Bioluminescência em Portugal

belem

Cumulonimbus
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Obrigado a todos.
Aguardo por mais descrições de avistamentos (por aqui ou por pm).

E agora avizinha-se uma fase mais húmida e uma diminuição da atividade visivel dos adultos, poderá ser esperada (sobretudo quando chove durante a noite).

PS: E muito provavelmente haverá um aumento da atividade luminosa das fases larvares!
 
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Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Hoje a noite, pelo menos por aqui está bem iluminada por centenas de pirilampos a sobrevoar os terrenos, eles estão quase sempre estáticos, e quando se deslocam fazem no lentamente.


Enviado do meu Vodafone 785 através de Tapatalk
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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^ E a transição já se completou há algum tempo, agora aparecem as espécies ditas estivais, quase que por todo país.

Se alguém tem visto alguma coisa e quiser partilhar o seu achado, pode deixar o seu testemunho neste tópico.



http://pirilampos-lightalive.blogspot.pt/


E já apareceram as primeiras espécies estivais deste ano, por aqui.

Em zonas mais frescas, perduram ainda alguns resquícios das espécies primaveris.
 
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Cumulonimbus
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26 Jun 2010
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Encontrei um pirilampo na minha casa, aos anos que não via pirilampos.

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E a sua luz, desfocada mas dá pra ter uma ideia.

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Thomar

Cumulonimbus
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19 Dez 2007
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Deixo aqui esta notícia: https://www.publico.pt/local/notici...ampos-sobem-ao-palco-va-velos-1736217?page=-1


Quando se apaga o sol sobre a Arrábida, está na hora de descobrir os pirilampos

Existem duas mil espécies de pirilampos em todo o mundo, 65 estão na Europa, 11 vivem em Portugal e Espanha mas bastam duas para preencher as noites na serra da Arrábida de momentos de magia.

Terminam neste sábado as “Noites de Estrelas e Pirilampos” que a Ocean Alive, uma cooperativa de educação marinha, organiza pelo 3º ano consecutivo nos meses de Maio e Junho, aos fins-de-semana, no Parque Natural da Arrábida.

A sessão, tal como todas as outras que já se realizaram, inclui o recurso a um telescópio para observar Marte, Júpiter e Saturno, a Lua, enxames de estrelas e galáxias e, em simultâneo, contemplar a luminescência produzida por milhares de pirilampos em fase de reprodução.

As visitas, em pleno campo, e através de um pequeno percurso pela Quinta do Alcube, são guiadas por um astrónomo amador e por uma bióloga. Pretendem “levantar o véu para a curiosidade sobre os pequenos organismos que comunicam através da bioluminescência”, explicou ao PÚBLICO, Raquel Gaspar, coordenadora da Ocean Alive.

A bióloga marinha que dinamiza o projecto “Guardiãs do Mar” vencedor do 1º lugar do Concurso FAZ - Ideias de Origem Portuguesa 2016, com o projecto “Salvar o ambiente, preservar empregos”, descreve o entusiasmo que as pessoas revelam quando observam os “pontinhos luminosos a fazer lembrar as decorações de Natal” quando a noite esconde o arvoredo na serra da Arrábida.

“À nossa volta, a vegetação do montado e das ribeiras da Quinta de Alcube, desenham volumes negros onde, sem ser por magia, o ar cintila numa dança que nos fala de amor: são os pirilampos machos a luzir no seu voo procurando enamorar uma fêmea para acasalar”, retrata Raquel Gaspar. Este é o momento final da vida do insecto que passou entre três a cinco anos em forma de larva a alimentar-se no solo para ter reservas na fase adulta, a qual dura apenas um mês. “Passam por nós, poisam na nossa roupa. É nestes encontros casuais que conseguimos vislumbrar as suas 'lanternas de luz', uma luz fria, tipo LED, de cor esverdeada ou amarelada”, prossegue a bióloga.

A surpresa dá então lugar ao fascínio para a maioria dos cerca de 1500 observadores que ao longo das três edições do evento “Noites de Estrelas e Pirilampos” observaram, pela primeira vez, insectos de pequena dimensão (cerca de 2,5 centímetros de comprimento) que a ciência classifica com um palavrão: organismos bioluminiscentes. Seres vivos que emitem luz, a partir de uma reacção química baseada na combinação de uma substância chamada luciferina com o oxigénio na presença de uma enzima luciferase, que resulta em oxiluciferina para perder energia e, desta forma, emitir luz.

Já o sinónimo de formação popular deixa de lado os eufemismos científicos e opta pelo idioma puro. São vários os nomes utilizados em Portugal para identificara os pirilampos: caga-lume, caga-fogo, vaga-lume, lumeiro, salta-marfim, lampírio, luzecu ou mosca-de-fogo…

Superada a definição do pequeno insecto que tanto adultos e crianças, numa primeira reacção, associam a algo mágico que não conseguem explicar porque apenas se vêm luzinhas sem que se consiga observar o objecto que as emite, a surpresa reflecte-se no rosto daqueles que acabam por descobrir que as estrelinhas que bailam são produzidas por pequenos “bichinhos” e que não há nada de magias.

As “Noites de Estrelas e Pirilampos” propiciam o aprofundamento da informação sobre os pirilampos e as causas que estão a contribuir para o seu progressivo desaparecimento: “Deve-se à destruição dos campos e ribeiras onde vivem, à utilização de pesticidas que matam caracóis e lesmas, as suas presas principais, e à poluição luminosa, que interfere na sua reprodução”, enumera Raquel Gaspar. A bióloga revela que “apesar das presas serem muito maiores que o seu tamanho, conseguem imobilizá-los através da inoculação de um veneno paralisante (como fazem as aranhas)”.

Em Portugal são conhecidas 11 espécies de pirilampos, sendo duas delas observadas na Quinta de Alcube: a Luciola lusitanica (o pirilampo-lusitanico) e a Nyctophila reichii (o pirilampo-mediterrânico). São conhecidas cerca de 2000 em todo o mundo.

A bióloga revela que o fenómeno da bioluminescência observa-se ainda em “algumas aranhas, anelídeos, moluscos, certos cogumelos, alguns microrganismos e em muitos animais marinhos, já que o mar é o reino da bioluminescência”, frisando que a uma profundidade média de cerca de quatro quilómetros, grande parte dos animais marinhos comunicam entre si através da luz.

A emissão de luz pode ter várias funções: caça, defesa, protecção e comunicação. Nos pirilampos, a luz é emitida para defesa contra os predadores ou como sinal de perturbação e também é emitida pelas fêmeas adultas e em algumas espécies pelos machos durante a cerimónia de acasalamento. A fêmea faz um pulsar de luz, próprio da sua espécie, ao qual o macho responde aproximando-se e cheirando-a. Esta deixa de luzir após ter acasalado pelo que são as fêmeas com menos sucesso as que cintilam mais. Há espécies que comunicam ao crepúsculo, outras durante o escuro da noite. Nem todos os pirilampos emitem luz porque acasalam durante o dia.

A partir de Julho, a abundância de pirilampos é menor. Por isso, as “Noites de Estrelas e Pirilampos” vão centrar-se na astronomia, no teatro para a família, na prova de vinhos e noutros eventos, em pleno Parque Natural da Arrábida, entre as Serras de S. Francisco e S. Luís.

Contactos para marcação de vistas: Site: www.ocean-alive.org Facebook:https://www.facebook.com/ocean.alive.org/ Email: info@ocean-alive.orgTelefone: 917915595 ou 918467059 Contacto: Raquel Gaspar e Carolina Nunes.
 
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belem

Cumulonimbus
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«Seres vivos que emitem luz, a partir de uma reacção química baseada na combinação de uma substância chamada luciferina com o oxigénio na presença de uma enzima luciferase, que resulta em oxiluciferina para perder energia e, desta forma, emitir luz.»

Não é apenas assim que se produz bioluminescência, mas é assim que os pirilampos produzem a sua luz.

«Este é o momento final da vida do insecto que passou entre três a cinco anos em forma de larva a alimentar-se no solo para ter reservas na fase adulta, a qual dura apenas um mês. »

Que eu tenha conhecimento, normalmente são 2 a 3 anos em forma de larva (havendo até casos de apenas 1 ano ou até menos se formos para países tropicais) e cerca de 2 semanas de vida para a fase adulta.

«A fêmea faz um pulsar de luz, próprio da sua espécie, ao qual o macho responde aproximando-se e cheirando-a. Esta deixa de luzir após ter acasalado pelo que são as fêmeas com menos sucesso as que cintilam mais.»

Existem espécies, que não brilham através de pulsares de luz.
Quanto às «fêmeas com menos sucesso, que cintilam mais», parece-me algo relativo. Normalmente as fêmeas que brilham mais, são as que ainda são novas e que estão bem nutridas. O que pode acontecer é as fêmeas que ainda não conseguiram receber a visita de um parceiro, permanecerem mais tempo a brilhar, pois normalmente só após o acasalamento, é que deixam de tentar atrair um parceiro e portanto de luzir para tal efeito.

E tanto quanto sei, não é conhecida bioluminescência em aranhas, quanto ao resto, já conhecia a iniciativa (que se iniciou no ano passado) e as pessoas envolvidas e estão de parabéns.
 
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belem

Cumulonimbus
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Por esta altura, os pirilampos ditos estivais são abundantes.

Mas ainda há redutos com espécies primaveris, nas zonas do Norte e Centro do país (com especial ênfase para as zonas mais altas (ou zonas mais frescas e húmidas)).
 

belem

Cumulonimbus
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Mr. Neves

Cumulonimbus
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Tirei estas fotos no mês passado, mais concretamente no dia 26/07/2016, julgo que se trata da mesma espécie de sempre que fotografo aqui pelas redondezas, por isso deverá ser Lampyris iberica??, possuia luz bastante intensa, contudo com a minha presença parou de brilhar:
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