de prováveis milhões de pessoas."

WikiPédia
 

MSantos

Moderação
Registo
3 Out 2007
Mensagens
10,644
Local
Aveiras de Cima
:eek:

"(...) Em 2001, cientistas previram que uma futura erupção do instável vulcão Cumbre Vieja em La Palma (uma ilha das Ilhas Canárias) poderia causar um imenso deslizamento de terra para dentro do mar. Nesse potencial deslizamento de terra, a metade oeste da ilha (pesando provavelmente 500 bilhões de toneladas) iria catastroficamente deslizar para dentro do oceano. Esse deslizamento causaria uma megatsunami de cem metros que devastaria a costa da África noroeste, com uma tsunami de trinta a cinqüenta metros alcançando a costa leste da América do Norte muitas horas depois, causando devastação costeira em massa e a morte de prováveis milhões de pessoas."

WikiPédia

Já tinha ouvido falar dessa possível erupção nas Canárias.. Se acontecer será catastrófico em muitos países com costa no Atlântico:(, mas penso que não há perigo eminente, pelo menos...:unsure:
 

Gerofil

Furacão
Registo
21 Mar 2007
Mensagens
10,059
Local
Estremoz
UNESCO: Primeiro teste de alerta rápido de tsunami no Mediterrâneo

A Agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) vai realizar na quarta-feira o primeiro teste de um sistema de alerta rápido de tsunami no Mediterrâneo, anunciou a organização em Paris.
O Sistema de Alerta Rápido de Tsunami no Mediterrâneo e Atlântico Nordeste (NEAMTWS) foi estabelecido em 2005 sob a égide da UNESCO no âmbito da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI). O teste envolve 31 países num exercício que inclui a transmissão de mensagens por correio eletrónico, fax e pelo Sistema Global de Telecomunicações (GTS) a partir do Observatório e Instituto de Investigação Sísmica de Istambul (Turquia) para todos os centros nacionais na região abrangida.
O objetivo é detetar possíveis falhas na comunicação de alertas de tsunami e testar a rapidez de transmissão de informação através da rede envolvida pelo projeto. O Mediterrâneo e o Atlântico Nordeste registaram historicamente grande atividade sísmica, com os casos mais significativos de 1755, com a destruição de Lisboa, e 1908, com a destruição de Messina (Itália), onde morreram 85.000 pessoas, além do tsunami de menor intensidade ao largo da Argélia, em 2003.
Os especialistas salientam, apesar disso, que a atividade sísmica no Mediterrâneo é de muito menos intensidade do que a registada no Oceano Pacífico. O NEAMTWS é um dos quatro centros de alerta regionais coordenados pela COI a nível global. Sistemas idênticos existem para os oceanos Pacífico, Índico e Caraíbas.
A UNESCO prevê um segundo teste de alerta de tsunami em 2012, envolvendo os meios de comunicação social.

Fonte: Destak
 

Gerofil

Furacão
Registo
21 Mar 2007
Mensagens
10,059
Local
Estremoz
Teste a sistema de alerta de tsunamis correu bem

Eram 11h36 de Quarta-feira em Lisboa quando o Instituto de Meteorologia (IM) em Portugal e os seus congéneres responsáveis pela vigilância sísmica noutros 30 países receberam, com sucesso, uma mensagem de alerta de um hipotético tsunami, enviada pelo Observatório e Instituto de Investigação de Sismos de Kandilli, em Istambul, Turquia. Tratou-se de um teste às comunicações do futuro sistema de alerta precoce de tsunamis no Atlântico Nordeste, Mediterrâneo e outros mares na região, que a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO está a criar desde 2005, o ano a seguir ao tsunami que atingiu o Sudoeste asiático e provocou a morte a mais de 200 mil pessoas.
"Os resultados preliminares indicam que as mensagens foram recebidas poucos minutos depois do envio", refere um comunicado da COI. "O exercício correu sobre rodas. Irá fazer-se uma avaliação completa nas próximas semanas", informou o geofísico Ocal Necmioglu, coordenador principal deste teste. No caso de um sismo com epicentro no mar, com potencialidade para gerar uma onda gigante, é crucial que o alerta seja dado em poucos minutos e que centros responsáveis pelos avisos nos vários países reajam depressa. Foi o que se procurou avaliar no teste.
"Na última década, os sismos e tsunamis mostraram-nos o seu terrível poder destrutivo", realçou a directora-geral da UNESCO, Irina Bokova, citada no comunicado. "Este teste foi um passo significativo para a melhoria da segurança de dezenas de milhares de pessoas no Atlântico Nordeste e Mediterrâneo, indo ao encontro da ambição da UNESCO em estabelecer sistemas de alerta precoce a nível global."
Portugal já se confrontou com o poder destrutivo destes fenómenos, em 1755: um sismo de 8,7 graus de magnitude, seguido de um tsunami, matou dez mil pessoas em Lisboa. Apenas a Turquia e a França estão prontas para avançar, em 2012, com alertas de um tsunami à população. Em Portugal, o sistema de alerta debate-se com a falta de uma decisão política, segundo têm lamentado os coordenadores do projecto no país, Maria Ana Baptista, do Instituto Dom Luiz da Universidade de Lisboa, e Fernando Carrilho, do IM.

TERESA FIRMINO

Fonte: PÚBLICO
 

Gerofil

Furacão
Registo
21 Mar 2007
Mensagens
10,059
Local
Estremoz
Dispositivo de alerta de `tsunamis´ de Setúbal deve estar operacional em 2015

43A6B3EC1DA069DA39ECA03AEC2BED_h276_w430_m2_q80_ceaBRnAmK.jpg


O dispositivo de alerta de ‘tsunamis’ de Setúbal, o primeiro a ser instalado em Portugal, pode estar a funcionar em pleno em 2015, admitiu hoje o italiano Alessandro Annunziato, do Centro Comum de Investigação da Comunidade Europeia.
O dispositivo de alerta de ‘tsunamis’ de Setúbal, o primeiro a ser instalado em Portugal, pode estar a funcionar em pleno em 2015, admitiu hoje o italiano Alessandro Annunziato, do Centro Comum de Investigação da Comunidade Europeia. "Estamos no processo de ligação do equipamento de medição instalado aqui junto ao cais da Secil", disse Alessandro Annunziato, durante um teste de verificação do bom funcionamento daquele dispositivo de recolha de dados sobre o estado do mar, que hoje foi testado pela primeira vez.
O equipamento dispõe de um mecanismo de raios laser que deteta eventuais alterações do estado do mar, e que também interpreta as caraterísticas de algumas ondas que, por vezes, antecedem a ocorrência de um `tsunami´. Os dados recolhidos são transmitidos para a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), e para o Centro Comum de Investigação da Comunidade Europeia, em Itália, bem como para um painel informativo instalado em 2011 no Parque Urbano de Albarquel, em Setúbal.
Em caso de alerta de `tsunamis´, a população da zona ribeirinha teria apenas dois ou três minutos para se afastar da zona ribeirinha, devido à proximidade do equipamento, instalado a poucos quilómetros de Setúbal. Este período de tempo poderá, no entanto, aumentar para 20 a30 minutos quando forem instalados outros equipamentos de medição (bóias) ao largo da costa portuguesa, o que deverá acontecer até final deste ano, em locais ainda a definir.
O projeto do dispositivo de alerta de `tsunamis´ de Setúbal foi desenvolvido pelo Centro Comum de Investigação da Comunidade Europeia, em colaboração com a Câmara Municipal de Setúbal, a Proteção Civil e a APSS. O dispositivo, que já dispõe do painel informativo com sistema de alerta no Parque Urbano de Albarquel e do equipamento de medição junto ao cais da Secil, deve incluir, também, outros equipamentos de medição ao serviço da APSS.
"Aqui, em Setúbal, há apenas este ponto de recolha de dados instalado no molhe da Secil, mas a APSS dispõe de outros instrumentos de monitorização, designadamente estações meteorológicas e marégrafos", disse à Lusa Ernesto Carneiro, da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, salientando que todos estes instrumentos vão ajudar à monitorização para detetar a eventual ocorrência de um `tsunami´. "Há ainda uma rede de boias instaladas ao largo da costa que também fazem essa monitorização, o que permite a triangulação de toda essa informação e a transmissão automática para o dispositivo de alerta", acrescentou.
A zona ribeirinha da cidade de Setúbal ficou totalmente destruída após o `tsunami´ que se seguiu ao sismo de 1755, tal como aconteceu na zona ribeirinha de Lisboa. De acordo com alguns estudos realizados em Portugal, um sismo idêntico ao de 1755 poderia provocar uma onda com sete metros de altura com um poder de destruição que poderia devastar o centro histórico e entrar pela cidade dentro, percorrendo uma distância estimada de cerca de 800 metros, desde a linha de costa até ao Parque do Bonfim.

GR // JLG

Fonte: MSN Notícias

Por falar em alertas, lembrei-me do roubo do cobre que impede o correcto funcionamento dos sistemas de alertas de inundação instalados a adjacentes da principal barragem existente no Algarve… Monta-se todo o sistema mas depois rouba-se o cobre…
 

Gil_Algarvio

Nimbostratus
Registo
23 Mar 2009
Mensagens
1,811
Local
Manta Rota - Algarve
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::SISTEMA DE ALERTA DE TSUNAMI::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::


Quatro minutos é o tempo que o primeiro dispositivo de alerta testado com sucesso, em Setúbal, consegue avisar com antecedência que vem aí uma onda. Zona ribeirinha da cidade ficou totalmente destruída com o tsunami que se seguiu ao sismo de 1755. O mesmo aconteceu na zona ribeirinha de Lisboa.

Portugal testou com êxito, esta quinta-feira, um dispositivo de alerta de tsunamis. A primeira instalação e teste ocorreu em Setúbal, pelas mãos dos especialistas do Centro Comum de Investigação da Comunidade Europeia, de Itália. É capaz de avisar quatro minutos antes da chegada da primeira onda.
«O dispositivo de alerta foi testado hoje de manhã, com a ajuda de um simulador mecânico de tsunamis, tendo acionado de imediato o painel informativo e as sirenes do Parque Urbano de Albarquel», garantiu o líder do projeto, Alessandro Annunziato, citado pela Lusa.

«Algumas pessoas que ouviram as sirenes assustaram-se e até chamaram os bombeiros, porque ainda não conheciam este sistema de alerta», acrescentou.

O dispositivo de alerta «pode ser ativado de forma automática, mas também de forma manual, sempre que as autoridades considerem que é necessário proceder à evacuação do local».

Como funciona?

Constituído por um sistema de medição do nível do mar, instalado junto ao cais da Secil, a cerca de três quilómetros de Setúbal, e por um painel digital no Parque Urbano de Albarquel, o sistema permite avisar a população na zona ribeirinha de Setúbal com quatro minutos de antecedência em relação à chegada da primeira onda.

Este intervalo de tempo de reação, de quatro minutos, poderá aumentar significativamente no futuro, com a interligação de outros dispositivos de medição do nível do mar instalados ao longo da costa portuguesa.

Financiamento vem da UE, mas há outras prioridades mais imediatas
Apesar do sucesso dos testes realizados em Setúbal, o líder do projeto reconheceu que ainda vai demorar algum tempo até que as zonas costeiras de Portugal e de outros países europeus beneficiem destes dispositivos.

«O sistema de alerta de tsunamis é financiado pela Comissão Europeia, mas, neste momento, há outras prioridades na Europa, como o emprego», disse Alessandro Annunziato.

A instalação do sistema de alerta de tsunamis em Setúbal, projeto iniciado em 2011, insere-se na estratégia europeia de investigação tendo em vista a melhoria dos mecanismos de alerta de desastres e reduzir os tempos de transmissão de alertas às populações em risco.

Olhar para o passado, para melhor enfrentar o futuro

Em Portugal, a entidade responsável pelo sistema nacional de alerta de tsunamis é o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que comunica todos os alertas que recebe à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), que, por sua vez, alerta a população em risco.

A zona ribeirinha da cidade de Setúbal ficou totalmente destruída após o tsunami que se seguiu ao sismo de 1755, tal como aconteceu na zona ribeirinha de Lisboa.

De acordo com alguns estudos realizados em Portugal, um sismo idêntico ao de 1755 poderia provocar uma onda com sete metros de altura, que poderia destruir toda a zona do centro histórico e entrar cerca de 800 metros pela cidade dentro, até á zona do Parque do Bonfuim.


Fonte:
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/s...amis/alerta-tsunami-quatro-minutos-para-fugir
 

Gil_Algarvio

Nimbostratus
Registo
23 Mar 2009
Mensagens
1,811
Local
Manta Rota - Algarve
Se o tempo for aumentado é um sistema brutal.
Não deve ser possível aumentar o tempo. Pois estamos a falar de uma força da natureza que simplesmente não a podemos mandar esperar. O tempo está extremamente depende da magnitude do sismo, da localização do epicentro e claro, da distância do mesmo aos pontos da costa.
Se bem que tinha a ideia de estudos passados que davam mais tempo a Setúbal e Lisboa. No entanto isto pode requerer a finalização do sistema certamente.
Para mais que não sabemos com exactidão onde ocorreu o epicentro do sismo de 1755. Simplesmente a cadência de sismos de elevada magnitude cá é muito baixa à escala humano, o que é bom pois há poucos mas é mau para este tipo de investigação e dados.
 

asalves

Cirrus
Registo
20 Ago 2017
Mensagens
2
Local
Albufeira
Primeiro centro de alerta precoce do País funciona no Instituto do Mar e da Atmosfera.
(...)
O sistema de alerta português é atualizado de cinco em cinco minutos, mas globalmente a informação demora 15 minutos. Enquadrado na rede nacional de sismómetros e marégrafos, conta com a cooperação da Direção-Geral do Território e do Instituto Hidrográfico. O equipamento, que serve para melhorar a coordenação e antecipação da Autoridade Nacional de Proteção Civil, foi pensado e criado após o tsunami que afetou a Indonésia, em 2004.
(...)
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/alerta-de-tsunamis-demora-5-minutos
http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/alerta-de-tsunamis-demora-5-minutos
Andei a procura de mais informação sobre a localização do centro e não encontrei nada, os jornais limitam-se a repetir o press release.

Duvidas:
Alguém sabe onde fica o centro? se em Algés ou na Sede?
E será que os 15 minutos de propagação do aviso não é muito para depois ter ainda que alertar as entidades e estas terem tempo para emitir algum alerta?
 
  • Gosto
Reactions: Thomar

fablept

Nimbostratus
Registo
12 Nov 2008
Mensagens
1,419
Local
Ponta Delgada - Açores
Primeiro centro de alerta precoce do País funciona no Instituto do Mar e da Atmosfera.
(...)
O sistema de alerta português é atualizado de cinco em cinco minutos, mas globalmente a informação demora 15 minutos. Enquadrado na rede nacional de sismómetros e marégrafos, conta com a cooperação da Direção-Geral do Território e do Instituto Hidrográfico. O equipamento, que serve para melhorar a coordenação e antecipação da Autoridade Nacional de Proteção Civil, foi pensado e criado após o tsunami que afetou a Indonésia, em 2004.
(...)
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/alerta-de-tsunamis-demora-5-minutos
Andei a procura de mais informação sobre a localização do centro e não encontrei nada, os jornais limitam-se a repetir o press release.

Duvidas:
Alguém sabe onde fica o centro? se em Algés ou na Sede?
E será que os 15 minutos de propagação do aviso não é muito para depois ter ainda que alertar as entidades e estas terem tempo para emitir algum alerta?

Imaginando que o tsunami de 1755 demorou cerca de 30mnts a Lisboa, dá 15mnts de alerta, é melhor do que nada, mas o mais importante é o que fazer com esses 15mnts..isso tudo dependerá da articulação entre diversos meios e que infelizmente nos últimos meses tem se mostrado não muito eficaz.

Já no Algarve, só deverá dar 5 minutos de alerta...

Longe de ser expert na matéria mas penso que como não há localização certa para o próximo sismo que irá dar origem a tsunami com impacto no continente, logo os sismometros e bóias estão dispersas por uma grande área e isso aumenta o tempo de alerta de um tsunami, há primeiro uma análise sísmica e não é com um sismometro que se obtém a localização e magnitude de um sismo, tem que haver uma triangulacão. 2/3 minutos para confirmar localização e magnitude em primeira análise do sismo (as ondas sísmicas já terão atingido o continente, cerca de 1mnt para Lisboa). Depois deve haver a confirmação do tsunami numa ou mais bóias..mais 1/2minutos.

No fundo falta é mais uns milhões para tornar as áreas suspeitas mais densas com sismometros/acelerometros/boias para reduzir mais um pouco o tempo de alerta. O Japão é o exemplo a seguir..

 
  • Gosto
Reactions: MSantos

Orion

Furacão
Registo
5 Jul 2011
Mensagens
21,567
Local
Açores
15 mins num país habituado a terramotos é significativo.

15 mins num país que não faz a mínima o que é experienciar um terramoto intenso é, realisticamente, irrelevante.

Dependerá de muita coisa. É de dia ou de noite? É de semana ou num sábado? É no Verão ou no Inverno?

Como é que a ANPC/IPMA vai avisar as pessoas? TV? Rádio? E nos locais sem eletricidade? Duvido que o aparato de segurança esteja minimamente preparado.

As pessoas vão ficar atordoadas com o terramoto e respetivos danos. Poucos saberão como evacuar e o que levar. Vão começar por fazer o óbvio - avaliar as suas circunstâncias imediatas e telefonar para familiares - perdendo tempo valioso.

Felizmente o litoral sul do país é relativamente pouco habitado. Mas mesmo no centro o caos é certo.