Seguimento - Incêndios 2014

AJB

Nimbostratus
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5 Mar 2009
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Começa cedo este ano, a ver vamos se o Algarve não tem um grande incêndio este Verão, a Serra de Monchique é o que falta arder no Algarve. :(

Isto não quer dizer que seja pronuncio de alguma coisa...outros anos houve (2006, 2007, 2009...) em que ardeu bastante fora do chamado Período Critico...aliás sou completamente contra a definição do período critico, como tambem sou contra a divulgação dos alertas e dos estados de prontidão (fases bravo, charlie...)
 


AJB

Nimbostratus
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5 Mar 2009
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Foi pólvora, as chamas atingiram os 30 mt, aliadas a um grande povoamento de eucaliptos e à morfologia do terreno.

Felizmente existiu um grande aumento de Hr perto da 19H00.

Na minha estação no Wu é visível a diferença de Hr entre as 19H04 e as 19H10 (25% para 37%) e entre Semide e Senhor da Serra deverá ter ocorrido 10/20 minutos antes.

Eu apostava mais numa outra alteração meteo que realmente facilitou o combate...a diminuição da intensidade do vento e/ou da sua direcção...
Podes me confirmar se realmente isso aconteceu?:thumbsup:
 

Agreste

Furacão
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29 Out 2007
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Diário da República a Portaria n.º 110/2014, de 22 de maio, que fixa, para o corrente ano, o período crítico entre 1 de julho e 30 de Setembro. Durante este período de maior susceptibilidade à ocorrência de incêndios florestais no território nacional estão asseguradas medidas especiais de prevenção de acordo com o previsto no Sistema da Defesa da Floresta Contra Incêndios.

http://dre.pt/pdf1sdip/2014/05/09800/0292602926.pdf
 

AJB

Nimbostratus
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5 Mar 2009
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Segundo o website da ProCiv o incêndio no concelho de Seia foi dado como dominado pelas 14:22

Sim, ainda ha pouca simultaniedade de incêndios e os que ocorrem não tem condições meteo nem de secura da vegetação para originar grandes incêndios florestais...no entanto chamo a atenção para o período de sábado a terça!
Principalmente pela %HR noturna que no Litoral Norte rondará os 60% e será bastante mais baixa no interior, ou seja, não permite a recuperação da vegetação!
Esta situação meteo (corrijam me por favor os mais entendidos se estiver enganado) foi a mesma que desencadeou a maior área ardida em 2013 (2 ultimas semanas de Agosto), simplesmente neste momento não teremos a durabilidade dessa, nem o indice de seca é tão elevado!
No entanto acho que é uma situação a acompanhar a do próximo fdse a ANPC não deveria descartar o alerta Amarelo para o Centro Sul e Sul do País (de Castelo branco para Sul)...
Bom para a praia:thumbsup:
 

Duarte Sousa

Moderação
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8 Mar 2011
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Loures
Estou no ip3 perto de Penacova e passaram em direção ao incêndio de O. Hospital reforços da Figueira da Foz, Soure, Condeixa e Montemor-o-velho. Estão também no "terreno" dois aviões anfíbios e um kamov proveniente do incêndio de Seia que já foi dado como dominado há 1/2 horas.

(32.0°C)
 

algarvio1980

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21 Mai 2007
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Olhão (24 m)
Cedeu aos meios, Bombeiros 1 - Condições adversas 0.

Agreste, sabes se este ano estão os militares a patrulharem a serra de Monchique, é que esta já é a 2ª tentativa para incendiarem a serra, o ano passado com o patrulhamento dos militares a coisa andou calma, a ver se não temos um grande incêndio este ano em Monchique.
 

AJB

Nimbostratus
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5 Mar 2009
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Baião
Cedeu aos meios, Bombeiros 1 - Condições adversas 0.

Não concordo, se me permites, com dois pontos no teu post...
Não só Bombeiros que combatem inc~endios florestais...deverias antes ter colocado Combatentes...
Em segundo acho que esta "vitória" que referes é relativa ou nem sei se será vitória...isto porque não é feita uma avaliação ao combate em Portugal, portanto se apenas considerares que é vitória por o incêndio estar apagado...serão só vitórias para um lado!
Deveriam ser considerados outros factores, nomeadamete económicos...isto é, o dinheiro gasto nos inumeros meios humanos e materiais que são aplicados!
Repara...o ano passado o ncendio de Alfandega da fè teve 15000 ha de area ardida. Se tivesse ficado pelos 10000 ha diria que tinha de facto sido um bom "resultado", não obstante os 10000 ha...no de Monchique hoje não sei a área ardida, não sei o potencial de destruição, os meios envolvidos...sei sim é que o fwi não era extremo, o indice de seca não era grave...apesar das hr muito baixas...
não sei se me fiz entender...espero que sm:thumbsup:
 

AJB

Nimbostratus
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5 Mar 2009
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Agreste, sabes se este ano estão os militares a patrulharem a serra de Monchique, é que esta já é a 2ª tentativa para incendiarem a serra, o ano passado com o patrulhamento dos militares a coisa andou calma, a ver se não temos um grande incêndio este ano em Monchique.

Calma...não sabemos a causa do incêndio (eu desconheço a serio)...pode ter sido neglig~encia, foguetes...e não incendiarismo puro...no entanto concordo contigo com a hipotese cada vez maior de haver breve (1 a 2 anos) um grande incêndio em Monchique...
 

Agreste

Furacão
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29 Out 2007
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AJB... não usamos foguetes aqui, não temos esse costume. Não tenho informação sobre as causas do incêndio...
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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A apagar fogos

PAULO MORAIS

Os incêndios florestais repetem-se em cada Verão, destroem uma das nossas maiores riquezas, ceifam vidas, representam um prejuízo de largos milhões de euros. Os fogos têm origem muitas vezes em acções criminosas de incendiários. Mas a sua principal causa é outra: um não menos criminoso abandono do território, em particular da floresta, por parte do Estado português.
A falta de prevenção, a ausência de um programa de manutenção das matas públicas, o abandono dos baldios transformam o território rural num potencial de combustão que deflagra ao mínimo rastilho. A incúria, o descuido e períodos de calor extremo fazem o resto.
Há, no entanto, excepções, florestas onde raramente há incêndios. É o caso do Pinhal de Leiria ou das zonas sob a protecção da Portucel que se destinam à produção de pasta de papel; também não consta que haja problemas nos terrenos detidos por fundos de investimento imobiliário florestal; são ainda escassos os fogos em zonas de produção de cortiça. Os privados gerem estes largos milhares de hectares de floresta apostando mais na precaução e não tanto em meios de combate a incêndios. Já a nível da gestão pública, a incompetência domina. Falta um cadastro florestal, não há prevenção, não se procede à limpeza sistemática das matas. Falta investimento em centrais de biomassa, que poderiam servir, em simultâneo, os propósitos de rentabilidade e de manutenção das florestas.
Entretanto, morrem bombeiros. Gastam-se fortunas num combate a incêndios desprovido dos meios necessários, descoordenado e ineficaz. Desperdiçam--se os muitos milhões de euros que seriam gerados directamente pela actividade florestal. E degrada--se o ecossistema. Só será possível debelar esta série de calamidades com uma efectiva política de prevenção, que deveria envolver as forças armadas e de segurança, bem como os serviços do inútil Ministério da Agricultura. Claro que, em primeira instância, a gestão destes processos competiria aos corpos de bombeiros, cujo desempenho seria avaliado e remunerado em função das áreas que mantivessem livres de incêndios e nunca, como hoje, pelo número de horas de combate. Em vez de andar a pagar fogos, o Estado deveria, pelo contrário, premiar a sua inexistência.

Correio da Manhã

Dossiê sobre incêndios: O governo usa os impostos para incentivar incêndios?
 
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