Gripe Influenza A subtipo H1N1: mundo em alerta

Vince

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Provável pandemia em Portugal
Gripe A: aumento e contágio directo são apenas o início

por PATRÍCIA JESUS

Infectados no País sobem para 41 com identificação de oito novos casos, dois deles por transmissão directa, ou seja, de pessoas que não viajaram para o estrangeiro. Apesar do aumento exponencial de casos esta semana, as autoridades avisam que estamos apenas no início. Portugal não vai escapar à força do vírus. Situação na América do Sul é a que mais preocupa

O director-geral da Saúde disse ontem que a gripe A vai chegar em força a Portugal, já que se trata de uma pandemia "imparável", como disse a Organização Mundial da Saúde. "Estamos no início e não sabemos se vai demorar semanas, meses ou mesmo um ano até atingirmos o pico", concluiu Francisco George. Ontem, registaram-se em Portugal os primeiros dois casos de contágio directo com o H1N1, ou seja, de pessoas que foram infectadas sem sair do País.

A existência de transmissão directa significa uma nova fase na evolução da doença, explicou o director--geral da Saúde, mas era "esperada" e não muda nada a nível das medidas a tomar. Pelo menos por enquanto. "O que estamos a fazer é a preparar o sistema de saúde para responder ao excesso de procura que é esperado, sobretudo partir da época fria ", disse em conferência de imprensa. A ministra Ana Jorge anunciou ainda a existência de outros seis novos doentes, todos vindo do estrangeiro, fazendo subir para 41 o número de casos em Portugal - há uma semana eram apenas nove.

Os doentes que foram infectados em território nacional são uma mulher de 47 anos internada no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, contagiada por um colega de trabalho "com quem tinha contacto próximo", e um bebé de 13 meses que se encontra no Hospital de Ponta Delgada, nos Açores, infectado por um familiar próximo.

Com a entrada no grupo dos países que já têm casos de transmissão secundária passámos a uma "segunda etapa", diz Francisco George, mas "só quando houver contágio na comunidade, ou seja, quando não se conseguir identificar a fonte de contágio, faz sentido passar de fase no plano de contingência", acrescenta a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas. Por enquanto, "o risco de andar na rua na rua não aumentou", garante. No entanto, ninguém avança previsões sobre quando podemos atingir essa fase.

Por isso, Ana Jorge diz que Portugal ainda está numa fase em que a prioridade é dada à "localização e contenção" dos casos, com o isolamento e tratamento dos doentes. "Quando houver contágio na comunidade, então passaremos a uma fase de minimização. Deixará de haver tanto cuidado para evitar a transmissão e procurar-se-á dar o melhor cuidado possível ao doente", explica Graça Freitas. Por exemplo, até agora as pessoas próximas dos portugueses infectados têm recebido o medicamento Oseltamivir, mas numa fase de minimização ele só será dado a doentes. Além disso, deixará de ser possível, internar todos os infectados ficando no hospital apenas os que precisam de mais cuidados.

O aumento dos casos fez disparar as chamadas para a Linha Saúde 24. "São 400 a 500 chamadas por dia", diz o coordenador Sérgio Gomes, quando no início da semana rondavam a centena. E já reforçou os enfermeiros que atendem as chamadas.

Constantino Sakellarides, da Escola Nacional de Saúde Pública, alerta que é necessário que as empresas, escolas e famílias comecem a preparar os seus planos de contingência. Mas os representantes das pequenas e médias empresas, já disseram estar mais preocupados com a crise do que com os planos para a gripe.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1295293


Vídeo: "25% da população pode ser infectada após o Verão"
O Director-Geral de Saúde afirmou, em entrevista à SIC Notícias, que 25% da população portuguesa pode ser infectada pelo vírus da gripe A. Contudo, Francisco George considera que a maior parte das pessoas não precisará de ser hospitalizada.

http://aeiou.expresso.pt/video-25-da-populacao-pode-ser-infectada-apos-o-verao=f524533

Francisco George, Director-Geral de Saúde, afirmou em entrevista à SIC Notícias que 25% da população pode ser infectada pelo vírus da gripe A (H1N1) , após o Verão. No entanto, Francisco George considera que a maior parte das pessoas não necessitará de ser hospitalizada.

O responsável disse ainda acreditar que Portugal atinja os 100 casos de pessoas infectadas com o vírus da gripe A nas próximas duas semanas. Ontem, com o anúncio de oito novos casos, o número de infectados subiu para 41. Pela primeira vez, dois dos casos registados aconteceram por transmissão directa.

A ministra da Saúde diz que não há motivos para preocupações de maior. "O surgimento de casos de transmissão directa já era esperado pelas autoridades de saúde pública, tendo em conta a evolução natural da epidemia. Não há situações para alarme, há situações para alerta", afirmou ontem Ana Jorge, em conferência de imprensa.

http://aeiou.expresso.pt/video-25-da-populacao-pode-ser-infectada-apos-o-verao=f524533
 


trepkos

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Na minha opinião alarmismos injustificados, criar um panico generalizado, quando há doenças que preocupam bem mais...
 

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Na minha opinião alarmismos injustificados, criar um panico generalizado, quando há doenças que preocupam bem mais...

Claro que outras doenças poderiam concorrer com esta sobretudo quanto ao grau de dificuldade nos tratamentos, mas quanto a pessoas infectadas, os números começam a assustar! Eu que também andava despreocupado... :eek:

Provável pandemia em Portugal
Gripe A: aumento e contágio directo são apenas o início

Não pesquisei informação mas de um noticiário ouvi esta tarde a frase: "A cada dia que passa, são cada vez mais fortes as possibilidades de Portugal estar perante uma pandemia de proporções ainda por definir!
1º passo: renovar e reforçar as nossas defesas!
 

Vince

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1º passo: renovar e reforçar as nossas defesas!


Eu sinceramente não percebo muito do assunto, mas acho que se vejo uma gripe a galopar em pleno Verão no hemisfério norte, não me surpreende nada que no Inverno significativa parte da população apanhe essa gripe se as condições forem favoráveis. Se houver por aí um especialista no assunto que discorde, então agradeço que me corrija. Mas atenção, isso não tem que ser o fim do mundo. Todos os anos morrem milhares de pessoas pelo mundo com gripes vulgares e a maioria da população não tem problema nenhum com isso, e pelo que li e tentei perceber, esta gripe não está a ser até agora muito letal.

Não acho que os alertas ultimamente estejam a ser alarmistas, apenas realistas, tenho até notado ultimamente um grande esforço pedagógico por parte das entidades responsáveis. E não se tem que fazer um filme catastrofista por causa disso. Dá-me ideia que nestas coisas não há nada melhor do que todos estarem informados, e eu sinceramente, prefiro alguma verdade e realismo, do que ocultação e mentira. Como disse, casos de gripe a crescerem em pleno verão devem merecer a atenção e vigilância de todos, sem dramatismo, mas atentos, e nunca fazer de conta que não se passa nada ;)
 

joseoliveira

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Eu sinceramente não percebo muito do assunto, mas acho que se vejo uma gripe a galopar em pleno Verão no hemisfério norte, não me surpreende nada que no Inverno significativa parte da população apanhe essa gripe se as condições forem favoráveis. Se houver por aí um especialista no assunto que discorde, então agradeço que me corrija. Mas atenção, isso não tem que ser o fim do mundo. Todos os anos morrem milhares de pessoas pelo mundo com gripes vulgares e a maioria da população não tem problema nenhum com isso, e pelo que li e tentei perceber, esta gripe não está a ser até agora muito letal.

olá +1X... ;)

Também não me considero nenhum especialista na matéria, mas o facto de tal surto se manifestar nesta época do ano, leva-me a crer que a proliferação desta estirpe não está dependente das condições climatéricas ao ponto de ver aumentado o seu potencial de contágio, tal como a vulgar gripe que todos os Invernos nos atormenta. Desta forma, não me parece razoável crer que à medida que caminhamos para o próximo Inverno, se possa afirmar com tanta certeza que os dados agora disponíveis quanto ao número de infectados, registem um aumento de tal forma drástico para essa fase e assim considerar-se a hipótese de estar-mos diante de uma séria pandemia.
Pelo que pude observar ontem numa reportagem alusiva ao tema, vários laboratórios espalhados pelo País estão continuamente a realizar estudos ao nível preventivo e admitem que o que já foi feito, em termos de resultados, até ao momento ainda não são conclusivos; pelo menos (se servir de algum conforto) têm sido divulgados casos de tratamentos de sucesso em pessoas antes infectadas!
Ao chegar o próximo Outono talvez tenhamos disponíveis dados mais concretos. :intrigante:
 

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28 Dez 2008
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Segundo informações a que tive acesso, tivemos, no dia 06, mais um caso confirmado (uma criança de tenra idade proveniente de Palma de Maiorca) e outro caso suspeito em adulto, o qual seguiu para o Hospital de S. João - Porto para comprovação da infecção pelo H1N1, aqui no distrito do Porto.

Fala-se constantemente de quão grave é a infecção por este vírus. A gravidade irá depender essencialmente do estado físico do paciente; pacientes dependentes, com outras patologias de base (imuno-comprometidos - por exemplo doentes com cancro ou sob tratamentos agressivos, doentes com patologias do foro respiratório como os que padecem de silicose e doença pulmonar obstrutiva crónica - DPOC) e também os idosos e crianças, serão os mais sensíveis a este vírus.
Ao contrário do que pode parecer a gravidade desta doença não é devida directamente à virulência do H1N1, mas sim pelo facto de, ao infectar o organismo humano, o debilitar ao ponto de permitir outro tipo de infecções a que usualmente se chamam de infecções-oportunistas, estas sim, muito mais graves do que o simples efeito do H1N1.
Pode-se dizer que o H1N1 abre como que uma porta no organismo (debilitando-o), permitindo a entrada de outros micro-organismos com maior patogenicidade. E são estes que provocam a maior parte das mortes registadas todos os anos durante os surtos gripais.

Relativamente aos números possíveis para o próximo outono: deverão ser elevados e afectar toda a população, homens, mulheres, adultos ou crianças.
Durante a vaga de calor sentida em Portugal no verão de 2003, foram relatados mais de 8000 óbitos directamente imputáveis ao calor que se fez sentir nessas semanas. Se no próximo outono-inverno tivermos esse total de óbitos teremos provavelmente grandes manchetes nas comunicação social...
Mas se de facto o número de infectados chegar a 25% da população, o número de óbitos poderá ser substancialmente superior. O que quero dizer é que não podemos entrar em histeria colectiva olhando simplesmente para os números que vem a público, mas saber relativizar as consequências de uma possível pandemia. A um maior número de infectados corresponderá certamente um maior número de mortes.

Temos que estar preparados para as consequências que terá em Portugal o H1N1. E temos também que tentar a proliferação ao máximo com acções de educação da população; tossir\espirrar para um lenço de papel, evitar aglomerações - transportes públicos apinhados, cafés e bares sem boa renovação de ar, centros comerciais, escolas, etc...- na fase de maior contágio será essencial e, quiçá, obrigatório. É urgente apelar à população desde já para que tome as devidas precauções - tudo de forma explícita, bem fundamentada e informada - para que não se crie o pânico.
 

trepkos

Nimbostratus
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Fala-se constantemente de quão grave é a infecção por este vírus. A gravidade irá depender essencialmente do estado físico do paciente; pacientes dependentes, com outras patologias de base (imuno-comprometidos - por exemplo doentes com cancro ou sob tratamentos agressivos, doentes com patologias do foro respiratório como os que padecem de silicose e doença pulmonar obstrutiva crónica - DPOC) e também os idosos e crianças, serão os mais sensíveis a este vírus.
Ao contrário do que pode parecer a gravidade desta doença não é devida directamente à virulência do H1N1, mas sim pelo facto de, ao infectar o organismo humano, o debilitar ao ponto de permitir outro tipo de infecções a que usualmente se chamam de infecções-oportunistas, estas sim, muito mais graves do que o simples efeito do H1N1.
Pode-se dizer que o H1N1 abre como que uma porta no organismo (debilitando-o), permitindo a entrada de outros micro-organismos com maior patogenicidade. E são estes que provocam a maior parte das mortes registadas todos os anos durante os surtos gripais.

Concordo plenamente, os verdadeiros perigos desta gripe ou das 'normais' são a possbilidade de apanhar outras patologias como pneumonias, ou já sofreremos de outra doença que seja debilitante e a gripe venha a complicar a saúde, estes casos devem ser acompanhados e ter atenção, mas devemos ser realistas, tanto provoca isso uma gripe dos porcos como uma gripe normal, contudo penso que a gripe dos porcos ( e segundo se diz ) será mais resistente aos medicamentos, mas até agora os medicamentos têm sido eficazes.
 

MSantos

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3 Out 2007
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Gripe A: Portugal já tem 121 casos

Portugal já contabiliza 121 casos de gripe A. Nas últimas 24 horas, de acordo com a Direcção-geral de Saúde, houve a confirmação de mais 10 casos. Todos estes novos casos são de cidadãos regressados do estrangeiro.

Quatro dos novos doentes estão internados no Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa. São eles um jovem de 16 anos e um adolescente de 14 anos (ambos regressados de Londres), uma adolescente de 13 anos (proveniente de Ibiza), e um adolescente de 11 anos (vindo de Palma de Maiorca).

Outro doente está no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Trata-se de um jovem de 18 anos, regressado de Ibiza.

No Hospital Pediátrico de Coimbra, está um adolescente de 12 anos, regressado de Londres. Também em Coimbra, mas nos Hospitais da Universidade, está internado um homem de 21 anos, proveniente de Palma de Maiorca.

No Hospital de São João, no Porto, estão internadas duas crianças, um menino de seis anos, proveniente do Reino Unido, e uma menina de 12 anos, que regressou do Brasil. Ainda no mesmo hospital, está uma mulher de 57 anos, vinda dos Estados Unidos

Portugal Diário

O numero de casos em Portugal está a aumentar bastante:unsure:
Mas a grande maioria ainda são casos importados.
 

Agreste

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29 Out 2007
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Muito interessante. Aqui pelo Algarve não é muito evidente a preocupação sobre a gripe... o tempo é de férias, de sol e de praia mas por exemplo aqui na empresa onde trabalho já se começou a pensar no problema. Há muita informação disponível. :)
 

algarvio1980

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Olhão (24 m)
Muito interessante. Aqui pelo Algarve não é muito evidente a preocupação sobre a gripe... o tempo é de férias, de sol e de praia mas por exemplo aqui na empresa onde trabalho já se começou a pensar no problema. Há muita informação disponível. :)

Desde que começou a Gripe A já foram registados 17 casos no Algarve, por isso, a preocupação vai aumentando, quando chegar o Outono - Inverno aí sim acredito numa pandemia tanto no Algarve como no resto do país.
 

Gerofil

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Presidente ucraniano pede ajuda para combate a epidemia da gripe A

O presidente da Ucrânia pediu ajuda a vizinhos e aliados para o combate ao surto de gripe A no país. Em carta, Viktor Yushchenko enunciou uma «lista de medicamentos e equipamentos de primeira necessidade» que o país precisa.
O presidente da Ucrânia pediu, este domingo, ajuda de emergência a vizinhos e aliados para que o país possa combater a epidemia de gripe A que está a afectar o território, onde já morreram 60 pessoas deste vírus e de dificuldades respiratórias agudas em apenas uma semana.
A carta endereçada por Viktor Yushchenko aos EUA, à União Europeia, à NATO e a países vizinhos da Ucrânia «contém uma lista de medicamentos e de equipamentos de primeira necessidade que a país precisa para lutar eficazmente contra a propagação da epidemia».
«A ameaça existente à segurança nacional da Ucrânia, que não podemos neutralizar apenas com os nosso esforços, exige que me dirija a amigos próximos e parceiros estratégicos com um pedido de ajuda urgente», acrescenta um comunicado da presidência ucraniana.
A Eslováquia, Hungria, Roménia, Rússia e Polónia já responderam a este apelo do dirigente da Ucrânia, país onde 184919 pessoas sofrem de doenças respiratórias, 7383 das quais foram hospitalizadas, indicou o Ministério ucraniano da Saúde.

TSF