Estradas de Portugal tem 16 limpa-neves
Os nevões do fim-de-semana, com queda de neve pouco habitual a cotas inferiores aos 200 metros e estradas bloqueadas em várias regiões relançaram o debate nacional sobre a suficiência de meios, num país que não tem um histórico de fenómenos como este.
Num país onde os fogos florestais são a principal vulnerabilidade e os nevões são fenómenos circunscritos a alguns distritos, meios como equipamentos limpa-neves são suficientes? Para o secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, citado pela Lusa, são suficientes "nos locais onde habitualmente ocorrem estas situações". Embora seja necessário mais civismo dos condutores, que acusa de não terem facilitado as manobras de limpa-neves, e "melhorar a capacidade de resposta" dos meios.
Disso falou o presidente da Câmara da Guarda, Joaquim Valente, ao declarar aos jornalistas a necessidade de "potenciar" os meios existentes, que "não estão a ser postos no terreno de forma concertada". E por isso o governador civil, Santinho Pacheco, propôs uma reunião de reflexão com várias entidades, incluindo os concessionários das estradas, que são os principais detentores de meios. A empresa Estradas de Portugal, por exemplo, possui 16 equipamentos ou máquinas de limpeza de neve. Destes, seis camiões e duas máquinas estão sediados no Centro de Limpeza de Neve da Serra da Estrela.
"Estamos preparados e temos planeamento", assegurou ao JN o comandante operacional distrital e operações de socorro (CDOS) de Castelo Branco, responsável pela área do maciço central da Serra da Estrela e por um distrito onde desta vez a queda de neve foi generalizada mesmo abaixo dos 200 metros de altitude. "Tudo está resolvido e só a estrada Piornos-Torre está cortada, por razões de segurança", disse Rui Esteves, observando que nem sempre a intervenção de limpa-neves é suficiente para reabrir as vias. "Até poderíamos ter um por cada quilómetro. De nada adiantaria com vento forte e neve intensa", notou.
JN