Aquecimento Global

Kispo

Cumulus
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17 Ago 2008
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Penso que os cientistas não vão retirar amostras de gláciares, contidas em cilindros, em zonas do globo susceptíveis à ocorrência de chuva ou de temperatura acima de 0C! Seria decerto uma experiência mal formulada de raíz, cujas teses seriam desde logo derrotadas de forma humilhante! :) Penso que essas amostras deverão ser recolhidas apenas em certos locais, por exemplo: no interior da antartida! O nível do mar, não sei como o calculam.. Mas o cálculo da temperatura e da composição da atmosfera é possível através do estudo das micro-bolhas de ar retidas nas amostras, analisando a % de certos isotopos raros de O2 pode-se estimar a temperatura (técnica inovadora que irá estimar também a temperatura dos fósseis e que nos dará a resposta para a questão dos dinossauros serem animais de sangue frio ou quente como as aves), a % de CO2, a % de Metano poderão aferir qual o potencial de efeito estufa do planeta (o efeito estufa é essencial à vida), % de óxidos de enxofre e de partículas, poderão indiciar maior ou menor actividade vulcânica, etc.. Enfim, é toda uma ciência, a paleoclimatologia!

Vostok parece encaixar-se nesse perfil :)
http://en.wikipedia.org/wiki/Vostok_Station
 


Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Correcto, kispo! Embora o local deva ter mais precipitação. O local que citaste é deserto, porém humido, pelo que a acumulação de gelo ocorre principalmente por transporte de neve "pó" arrastada por ventos muito fortes, ou por acumulação da humidade gelada nas superfícies. Ainda há locais mais deserticos na antártída, nomeadamente num planalto onde estimam que não tenha ocorrido qualquer precipitação no último milhão de anos! Impressionante!!
 

Gerofil

Furacão
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21 Mar 2007
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Estremoz
Pólo Sul mais frio :cold:

Com exceção dos meses de janeiro e março, as temperaturas em 2009 na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), do Brasil, ficaram abaixo das médias registradas nos anos anteriores pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e colocam o ano passado entre os mais frios desde que as medições começaram em 1986.
A temperatura média anual na estação foi de -8,5º C em 2009, se igualando ao ano de 2007 e só perdendo para 1995, com -10,3º C de média. Nesses três anos mais frios, aumentou a extensão de gelo que cobre a baía do Almirantado, próxima ao local da estação, e os dois lagos de água doce que abastecem a EACF congelaram.
A temperatura mais baixa registrada lá no ano passado foi de -25,6ºC, no dia 5 de agosto. De acordo com o pesquisador Alberto Setzer, do Inpe, havia 18 anos que a temperatura em agosto não caía abaixo dos 25º C negativos na estação brasileira.
Mesmo com a grande variabilidade internatural a que o continente antártico está sujeito, que provoca alternância térmica de cerca de 3ºC entre um ano e outro, a equipe do Inpe averiguou que as médias anuais caíram em torno de 0,6º C nos últimos 14 anos.

Agência FAPESP
 
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22 Fev 2009
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.....a energia interna de um sistema é desdobrada em calor e trabalho, sendo que nenhuma máquina pode ter 100% de eficiência em trabalho, como a entropia aumenta sempre, todo a máquina/sistema gera calor além de trabalho

Muita calma nesta hora.:

como a entropia aumenta sempre

Se for no planeta Terra o sistema é aberto desta forma, cá estou eu com meu DNA extremamente organizado (quase).

Abraços
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Muita calma nesta hora.:

como a entropia aumenta sempre

Se for no planeta Terra o sistema é aberto desta forma, cá estou eu com meu DNA extremamente organizado (quase).

Abraços



Podemos considerar o nosso corpo um sistema fechado para muitas grandezas, mas não de todo para a massa, pois existem trocas constantes, através das quais exportamos entropia, a nossa máquina também ela irá parar um dia! Mas somos uma máquina extremamente eficiente na manutenção da sua temperatura interna!
O planeta Terra é um sistema aberto para a energia (embora o efeito estufa impeça maior troca de calor, assim como o albedo e a capacidade calorifica específicos dos materiais que revestem a crosta terrestre-oceanos, rochas, gelo, florestas, edifícios, terra,...), mas é um sistema fechado para o volume (por isso o que varia é a pressão e/ou a temperatura), e é um sistema aberto para a massa (permeável) pois permite a entrada de poeiras e meteoritos mas também permite a saída de gases cuja caixa densidade é inferior ao limite crítico (hidrogênio, hélio,..) mas em quantidades desprezíveis sendo por isso quase fechado para a massa (contida por acção da gravidade). Mas nem todos os processos na vida provocam um aumento da entropia: as transições de fase (vapor, água, gelo) são processos isentropicos. A vida é um processo cujo aumento de entropia nos dá a sensação de ser lento (envelhecemos), pois somos um sistema quase fechado e que sobrevive exportando entropia. Na natureza, o planeta também exporta entropia que resulta dos seus processos internos: o planeta recebe energia do Sol e transforma-a em calor e trabalho (chuva, neve, vento, correntes ascendentes, tornados, ciclones, anticiclones,...), tudo o que é movimento ordenado resultante de compressão ou expansão, é trabalho!
 
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22 Fev 2009
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Podemos considerar o nosso corpo um sistema fechado para muitas grandezas

Termodinamicamente, não. Só tres variáveis (P,T,V) e lembrando tempo não é variável termodinâmica.

em quantidades desprezíveis sendo por isso quase fechado para a massa

Concordo,

Em concordando, fica estabelecido que o sistema é isobárico.

Como o planeta e qualquer sistema NUNCA atinge o equilíbrio vivemos nesta vidinha de quase estático ou meta-estável (essa discussão procede).

Pelo menos o trabalho realizado em caso de aquecimento global antropogênico ou somente aquecimento global (verdadeiro nos últimos 150 anos).

O trabalho fica fácil de calcular, é o clássico p (delta V).
 

Paulo H

Cumulonimbus
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Termodinamicamente, não. Só tres variáveis (P,T,V) e lembrando tempo não é variável termodinâmica.

Quando se fala na variável "t" em termodinâmica, significa temperatura e não tempo! :) Quando se diz que um sistema é fechado para determinada grandeza, essa grandeza tem de ser extensiva (isto é, que se pode somar) e nem a pressão nem a temperatura se somam pois não são grandezas extensivas. Por essa razão não se diz que um sistema é fechado para a temperatura, diz-se sim que o sistema é isolado (fechado para o calor). Temperatura é apenas um aferidor (uma medida) da energia cinetica média das partículas, não é uma grandeza extensiva como é o volume, a energia, a entropia, a massa,...
 
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22 Fev 2009
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Quando se fala na variável "t" em termodinâmica, significa temperatura e não tempo! :) Quando se diz que um sistema é fechado para determinada grandeza, essa grandeza tem de ser extensiva (isto é, que se pode somar) e nem a pressão nem a temperatura se somam pois não são grandezas extensivas. Por essa razão não se diz que um sistema é fechado para a temperatura, diz-se sim que o sistema é isolado (fechado para o calor). Temperatura é apenas um aferidor (uma medida) da energia cinetica média das partículas, não é uma grandeza extensiva como é o volume, a energia, a entropia, a massa,...

Ops....quem falou em tempo foi o Paulo H.

P, V e T......e fim .....que coisa.

O tempo (segundos) não é grandeza termodinâmica.
As tuas definições são extremamente confusas.

Vamos simplificar: (esquecendo o calor recebido do núcleo planetário e o calor cedido para o núcleo do planeta se houver a segunda possibilidade)

O planeta recebe um quantidade de energia. (essencialmente do Sol)
O planeta emite (como um todo) uma quantidade de energia.

Conclusão: é um sistema que permite entrada e saída de energia.

abraços
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Castelo Branco 386m(489/366m)
Ops....quem falou em tempo foi o Paulo H.

P, V e T......e fim .....que coisa.

O tempo (segundos) não é grandeza termodinâmica.
As tuas definições são extremamente confusas.

Vamos simplificar: (esquecendo o calor recebido do núcleo planetário e o calor cedido para o núcleo do planeta se houver a segunda possibilidade)

O planeta recebe um quantidade de energia. (essencialmente do Sol)
O planeta emite (como um todo) uma quantidade de energia.

Conclusão: é um sistema que permite entrada e saída de energia.

abraços

Fernandobrasil, qual é a frase onde eu falo do tempo?!
Quando falo em "p", em "V" e "T", falo em pascal, m3 e kelvin, da equação dos gases ideais pV=nRT (equação apenas válida para gases ideais), digo apenas que como o volume e a massa da atmosfera são aproximadamente constantes, o que varia nos 2 lados da equação são a pressão e a temperatura. O calor fornecido pelo núcleo do planeta é praticamente constante, embora saibamos que a tendência é a de que este continue arrefecendo lentamente por mais outro tanto da idade da Terra! Nunca falei em tempo.. O que quis dizer apenas é que se entrar ou se ficar retida mais energia, o resultado não se fica pelo aumento da temperatura média do planeta, aumenta também a cota parte de trabalho: toda a dinâmica atmosférica aumenta, por essa razão acredito que fenômenos extremos, mais violentos, mais frequentes, mais abrangentes irão ocorrerão com maior frequência! Isto se a dimensão do aquecimento global se confirmar até ao fim do século.
Abraço

Nota: a temperatura do interior do planeta no seu manto e núcleo não é causada pela energia recebida pelo Sol! A energia flui dum corpo com mais calor para um corpo com menos calor, por isso o interior do planeta apenas liberta calor, não recebe! No nosso núcleo o ferro é líquido em movimento funcionando como um enorme dínamo a 5000 kelvin. Até mesmo o planeta Mercúrio recebe menos energia do que liberta: no seu equador as temperaturas vão de 100 kelvin a 700 kelvin, portanto temperaturas mínimas mais baixas do que na nossa Terra!
 
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22 Fev 2009
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Fernandobrasil, qual é a frase onde eu falo do tempo?!

Por exemplo. esta:

PauloH escreveu....A vida é um processo cujo aumento de entropia nos dá a sensação de ser lento (envelhecemos), pois somos um sistema quase fechado e que sobrevive

Paulo, não sei qual a expressão utilizada em Portugal para mantermos a discussão amigável, no Brasil a expressão adequada é , na boa (amizade).

Então, na boa.

Pode parecer idiotice...(detesto escrever textos longos)....vamos as conclusões.

a- Você concorda e eu também estou de acordo que a variação de massa na atmosfera é mínima (digamos, desprezível).

b- Sendo o item a (parcialmente) verdadeiro, logo, a massa da atmosfera é constante.

c- Sendo o item b verdadeiro e considerando que não houve variação significativa da aceleração da gravidade nos últimos 150 anos, e mais se tudo isto for verdadeiro, não houve e não há variação da pressão.

Resumindo: Se g (m/s^2)é o mesma e massa da atmosfera é a mesma (kg). A força peso,por consequência, é a mesma, como o aquecimento global (fato) antropogênico ou não, creio, não alterou de modo significativo a área do planeta. Assim, não houve alteração na pressão (como você gosta, pascal).

Estamos diante de um processo isobárico em um sistema que permite troca de energia....(concordamos que o fluxo de matéria é desprezível, esperamos).

Neste ponto é que começam os problemas.

Sobraram duas variáveis (considerando que a variação de n também é desprezível).

V....volume
T....temperatura.

O volume: aumentou (fato).
A temperatura: aumentou (fato).

Well, se você colocar o CO2 como vilão (agora, utilizando teorias de Hansen e companhia) tentando simplificar (o decréscimo da pressão com a altitude e o livre percurso das moléculas de CO2) levaria a uma mancha de superaquecimento a 600mb...coisa que nem satélites e sondagens acharam.

Não sei exatamente o quanto podemos aprofundar esta discussão, mas dentro dos meus conhecimentos eu concluo:

a- Existe uma aquecimento global nos últimos 150 anos.
b- Não há elementos para provar que a causa é o CO2 e muito menos antropogênica.
c- Toda questão política e religiosa que muito permeia o tema deve ser abandonada.
d- Apesar de toda discussão não vejo diferença significativa de medições feitas pelos satélites com os lamentáveis (política GISS/TEMP & Cia).

Enfim, o único elemento significativo é a formação e distribuição de nuvens.

abraços,

PS:
que se dane baleias, ursos pandas, ursos polares, golfinhos, focas, leões marinhos, leões africanos, tigres, e demais bichos fofinhos,,,,,,(apenas lamentações e provacações).
 

Paulo H

Cumulonimbus
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Fernando, é sempre positivo debater idéias! :)
Claro que podes calcular a pressão partindo do peso da coluna de ar e dividindo pela área transversal da mesma. Mas isso seria a pressão média, não podemos afirmar que a pressão é a mesma em toda a parte, porque não é (a atmosfera é dinâmica, não é estática), logo a pressão atmosférica varia no globo verticalmente e horizontalmente. Para que a pressão fosse igual em todo o globo (à mesma cota), toda a superfície teria de estar à mesma temperatura, desta forma o ar não se deslocaria (não se expandindo nem se comprimindo) mas também o gradiente vertical de temperatura teria de ser igual em todo o globo evitando assim correntes ascendentes ou descendentes! Eu vejo o planeta como uma bola de futebol cheia, mas se a colocarmos ao Sol, ela continua com o mesmo volume (e a mesma área) só que mais dura (com maior pressão)! Porquê? Porque o volume não varia! Ora aumentando a temperatura, por consequência, aumenta a pressão. Daí que não concordo quando dizes que o volume aumenta e a pressão fica constante, o que observamos é precisamente o contrário! A pressão varia em cada ponto, no nosso sistema fechado "bola de futebol" a pressão só depende da temperatura!

Não sei se o aquecimento global é antropogénico ou não, mas sei que o vapor de água, o CO2 e o metano são gases de estufa! E sabe-se também que na última grande glaciacão houve um decréscimo de metano na atmosfera (das amostras de gelo recolhidas na antártida), porquê? Restam 2 hipóteses:
1-houve uma extinção em massa dos grandes herbivoros produtores de metano, talvez caçados pelo homem ou por doenças, reduzindo abrutamente o metano, dando início à última glaciacão.
2-ocorreu a idade do gelo e os animais não se adaptaram à mudança, extinguindo-se em massa, o que levou à diminuição do metano.
Eu acredito mais na 1a hipótese.. Mas claro, certezas absolutas não há..

Nota sobre envelhecimento: A entropia é tão implacável como a seta do tempo, nunca diminui, não volta atrás! A vida é possível num sistema (corpo ou célula) que seja capaz de exportar a sua entropia para fora. Contudo, assim como qualquer máquina, nenhum ser vivo é eficiente a 100%, e com a idade vamo-nos deteriorando ainda mais necessitando de exportar mais entropia, até que começamos a envelhecer quando já não exportamos tudo o que deviamos, e aí um dia tudo acaba.. A entropia vence sempre! Não há máquinas perfeitas nem seres imortais. Deus é assim como a entropia, está em toda a parte e nunca diminui.
 
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22 Fev 2009
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Paulo H:

Meu grande debatedor....

Veja para variações razoáveis de temperatura (para não haver perda de gás para o espaço...isto é, as velocidade de escapes não serão atingidas).

Conclusão: A pressão atmosférica do planeta é constante. Evidente que há variações (locais), caso contrário não haveria necessidade de meteorologista.

Não existe expansão horizontal (climatologicamente falando).
Existe apenas a possibilidade de expansão vertical (agora ainda é dia aqui e estou no outono, porém deve ser noite em Portugal e você está na primavera...estou falando do planeta como um todo)

Abraços...ultramarinos (by Marcos)
 

Kispo

Cumulus
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Não esquecer situação El Niño, que só agora começa a querer entrar em La Niña

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belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
Por o que tenho conhecimento a temperatura Media mensal do mes de Maio na cidade de Lisboa foi de 17,5º graus em Lisboa e no Porto de 16,5º graus julgo q os valores estão dentro dos valores normais sentidos neste mes os valores de precipitação em Lisboa foi de cerca de 30 mm e no Porto de 50 mm temos então um mes de Maio semi-humido em Lisboa e húmido no Porto. Tivemos de facto uma vaga de calor entre os dias 18-25 de Maio que se estabilizou em toda a Europa Ocidental Portugal, Espanha, França, Inglaterra ate á Noruega devido ao posicionamento do anticiclone dos Açores de referir que em Londres no dia 24 de Maio a temperatura foi de 28ºgraus em Paris no dia 25 de 29º graus em Bordeaux (cidade q tal e qual como o Porto ou Leiria também sempre 1 ou 2 meses secos e n é por isso que deixa de ter um clima temperado atlântico) de 31º Graus para dizer q n é só em Portugal que faz calor e reforçar a ideia q o território português está sujeito as mesmas massas de ar que a Europa Atlântica mais que da Europa Mediterrânica. Existiu essa vaga de calor de facto mas de referir que entre 5-15 de Maio tivemos dias relativamente frios no Porto nos dias 5 e 11 as temperaturas baixaram aos 4º e 5º graus em Lisboa aos 9º no dia 10 de Maio registou-se precipitação em forma de neve no alto da serra da Estrela, isto para dizer o quê que no meu ponto de vista e olhando apenas para estes valores o mes de Maio encontra-se dentro dos normativos sentidos nos anos anteriores e mais se olharmos para trás vemos que os meses de Inverno foram bem chuvosos e com temperaturas medias baixas particularmente os meses de Fevereiro e Março tivemos sempre com Baixas pressões o mes de Abril também foi chuvoso o que nos indica que até a data este ano tem sido um ano com valores altos de precipitação o que é bom e com valores de temperatura não exageradamente elevadas, até este mes de Junho ate á data e já estamos no dia 17 temos tido temperaturas não exageradamente elevadas e tivemos em todo o território de Portugal continental mas especialmente a Norte e centro do pais na semana passada dias de forte precipitação o que também irão trazer de novo um mes de Junho como um mes húmido e semi-humido em muitas regiões não só no Norte e centro do pais mas também a centro-sul do pais. O que neste 1º semestre do ano se pode concluir é que essas teses alarmistas de que Portugal vai se tornar num pais semi-árido etc. pelo menos neste ano não está a ter validade nenhuma e mais se entrarmos no campo da especulação eu tenho a forte convicção que olhando para o anticiclone dos Açores que anda um pouco estranho julgo q pode na Europa Ocidental acontecer o Inverso ou seja o Anticiclone dos Açores se posicionar cada vez mais a sul e a Europa Ocidental ter um aumento considerável da precipitação e abaixamento das temperaturas e por sua vez um aumento da temperatura e redução da precipitação na Europa a Oriental como maior influencias de massas de ar continentais como aconteceu neste Inverno onde em Janeiro na Grécia, Chipre, etc., existiu uma vaga de calor onde se registaram valores de 26º,27º em pleno mes de Janeiro nesses países mas como disse é só uma convicção. Que o aquecimento global existe sim pois os valores assim o demonstram o que acho é que os seus efeitos não vão ser assim tão catastróficos como se diz por ai... Como demonstra esta notícia do JN pura notícia especulativa e catastrófica típica dos média.

Cumps

Caro Sociometeo

Gostaria de saber se o mês de Maio, este ano, foi um mês seco ou não em Lisboa?
Se a temperatura média, como diz, foi de 17,5 ºc e a precipitação foi de 30 mm...

Outra questão: Tem dados climatológicos de Bordeaux, com um período mínimo de 20 ou 30 anos, com 1 a 2 meses secos como média?

Quanto às vagas de calor em Janeiro também já as houve na P. Ibérica, mas penso que não se pensou logo que haveria uma tendência para isso se tornar num padrão regular, pelo menos, em termos científicos.:)
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Castelo Branco 386m(489/366m)
Quando falamos de aquecimento global, nunca pode ser boa prática querer extrapolar conclusões com base em observações limitadas apenas ao continente Europeu. Ondas de calor ou de frio em determinada região da europa num determinado mês, pouco significado têm a nível global. Posso até afirmar que a Europa sendo um continente relativamente pequeno, é em termos meteorológicos suficientemente grande para que se constate algumas coincidências um pouco empíricas mas baseadas em observações:
1-Quando no Verão se observam no centro e leste europeu temperaturas altas (superiores à média), normalmente aqui no ocidente observam-se temperaturas mais frescas que o normal.
2-Quando no nordeste europeu o Inverno está sendo frio e seco, existe a tendência para que no extremo ocidental seja ameno e chuvoso!

Não é que seja sempre assim, são apenas tendências.. Nas últimas semanas varias capitais europeias têm alcançado os 30C e por aqui tem estado ameno. E porquê? A razão deve-se, em especial, à posição do anticiclone dos Açores e da sua dimensão, influenciando com maior ou menor poder, directa ou indirectamente, o resto da europa. Desta forma, parece mais ou menos óbvio que se faz mais calor num extremo europeu, fará por consequência mais frio no outro extremo. Pode parecer apenas coincidência, mas quando as temperaturas por aqui chegarem aos valores normais para a época, o resto da europa irá refrescar! E vice-versa. Por isso, não vale apontar anomalias em 7 ou 8 cidades europeias sem contar com as restantes observações. Sabemos todos que tanto numa despressâo como num anticiclone, existe uma subida de temperatura num dos seus lados e uma descida no oposto (normalmente..) :)