Lince-Ibérico (Lynx pardinus)

Brigantia

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Lince ibérico pode acabar com desertificação do interior

A ministra do Ambiente defendeu, este sábado, que a reintrodução do lince ibérico em território nacional pode atrair pessoas para zonas desertificadas, mas alertou para a necessidade da coexistência equilibrada da espécie com a caça e a agricultura. O grande desafio é conseguir uma compatibilização dos usos no mesmo território de forma equilibrada", referiu Assunção Cristas, sublinhando que as regiões para onde está prevista a introdução do lince serão valorizadas economicamente.

Segundo a governante, a coexistência da espécie com a caça, a agricultura e outras atividades permitirá a existência de um território mais "rico", "ordenado" e "com capacidade para atrair gente".

A ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, falava, este sábado, à margem da apresentação da implementação do Plano de Ação do Lince Ibérico, no centro nacional de reprodução daquele animal, em Silves.

O projeto que está a ser desenvolvido em cooperação com Espanha consiste na reprodução em cativeiro daquela espécie, com o intuito de inverter o seu processo de declínio e recuperar os núcleos que antes existiam.

Só este ano nasceram no centro de Silves 21 crias de lince ibérico (quatro não sobreviveram), uma taxa de sucesso, já que na anterior época reprodutiva, que decorre entre dezembro e março, nenhuma das crias sobreviveu.
© Diário Digital





Crias de lince ibérico aprendem no Algarve a lidar com o mundo

No Centro Nacional de Reprodução de Lince Ibérico, o animal mais ameaçado do mundo está a 'renascer' dando esperança a um futuro repovoamento dos habitats tradicionais.
Carla Tomás (www.expresso.pt)
11:28 Sábado, 12 de maio de 2012
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O Centro Nacional de Reprodução de Lince Ibérico, em Silves, no Algarve, acolhe atualmente 18 adultos e 17 crias da espécie de felino mais ameaçada do mundo que hoje vai receber, excecionalmente, a visita da ministra Assunção Cristas.


"Janes" e "Juromenha", quase com três meses de idade (num dos filmes em baixo) são duas das crias que ali nasceram entre março e abril de 2012. Como foram rejeitadas pela mãe poucas horas após o nascimento, tiveram de ser alimentadas artificialmente e nunca poderão ser reintroduzidas em meio natural. As outras 15 crias seguem os ensinamentos das mães e aprendem a sobreviver nos cercados que lhes servirão de casa até que algumas delas possam vir a repovoar os habitats tradicionais do lynx pardinus em Portugal e em Espanha.

Os animais devem permanecer longe dos curiosos. E a visita da ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território pressupõe uma pequena comitiva que não deve contactar diretamente com eles.

Muitos turistas incautos chegam em excursões à herdade da Santinha, em Silves, e não passam do portão. Lá dentro, 14 técnicos e três voluntários, distribuídos por três grupos (veterinários, tratadores e vigilantes) revezam--se para que tudo funcione bem 24 horas por dia.

Os animais são observados por câmaras de videovigilância dia e noite e só entram em contacto com os humanos quando se torna imperioso, por motivos de saúde. "Conseguimos um aumento rápido da população e a prioridade seguinte é a diversificação da espécie", explicou recentemente ao Expresso Rodrigo Serra, o diretor do Centro de Silves. O objetivo é conservar 85% da variedade genética existente na natureza e ter 60 linces reprodutores num programa.No país que se estenderá por mais 30 anos, pelo menos vizinho estima-se a existência de cerca de três centenas de animais em espaço selvagem e 85 adultos e 23 crias distribuídos pelos Acebuche, La Olivilla, Granadilla e parque zoológico de Jerez de la Frontera.
Uma "ferramenta indispensável"

Criado em 2009, o centro de reprodução em cativeiro de Silves juntou-se a outros idênticos em Espanha, vistos como "ferramenta indispensável" para inverter o caminho da extinção destes felinos de porte médio, grandes bigodes e orelhas em forma de pincel.Por ser um gourmant esquisito (com uma dieta quase exclusiva de coelho bravo vítima de doenças como a mixomatose e a febre hemorrágica); ter começado a perder habitat desde a década de 50 (com os terrenos agrícolas e os matagais a serem abandonados e transformados em campos de cereais ou eucaliptais); e ser uma espécie cinegética até 1967, o lince ibérico esteve à beira da extinção. Hoje uma das suas principais ameaças são as estradas. Vários foram já atropelados em Espanha.
Com a campanha "Salvem o Lince e a Serra da Malcata" e a sua classificação como espécie protegida, nos anos 80, começou a tentar inverter-se o caminho do fim. Mas só em 2008, o Plano de Ação para a conservação do Lince saiu finalmente da gaveta Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).

Quase uma década depois de pensado e de Espanha ter arrancado com o seu. Há vários projetos de conservação, financiados pela União Europeia, em curso para recuperar habitats destruídos por eucaliptais ou pela agricultura intensiva, entre os quais dois "Life": um liderado pela Liga para a Proteção da Natureza que arrancou em 2010, com vista à recuperação do habitat do lince e do abutre-preto na região de Moura-Barrancos e Serra do Caldeirão; e o Iberlince, coordenado em Portugal pelo ICNB, que conta com 18 parceiros (entre os quais municípios dos dois lados da fronteira), e envolve um orçamento de €34 milhões, dos quais €3,6 são geridos pelo ICNB.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/crias-de-li...rve-a-lidar-com-o-mundo=f725428#ixzz1umZEpY7x
© Expresso


Linces livres no próximo Inverno

'Janes' e 'Juromenha', crias de lince-ibérico que nasceram há 69 dias no Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico, em Silves, deram ontem as boas-vindas à ministra da Agricultura e Ambiente, Assunção Cristas.





Numa visita ‘semioficial’, Assunção Cristas, acompanhada dos três filhos, tomou contacto directo com o projecto e assistiu ao balanço dos quatro anos do Plano de Acção com vista à conservação daquele que é considerado o felino mais ameaçado do Mundo, tendo revelado que a reintrodução dos primeiros animais no seu meio natural "deverá ocorrer já no próximo Inverno, entre Janeiro e Março de 2013", em "vários locais do País que estão a ser preparados nesse sentido, como é o caso de Moura".

‘Janes’ e ‘Juromenha’ não estão, contudo, entre os 15 linces que poderão ser libertados: as pequenas fêmeas foram abandonadas pela mãe e estão a ser alimentadas à mão pelos técnicos do centro, o que permitiu à governante um contacto directo.

"Este é um trabalho notável", frisou Assunção Cristas, que destacou a colaboração entre Portugal e Espanha e se mostrou confiante no futuro da espécie.
© Correio da Manhã



21 nascimentos em Silves, apesar de quatro não terem sobrevivido é fantástico.:thumbsup::thumbsup:

É igualmente excelente a notícia das primeiras libertações já no próximo inverno.
Alguém sabe os locais escolhidos? A Malcata será um deles de certeza...
 


MSantos

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Se calhar ainda é cedo demais para se pensar já em reintroduções, acho que se devia estabilizar primeiro a população em cativeiro e só depois se poderá pensar em reintroduzir o lince na natureza.
 

Seattle92

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O centro tem uma capacidade limitada. Acho natural que se comecem a reintroduções já neste inverno. É o objectivo final disto tudo.


Além disso, se contarmos os animais no centro português e nos espanhóis, já chegamos a um número muito significativo, não se ganha nada em aumentá-lo. Do lado espanhol já se fizeram várias reintroduções nos últimos anos.
 

Brigantia

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Nesta notícia do El Pais é possível ver uma fotografia de um lince fotografado a 19-04-2012 a sul da Ciudad Real.


Los investigadores estiman que por estos terrenos, de más de un millón de hectáreas, campean un mínimo de entre 30 y 50 ejemplares. Son poblaciones dispersas que no están sometidas al control de los linces que viven en Andalucía, donde en 2011 se contabilizaron 300 en estado salvaje y 96 en los centros de cría en cautividad.
© El Pais


Según sus investigaciones, existen cuatro o cinco puntos de presencia de lince con poblaciones pequeñas en Salamanca. Algunos conectan con la sierra de la Malcata, la parte portuguesa de la sierra de Gata.
© El Pais

:thumbsup::thumbsup:
 

Seattle92

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Alguém sabe como ficou a época reprodutora no centro de Silves?

Depois de terem nascido todas aquelas crias quantas é que sobreviveram até agora?
 

Seattle92

Nimbostratus
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La temporada de partos acabó el día 13 de Abril con la cesárea de Azahar, a quien se le extrajo una cría muerta. Nacieron en total 21 crías de las que 17 continúan vivas, 15 de ellas con sus madres y 2 criadas artificialmente en proceso de crianza mixta.
28/05/2012

Nada mau. Entretanto ja se passou mais de um mês. Espero que não tenham havido mudanças.
 

duero

Nimbostratus
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23 Dez 2009
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La sierra de la Culebra es un lugar muy poco poblado, con densidades de población de menos de 10 hab. por km2, como casi todo el Oeste de la provincia de Zamora.

Además no es un bosque mediterraneo tan "abierto" como las dehesas del Sur, pues es una sierra de transición entre el bosque atlántico y el mediterraneo y no tiene cuidado ninguno, así es una sierra de vegetación "cerrada", con arboles y matos.

Y además nadie ha estado buscando linces allí.

Yo pienso que es un buen local para el lince poder sobrevivir y pasar desapercibido.
 

duero

Nimbostratus
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Yo tengo una idea que siempre estuve a pensar.

El lince practicamente solo se alimenta de conejos.

Entonces..............LLEVAMOS UNOS LINCES A AUSTRALIA, así solucionamos el problema de los conejos en ese país.

Después cuando se hayan reproducido y aumentado la población con todo el espacio de Australia traemos unos cuantos de ellos de vuelta.

Todos ganamos, nosotros tenemos linces y los australianos controlan los conejos.
 

duero

Nimbostratus
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^^

Geralmente ideias dessas acabam por correr mal. :lol:

Pois acho que nao é tan mala.

4 o 5 parejas de linces en Australia apañan bastantes conejos, aprox. un conejo por dia cada lince, entonces si son 5 parejas apañan 10 conejos diarios, que significa 3650 conejos al año.

Es poco mas esas parejas con tantos conejos e tanto espacio se van reproducir muy bien y rapido, pues seguro todos los linces nacidos van sobrevivir con tantos conejos y tanto espacio donde vivir tranquilos.

En 20 años igual puede haber 1000 linces o mas, entonces apañamos mitad de ellos y los traemos de vuelta.

Todos ganamos, los australianos dejan de tener problemas con los conejos y nosotros tenemos linces.