Re: Seg. Previsão do Tempo e Modelos - Janeiro 2012
A 96 horas são praticamente iguais, acho que o ECMWF se aproximou do GFS,a depressão do Mediterrâneo está mais próxima:
A grande diferença está a norte, a dorsal está mais forte no GFS do que no ECMWF. Isso faz a diferença toda, pois permite o AA estender-se em crista para a Escandinávia, incrementando o fluxo de leste na Europa ocidental.
O ECMWF impede o AA de subir, não lhe dando outra alternativa que não cair em cima de nós.
Neste momento é aqui que reside a grande diferença. No Atlântico, o que dá alguma esperança para que seja o GFS a ganhar esta disputa. O GFS está praticamente sozinho, o GEM tem um cenário parecido mas menos extremo. O ECMWF também está praticamente sozinho, o UKMO que é quase um primo do ECMWF tem algo muito diferente, é verdadeiramente desastroso. Os restantes modelos não servem para nada em situações deste tipo, complicadas de modelar.
Portanto, e quando começa a sair a run das 18z, que costuma trazer alguns disparates, mas que ontem foi a primeira a intuir a mudança de rumo do GFS, temos GFS e ECMWF a divergirem a 100 horas, alicerçados pelos ensembles, um combate modelístico ao mais alto nível. Até às 96 horas já ninguém nos tira uma -5 em Bragança e uma iso 0 em Lisboa, pelo menos, o que com ventos de nordeste é sinónimo de muito frio à superfície. Depois é uma incógnita, mas seria frustrante o fluxo de leste cessar, como mostra o europeu, quando estaríamos a 24 horas de ter a maior entrada fria do último meio século.
PS1: Desta vez concordo com o Stormy, a run das 12z do ECMWF é ridícula, mostrando inclusive um inacreditável pântano barométrico sobre o Atlântico a sul da Gronelândia, debaixo de uma área de baixos geopotenciais. Uma ciclogénese, mesmo que fraca por ali ajudaria a dispersar alguma da energia usada neste modelo para nos empurrar a dorsal para cima.
O GFS tem a depressão a cavar muito mais a oeste, e consequentemente a ajudar a impulsionar a dorsal para norte e não para leste. É a solução lógica, portanto aposto que pelo menos até às 120 horas a advecção fria vai se prolongar. Depois é ver se a dorsal resiste ao avanço dessa depressão.
PS2: Mais de 5000 visitantes no Meteociel para assistir a uma saída das 18z do GFS. Vai certamente abaixo não tarda nada, tem sido dificílimo ver as saídas nestes últimos dias, mas mostram que a Europa vive tempos animados, meteorologicamente falando.
A 96 horas são praticamente iguais, acho que o ECMWF se aproximou do GFS,a depressão do Mediterrâneo está mais próxima:
A grande diferença está a norte, a dorsal está mais forte no GFS do que no ECMWF. Isso faz a diferença toda, pois permite o AA estender-se em crista para a Escandinávia, incrementando o fluxo de leste na Europa ocidental.
O ECMWF impede o AA de subir, não lhe dando outra alternativa que não cair em cima de nós.
Neste momento é aqui que reside a grande diferença. No Atlântico, o que dá alguma esperança para que seja o GFS a ganhar esta disputa. O GFS está praticamente sozinho, o GEM tem um cenário parecido mas menos extremo. O ECMWF também está praticamente sozinho, o UKMO que é quase um primo do ECMWF tem algo muito diferente, é verdadeiramente desastroso. Os restantes modelos não servem para nada em situações deste tipo, complicadas de modelar.
Portanto, e quando começa a sair a run das 18z, que costuma trazer alguns disparates, mas que ontem foi a primeira a intuir a mudança de rumo do GFS, temos GFS e ECMWF a divergirem a 100 horas, alicerçados pelos ensembles, um combate modelístico ao mais alto nível. Até às 96 horas já ninguém nos tira uma -5 em Bragança e uma iso 0 em Lisboa, pelo menos, o que com ventos de nordeste é sinónimo de muito frio à superfície. Depois é uma incógnita, mas seria frustrante o fluxo de leste cessar, como mostra o europeu, quando estaríamos a 24 horas de ter a maior entrada fria do último meio século.
PS1: Desta vez concordo com o Stormy, a run das 12z do ECMWF é ridícula, mostrando inclusive um inacreditável pântano barométrico sobre o Atlântico a sul da Gronelândia, debaixo de uma área de baixos geopotenciais. Uma ciclogénese, mesmo que fraca por ali ajudaria a dispersar alguma da energia usada neste modelo para nos empurrar a dorsal para cima.
O GFS tem a depressão a cavar muito mais a oeste, e consequentemente a ajudar a impulsionar a dorsal para norte e não para leste. É a solução lógica, portanto aposto que pelo menos até às 120 horas a advecção fria vai se prolongar. Depois é ver se a dorsal resiste ao avanço dessa depressão.
PS2: Mais de 5000 visitantes no Meteociel para assistir a uma saída das 18z do GFS. Vai certamente abaixo não tarda nada, tem sido dificílimo ver as saídas nestes últimos dias, mas mostram que a Europa vive tempos animados, meteorologicamente falando.