Urso-pardo de volta a Portugal?

DMigueis

Cumulus
Registo
22 Jun 2011
Mensagens
138
Local
Figueira da Foz/Aveiro
Re: Urso-pardo de volta à Peneda Gerês?

Seattle92;327698 Mas esse é o objectivo. Aumentar a biodiversidade e as presas naturais para o lobo e no futuro... o urso ;)[/QUOTE disse:
Claro, e é o que se espera que venha a acontecer com a cabra. Mas ao ser uma presa bastante fácil, na minha ideia não se consegue estabelecer.
 


Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
Re: Urso-pardo de volta à Peneda Gerês?

O famoso...

SAM_7412redux+copy.jpg


SAM_7344redux+copy.jpg

http://carris-geres.blogspot.pt/2012/03/um-urso-na-albergaria.html
 

trevinca

Cirrus
Registo
8 Mar 2009
Mensagens
91
Local
Espanha
Re: Urso-pardo de volta à Peneda Gerês?

Un urso pardo pode habitar em un area sen ser detectado. De feito, no territorio da Italia alpina os poucos ursos habidos até 1995 só eram vistos polos guardas de caça, polos funcionarios do Estado e polos caçadores locais unha vez cada 60 anos... Estamos falando dunha comunidade de ursos que entre 1950-2000 descendeu de uns 15 animais a só 5 ursos (1)...
Porém, um urso que chegara até o Geres poder pasar desapercibido, pois percorrerá os luares mais inaccesibels e pacificos do parque, senon prefere o Barroso/Montealegre o as Terras de Bouro, por citar algunhas localidades con boas posibilidades perto do PNPG.

(1).- Guida al riconoscimento degli indici di presenza dell'orso bruno (Ursus arctos), by Carlo Frapporti y Hans U. Roth. WWF Italia, Pergine Valsugana, 1999, páxina 6.
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
Re: Urso-pardo de volta à Peneda Gerês?

http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/e-se-de-repente-um-urso-cruzar-o-seu-caminho-1581603

E se, de repente, um urso cruzar o seu caminho?
HENRIQUE PEREIRA DOS SANTOS 22/01/2013 - 10:50

Pé ante pé, provavelmente mais cedo do que se esperaria, é possível que tenhamos outra vez ursos em Portugal dentro de dez a 20 anos.

Pensa talvez que estarei a falar de algum lugar remoto nos Picos da Europa, ou de uma fantasia. Mas não, não é disso que falo, é mesmo de um Portugal ao virar da esquina do tempo.

Neste momento, não sendo impossível, é altamente improvável encontrar um urso em estado selvagem em Portugal, mas todos os dias essa improbabilidade diminui mais um bocadinho.

O que está a acontecer explica-se rapidamente. A partir do fim dos anos 50 do século XX, uma forte corrente migratória deixou campos e campos por trabalhar e explorar.

Este processo não é exclusivo de Portugal, desde a segunda guerra mundial que o abandono agrícola se vinha a processar de forma intensa em toda a Europa.

O processo não é uniforme em toda a parte, pelo contrário: a par do abandono em muitos sítios, há intensificação agrícola em muitos outros. Mas globalmente há uma diminuição da intensidade de uso do solo, permitindo à natureza europeia estar a recuperar há mais de 50 anos.

Este processo já permitiu, por exemplo, que o lobo tenha recolonizado a Alemanha, depois de duzentos anos sem registo de criação naquele país, ou que os lobos italianos tenham refeito a ligação com os lobos da Península Ibérica.

As primeiras áreas a ser abandonadas são sempre as menos produtivas, as que se localizam mais longe das aldeias, mas aos poucos os processos de recuperação alargam-se a áreas mais extensas.

Esta recuperação tem muitas consequências.No nosso caso, por exemplo, está na origem da alteração do problema do fogo. Onde antes tínhamos muitas queimadas, pouco intensas e em áreas mais ou menos delimitadas, temos hoje fogos muito extensos, severos e de elevada intensidade.

Mas, para o que agora aqui me interessa, a consequência mais visível é a expansão das matas, incluindo os carvalhais. Atrás da recuperação da vegetação vêm as espécies que dependem mais deste tipo de sistemas: corços, gaviões, esquilos, martas, lobos e, voltando ao princípio, ursos.

Na Península Ibérica subsistiam duas pequenas populações de ursos, que se supõe que tivessem contactos esporádicos e que têm vindo a crescer a taxas bastante interessantes e a aparecer cada vez mais longe dos núcleos duros conhecidos.

Para já, se encontrar um urso, dos verdadeiros, dos legítimos, em estado selvagem em Portugal, o que ainda é muito pouco provável, será com certeza um indivíduo divagante de uma destas populações em expansão.

Mas, pé ante pé, provavelmente mais cedo do que se esperaria, é possível que tenhamos outra vez ursos em Portugal dentro de dez a vinte anos.
 

Brigantia

Cumulonimbus
Registo
20 Jan 2007
Mensagens
2,204
Local
Norte de Portugal
Re: Urso-pardo de volta à Peneda Gerês?

Mais boas notícias sobre a população da Cordilheira Cantabrica.
Os censos de 2012, ainda provisorios, apontam para cerca de 30 ursas com crias.


Se triplica la población de oso pardo cantábrico en dos décadas
7/3/2013


El censo provisional de 2012 de osas con crías en la Cordillera Cantábrica apunta la probabilidad de que haya más de 30 osas y alrededor de 60 crías. De confirmarse estos datos, que hay que tomar con cautela puesto que dicho censo no ha concluido, representaría un incremento respecto al censo de 2011, periodo en que fueron detectadas 25 osas y 38 crías.

En las dos últimas décadas, la población de osos ha pasado de una situación crítica a casi triplicarse.

Estos y otros datos acerca del oso pardo cantábrico, una de las especies más amenazada de la Cordillera Cantábrica y a la vez una de las más emblemáticas, han sido ofrecidospor el director general del Medio Natural de la Junta de Castilla y León, José Ángel Arranz; la directora general de Recursos Naturales del Principado de Asturias, Serafina Álvarez; el director general de Montes y Conservación de la Naturaleza del Gobierno de Cantabria, Javier Manrique, y el presidente de la Fundación Oso Pardo, Guillermo Palomero.

Todos ellos han resaltado la estrecha colaboración existente entre las Comunidades donde se asienta el oso pardo, y se han congratulado tanto del incremento de ejemplares registrado como de otros factores favorables constatados que juegan a favor de la recuperación de la especie.

Entre ellos, la constatación de que van ampliando su territorio y colonizando nuevas zonas, lo cual favorece el cruce genético y evita los riesgos derivados de la endogamia. En los corredores que unen las poblaciones oriental y occidental, según han explicado, cada vez son más frecuentes los avistamientos de ejemplares que se mueven por ellos, fundamentalmente machos. Las osas con crías constituyen una población más estable.

También han coincidido en señalar que, en la actualidad, socialmente hay una mejora en la percepción del oso, y se percibe la disposición de distintos colectivos a colaborar con la Administración en el fortalecimiento de la presencia de la especie.

Núcleo reproductor estable

Atendiendo a las localizaciones de osas con crías que se han detectado en el periodo 1989-2012, desde hace más de diez años se confirma la presencia, año tras año, de hembras acompañadas de crías en el sector oriental.

En los últimos años la presencia de osas con crías confirma a Cantabria como un núcleo reproductor estable dentro de la población oriental, aunque el tamaño de la población en este sector es aún muy pequeño.

Las cifras confirman, cada vez más, el objetivo principal del Plan de Recuperación del Oso Pardo en Cantabria, que es incrementar el número de ejemplares hasta conseguir la formación en Cantabria de un núcleo reproductor estable, que favorezca la conexión entre las poblaciones oriental y occidental de la especie en la Cordillera Cantábrica y contribuya a garantizar la viabilidad genética y demográfica del conjunto de la población.
© www.ambientum.com






http://www.abc.es/local-castilla-leon/20130306/abci-censo-pardo-cordillera-cantabrica-201303061744.html








180 osos en el Cantábrico La población del oso pardo se ha triplicado
En las dos últimas décadas pasando de 60-70 ejemplares a 180. La subpoblación occidental se extiende por el suroeste de Asturias y noroeste de León, y el límite de ambas con la provincia gallega de Lugo
© www.ecoticias.com





Alguém sabe mais alguma coisa sobre a possível população que se possa fixar entre a A6 e a A52?
Será que já houve reprodução nesta àrea? Ou são apenas animais que esporádicamente visitam estas zonas?
Desde de 2005 não houve mais registos da presença de ursos na Sanabria (Pena Trevinca)?

Recuando um pouco na discussão, não acham que a A52 apesar de ser uma importante barreira tem vários viadutos e um túnel na zona da Sanabria que podem facilitar muito o seu atravessamento?


Acho ainda que os administradores deviam alterar o título do sub-forum para:
Urso-pardo de volta a Portugal?:)
 

belem

Cumulonimbus
Registo
10 Out 2007
Mensagens
4,465
Local
Sintra/Carcavelos/Óbidos
O motivo do Gerês, teve tudo a haver com o aparecimento de um animal (no outro lado da fronteira) e que afinal (após mais informações) soube-se que se situava relativamente mais perto de Montesinho.

Mas esse assunto já ficou esclarecido há anos...

Interessante é esse aumento (ainda que já esperado), na Cordilheira Cantábrica.
 

boneli

Nimbostratus
Registo
12 Jan 2008
Mensagens
871
Local
Braga. Lomar
Penso que não devemos estar demasiadamente otimistas quanto ao regresso do Urso ao nosso território pelo menos nos próximos 10 anos.
As barreiras são muitas apesar de eles continuarem em expansão. Pelo que entendi existe na cantabria duas populações separadas 50 km que apesar dos esforços de as juntar muito rararmente há troca de genes entre eles pelos motivos que disse anteriormente, agora imaginem eles conseguirem fazer o percurso da Cantábria para cá. É complicado, mesmo que um ou outro individuo se aventure e EVENTUALMENTE chega Portugal nomeadamente Gerês ou Montesinho dificilmente contribuirá para uma população fixa.
Outra alternativa é mesmo a reintrodução, mas como sabemos nós cá em Portugal em politicas dessas pouco ou nada se faz, no entanto quem sabe os espanhóis tentem fazer uma reintrodução mais próxima do nosso território como fizeram com a Cabra no Gerês e ai sim quem sabe..mas isto são sopusições de alguém que é um pouco leigo na matéria. :p
 

belem

Cumulonimbus
Registo
10 Out 2007
Mensagens
4,465
Local
Sintra/Carcavelos/Óbidos
Na minha opinião, os ursos pardos estão cada vez mais próximos de Portugal, são mais numerosos do que nas últimas décadas e até já apareceram fêmeas com crias, com boas possibilidades de chegar até cá. Recentemente os ursos-pardos já ultrapassaram a barreira maior que seria a A52.
 

boneli

Nimbostratus
Registo
12 Jan 2008
Mensagens
871
Local
Braga. Lomar
Na minha opinião, os ursos pardos estão cada vez mais próximos de Portugal, são mais numerosos do que nas últimas décadas e até já apareceram fêmeas com crias, com boas possibilidades de chegar cá, pois já ultrapassaram a barreira maior que seria a A52.

Ás vezes substimamos um pouco a capacidade destes animais...e A52 é talvez a maior barreira humana para estes animais chegarem cá, da mesma forma que a A66 é a maior barreira que separa as 2 populações da Cântabria.
Através de testes de genética já se provou que já houve acasalamentos entre ursos das 2 populações o que prova que eles superaram esta barreira que aos poucos e poucos está a ser alterada precisamente para criar corredores de passagem.
Para a espécie se espandir para Sul que é o que a gente quer medidas deste género têm que ser implementadas mas acredito que toda a área da Sanábria tem condições para acolher ( e já acolheu) este animal e ai sim se conseguir se fixar ai quem sabe chegue ao nosso canto! :D
Como disse isto demora tempo e um empurrão extra....quem sabe se daui a uns anos eles cheguem de vez á Sanábria.