Esclarecimento sobre o funcionamento da estação hidrométrica de monte da vinha.
Perguntei o seguinte na página do SNIRH:
Costumo consultar os vossos dados online do sistema de alerta sobre os caudais dos rios e gostaria de vos perguntar se a estação de Monte da Vinha no rio Guadiana está a medir dados reais ou se há algum problema.
Fica a resposta que me deram...
Na sequência do e-mail, enviado a 3/04/2013, foi solicitado esclarecimento quanto ao funcionamento da estação hidrométrica de Monte da Vinha.
Conforme indicado no portal do SNIRH e referido no e-mail, a manutenção regular das estações de monitorização está suspensa desde 2008, tendo decorrido, posteriormente, duas manutenções extraordinárias. Neste contexto, na generalidade as estações da rede de monitorização de recursos hídricos geridas pelo SNIRH ou não regista dados ou os dados registados oferecem dúvidas. No entanto, algumas estações da rede são visitadas, ao longo do ano, pela pequena equipa de hidrometria do SNRIH. Nestas visitas são privilegiadas, entre outras, a visita a estações que controlam o cumprimento da Convenção Luso-Espanhola, como é o caso da estação de Monte da Vinha.
Os níveis registados na estação de Monte da Vinha, em princípio, não oferecem dúvidas. Por outro lado, como seguramente é do conhecimento, o caudal é estimado a partir dos níveis hidrométricos que são transformados em caudais por uma curva de vazão, que é válida dentro de uma gama de alturas hidrométricas. Para a estação de Monte da Vinha a curva de vazão mais recente é válida entre -0.204 m e 6.97 m, pelo que o máximo estimado será de 12107 m3/s. No entanto, relembra-se que este processo de cálculo não será válido caso exista influência do regolfo da albufeira de Alqueva, como é, possivelmente, o caso.
Face ao exposto, poderá existir imprecisão da estimativa indicada no e-mail, pois o caudal provavelmente registado será menor. Esta percepção é comprovada com o registo do caudal afluente horário máximo de 3179,84 m3/s (04/04/2013 07:00h).
Com os melhores cumprimentos,
Portanto os tais 8 mil e tal m3 cúbicos de caudal não terão sido caudal real mas sim efeito do regolfo do alqueva. Esta estação é afectada nas medições sempre que a albufeira esteja em nível máximo ou perto disso.
Perguntei o seguinte na página do SNIRH:
Costumo consultar os vossos dados online do sistema de alerta sobre os caudais dos rios e gostaria de vos perguntar se a estação de Monte da Vinha no rio Guadiana está a medir dados reais ou se há algum problema.
Fica a resposta que me deram...
Na sequência do e-mail, enviado a 3/04/2013, foi solicitado esclarecimento quanto ao funcionamento da estação hidrométrica de Monte da Vinha.
Conforme indicado no portal do SNIRH e referido no e-mail, a manutenção regular das estações de monitorização está suspensa desde 2008, tendo decorrido, posteriormente, duas manutenções extraordinárias. Neste contexto, na generalidade as estações da rede de monitorização de recursos hídricos geridas pelo SNIRH ou não regista dados ou os dados registados oferecem dúvidas. No entanto, algumas estações da rede são visitadas, ao longo do ano, pela pequena equipa de hidrometria do SNRIH. Nestas visitas são privilegiadas, entre outras, a visita a estações que controlam o cumprimento da Convenção Luso-Espanhola, como é o caso da estação de Monte da Vinha.
Os níveis registados na estação de Monte da Vinha, em princípio, não oferecem dúvidas. Por outro lado, como seguramente é do conhecimento, o caudal é estimado a partir dos níveis hidrométricos que são transformados em caudais por uma curva de vazão, que é válida dentro de uma gama de alturas hidrométricas. Para a estação de Monte da Vinha a curva de vazão mais recente é válida entre -0.204 m e 6.97 m, pelo que o máximo estimado será de 12107 m3/s. No entanto, relembra-se que este processo de cálculo não será válido caso exista influência do regolfo da albufeira de Alqueva, como é, possivelmente, o caso.
Face ao exposto, poderá existir imprecisão da estimativa indicada no e-mail, pois o caudal provavelmente registado será menor. Esta percepção é comprovada com o registo do caudal afluente horário máximo de 3179,84 m3/s (04/04/2013 07:00h).
Com os melhores cumprimentos,
Portanto os tais 8 mil e tal m3 cúbicos de caudal não terão sido caudal real mas sim efeito do regolfo do alqueva. Esta estação é afectada nas medições sempre que a albufeira esteja em nível máximo ou perto disso.