Época de furacões preocupante põe Atlântico e Pacífico em alerta

Gerofil

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21 Mar 2007
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Estremoz
A temporada de furacões no Oceano Atlântico começa hoje e está a preocupar os meteorologistas, que prevêm actividade superior ao normal, enquanto Haiti e México se preparam para enfrentar tempestades tropicais que poderão tornar-se furacões. A agência científica do governo norte-americano que vigia os oceanos e a atmosfera, a NOAA, alertou já para a probabilidade de esta estação de furacões, que termina no dia 30 de Novembro, ter uma actividade superior ao normal.
A NOAA prevê que durante a estação se formem entre 13 a 17 tempestades, com 75 por cento de probabilidades de entre sete a dez se transformarem em furacões, três destes de grande intensidade. Os furacões são medidos através dos cinco níveis da escala Saffir-Simpson: a NOAA prevê que possam ocorrer três furacões de grau 3 ou superior, o que significa que poderão trazer consigo ventos com velocidades a partir dos 178 quilómetros por hora, podendo mesmo ultrapassar os 250 quilómetros por hora.
No Atlântico, as autoridades haitianas começaram já a preparar a temporada de furacões, com as autoridades de Protecção Civil a assumirem que "todo o país está em risco" devido ao volume de construção ilegal em zonas de risco e à desflorestação. Medidas de prevenção destinadas a "salvar vidas" estão a ser divulgadas através dos meios de comunicação, que alertam a população sobre a evolução do estado meteorológico, aconselham a evitar zonas costeiras e avisam sobre a necessidade de evacuação de algumas áreas que se encontrem no rumo das tempestades.
Nas últimas semanas o país teve já uma amostra do que a temporada de furacõe poderá trazer, com um centro de baixas pressões localizado na Jamaica a trazer fortes chuvadas que provocaram três mortos e causaram centenas de inundações. O "Jeanne" foi o último furacão a atingir o Haiti em Setembro de 2004, com ventos de 170 quilómetros por hora que provocaram dois mil mortos.
No México, os olhares dos meteorologistas estão na tempestade "Bárbara", que evolui lentamente pelo Oceano Pacífico, a 250 quilómetros da costa mexicana, numa trajectória errática que lhe confere o grau de risco "moderado". Embora esteja a perder intensidade, as autoridades mexicanas prevêm que ao ritmo actual, a tempestade possa alcançar a costa durante o fim-de-semana e colocaram em "alerta preventivo" os Estados de Chiapas, Guerrero e Oaxaca, no Sul do país.
A primeira tempestade tropical da temporada de furacões no Oceano Pacífico, que começou no dia 15 de Maio, denominada Alvin, desvaneceu-se no mar na passada quinta-feira, algo que poderá acontecer também a Barbara, se o vento mudar de direcção.
Quando se cruzam sobre o oceano com temperaturas quentes que favorecem a evaporação da água do mar, as tempestades podem aumentar de intensidade, com ventos cada vez mais rápidos.
Fonte: Agência LUSA