Lobo Ibérico



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Cirrus
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11 Mar 2012
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braga
pois em Braga mais nomeadamente Gerês nao se fala de outra coisa ja que ha relatos de ataques de lobo iberico aem varios sitios e alguns dos ataques nao se encontram nem peles nem ossos nada simplesmente os animais que pastam na serra desaparecem!
 

Dan

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26 Ago 2005
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Bragança (675m)
pois em Braga mais nomeadamente Gerês nao se fala de outra coisa ja que ha relatos de ataques de lobo iberico aem varios sitios e alguns dos ataques nao se encontram nem peles nem ossos nada simplesmente os animais que pastam na serra desaparecem!

Se não se encontram vestígios como podem concluir que são ataques de lobos?
 

lreis

Cumulus
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22 Dez 2010
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Tanto quanto me lembro ocorreu o ano passado algo equivalente, com um lobo no planalto do Leomil e que depois foi libertado.
Espera-se que este tenha sorte equivalente.


GNR recolheu lobo-ibérico vítima de caça ilegal
Publicado às 09.13 no JN Online


O Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Chaves da GNR recolheu, em Maixedo, concelho de Montalegre, um lobo-ibérico que estava preso por uma pata num laço usado na caça ilegal.

Segundo revela a GNR, a operação foi realizada, no domingo, em colaboração com o Posto Territorial de Montalegre e com o Veterinário Municipal de Montalegre.

O lobo, ainda jovem, foi entregue ao Parque Nacional da Peneda Gerês, para receber tratamento das lesões que sofreu enquanto esteve cativo e posteriormente ser libertado.

Também no domingo, o Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) apreendeu, na freguesia de Outeiro, concelho de Montalegre, uma cabra-montês, com 20 quilos, que tinha sido abatida numa ação de caça ilegal.

Apesar de ter sido encontrada, e apreendida, uma arma de caça calibre 12, não foi possível identificar o autor do crime.


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Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Se em Portugal fosse assim... acabavam-se os problemas :lol:

Pesquisa derruba teoria do "lobo mau"

A alimentação do lobo (Canis lupus) é tema de muitas lendas e fábulas, que pintam o bicho como uma grande ameaça a animais domésticos ou seres humanos. De fato, os lobos são ótimos predadores. O perigo que a espécie representa a humanos e animais domésticos é, no entanto, superestimado, segundo cientistas do Instituto de Pesquisa Senckenberg, na Alemanha. Após anos estudando os hábitos alimentares do animal selvagem, a teoria do 'lobo mau' foi colocada abaixo.

Os pesquisadores coletaram mais de 3 mil amostras de fezes de lobos que vivem na Alemanha e procuraram evidências de suas presas, como pelos, ossos, cascos e dentes não digeridos. Com esses dados, os zoólogos puderam detalhar a dieta do carnívoro e chegaram a resultados tranquilizadores. Apenas 0,6% da biomassa encontrada era de animais de criação, como vacas e ovelhas, e não foi encontrado nenhum vestígio humano.

O estudo descobriu que 96% das presas dos lobos são animais ungulados selvagens – mamíferos cujos dedos são providos de cascos. A maioria são corças (Capreolus capreolus), que somam 55,3%, seguidas pelos veados-vermelhos (Cervus elaphus), que são 20,8%, pelos javalis (Sus scrofa), que representam 17,7% da alimentação dos lobos, e pelas lebres, cerca de apenas 3%.

Além de analisar o que esses animais selvagens comem atualmente, a pesquisa também investigou como os hábitos alimentares mudaram ao longo dos últimos oito anos. Durante os primeiros anos, a proporção de veados vermelhos que eram consumidos pelo bicho era consideravelmente maior, enquanto a de corças era muito menor. Segundo a pesquisa, a mudança de padrões de alimentação está ligada a alterações nas condições ambientais. Nos últimos cinco anos, porém, a variedade da dieta se manteve constante.

Por fim, os cientistas concluíram que o perigo de lobos para os humanos é praticamente nulo. O estudo foi publicado no periódico Mammalian Biology.
http://veja.abril.com.br/noticia/ci...ta-do-lobo-e-confirma-ele-nao-e-tao-mau-assim
 

MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
Hospital veterinário de Vila Real trata lobo ferido numa armadilha ilegal

Um jovem lobo, vítima de uma armadilha ilegal, é por estes dias o paciente mais especial do Hospital Veterinário da Universidade de Vila Real, aonde os médicos veterinários lutam para salvar a pata ferida deste animal protegido.

Chegou muito debilitado ao Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), depois de ter sido encontrado junto à aldeia de Meixedo, Montalegre, preso por uma pata num laço usado na caça ilegal.

O médico veterinário Filipe Silva explicou hoje aos jornalistas que o lobo, que deverá ter um ano e que pesa 30 quilos, vinha muito assustado e nem comia. Passados cinco dias, já come, mas inspira ainda muitos cuidados.

Hoje, os médicos procederam a uma avaliação da pata ferida.

Na sala de cirurgia do Hospital Veterinário, o animal foi sedado, monitorizado, enquanto se procedia à remoção do penso. Cerca de uma hora depois, Filipe Silva avançava com uma avaliação. “Para já, não é o pior cenário. Não está a correr tão mal como esperávamos no início. Não temos sinais evidentes de gangrena para já.”

E se não surgirem sinais de gangrena, o responsável diz ter esperança de que não seja necessário proceder à amputação da pata.

Agora, acrescentou, é preciso continuar a mudar a penso de três em três dias e manter o animal alimentado, medicado com antibióticos e anti-inflamatórios e evitar que se mutile.

“Vai tentar roer o penso, por isso vamos ter que estar muito vigilantes”, sublinhou.

Filipe Silva referiu que, num cão, o tratamento a este tipo de ferimentos demora cerca de um mês e meio a dois meses. “Tratando-se de um lobo, achamos que deverá ser mais ou menos a mesma coisa. Pelo menos dois meses até que o membro não necessite de cuidados continuados”, salientou.

Enquanto isso, o contacto com os humanos é restringido ao mínimo. O jovem animal está numa jaula própria para lobos e só vê os médicos durante os períodos de alimentação e medicação. Se recuperar bem, este poderá vir a ser o primeiro lobo a ser devolvido à natureza nestas circunstâncias.

“O ideal, do ponto de vista teórico, seria recolocá-lo na natureza. Contudo, temos que ver qual será a sua função, dependendo inclusive do tempo que ele estiver afastado do próprio meio e da capacidade de se integrar na comunidade”, referiu José Paulo Pires, do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). Tudo está dependente da recuperação do animal, do estado sanitário e da capacidade biológica de sobrevivência do próprio lobo.

Se não puder regressar ao seu habitat natural, poderá ter de ser colocado num centro de recuperação de animais ou ser utilizado para educação ambiental.

José Paulo Pires referiu que a população lupina está mais ou menos estável em Portugal. Neste momento, estima-se que existam cerca de 300 lobos a Norte do rio Douro.

Nos últimos quatro anos, o CRAS da UTAD tratou uma média de 200 animais, 90% dos quais aves, provenientes do Norte e Centro do país. Os ferimentos estão na maior parte dos casos relacionados com a actividade humana, como tiros, atropelamentos ou a manutenção em cativeiro. Mas, segundo Filipe Silva, a electrocussão é também uma das causas dos ferimentos dos animais.

De acordo com o responsável, dos animais tratados, cerca de 70% são devolvidos à natureza

Diário de Trás-os-Montes
 

João01

Cirrus
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18 Mai 2012
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Aqui deixo um documentário espanhol sobre o Lobo Ibérico.

[ame="http://vimeo.com/41798593"]El lobo ibérico. La conservación de una especie clave on Vimeo[/ame]
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Portugal
Lobo-ibérico com pata amputada em armadilha ilegal foi devolvido à liberdade
10.07.2012
Helena Geraldes

Num caso inédito de conservação em Portugal, um jovem lobo-ibérico ferido há dois meses numa armadilha ilegal foi devolvido à natureza, no concelho de Montalegre. A adaptação deste animal, com uma pata amputada, está a ser acompanhada graças a uma coleira GPS.

Em Montalegre é bem conhecida a história do caso do lobo-ibérico (Canis lupus signatus), com um ano de idade, que esteve no Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) nos últimos dois meses.

Domingos Moura, veterinário municipal de Montalegre, cuidou do lobo durante as primeiras 24 horas, em finais de Abril. “Foi uma pessoa de uma aldeia que o encontrou num laço ilegal, e me avisou. Quando o levei para a clínica tinha 30 quilos, estava muito debilitado, desidratado e faminto”, contou ao PÚBLICO. A pata estava presa num cabo de aço e o animal “apresentava um traumatismo bastante severo”. “Matei-lhe a fome e a sede e depois o hospital veterinário da UTAD e o ICNB (Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade) vieram buscá-lo”.

O lobo-ibérico – de uma espécie protegida e que se estima estar reduzido a cerca de 300 animais e 60 alcateias – foi tratado com um contacto mínimo com as pessoas. Segundo disse à agência Lusa José Paulo Pires, director-adjunto do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas – Norte, do ICNB, o lobo revelou ter tido uma boa recuperação clínica da lesão que sofreu, fez uma boa cicatrização, aumentou de peso, ganhou robustez e manteve a sua agilidade. “Concluiu-se que estaria em condições de sobreviver autonomamente e optou-se pela sua libertação”, salientou o responsável.

O animal foi restituído à natureza na quinta-feira passada, com uma coleira GPS. “Já é possível saber que ele andou alguns quilómetros, mas ainda não é muito significativo porque ele, neste momento, está numa fase de explorar e reconhecer o território”, salientou José Paulo Pires.

Francisco Álvares, investigador do CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos) e que estuda o lobo-ibérico desde 1994, considera que este caso pode trazer “informação valiosa”. Tudo porque, disse ao PÚBLICO, ao contrário do que é feito para as aves de rapina, por exemplo, este é o primeiro caso em Portugal de um “lobo capturado na natureza, tratado num hospital e depois devolvido à liberdade”. Mesmo a nível internacional são pouquíssimos os casos. “Podemos saber se estes animais conseguem adaptar-se e reintegrar-se nas alcateias”. O seguimento do lobo por GPS foi responsabilidade do ICNB mas agora tem a assessoria científica do CIBIO.

“A ideia é que se junte ao resto da alcateia. Ainda anteontem vimos alguns lobos, mas não sabemos se serão da mesma alcateia”, disse o veterinário Domingos Moura. “Contrariamente ao que acontecia há 30 ou 40 anos, a reacção das populações locais está a ser óptima”, considera. “Pensando que seria eu a restituir o animal à liberdade, diziam-me para eu fazer o que pudesse para ajudá-lo, para não olhar a meios. Só me pediam uma coisa: ‘quando o libertar, liberte-o longe dos meus rebanhos’”.

Esta mudança de mentalidades tem uma explicação, disse. “Quando havia muitos lobos, não haviam javalis nem raposas. Hoje, os lobos praticamente desapareceram", sendo mesmo uma espécie classificada como Em Perigo, pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. "Os agricultores queixam-se do aumento exponencial do número de javalis, que destroem os campos de milhos, os lameiros, tudo". E as raposas destroem as perdizes e os coelhos-bravos, “que quase não há nenhuns por aqui”. “Reconhecem que, afinal, o lobo lhes faz falta.”

As armadilhas ilegais, "normalmente direccionadas ao javali, são uma ameaça ao lobo e a toda a fauna selvagem", disse Francisco Álvares. Este é um problema "com uma incidência muito maior do que pensamos" e "demonstra a necessidade de uma fiscalização e controlo destes laços ilegais".
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1554331

O título nao parece ter grande ligação com o texto. Pata amputada ou pata ferida?
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Aproveitem e soltem uns quantos na serra da Lousã.

Aquilo já está cheio de veados, corços e javalis. Neste momento é capaz de ser uma das melhores zonas do país para uma alcateia de lobos.
 

lreis

Cumulus
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22 Dez 2010
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Aproveitem e soltem uns quantos na serra da Lousã.

Aquilo já está cheio de veados, corços e javalis. Neste momento é capaz de ser uma das melhores zonas do país para uma alcateia de lobos.

A Lousã terá muito provavelmente excelentes condições para o desenvolvimento de populações de lobos.
A libertação de lobos é no entanto um assunto muito polémico, como todos sabemos.
De qualquer forma, se as alcateias a Sul do Douro medrarem, eventualmente com contributos provenientes da raia espanhola, é possível que os lobos cheguem a esta região mais cedo do que pensamos.