Corço (Capreolus capreolus)

Seattle92

Nimbostratus
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Entretanto, nas últimas semanas, confirmei que o núcleo de corços que referi na zona de Vila Nova de Paiva/Momenta da Beira, provém de uma libertação (ou várias) de corços efectuada na zona da Gralheira, aparentemente após 1995. Não conseguir obter confirmação da data nem sequer de quem efectivamente a executou. Também não consegui apurar o grau de envolvimento estatal neste acção (mais activo ou não).

Achas que são a mesma população? Tinha ficado com ideia de serem (pelo menos) dois grupos diferentes.

Digo isto porque o PROF que cobre a área de Moimenta da Beira refere:
É igualmente feita referência de que no concelho de Moimento da Beira começam a ser observados indivíduos, fruto de repovoamentos efectuados na área limítrofe do concelho.

Daqui fiquei com impressão que foram feitas reintroduções algures entre Vila Nova de Paiva e Moimenta da Beira

Por outro lado os PROF do Vouga e Douro indicam a existência nos concelhos de Resende, Cinfães, Arouca e Vale de Cambra. Ou seja, nas diferentes serras que compõem o Maciço da Gralheira.

Nenhum destes concelhos está na "área limítrofe do concelho" de Moimenta da Beira, daí ter ficado com ideia de serem duas populações diferentes.

Aparentemente, a população inicial cresceu para Norte e para Nascente, onde têm áreas mais favoráveis. Na zona inicial, é que parece que não existem registos a algum tempo.

Isto quer dizer que os animais deixaram de ser vistos nas diferentes serras do Maciço da Gralheira e só aparecem actualmente na zona de Vila Nova de Paiva e Moimenta da Beira?



Seria muito interessante que se fizesse um estudo à dieta das ultimas alcateias de lobos a sul do Douro, para se perceber se estas populações de corços já começaram a fazer parte dela.
 


lreis

Cumulus
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Vou fazendo comentários de permeio

Achas que são a mesma população? Tinha ficado com ideia de serem (pelo menos) dois grupos diferentes.

Digo isto porque o PROF que cobre a área de Moimenta da Beira refere:

É possível que tenham sido mais do que uma reintrodução que deu origem portanto a mais do que grupo populacional.


Daqui fiquei com impressão que foram feitas reintroduções algures entre Vila Nova de Paiva e Moimenta da Beira

Este pode ter sido uma das reintroduções muito embora a população da Gralheira possa também ter crecsido para estes lados uma vez que tem o (óptimo) habitat da Serra do Leomil que lhe permite uma expansão em diversos sentidos.

Por outro lado os PROF do Vouga e Douro indicam a existência nos concelhos de Resende, Cinfães, Arouca e Vale de Cambra. Ou seja, nas diferentes serras que compõem o Maciço da Gralheira.

Nenhum destes concelhos está na "área limítrofe do concelho" de Moimenta da Beira, daí ter ficado com ideia de serem duas populações diferentes.

Aqui parece-me mais provável um crescimento da população da Gralheira para Norte e para Poente. Estamos a falar de um crescimento num período de cerca de 15 anos, o que parece possível.

Além disso não sei se não pode ter ocorrido a fuga de alguns corços de um cercado que existe por cima de Lamego, na ponta da serra de Montemuro/Meadas.



Isto quer dizer que os animais deixaram de ser vistos nas diferentes serras do Maciço da Gralheira e só aparecem actualmente na zona de Vila Nova de Paiva e Moimenta da Beira?

É uma hipótese a ser estudada.



Seria muito interessante que se fizesse um estudo à dieta das ultimas alcateias de lobos a sul do Douro, para se perceber se estas populações de corços já começaram a fazer parte dela.
 

Seattle92

Nimbostratus
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Aqui vai um update ao mapa de distribuição com os últimos dados que temos discutido:

corcodistribuicao.jpg
 

Seattle92

Nimbostratus
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Diferenças em relação ao último mapa:

1º Acrescentei uma mancha referente ao Maciço da Gralheira, na zona dos concelhos de Arouca, Cinfães, Resende, São Pedro do Sul

2º Acrescentei uma outra mancha na zona de Vila Nova de Paiva e Moimenta da Beira. Por enquanto fica separada da população anterior.

3º Acrescentei a serra da Gardunha. Também esta população (que é fruto de uma reintrodução) fica separada da população da Malcata/Belmonte, assim como da Lousã/Açor.
 

Seattle92

Nimbostratus
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Aqui parece-me mais provável um crescimento da população da Gralheira para Norte e para Poente. Estamos a falar de um crescimento num período de cerca de 15 anos, o que parece possível.

Além disso não sei se não pode ter ocorrido a fuga de alguns corços de um cercado que existe por cima de Lamego, na ponta da serra de Montemuro/Meadas.

Esse cercado deve ser o de Lalim. Aqui pode-se ver a história da sua criação e construção.

http://www.loboiberico.org/index.php?pagina=19&ID=15

Final dos Trabalhos
2009-08-03
Os trabalhos de construção do Cercado de Lalim estão finalizados. Os trabalhos foram concluídos com a cobertura da rede secundária (Figura 15). O Cercado de Lalim encontra-se funcional e com todas as condições para receber animais. Na Figura 16 podemos observar o acesso principal do cercado e na Figura 17 observamos a vedação e as suas características

É pena que a descrição acabe com este texto e não hajam mais informações (nomeadamente se chegaram a ser lá postos os animais).
 

Seattle92

Nimbostratus
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Se fizermos uma recta num mapa a unir estes dois locais, vemos que a linha segue exactamente por cima da cordilheira que une a serra da Lousã à serra do Açor (e que depois segue para a serra da Estrela). Isto parece indicar que a expansão do corço nesta zona do país está a ser feita essencialmente ao longo das serras.

Se calhar enquanto houver serra para colonizar (e ainda há, nomeadamente a maior de todas :)), esta população não se irá espalhar muito para norte (distrito de Viseu), nem para sul (Pinhal Interior).

Enganei-me :lol:

Já começaram a ser vistos também em Oleiros (assim como veados). Afinal também estão a espalhar-se para sul e até já atravessaram o Zêzere.
 

lreis

Cumulus
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Enganei-me :lol:

Já começaram a ser vistos também em Oleiros (assim como veados). Afinal também estão a espalhar-se para sul e até já atravessaram o Zêzere.

Muito importante esta informação. Era uma das minhas dúvidas iniciais: como e se se iria dar a colonização da região correspondente ao Pinhal Interior Sul?
Afinal, aparenta que já se está a dar.

Agora a dúvida passa a ser outra: estes exemplares advêm da expansão da população da Lousã ou da expansão da zona do Fundão? Ou será que estas duas manchas populacionais, que se consideravam até agora (ainda) separadas, já se juntaram entretanto (algures entre a Pampilhosa e o Fundão) e expandiram-se para a região de Oleiros? Ou foi ainda uma junção nesta região das 2 populações anterior?

Relativamente à tua actualização cartográfica, parece-me bem feita.
Faço-te chegar só chegar mais um comentário (para além do anterior).
Face ao nº de observações que existem na região do Sabugal, parece-me que existe um contínuo geográfico que começa na zona da Malcata e vai até ao Douro. Na região do Sabugal, existem observações há mais de 10 anos e penso até que foi uma das regiões onde foram feitas reintroduções na década de 90.
 

Seattle92

Nimbostratus
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Agora a dúvida passa a ser outra: estes exemplares advêm da expansão da população da Lousã ou da expansão da zona do Fundão? Ou será que estas duas manchas populacionais, que se consideravam até agora (ainda) separadas, já se juntaram entretanto (algures entre a Pampilhosa e o Fundão) e expandiram-se para a região de Oleiros? Ou foi ainda uma junção nesta região das 2 populações anterior?

A descrição foi de um caçador que viu dois veados e um corço. Fiquei com ideia que eram da população da Lousã. Pelo menos em relação aos veados já tinha conhecimento da sua existência na Pampilhosa da Serra, por isso não custa acreditar que atravessaram o Zêzere em direcção a Oleiros.

Quanto à junção com as populações da Beira Interior não sei de nada. Mas acredito que se dê entre a Pampilhosa e a serra da Gardunha no caso do corços e possivelmente mais para sul (Oleiros e Castelo Branco) no caso dos veados.

Quando encontrar mais alguma referência entre estas terras indicadas em cima, dou como oficialmente confirmada a junção e mudo o mapa :lol:


Relativamente à tua actualização cartográfica, parece-me bem feita.
Faço-te chegar só chegar mais um comentário (para além do anterior).
Face ao nº de observações que existem na região do Sabugal, parece-me que existe um contínuo geográfico que começa na zona da Malcata e vai até ao Douro. Na região do Sabugal, existem observações há mais de 10 anos e penso até que foi uma das regiões onde foram feitas reintroduções na década de 90.

Sim, também já era para ter mudado essa parte. Já há alguns anos que corços são vistos a sul de Almeida junto ao IP5, por outro lado também já há uns 10 anos que existem na zona Sabugal (possivelmente Guarda?), por isso é praticamente adquirido que as duas populações já se encontram unidas.

Essa união é interessante também por serem animais de diferentes origens. As primeiras reintroduções na Beira foram feitas com animais franceses e os que descem do Douro são autóctones da península. Pelos vistos já estarão juntos. Esperemos que os genes ibéricos prevaleçam nestas populações mistas e os franceses se diluam com o tempo.

Já agora, está na altura de parar com a importação de corços e veados de outras zonas da Europa. Ambas as espécies já têm populações suficientemente numerosas para serem usados animais portugueses nas diferentes operações de reintroduções que se queiram fazer.
 

lreis

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A descrição foi de um caçador que viu dois veados e um corço. Fiquei com ideia que eram da população da Lousã. Pelo menos em relação aos veados já tinha conhecimento da sua existência na Pampilhosa da Serra, por isso não custa acreditar que atravessaram o Zêzere em direcção a Oleiros.

Quanto à junção com as populações da Beira Interior não sei de nada. Mas acredito que se dê entre a Pampilhosa e a serra da Gardunha no caso do corços e possivelmente mais para sul (Oleiros e Castelo Branco) no caso dos veados.

Quando encontrar mais alguma referência entre estas terras indicadas em cima, dou como oficialmente confirmada a junção e mudo o mapa :lol:




Sim, também já era para ter mudado essa parte. Já há alguns anos que corços são vistos a sul de Almeida junto ao IP5, por outro lado também já há uns 10 anos que existem na zona Sabugal (possivelmente Guarda?), por isso é praticamente adquirido que as duas populações já se encontram unidas.

Essa união é interessante também por serem animais de diferentes origens. As primeiras reintroduções na Beira foram feitas com animais franceses e os que descem do Douro são autóctones da península. Pelos vistos já estarão juntos. Esperemos que os genes ibéricos prevaleçam nestas populações mistas e os franceses se diluam com o tempo.

Já agora, está na altura de parar com a importação de corços e veados de outras zonas da Europa. Ambas as espécies já têm populações suficientemente numerosas para serem usados animais portugueses nas diferentes operações de reintroduções que se queiram fazer.

Estás a referir uma questão igualmente importante.
As reintroduções na Beira Interior foram no início feitas com animais vindos de França e que supostamente seriam até de subespécies diferentes. Não sei se isto é verdade ou não.
Agora, era muito interessante fazer o acompanhamento genético das populações da região para perceber qual foi o padrão de "miscigenação" e se se antevê qualquer questão problemática nesta matéria.
 

Seattle92

Nimbostratus
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Pois, no thread do veado vermelho tinha posto uma notícia semelhante, mas em relação a essa espécie:

De acordo com os resultados preliminares desta investigação, em Portugal o padrão ibérico mantém-se nas populações de veados analisadas. No entanto, Carlos Fonseca suspeita de que na zona sul do país a subespécie esteja contaminada por animais de outras origens, como Escócia ou centro da Europa.

A introdução destes veados “estrangeiros” pode alterar as características físicas e fisiológicas do Cervus elaphus hispanicus, ao ponto de surgirem problemas no que respeita à adaptação ao seu habitat natural.
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=46320&op=all



A situação do corço é capaz de ser um pouco melhor, já que as reintroduções foram bem menores e talvez com a junção dos animais autóctones na Beira, os genes "estrangeiros" se diluam na população dominante. Já os veados estão espalhados por dezenas de herdades e coutadas que importaram animais de outros países da Europa.
 

Seattle92

Nimbostratus
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Descobri um documento bastante interessante e que analisa o que temos debatido neste forum nos últimos tempos:

"Distribuição e estatuto do veado e corço em Portugal"
http://biblioteca.sinbad.ua.pt/teses/2009001236

Nesta dissertação de mestrado de 2009 a autora Daniela Salazar faz uma análise da ocorrência de veados e corços no nosso território durante o ultimo século.

corco19002009.jpg


1º mapa até 1970
2º mapa de 1970 até 1980
3º mapa de 1980 até 1990
4º mapa de 1990 até 2000
5º mapa de 2000 até 2009

Um dos problemas que se encontra ao ler esta tese e ao analisar os seus mapas é o facto de não haver um distinção exacta do que são áreas cercadas com a espécie e o que são populações selvagens em liberdade. Neste caso observam-se manchas verdes no Alentejo que certamente se referem a coutadas de caça cercadas onde existem corços (neste caso até está indicado no texto, mas no caso dos veados já não se distingue bem).
 

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Nimbostratus
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A comparar com o mapa que tinha desenhado com informação recolhida até agora, não se notam grandes diferenças. As principais serão:

1 - Neste mapa dá uma ocorrência mais pequena no alto Minho, mas em contrapartida mostra uma mancha na zona de Barcelos (que não me parece correcta, nem tem qualquer explicação ao nível do texto). De resto a norte do Douro é mais ou menos a mesma coisa.

2 - Ao longo do Douro há indicação de uma expansão de Foz Coa para a zona de São João da Pesqueira, da qual não tínhamos ainda informação.

3 - A zona da raia tem uma mancha contínua desde o Douro até à Malcata. Coisa que também já nós tínhamos indicado como provável, mas que ainda não tinha actualizado no mapa.

4 - Há indicação da espécie na serra da Estrela, já que são referidas reintroduções em Manteigas e Covilhã no ano 2000. Não há é indicação se essas reintroduções tiveram sucesso e actualmente ainda lá existem animais.

5 - A mancha na Lousã é bem menor que a que eu desenhei. Mas tendo em conta a informação que aqui tem aparecido no forum, presumo que a minha versão esteja mais correcta.

6 - Há uma mancha no Parque do Tejo Internacional, mas não há qualquer explicação no texto. O texto tem uma indicação de presença em Vila Velha de Ródão (não sei se era isso que se pretendia indicar no mapa), mas também sem qualquer explicação se é uma população natural ou qualquer coutada cercada.

7 - Todas as manchas a sul do Tejo presumem-se ser terrenos de caça cercados.
 

lreis

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A comparar com o mapa que tinha desenhado com informação recolhida até agora, não se notam grandes diferenças. As principais serão:

1 - Neste mapa dá uma ocorrência mais pequena no alto Minho, mas em contrapartida mostra uma mancha na zona de Barcelos (que não me parece correcta, nem tem qualquer explicação ao nível do texto). De resto a norte do Douro é mais ou menos a mesma coisa.

2 - Ao longo do Douro há indicação de uma expansão de Foz Coa para a zona de São João da Pesqueira, da qual não tínhamos ainda informação.

3 - A zona da raia tem uma mancha contínua desde o Douro até à Malcata. Coisa que também já nós tínhamos indicado como provável, mas que ainda não tinha actualizado no mapa.

4 - Há indicação da espécie na serra da Estrela, já que são referidas reintroduções em Manteigas e Covilhã no ano 2000. Não há é indicação se essas reintroduções tiveram sucesso e actualmente ainda lá existem animais.

5 - A mancha na Lousã é bem menor que a que eu desenhei. Mas tendo em conta a informação que aqui tem aparecido no forum, presumo que a minha versão esteja mais correcta.

6 - Há uma mancha no Parque do Tejo Internacional, mas não há qualquer explicação no texto. O texto tem uma indicação de presença em Vila Velha de Ródão (não sei se era isso que se pretendia indicar no mapa), mas também sem qualquer explicação se é uma população natural ou qualquer coutada cercada.

7 - Todas as manchas a sul do Tejo presumem-se ser terrenos de caça cercados.

Vi agora o post do corço e mais uma vez, concordo inteiramente com a interpretação feita pelo Seattle.
A minha análise feita ao mapa do veado aplica-se igualmente aqui embora com um nível de abrangência geográfico diferente.
Chamo a atenção para mais algumas pequenas questões:
- a mancha de corço no mapa até 1970, localizada em torno de Amarante. Alguém tem a noção se isto foi uma reintrodução ou uma população de cercado?;
- a mancha da Lousã está manifestamente diminuida entre 2000 e 2009 uma vez que existem desde há algunsa anos relatos de observação para os concelhos da Pampilhosa da Serra, Góis e Arganil;
- não percebo a mancha isolada na serra da Gardunha. Houve alguma libertação específica nesta serra entre 2000 e 2009? Eu tenho conhecimento mais a Norte, mas aqui não. Devia no meu entender, haver um contínuo com a grande mancha a Norte, da Beira Interior.
 

Seattle92

Nimbostratus
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- a mancha de corço no mapa até 1970, localizada em torno de Amarante. Alguém tem a noção se isto foi uma reintrodução ou uma população de cercado?;

Segundo o texto no próprio estudo, são populações naturais da serra do Alvão e Marvão. Parece que os corços nunca chegaram a desaparecer naquela área.

São também vários os relatos, que confirmam a presença de corço em determinadas zonas da área de Alvão-Marão sendo, inclusivamente, alvo de uma gestão por parte do Estado nas décadas de 50 e 60, capturando-se vários exemplares em poços-armadilha que eram posteriormente colocados num cercado perto da pousada de São Gonçalo, no Marão (Teixeira, 2003).
 

Seattle92

Nimbostratus
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- não percebo a mancha isolada na serra da Gardunha. Houve alguma libertação específica nesta serra entre 2000 e 2009? Eu tenho conhecimento mais a Norte, mas aqui não. Devia no meu entender, haver um contínuo com a grande mancha a Norte, da Beira Interior.

Sim, houve uma reintrodução na serra da Gardunha durante a ultima década. Agora se essa população já está ligada à da Malcata, isso já não sei. Até porque não consigo perceber muito bem se as reintroduções feitas na zona da Covilhã deram resultado. Por isso não sei como estará a distribuição da espécie nessa zona.

Estando a falar de distancias pequenas (15/20 km), é fácil acreditar que a população da Gardunha já se encontre ligada com as restantes da Beira Interior, mas o mesmo pode ser dito em relação à da Lousã/Açor. Ou então as três ainda estão isoladas...