Observatório da Serra do Pilar convertido em museu

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24 Set 2007
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Porto (centro) - cerca de 7km da costa
Observatório da Serra do Pilar converte-se em museu


O Observatório da Serra do Pilar, em Gaia, que funcionou no passado como posto meteorológico do Instituto Geofísico, será recuperado e convertido em museu temático de ciência. O edifício do século XIX encontra-se devoluto. Reabrirá as portas em 2012.

A intervenção resulta de uma parceria entre a Câmara de Gaia e a Universidade do Porto (UP), que partilham a ambição de dar utilidade a um imóvel que faz parte da história da região.

O prédio na Rua de Rodrigues de Freitas acolheu um dos primeiros postos meteorológicos criados no país, contribuindo para os registos dos ventos, das temperaturas, das trovoadas e do estado do tempo em geral a partir de 1889.

O projecto de reabilitação deve ser aprovado, hoje de manhã, em reunião do Executivo gaiense.

“A Câmara quer trazer novas valências e mais pessoas ao Centro Histórico e, por isso, tem apostado numa dinâmica de investimento público concertado com investimento privado. É assim com o Observatório, mas também com o Palácio da Fervença, adquirido pela Autarquia e que também será recuperado”, sublinha Firmino Pereira.

O vereador das Obras Municipais explica que foi celebrado um acordo entre a Câmara e a UP, a pensar na gestão partilhada do espaço. A recuperação do Observatório da Serra do Pilar, orçada em 500 mil euros, conta com financiamento comunitário.

O autarca estima que os trabalhos comecem no primeiro trimestre de 2011 e se prolonguem por cerca de um ano.

O imóvel terá, a par do museu ligado à meteorologia, gabinetes de trabalho e áreas de investigação e lúdicas sobre a estação climatológica secular. O projecto prevê a reactivação da estação meteorológica com a recolha diária de elementos.

Na cave, ficará o sismógrafo e a oficina pedagógica. A zona pública surgirá no rés-do-chão do imóvel com exposição de máquinas, cartografia e mapas antigos, sala de leitura e a parte activa da estação meteorológica.

O primeiro andar será de acesso reservado, com gabinetes de apoio à direcção do Instituto Geofísico e salas para investigação. No exterior do edifício (alçado Norte), será construída uma estrutura em ferro revestida a vidro para colocar o ascensor com um miradouro para o Douro no topo.

JN