Electricidade sobe para subsidiar empresas do sector

frederico

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9 Jan 2009
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Re: [Petição] Electricidade: exigimos custos sem extras

Temos de fazer algo contra estes e outros energumes que tentam justificar tudo no preço final, desde os seus investimentos até mesmo os seus impostos, querendo eles que seja o consumidor final a pagar! E a técnica de tal malificiencia já se pegou a outros sectores: a panificação, a água, a banca, .. Enfim, entidades para as quais o respeito pelos seus clientes é quase nulo, onde o preço praticado pelo seu produto ou serviço é apenas o menor de todas as parcelas na factura!

Sabem que mais, uma família que mude para outro fornecedor de energia pode poupar 180eur por ano! A REFER já mudou de fornecedor..

Sim, mas penso que só a EDP é que tem a factura bi-horária, ou estou enganado?
 


Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Sim, mas penso que só a EDP é que tem a factura bi-horária, ou estou enganado?

Isso não sei, mas os 180eur de poupança anual optando um dos fornecedores espanhóis, são referidos pela proteste! As famílias mais pobres nem sequer usufruem de tarifa bi-horária, optam pelo contador que oferece a potência mínima.
 

Lousano

Cumulonimbus
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12 Out 2008
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Sinceramente, ficamos com grandes dúvidas.

O problema maior é que um Secretário de Estado deu explicações evasivas, de modo a que tudo fosse explicado como sendo um total disparate a dúvida da DECO.

Problema: Todos devem ter algo de razão, e/ou algo a esconder, mas que tal, deixarem tudo muito claro e simples para que EU (ou todos os portugueses... isso também serve) dar a minha opinião?
 

cameteo

Cirrus
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7 Dez 2010
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coimbra
Interessante análise. Acontece que o zé povinho entretido com futebol, novelas, circo e-até à pouco tempo- pão, não conhece as vertentes dos negócios, paga, está na miséria, mas pensa que é o destino. Não estou a dizer sequer, que estão certos ou errados estes negócios. Mas o que está errado é o pagode não os saber analisar. A TV e os jornais não falam deles. logo não existem. E chegamos à questão central. Não falam porquê? Basicamente pq estão controlados, por centrais de informação e propaganda desde os donos dos jornais até aos mais simplórios jornalistas. Já agora, este negócio dos moinhos de vento só têm pernas para andar quando a ciência descobrir uma bateria, duradoura e barata. Até lá ou pagamos centrais de bombagem, para a noite, ou pagamos para deitar a energia fora (de borla) à noite. Mas basicamente pagamos e não bufamos...até à falência. Com a capacidade que o estado tem para derreter dinheiro, BPN, parcerias, assessores, etc...nem que os impostos fossem de 100% chegavam para derreter. Mas o pagode gosta de votar....como se houvesse alguma diferença...entre a frigideira e o lume. Eles tem todos, mas todos, o mesmo objectivo...governar-se a si e às suas clientelas...
 

Knyght

Cumulonimbus
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10 Mai 2009
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Caro Vince,

Nessa questão não sei muito bem onde se enquadra a sua filosofia a falar da Hídrica...

Acho mal existir uma EDP Produção lucrativa e de um outro lado da Moeda existir a EDP Distribuição com Largo Prejuízo...

Pois não há consumo se a distribuição falhar, lembre-se dos combustíveis e a greve das empresas de transporte... Caso pratico embora tenha a minha leitura de muita coisa do sector.

Riu-me em alto e bom som quando alguns iluminados dizem que a REN só da prejuízo e é cara. Experimentem fechar um dia que seja os departamentos e fecham como o país fica...

Se há contratos menos éticos são outros, não a hídrica!
 

Lousano

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12 Out 2008
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Primeiro que tudo tenho de referir que não sou defensor das renováveis (e que as mesmas têm benefícios demasiado elevados), de modo a poderem pensar nas questões que vos faço.

Vejamos:

1- Se Espanha e Portugal não tivessem feito os investimentos nas renováveis que existem actualmente, o preço e mercado da energia electrica no mesmo, seria o actual?

2 - Caso não existisse investimento em produção de energia electrica através de renováveis (sobretudo eólica), qual seria a(s) sua(s) fonte(s) e a percentagem de diversidade das mesma(s)?

3 - Tomando o ponto 1 e 2, tendo em conta que o gás natural fosse a fonte de energia escolhida (e o que seria na minha opinião), o preço do gás natural na Península Ibérica seria o actual?

4 - Tomando o ponto 3, a factura de electricidade, tanto para os consumidores domésticos e sobretudo para os industriais, iria diminuir?

5 - No caso da possibilidade da energia nuclear, alguém sabe referir o custo real (estudo; construção; manutenção/paragens; desmantelamento; resolução e aquartelamento de resíduos) de uma central nuclear para produção de energia electrica?
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Primeiro que tudo tenho de referir que não sou defensor das renováveis (e que as mesmas têm benefícios demasiado elevados), de modo a poderem pensar nas questões que vos faço.

Vejamos:

1- Se Espanha e Portugal não tivessem feito os investimentos nas renováveis que existem actualmente, o preço e mercado da energia electrica no mesmo, seria o actual?

2 - Caso não existisse investimento em produção de energia electrica através de renováveis (sobretudo eólica), qual seria a(s) sua(s) fonte(s) e a percentagem de diversidade das mesma(s)?

3 - Tomando o ponto 1 e 2, tendo em conta que o gás natural fosse a fonte de energia escolhida (e o que seria na minha opinião), o preço do gás natural na Península Ibérica seria o actual?

4 - Tomando o ponto 3, a factura de electricidade, tanto para os consumidores domésticos e sobretudo para os industriais, iria diminuir?

5 - No caso da possibilidade da energia nuclear, alguém sabe referir o custo real (estudo; construção; manutenção/paragens; desmantelamento; resolução e aquartelamento de resíduos) de uma central nuclear para produção de energia electrica?

1. Em Espanha talvez funcione a economia de mercado, aqui embora já seja um mercado aberto, continuamos com o mesmo monopólio da EDP, um pouco por culpa dos consumidores fiéis a décadas de fornecimento de energia pela EDP. Para uma empresa em monopólio, o preço de um bem/serviço que é essencial, é irrelevante pois vai ser o consumidor a pagar. As contas são fáceis, basta definir a margem de lucro, tendo em conta as previsões do preço da energia a importar, do petróleo, e a barreira de preço regulada pelo Estado. Desta forma, caso não houvesse acordos com o Estado, nada obrigaria a EDP a investir e/ou comprar energia (com origem em renováveis) a outros produtores nacionais inclusive a microprodutores/consumidores.

Apesar de tudo, não posso deixar de lamentar cota parte que pagamos na factura da EDP sobre as renováveis. Trata-se do seguinte: o Estado fez um acordo com a EDP, de forma a investir/comprar energia com origem nas renováveis. Para cumprir o acordo, a EDP compromete-se a comprar, por exemplo, a energia que os micro produtores (consumidores com painéis solares, pequenas eólicas,..), pagando uma dada majoração que vai decrescendo ao longo dos anos. Ora quem paga esta majoração é o Estado à EDP. E quem paga ao Estado? Pois, somos nós contribuintes.

E agora pergunto o seguinte: Acham bem, num estado dito social, que os pobres ajudem a classe média/alta a pagar os seus investimentos nas renováveis? É que, quem compra painéis fotovoltaicos, painéis solares, mini-hidricas, mini-éolicas, não são os pobres, pois não?

Pois é, assim é fácil o estado gabar-se de uma façanha “apoiamos o investimento nas renováveis”, incluindo os pobres na factura!
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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PSD aceita receitas extra das mini-hídricas

Macedo lembrou que o PSD tinha exigido ao Governo cortes “essencialmente do lado da despesa”, mas reconhece receitas extraordinárias resultantes das concessões.

O Governo vai acomodar os 500 milhões de euros resultantes do acordo com o PSD para o Orçamento do Estado para 2011 essencialmente do lado da despesa, como tinha sido prometido. Mas Miguel Macedo, lider parlamentar do PSD avançou que haverá também uma parte que será compensada com receitas extraordinárias "resultantes das concessões", como é o caso dos novos concursos das centrais mini-hídricas e fotovoltaicas que o Governo tem previstas para o próximo ano.
Ao Diário Económico, o vice-presidente do PS, Afonso Candal, lembrou também que "o que dizia o acordo é que era tendencialmente do lado da despesa" que se fariam os cortes, "mas não quer dizer que seja só despesa", abrindo assim a porta a novas receitas.

Márcia Galrão e Margarida Peixoto

Económico

Encaixe no fotovoltaico pode superar os 100 milhões

A Neoen, uma subsidiária da eléctrica francesa Direct Energie, é apontada como uma das principais vencedoras do concurso fotovoltaico. Uma vitória que, a concretizar-se, deverá permitir ao Governo ultrapassar o encaixe de 100 milhões de euros previsto como uma das principais receitas adicionais do Orçamento do Estado para 2011.
Para este novo montante, que o Executivo ainda não quantificou, contribuíram igualmente outros grupos de origem francesa, cuja identidade não foi possível apurar até ao fecho da edição. O Diário Económico apurou, contudo, que estas ofertas ganhadoras - que envolveram mais de 20 lotes -, chegaram, nalguns casos, a duplicar face ao valor-base proposto.

Ana Maria Gonçalves

Económico
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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A questão do encaixe dos 100 milhões de euros através da subsidiaria francesa de componentes fotovoltaicos, é um negócio.. enfim.. :S

Penso que seria mais inteligente em vez de se receber tanto dinheiro, que montassem a fábrica em Portugal! Por varias razões:
- Postos de trabalho directos e indirectos
- Ganhavamos algum know-how
- Poderíamos até exportar

É que sabem, para um estado que vai lá fora pedir 1500 milhões de euros de 15 em 15 dias, estes 100 milhões gastam-nos num só dia e depois puft.. Acabou-se!
 

Lousano

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12 Out 2008
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Lousã/Casais do Baleal
Como eu tenho dito, o aumento preço da electricidade não é essencialmente devido às apostas nas renováveis, mas sim com os contratos feitos pelo Estado e pelo mercado energetico (Espanha manda).

Contratos aumentam preço da electricidade
As barragens cheias de água podem fazer baixar o preço da energia mas não para os consumidores. É que o preço da electricidade pago na factura reflecte, entre outros custos, os valores fixados por contratos de longo prazo, independentemente do custo de produção. Portugal pode ter muita água e até vender energia a Espanha, mas os portugueses pagam o mesmo valor na factura.

O preço da electricidade reflecte, além dos apoios às energias renováveis e redes de distribuição, valores fixados por contratos de longo prazo entre o Estado e a EDP. Ou seja, o preço a que é vendida não depende nem do valor a que é comprada diariamente no mercado ibérico nem da produção, seja das centrais clássicas, seja das renováveis.

"Ao preço de mercado, há que somar a diferença entre aquele valor e o que consta dos CMEC [Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual]", explicou ao Correio da Manhã fonte do sector. De acordo com dados da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, estes contratos representaram em 2010 um custo de 547,8 milhões e deverão atingir este ano os 732,5 milhões de euros. Mas o preço da electricidade na factura também é pressionado pelas renováveis, já que toda a produção é obrigatoriamente comprada, e sempre a preços mais elevados. Ou seja, encarece o preço na factura global.

No entanto, o excesso de água contribui para a redução do défice da balança energética com Espanha, ao aumentar as exportações e, ao mesmo tempo, diminuir as importações. Até Novembro, as importações tinham diminuído 22,3 por cento e as exportações tinham subido 124 por cento, segundo a REN. Recorde-se que foram estes custos extra na factura da electricidade – nomeadamente renováveis e contratos a longo prazo – que levaram a Associação de Defesa dos Consumidores (Deco) a entregar uma petição na Assembleia da República, a exigir a redução destes custos extra.
Correio da Manhã
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Castelo Branco 386m(489/366m)
Vai iniciar-se ainda este ano a construção da barragem Hidroeléctrica do Alvito, aqui bem perto de Castelo Branco.

Trata-se de um investimento da EDP no valor de 360 milhões euros, a concluir a obra em 2015. Espero que não contribua muito nas nossas facturas! :D

Na verdade já não deveria chamar-se barragem do alvito, dado que o projecto original foi modificado por ser agora considerada zona protegida (geoparque). Agora o paredão, barra apenas um dos rios, neste caso o ocrêza até à cota 220m (10km de castelo branco). O paredão da barragem tem uma altura de 60m e situa-se já próximo do tejo/vila velha de rodão (no projecto original, a altura era de 90m).
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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Novas concessões nas renováveis penalizam consumidores domésticos

Os 964 milhões de euros que o Governo foi buscar aos concursos das energias renováveis, nos últimos dois anos, davam para uma descida significativa da factura que é paga pelos consumidores domésticos.

PÚBLICO

Outros títulos no PÚBLICO:

:calor:

Operadores não gostaram - Fundo das eólicas paga pavilhão de Xangai

"Os que pagam não são os que beneficiam" - Sector eléctrico comparado a sistema fiscal

Por Espanha:

Espanha corta apoios às eólicas em 35%
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Castelo Branco 386m(489/366m)
Novas concessões nas renováveis penalizam consumidores domésticos

Os 964 milhões de euros que o Governo foi buscar aos concursos das energias renováveis, nos últimos dois anos, davam para uma descida significativa da factura que é paga pelos consumidores domésticos.

PÚBLICO

Outros títulos no PÚBLICO:

:calor:

Operadores não gostaram - Fundo das eólicas paga pavilhão de Xangai

"Os que pagam não são os que beneficiam" - Sector eléctrico comparado a sistema fiscal

Por Espanha:

Espanha corta apoios às eólicas em 35%

Espanha corta apoios às eolicas em 35% e aqui vai acontecer o mesmo, é uma questão de tempo para abrir a pestana! Ainda há um ano tínhamos os chegues dentista (e temos ainda) e os apoios à habitação (porta 65, e outros) que acabam por não beneficiar quem realmente precisa, por inflacionamento dos preços!

São decisões típicas de quem não entende nada de mercados, e se nega a recuar perante a inevitável natureza humana. É preciso atitude tipo "abre olhos, ma friend"! :)
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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Empresas poderão vender electricidade com tarifa bonificada por 15 anos

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O enquadramento jurídico da miniprodução de electricidade foi ontem aprovado pelo Governo, com um conjunto de regras que permitirão a centenas de empresas rendibilizar as suas instalações através da produção própria de energia já a partir do próximo ano.
Seguindo os moldes do programa da microprodução (aplicável sobretudo ao segmento doméstico), o regime da miniprodução vem garantir tarifas bonificadas durante 15 anos.
O Governo procurará não sobrecarregar a estrutura de custos do sistema eléctrico nacional, uma vez que para dois dos três escalões de potência abrangidos na miniprodução os preços da electricidade a vender à rede serão definidos de forma competitiva, por leilão. Em todo o caso, o preço de partida, de 250 euros por megawatt hora (MWh), é mais do dobro do preço de mercado cobrado aos consumidores industriais em Portugal (segundo os dados do Eurostat).

Miguel Prado

Fonte: Negócios on line