Biodiversidade

Mjhb

Super Célula
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15 Abr 2009
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.
Na mesmo na cidade de Viseu não sei, mas nas Serras em redor há muitos Negrais e Robles:D

Podes tu próprio tentar identificar esses, apanha uma folha se tiver uma certa pilosidade na parte inferior da folha é um Negral se a folha for lisa provavelmente é um Roble. Podes também reparar na dimensão, os Robles normalmente tornam-se árvores maiores do que os Negrais, se encontrares um carvalho muito grande é muito provavelmente um Roble.

Agora quando chegar ao Outono vais reparar que os Robles perdem as suas folhas muito mais cedo que os Negrais, estes conservam as folhas secas agarradas aos ramos quase até a primavera

Espero ter ajudado;)

Obrigado MSantos. O local com mais negrais que eu já visitei foi a Sierra de Peña de Francia, em España. É preciso saber que mal conheço o meu próprio país, com muita pena minha... :(
 


MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
Obrigado MSantos. O local com mais negrais que eu já visitei foi a Sierra de Peña de Francia, em España. É preciso saber que mal conheço o meu próprio país, com muita pena minha... :(

Se alguma vez fores para os lados de Bragança vai dar uma volta à Serra da Nogueira, existe lá uma dos maiores carvalhais contínuos de carvalho Negral que existem, é muito bonito:thumbsup:
 

Brigantia

Cumulonimbus
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20 Jan 2007
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Norte de Portugal
Abutre 'aterra' ao lado de devotos em Bragança
Um abutre, também conhecido por grifo, ‘aterrou’ a meio da tarde de segunda-feira junto a um grupo de devotos da Senhora da Serra, em Bragança, que começam a instalar-se no santuário da Serra da Nogueira para a tradicional novena no início de Setembro.


O grifo, uma ave pouco usual nesta zona da Terra Fria Transmontana, pousou junto a um grupo de idosos e ali ficou imóvel e indiferente à presença humana e ao movimento no santuário, ao contrário da reacção habitual desta espécie.

A ave, de acordo com os relatos, não apresentava sinais de ferimentos ou doença, mas de visível fraqueza devido à fome e ao cansaço.

Segundo contam os bombeiros de Bragança no seu blogue, "um grupo de idosos estava sentado num banquinho quando a ave aterra junto a eles. Como o animal não reagiu à actividade das pessoas que andaram junto a ele, chamaram o GIPS da GNR que está ao serviço do Centro de Meios Aéreos de Nogueira, também localizado na serra" para o combate a fogos florestais.

De imediato foi chamado o SEPNA, Serviço de Protecção da Natureza da GNR, que avaliou as condições da ave e constatou que poderia encontrar-se com fraqueza devido à fome e ao cansaço.

Segundo escrevem, "até o restaurante sazonal do senhor Manuel de Rebordãos, que abriu neste dia para acolher os peregrinos das novenas da Senhora da Serra, cedeu carne para alimentar o animal".

Após algumas horas, o jovem grifo ganhou de novo forças e voou em direcção a Sul.

Os bombeiros recordam que um caso semelhante aconteceu, na semana passada, na aldeia de Samil, também na zona de Bragança, em que um grifo aterrou num telhado de uma casa e lá se manteve, pelo menos dois dias, até levantar de novo voo
© Correio da Manhã
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Então e quem é de Lisboa, conhece algum bom exemplar de carvalho negral? Por exemplo em Monsanto só encontro robles... :(

A Matinha de Queluz tem uma placa na entrada onde refere a flora existente e nesse texto indicam o Carvalho negral. Seja como for nunca vi lá nenhum. Aliás é dificil ver ali qualquer coisa que não sejam sobreiros, deve ser o sitio no mundo com uma maior concentração de sobreiros por metro quadrado :lol:
 

Dan

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26 Ago 2005
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Bragança (675m)
Esta manhã pousou aqui em casa esta borboleta (papilio machaon).
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Parecia cansada e deixou-se apanhar facilmente. Tinha um pouco mais de 9cm de envergadura.
 

MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
Bonita borboleta Dan, penso que o nome comum dessa espécie é "Borboleta cauda de Andorinha":thumbsup: já vi algumas dessas por aqui são das maiores borboletas que já vi nos nossos campos e jardins:)
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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Estremoz
Manifestação em defesa da Lagoa das Furnas

Uma manifestação em defesa da Lagoa das Furnas, um dos “ex-libris” de S.Miguel, nos Açores, juntou dezenas de pessoas no local, embora na rede social Facebook, onde foi lançada a iniciativa, estivessem confirmadas mais de 7.500 presenças. Sob o lema “A Lagoa das Furnas está a morrer e ninguém faz nada”, a manifestação foi convocada na sequência do agravamento do estado das águas daquela lagoa (uma coloração amarelada e mau cheiro) em cujas margens se cozinha o famoso ‘Cozido das Furnas’.
“Às vezes está mais amarela, outras menos”, constatou aos jornalistas Berta Maria, residente nas Furnas, alertando para a eventualidade de a lagoa "se transformar num pântano e nunca mais ser um cartaz turístico". Daniel, que usava uma camisola verde correspondendo ao apelo da organização do evento, admitiu estar à espera de “muitas mais pessoas” na iniciativa, mas sublinhou que “são muitos aqueles que estão solidários e aderiram ao evento na rede social”. “Estou a estudar fora, mas sempre que venho cá de férias a lagoa está pior todas as vezes, mas atualmente muito mais”, lamentou.
Mais ao lado, Teófilo Braga, do movimento SOS Lagoas, criado em dezembro de 1992, afirmou: “As pessoas estão habituadas à água transparente, mas quando chegam às Furnas veem as águas amareladas ou esverdeadas e o mesmo se passa na outra lagoa, a das Sete Cidades”, também em S.Miguel. “Desde 1983, data em que saíram os primeiros estudos sobre a eutrofização das lagoas e até hoje poderia ter sido feito muito mais do que está implantado no terreno”, apontou aos jornalistas.
Miguel Bettencourt, promotor da iniciativa, justificou "não estar à espera das 7.500 pessoas que confirmaram a presença no Facebook", porque "muitas não podiam estar presentes, mas estão preocupadas com a Lagoa das Furnas". "Viu-se o impacto que o movimento teve para salvar a nossa Lagoa das Furnas, independentemente de cores partidárias, de individualidades, da empresa A, B ou C", disse aos jornalistas, reiterando que o objetivo do movimento é "alertar ainda mais a sociedade" para uma atenção redobrada à Lagoa "exigindo ainda mais e melhor".
O Governo dos Açores já assegurou que a Lagoa “não é um caso perdido” e que a situação “não é irreversível”, tendo o secretário regional do Ambiente explicado que a coloração amarela da água da lagoa foi originada por uma “grande densidade de cinobactérias”, na sequência de muitos dias seguidos de elevadas temperaturas, pouco vento e nenhuma chuva. Hoje, o executivo regional “lançou uma campanha de voluntariado para florestação das terras altas” mas segundo a presidente do conselho de administração da SPRAçores (Sociedade de Promoção da Gestão Ambiental), Hélia Palha, "foi pouca a adesão à iniciativa".
Hélia Palha disse que a iniciativa, que incluiu ainda uma tenda com informação sobre a intervenção no ecossistema em causa, "não se tratou de uma contra manifestação", frisando que "é salutar que a população se preocupe com a lagoa".

Fonte: DESTAK
 

Seattle92

Nimbostratus
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Fluviário de Mora vai tentar reprodução em cativeiro do saramugo
28.09.2011
Ricardo Garcia

O saramugo, um minúsculo peixe que só existe nalguns afluentes do Guadiana, vai ser alvo de mais uma iniciativa para o salvar do risco de extinção.

O Fluviário de Mora vai tentar a sua reprodução em cativeiro, numa parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).

É a primeira vez que o fluviário, inaugurado em 2007, leva a cabo uma iniciativa do género. “A ideia é que se possa fazer a reprodução do saramugo e que se possa depois fazer o repovoamento”, disse ao PÚBLICO José Manuel Pinto, presidente do Fluviário de Mora.

O ICNB vai recolher os peixes na natureza e cedê-los ao fluviário, em número suficiente para constituir um núcleo “que garanta a manutenção da diversidade genética que ainda subsiste nas populações selvagens”, segundo um comunicado hoje difundido.

O projecto será concretizado em instalações já existentes no fluviário, sendo acompanhado por especialistas do Departamento de Biologia da Universidade de Évora e do Centro de Oceanografia da Universidade de Lisboa.

Com apenas sete centímetros de comprimento, o saramugo é uma espécie de ciprinídeo – uma família de peixes onde se integram também as carpas – endémica da bacia do Guadiana, ou seja, só existe ali e em mais nenhuma parte do mundo. As alterações ao seu habitat e a introdução de espécies exóticas tornaram o saramugo num peixe “criticamente em perigo” de extinção, segundo a classificação da União Internacional para a Conservação da Natureza. Actualmente, existe apenas em determinados afluentes do Guadiana.

Outros projectos de conservação têm procurado salvar o saramugo, como um da organização ambientalista internacional WWF, lançado há cerca de três anos e que procura recuperar o habitat natural daquela espécie na ribeira do Vascão, um dos cursos de água onde ainda é encontrado.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1514143

Falo sempre tão mal do ICNB, mas fica aqui uma boa notícia e uma boa iniciativa deles. :thumbsup:


Quer dizer, não sei de quem foi a iniciativa, pode ter sido o Fluviário de Mora a bater com a cabeça na parede até finalmente o ICNB aceitar a parceria :lol:
 

frederico

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9 Jan 2009
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Sobre o saramugo.

Em criança vi imensos nas ribeiras do sotavento, mas havia um grande problema.

Como se sabe, as ribeiras algarvias não conseguem manter o seu caudal durante o período seco, entre o final de Maio e o início de Outubro. Algumas conseguem, mas apenas nas áreas mais altas do Caldeirão, perto das fontes.

Mas na maior parte do percurso não há manutenção do caudal, ficam então os pegos, áreas mais profundas das ribeiras que conservam a água durante todo o ano, uma espécie de poças, rodeadas de vegetação ripícola, que previne a evaporação.

Ora nas últimas décadas os habitantes da serra encheram os pegos de motores de rega, e a maioria, no final de Junho, já estão esgotados, sem água. Esses motores deveriam ser proibidos, mas não são. Assim, cágados, saramugos e anfíbios, tudo morre :mad:

Outra problema é a extração ilegal de inertes, ao qual as autoridades fecham os olhos.

Por isso o saramugo está tão ameaçado, não é só pelas barragens, mas também pela destruição do habitat feita pelos motores de rega e pelas empresas ligadas ao sector da construção civil.
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Depois de muito procurar, lá encontrei um negral em Lisboa, no parque de Monsanto.

Realmente quando tocamos numa folha é impossível confundir com o roble. A folha dum negral parece de veludo.

O pior disto tudo é que o carvalho não tinha bolotas nenhumas nem penduradas nem no chão à volta. Assim vai ser difícil semear um :(
 

Seattle92

Nimbostratus
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Abutre-preto recomeçou a reproduzir-se em Portugal 40 anos depois
31.10.2011
Helena Geraldes

“Idanha”, com sete meses, já sobrevoa o Tejo Internacional. Este foi o segundo ano consecutivo em que casais de abutre-preto, espécie classificada como "criticamente em perigo", conseguiram reproduzir-se em Portugal, depois de uma ausência de 40 anos.

Em Abril deste ano nasceu “Idanha”, cria de um dos três casais reprodutores no Parque Natural do Tejo Internacional. É o terceiro abutre-preto (Aegypius monachus) a nascer em Portugal, segundo dados confirmados, desde 1973, depois de no ano passado terem nascido “Tejo” e “Aravil”.

“São três os casais de abutre-preto que estão a iniciar esta pequena colónia”, junto à fronteira, explicou hoje ao PÚBLICO Samuel Infante, do núcleo da Quercus de Castelo Branco. Do lado de lá existirão cerca de 40 casais, uma pequena percentagem dos mais de 1800 que se reproduzem em todo o território espanhol.

Em Portugal, a destruição do habitat, os venenos e a perseguição directa fizeram com que esta espécie deixasse de nidificar em terras lusas, acrescentou Infante. “Estas aves precisam de grandes áreas semi-naturais. Dantes chegaram a criar no Alentejo. Mas com as campanhas do trigo [nos anos 30] e da reflorestação com eucalipto [nos anos 80], desapareceram muitas das árvores centenárias de grande porte onde construíam os ninhos”, que pesam centenas de quilos.

Tejo Internacional terá em 2012 novas plataformas de nidificação
Em 2010, a Quercus construiu seis plataformas de nidificação para o abutre-preto. Este ano, duas foram ocupadas mas um dos ninhos caiu no início da época de reprodução e perdeu-se a postura. Na outra plataforma tudo correu bem e, em Abril, nasceu “Idanha” que já sobrevoa o Tejo Internacional.

Para saber mais sobre a ecologia da espécie e sobre a colónia que está a instalar-se em Portugal, a Quercus segue, por satélite, duas crias e um sub-adulto. “Conseguimos desta forma obter informação sobre os movimentos das aves, a área de dispersão, os factores de ameaça, as zonas onde se alimentam e onde se concentram”, explicou Samuel Infante. “Tejo” e “Aravil” costumam visitar as colónias da sua espécie, espalhadas pela Península Ibérica.

O responsável acredita que, com o tempo, o Tejo Internacional pode vir a ter uma colónia estável, talvez com 40 casais, à semelhança do que acontece em Espanha. “Mas este é um processo muito longo e que depende de muitos factores, especialmente da disponibilidade de alimento”. Para o ano, a Quercus quer instalar mais quatro ou cinco plataformas para ajudar estes animais a nidificar, adiantou.

Estas aves, necrófagas – que se alimentam apenas de animais mortos -, têm um papel importante porque ajudam a remover as carcaças do gado que acaba por morrer nos campos.

Este mês, a Quercus apresentou ao Governo uma proposta para, nas regiões de montanha, deixar de recolher os animais mortos – através de um serviço chamado SIRCA (Sistema de Recolha de Animais Mortos nas Explorações) que diz custar 23 milhões de euros. Em vez disso, aves necrófagas como o abutre-preto passariam a ter alimento. “Ainda estamos à espera de uma resposta do Ministério mas vamos insistir. Este sistema beneficiaria a espécie e ajudaria a poupar dinheiro na recolha dos cerca de mil animais que são retirados diariamente dos campos”, salientou Samuel Infante.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1518978