É com desalento que Odete Melo vai sabendo das notícias que dão conta da presença de gases potencialmente mortíferos na zona das Caldeiras, na Ribeira Grande.
Há quase 30 anos a trabalhar nas Termas, dificilmente a levam a acreditar que a área verde onde passa a maior parte do tempo está, afinal, contaminada por níveis consideráveis de dióxido de carbono. Isto, apesar das evidências e das placas informativas que sinalizam a “Zona de Desgaseificação”, na qual uma exposição mais prolongada pode constituir risco para a saúde humana.
De há dois anos a esta parte, diz Auxiliadora Brum, “começamos a perceber alguns sinais de que alguma coisa se estava a passar”.
A intervenção no solo da Sogeo, Sociedade Geotérmica dos Açores, em busca de energia geotérmica, foi-se traduzindo na alteração da paisagem.
“Há zonas para onde vinham pessoas acampar e que, agora, estão sem relva ou, melhor, a relva está toda queimada e outras em que, devido às perfurações, o fumo que é libertado não nos permite uma aproximação”, afirma a moradora.
A expressão mais visível do fenómeno estende-se, também, às habitações.
Vejam o video sobre esta situação:
AcorianoOriental
Segundo o que li no jornal, a Sogeo fez um furo de prospecção (Energia Geotérmica) e originou a novas fumarolas, agora os niveis de dióxido de carbono estão elevados na zona das Caldeiras. Instalaram medidores de dióxido de carbono em algumas casas e uma pessoa já foi realojada por opção própria..