Penso que com esta imagem compreendes algumas coisas:
A cordilheira do Atlas explica muita coisa do que se passa ali, todas aquelas trovoadas, repara que são serras de grandes altitudes, uma fila de 700 km de serras com muitos picos acima dos 3000 e 4000 metros, muita convergência de ventos, calor, humidade, convecção elevada, etc, etc, e explicam também muitas das nuvens desinteressantes e enganadoras que por vezes chegam cá ao Algarve.
Sistemas convectivos para chegarem ao Algarve tem normalmente que ter uma génese e dinâmica oceânica, virem de S ou SW e não virem de Marrocos/Terra. Não quer dizer que não aconteça, acontece por vezes, embora maioritariamente migrem rumo ao sul de Espanha, como poderia acontecer por exemplo com umas das células que está agora mais próxima do estreito. Há todo um processo mais complicado para um sistema convectivo vir de terra, adaptar-se bem à transição terra-mar, e chegar ao Algarve.
Não espero que chegue nada ao Algarve do que se vê no satélite. A célula próxima do estreito nunca viria para aqui, e a outra no oeste de Marrocos está a 400km de distância