O Temporal da Madeira e sua Predictabilidade



David sf

Moderação
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8 Jan 2009
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Oeiras / VN Poiares
Eu sou da opinião que, tal como se passa em Espanha, as regiões autónomas deveriam ter um instituto de meteorologia próprio, ainda por cima estando a Madeira e os Açores tão distantes do continente e tendo um clima bastante diferente.

Quando à predictabilidade do dilúvio de 20 de Fevereiro, acho que o IM não podia fazer muito mais. Com modelos divergentes, mas em que quase nenhum deles apontava para algo de muito relevante, não poderia nunca lançar um aviso que não o amarelo. O ECMWF, modelo usado pelo IM, e o melhor modelo global, previa cerca de 30 mm em 6 horas nesse dia. Segundo os critérios, esse valor é o mínimo que justifica o aviso amarelo. Com um radar poder-se-ia mudar para aviso vermelho umas horas antes, mas duvido que fizesse muita diferença. O IM sem radar, só com o satélite e observações "in loco" e com modelos divergentes e não muito gravosos não poderia fazer nada diferente do que fez.

Convém relembrar o que se disse naquela noite, quando utilizadores deste fórum, munidos de instrumentos não muito piores que os do IM (satélite, modelos e sem radar), disseram:

Às 23:30, pela imagem de satélite, parecia que ia ser fraquinha:

Já vejo que sim, para esta madrudada teremos já os efeitos da borrasca!!! penso que não vai ser para além, vai ser algo fraquinha, vamos la ver!!!

O Alex não deve ter visto os modelos, e o Miguel lembrou-lhe que o pior viria ao início da manhã.

Fraquinho é que não vai ser!!! ao final da madrugada e durante a manha passa a parte mais activa por ai!

O Alex corrige, e vê-se pela sua mensagem que o GFS andava às aranhas:

Desculpa não reparei na actualização dos mapas, tomei como base nos mapas do run 12z gfs, que não era nada em especial, mas afinal com o run 18z gfs e entre outros mapas, estão colocar mais precipitação a Madeira, Tens razão temos grandes possibilidades de apanhar a parte mais activa da borrasca. Esta borrasca pode alimentar-se das aguas relativamente quentes, do nosso mar que estão por volta dos 19ºC e 19,5ºC, não é normal nesta época termos uma temperatura de mar assim, normalmente deveria estar nos 17ºC.
(...)
A humidade aos poucos esta aumentar e a pressão a descer, quer dizer que a borrasca esta a caminho!!! Por volta das 2h-5h estará em acção, talvez ao meio-dia ou antes em plena horas da manhã o ponto mais instável da borrasca a entrar em acção!!!

Vejo que borrasca se aproxima com muita velocidade para nossa Ilha. Deve estar acompanhada de fortes ventos!!!

Depois de algumas mensagens normais para um dia de chuva também normal, mas com alguma preocupação devido ao vento, o Knyght congratula-se com a diminuição do vento, apesar de se ter iniciado chuva:

Começa a chover bem no Palheiro Ferreiro, o vento para já estabilizou.:amigos:

Depois volta a fortalecer o vento, mas tudo acompanhado de forma muito calma e serena. A primeira mensagem que refere a precipitação é das 10:46, mas com valores nada de relevantes para a Madeira, 43 mm desde a meia noite.

Bom dia.
E continua a chover...
Precipitação desde as 0:00: 42,7 mm
Pressão: 1005 Hpa
Vento: 19,4 Km/h, rajada 39,6 km/h Sudoeste
Temperatura: 13,7 ºC

Alarme só às 11:29. 3 minutos antes fora referido o aviso vermelho do IM.

Desgraças aqui, o pá, o prédio vizinho entra agua pela garagem, a ribeira em frente transbordou, o meu quintal inundado com tanta agua que vem dos terrenos, que não tem tempo para absorver tanta agua impressionante!!! caiu 29mm em 1h aqui, nunca aconteceu isto!!! a ribeira transbordou as obras da futura estrada!!!:shocking: A serio nunca vi isto por cá. Tudo a rebentar pelas costuras de tanta agua. Vai ver desgraças de certeza por menos por cá em Câmara de Lobos.

Tirei algumas fotos, mas a Câmara fotográfica não tem pilhas, e não tenho aqui em casa!!!:angry:
Só tirei umas quatro, mas a Câmara Fotográfica já não tem vida!!!


Isto esta negro, o céu esta mesmo fechado e carregado, parece que fosse 6:30 da Manhã.


O prédio treme, com a ribeira de tal crescida que esta. As pessoas estão de baldes e esfregonas limpando a desgraça frente a casa!!! Lodo!!!


È mesmo alerta laranja, mas arranhado o alerta vermelho!!!

É óbvio que o IM tem muitas mais responsabilidades que qualquer membro do fórum, mas nota-se, pela escassez de mensagens e pelo tom calmo de todas elas que ninguém estava à espera do que se passou.

Eu acho espantoso é que em vez de se criticar o IM porque não previu algo difícil de prever, não se critica algo que era previsível, fora alertado por especialistas, desde geólogos, geógrafos e ambientalistas: as consequências de um mau ordenamento do território, a não execução de obras de correcção torrencial que amenizasse as cheias, etc. Isso sim era previsível, e acima de tudo, poderia ter evitado muitos dos efeitos nefastos do temporal. E espero que agora, depois da casa arrombada, ponham as trancas à porta, porque, quer o IM o preveja ou não, é uma questão de anos para voltar a ocorrer.
 

Knyght

Cumulonimbus
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10 Mai 2009
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Chingula

Cumulus
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16 Abr 2009
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Da intervenção efectuada, na palestra de 14 de Abril por um dos Meteorologistas, referindo-se à análise posterior ao acontecimento, saliento:
- Após um Inverno muito chuvoso, este episódio torna-se catastrófico, embora noutras situações recentes, até tenha chovido mais.
- O MCS (sistema convectivo da mesoscala) que afectou a Madeira apresentava na sua estrutura, várias áreas de precipitação muito intensa sendo que, algumas delas, não atingiram a Ilha, passaram na sua vizinhança...
- O Funchal teve o pico máximo de precipitação, antes do registo máximo da precipitação no Pico do Areeiro, o que provocou inundações na cidade, ainda antes da chegada do caudal das ribeiras, proveniente das vertentes montanhosas...dificultando o escoamento das águas.
- Não existindo informação (registo) radar não se pode concluir que noutros pontos das vertentes montanhosas, não tenham sido atingidos valores muito mais elevados da precipitação...(estamos perante convecção).
- Não havendo dúvidas sobre o efeito da topografia, o certo é que o Funchal teve um registo elevado de precipitação, podendo-se considerar um registo ao nível do mar...
- Outro aspecto focado foi o da semelhança com a situação ocorrida dois dias antes (18 de Fevereiro) nas Canárias.
O Professor Pedro Miranda da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, manifestou a sua discordância em relação à compra do radar...como prioridade...sendo afirmado por outras Pessoas que o plano, para a rede de Radares a implementar no Continente, nos Açores e na Madeira tem mais de 20 anos.
 

Knyght

Cumulonimbus
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10 Mai 2009
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Agora vamos deitar mãos a obra a localização do radar está já a ser estuda e há a vontade tanto das entidades regionais como de algumas associações para que assim seja.

Espero que toda a capacidade intelectual da área possa contribuir para o tal modelo de mesoescala não só para a Ilha da Madeira como também para os companheiros dos Açores desde já que a possibilidade de evacuação caso necessidade seja limitada pelo mar.

Cumprimentos
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Braga
Nos últimos dias li meio na diagonal um livro que me parece bastante adequado para quem se interesse de forma mais profunda sobre o tema Madeira, radar em zonas de montanha, inundações rápidas, previsões, alertas, etc, etc.

O livro chama-se «Flash Flood Forecasting Over Complex Terrain» e debruça-se sobre o tema das inundações rápidas e de todos os factores que contribuem para elas, tudo centrado num estudo sobre a instalação algo complicada de um radar numa zona com montanhas no sul da Califórnia, abordando assim variados assuntos que se tem falado no fórum em diferentes tópicos, factores meteorológicos, hidrológicos, uso/tipo/saturação de solos, processos hidráulicos e perfis dos cursos de água, funcionamento dos radares, limitações destes em montanha, soluções para os problemas, etc,etc

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The nation's network of more than 130 Next Generation Radars (NEXRADs) is used to detect wind and precipitation to help National Weather Service forecasters monitor and predict flash floods and other storms. This book assesses the performance of the Sulphur Mountain NEXRAD in Southern California, which has been scrutinized for its ability to detect precipitation in the atmosphere below 6000 feet. This book finds that the Sulphur Mountain NEXRAD provides crucial coverage of the lower atmosphere and is appropriately situated to assist the Los Angeles-Oxnard National Weather Service Forecast Office in successfully forecasting and warning of flash floods. This book concludes that, in general, NEXRAD technology is effective in mountainous terrain but can be improved.


Front Matter (R1-R14)
Executive Summary (1-8)
1 Introduction (9-11)
2 Flash Floods (12-25)
3 The National Weather Service and Flash Floods (26-34)
4 NEXRAD (35-58)
5 Observational Challenges of Low-Level Radar Coverage in Complex Terrain and Coastal Areas (59-73)
6 Flash Flood Warning Process in Los Angeles and Ventura Counties (74-90)
7 Evaluation of the Sulphur Mountain Radar and Flash Flood Warnings in Los Angeles and Ventura Counties (91-116)
8 Potential Improvements in Flash Flood Warnings (117-145)
9 Concluding Thoughts (146-148)
References (149-166)
Appendix A: Origin of the Study (167-171)
Appendix B: Characteristics of the NEXRAD Radar (172-174)
Appendix C: Chronology of the Siting of the Sulphur Mountain NEXRAD (175-175)
Appendix D: National Weather Service Flash Flood Verification Procedures (176-179)
Appendix E: Acronyms (180-183)
Appendix F: Community Participation (184-185)
Appendix G: Committee and Staff Biographies (186-192)


O livro pode ser lido online no seguinte link, ou pode mesmo descarregado em PDF (mediante registo):

http://www.nap.edu/openbook.php?record_id=11128&page=1
 

S.Miguel-Azores

Nimbostratus
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14 Ago 2009
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Ginetes - Zona Oeste de São Miguel. 350-400 m
Eu sou da opinião que, tal como se passa em Espanha, as regiões autónomas deveriam ter um instituto de meteorologia próprio, ainda por cima estando a Madeira e os Açores tão distantes do continente e tendo um clima bastante diferente.

Não podia estar mais de acordo! Não se compreende, no século vinte e um, estarem duas regiões Autónomas e um povo ilhéu subjugados a uma macrocefalia de Lisboa.
É o que dá ter um cordao umbilical na maioridade.

Açores e Madeira deveriam de ter obrigatoriamente um instituto meteorológico independente, uma vez que a nossa realidade climática é completamente diferente da de Portugal Continental. As pessoas têm que começar a ter consciência da sua realidade e com ela manifestarem-se para fazerem valer os seus direitos de cidadãos. Pena é que ainda continuemos com uma " militância" puramente retórica- mas , mais tarde ou mais cedo, tambem isto mudará!
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Não existe nenhum impedimento para que isso aconteça. Quer a Madeira quer os Açores ao contrário de todo o continente são regiões autónomas, governo e orçamento próprio, esses governos regionais se assim desejarem podem criar a qualquer momento um serviço meteorológico, tal como existe na Catalunha, na Galiza, etc (que até detêm ou estão a instalar por exemplo radares próprios). Os Açores até uma companhia aérea detêm, portanto se calhar até podem gastar também dinheiro nisso embora julgue que exista melhor e mais eficaz forma de gastar dinheiro do que criar novos serviços de meteorologia, que no caso dos Açores parece-me que verbas são um bem bastante escasso. Mas é uma questão de sensibilizarem os governos regionais.
 

Knyght

Cumulonimbus
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10 Mai 2009
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Madeira - Funchal
Mais cinco estações instaladas pelo IM entre 16 e 20 de Agosto deste ano
Cobertura meteorológica abrange toda a Região
A Madeira tem, neste momento, uma rede de 14 estações meteorológicas automáticas, que fazem a cobertura de todo o território regional, Porto Santo incluído. As últimas cinco foram instaladas entre 16 e 20 de Agosto deste ano, mas a rede foi iniciada em 1997. Um Boletim Meteorológico para a Agricultura é outra das “ofertas” do IM para a Região.

O Instituto de Meteorologia acaba de instalar mais cinco estações meteorológicas automáticas na Madeira.
A instalação, que decorreu entre 16 e 20 de Agosto de 2010, foi feita em São Vicente, Bica da Cana, Quinta Grande, Santana e Santo da Serra. Destas, apenas a estação do Santo da Serra foi dotada de equipamentos de observação do vento.
A informação foi avançada ao Jornal da Madeira por Vítor Prior, delegado regional do IM, que considerou que, neste momento, a cobertura regional já é «muito boa», visto abranger Norte, Sul, Este e Oeste da Madeira.
Conforme explicou, estas estações estão inseridas no âmbito do programa de modernização da rede de Observação Meteorológica à superfície, iniciada em 1997 com as instalações do Observatório Meteorológico do Funchal e a do aeroporto do Porto Santo.
Em 2002 foram instaladas as estações do Areeiro, Ponta do Sol, Ponta do Pargo e São Jorge, bem como a do terraço do edifício da estação de Biologia Marítima do Funchal.
Em Agosto de 2009, e por reconhecer a necessidade de melhorar a cobertura da Madeira com estações para vigilância meteorológica e estudos do clima, o IM criou as estações da Santa (Porto Moniz) e do Caniçal.
Estas primeiras nove estações medem a temperatura e humidade relativa do ar, precipitação, intensidade e rumo do vento, radiação global e temperatura do solo.
De acordo com a informação do IM, a informação meteorológica é registada de 10 e 10 minutos, sendo recolhida no Observatório Meteorológico do Funchal, de onde é difundida aos níveis regional, nacional e internacional, através da rede de telecomunicações meteorológicas.

Orografia muito complexa

A rede de estações meteorológicas automáticas na Madeira justifica-se, essencialmente, pela orografia da ilha, que Vitor Prior considera «muito complexa”. Isto porque, devido aos micro-climas característicos da Ilha, as temperaturas variam muito de local para local, o mesmo acontecendo com a precipitação.
As estações já instaladas permitem ter uma leitura local e global do que se passa na Região.
Vítor Prior acrescenta que, para além disso, «as pessoas demonstram cada vez mais interesse pela informação meteorológica e é preciso dar satisfação a essas pessoas».

Comunidade científica interessada na rede

Para além da vigilância e previsão do tempo, estas estações fornecem dados importantes para a comunidade científica, quer para estudos do clima, quer para ordenamento do território.
Vitor Prior diz que, em termos de climatologia, o interesse tem sido manifestado essencialmente por peritos nacionais e internacionais, pese embora o facto de a Universidade da Madeira já estar a demonstrar algum interesse sobre esta matéria.
«Penso que já há pessoas da universidade, talvez não ligadas ao clima desde há muito tempo, mas com interesse em pegar neste assunto», acrescentou o delegado regional do Instituto de Meteorologia.

Informação no site a partir de Setembro

A partir de Setembro, toda a informação recolhida por estas estações poderá ser consultada no site do Instituto de Meteorologia.
Questionado sobre se a rede que já está instalada trará maior segurança à Região, em termos de previsão de situações climatéricas mais graves, como a ocorrida a 20 de Fevereiro, Vítor Prior respondeu que, nesse dia, já estava a funcionar o modelo Arome, que dá os valores numéricos da temperatura, humidade e vento registados numa “malha” de 2,5km por 2,5km.
A vantagem da rede é que permitirá verificar o que anuncia o modelo e comparar essa informação com o que está a ser observado localmente.
Esta dupla informação permitirá uma melhor previsão do tempo.


Instituto vai publicar Boletim Meteorológico para a agricultura
O delegado regional do Instituto de Meteorologia revelou que, até ao fim deste ano, o instituto deverá começar a publicar o seu Boletim Meteorológico para a Agricultura.
O Boletim será divulgado via e-mail, enviado para as entidades regionais ligadas à agricultura e outras que se mostrem interessadas no assunto, nomeadamente Câmaras ou associações. Serão essas entidades que depois poderão divulgar a informação aos agricultores.
Um dos dados que serão publicados no Boletim será a temperatura do solo.
Conforme explicou Vitor Prior, a temperatura do solo, mais conhecida por “temperatura da relva” visto ser medida a cinco centímetros do chão, permite saber de que forma os produtos agrícolas poderão ou não ser afectados pelo tempo que se está a fazer sentir, permitindo aos agricultores adequarem as suas plantações a essas condições ou protegê-las das mesmas.


Anete Marques Joaquim


Venho ressuscitar este tópico porque acho gravíssimo sempre está cultura de superioridade que o IM tem, é generalizado e gritante as questões de parecerem não querer abrirem-se ao publico e a discussão.

A parte em negrito é a mais gritante, é aquele tal modelo que na altura do temporal tinha colocado valores de precipitação dentro dos parâmetros do aviso vermelho e que o IM ignorou porque a leitura do ECMFW é bem inferior e que foi defendido que seria o modelo em teste e que não poderia ter sido levado em conta.

Hoje 6 messes e 7 dias após da tragédia coloco esta noticia aqui sendo defendido que a Madeira está muito bem servida pelo modelo Arome e que já estava operacional no dia 20...

Gostei apenas neste artigo que existiram mais pontos de medida do estado do tempo e uns novos sistemas de medição de altitude das nuvens.

Gosto também de um estudo da Meteo-France para aperfeiçoar as leituras dos perfis verticais da região para inserção em modelos de mesoescala, no valor de 200 mil de euros costeados pela UE.

Não gosto que o processo do radar meteorológico após ter decidido que seria instalado junto ao radar aéreo da NATO, o ministério da ciência e tecnologia voltou a colocar entraves no financiamento do mesmo sendo que a NATO solicitou ao ministério da defesa a colocação de uma parelha de F16 ao serviço da NATO na base do Porto Santo.
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Castelo Branco 386m(489/366m)
Depois de ler este tópico, só tenho uma coisa a dizer...a força da Natureza continua a ser muito superior à inteligência humana...

Sem sombra de dúvidas! Os antigos sabiam que não deviam construir em qualquer local, e também sabiam que uma ribeira limpa permite o fácil escoamento das águas. Actualmente com tanta engenharia civil, o que se faz é juntar ribeiras (canais), estreita-las, construir próximo destas e abater árvores que delimitam as ribeiras das terras nas suas margens. Depois é assim, não há milagres!

O prometido radar meteorológico da madeira já está a funcionar ou ainda não passou do papel?? Seria importante que já estivesse a funcionar, poderia alertar a população de futura catástrofe a 1 ou 2h de "distância"!
 

Rog

Cumulonimbus
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6 Set 2006
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Norte Madeira (500m)
O Instituto de Meteorologia acaba de instalar mais cinco estações meteorológicas automáticas na Madeira.
A instalação, que decorreu entre 16 e 20 de Agosto de 2010, foi feita em São Vicente, Bica da Cana, Quinta Grande, Santana e Santo da Serra.


Sem dúvida uma excelente notícia, 5 novas estações meteorológicas na Madeira.
As localizações destas novas estações são excelentes, Bica da Cana por ser o local mais chuvoso e frio da Madeira no Inverno, Santana e São Vicente que permite ter uma melhor percepção do tempo no norte da ilha.
 

AnDré

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22 Nov 2007
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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Sem dúvida uma excelente notícia, 5 novas estações meteorológicas na Madeira.
As localizações destas novas estações são excelentes, Bica da Cana por ser o local mais chuvoso e frio da Madeira no Inverno, Santana e São Vicente que permite ter uma melhor percepção do tempo no norte da ilha.

Muito bom!
Aguardemos então pela actualização na rede de observações do IM.

Já agora, onde se situa o Sanatório do Monte? É o local onde se atingiu (segundo o IM), o maior valor de temperatura máxima: 39ºC.
 

Knyght

Cumulonimbus
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10 Mai 2009
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Madeira - Funchal
O sanatório no Monte deve rondar o 300/400 metros de altitude, é o antigo hospital de tuberculose criado pelos ingleses sendo agora principalmente lar de idosos.
freguesias.jpg

Freguesia do Monte, por cima do Imaculado Coração de Maria extremidade Nordeste uns 10m acima desse ponto.