Lobo Ibérico

james

Cumulonimbus
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16 Set 2011
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O País deve ser "dividido" por zonas florestais: de produção e de conservação!Todo o litoral Norte e Centro está "perdido" pois o eucalipto entrou e não sairá mais...devemos é manter as especies autóctones no interior e nas zonas montanhosas! O problema é que deverá haver mecanismos de compensação dos proprietários: os do interior sem rendimeto deveriam ser compensados pelos do litoral onde os periodos de rotação das especies (eucalipto) são incomparavelmente menores logo os lucros serão maiores!
Como digo, falta de estratégia neste país que se da ao luxo de desperdiçar um recurso tão valioso!
Estou para ver quando for avistado o primeiro urso na zona de Montesinho/Nogueira...o que é que os nossos governantes e o ICNF dirão!!!

Nem todo o Litoral Norte está perdido . Ainda há zonas livres de eucalipto , com alguma vegetação autóctene consolidada ou em recuperação e potencial para se expandir ( mas , lá está , é necessária vontade política ) . No restante , estou de acordo contigo.

E , certas zonas montanhosas , deveriam ser consideradas santuários naturais . Se os nossos governos tivessem uma visão estratégica , este seria o caminho a seguir ( com vantagens ambientais e económicas ) .

O atual caminho é a cedência a interesses localizados de meia dúzia de gatos pingados , que não contribuem nada ( rigorosamente nada mesmo ) para um desenvolvimento harmonioso do país ( económicamente falando também ) .
 
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Nimbostratus
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3 Mai 2012
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Nem todo o Litoral Norte está perdido . Ainda há zonas livres de eucalipto , com alguma vegetação autóctene consolidada ou em recuperação e potencial para se expandir ( mas , lá está , é necessária vontade política ) . No restante , estou de acordo contigo.

E , certas zonas montanhosas , deveriam ser consideradas santuários naturais . Se os nossos governos tivessem uma visão estratégica , este seria o caminho a seguir ( com vantagens ambientais e económicas ) .

O atual caminho é a cedência a interesses localizados de meia dúzia de gatos pingados , que não contribuem nada ( rigorosamente nada mesmo ) para um desenvolvimento harmonioso do país ( económicamente falando também ) .

Sim, a MONTIS já provou que isso era possível ao comprar recentemente uma àrea no caramulo para requalificação e preservação.
Mas há muito para fazer..
Se não qualquer dia ainda pensam que Portugal é a capital do Eucalipto na Europa...:disgust:
 

frederico

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9 Jan 2009
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Isto não tem pés nem cabeça. O problema não está no número de lobos. É outro e relaciona-se com a falta de presas e a negligência dos criadores de gado que não querem gastar dinheiro para aumentar a segurança dos rebanhos.

O secretário de Estado da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, admitiu nesta terça-feira que caso se confirme um aumento da população de lobo ibérico em Portugal terão de ser tomadas novas medidas para proteger o gado, dando como exemplo a caça.
"Se se confirmar que a população de lobo aumentou [atingindo determinados níveis], outras medidas" terão de avançar "e uma delas a actividade cinegética", disse Miguel de Castro Neto na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, na Assembleia da República, onde esteve a ser ouvido o ministro que tutela esta área, Jorge Moreira da Silva.


http://www.publico.pt/sociedade/not...pulacao-de-lobo-iberico-crescer-muito-1685661
 

boneli

Nimbostratus
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12 Jan 2008
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Sempre fui um amante da biologia, principalmente a do nosso cantinho, apesar de não ser nem de longe nem de perto a minha área.
A verdade é que por várias motivos alguns dos meus amigos são biólogos e por incrível que parece conseguem exercer a sua profissão cá em Portugal. Já tive oportunidade de os acompanhar no terreno na monotorização de algumas espécies (inclusive do Lobo) e de facto é de louvar o trabalho que fazem e que passa ao lado da maioria das pessoas.

O ano passado e mesmo este ano (como muita neve pelo meio), já fui para o terreno com eles (parecia um puto), para ver como é o trabalho que desenvolvem na colocação de câmaras e análise de vestígios que encontram.

Penso que ninguém melhor do que eles para saberem ( e sabem) de facto a situação do Lobo em Portugal. Não posso estender-me muito, porque muitas das vezes o trabalho que eles fazem deveria de ser da responsabilidade do ICN. É complicado……e
No entanto já tive a oportunidade de os acompanhar no Gerês, no Sabor, Montesinho e A24 E COM AGRADAVEIS SURPRESAS.

O que sabemos normalmente é do que se ouve aqui e ali, noticias que vão saindo, prossupostos de…e claro noticias de Espanha.
O que é facto é que dados dos últimos sensos do Lobo que foram feitos em Portugal é que a população a Norte do Douro estava estável e havia uma regressão/isolamento da população a Sul do Douro. Penso que se falava de uma população nacional à volta 300 indivíduos. Estamos a falar à uns 25/30 anos talvez.
O que fica logo claro é que devíamos fazer um novo senso nacional e não se faz porquê???? Eu não sei a resposta mas pelo que sei há pressões internas e de Espanha para se voltar a fazer um novo senso.

Uma coisa tenho a certeza e penso que todos nós temos efetivamente: é que a população de Lobo por várias razões que já foram aqui referidas está aumentar.
Mesmo a Sul do Douro ele está a voltar apesar de continuar critica, pois a população original continua isolada. Por um lado novos territórios estão a voltar a ser ocupados pelo Lobo e algumas alcateias vindas de Espanha cada vez se fixam mais deste lado.

Aqui no Norte depois do grande abalo que sofreu na zona do Marão/Alvão com a construção da A24 com uma regressão, a verdade é que nos últimos anos voltou a estabilizar e aumentar mesmo. Existem algumas zonas no Gerês que ai sim há problemas, tanto na Peneda como no Gerês, mas ele está a aguentar-se.
No entanto segundo me dizem com a exceção da zona fronteiriça do Barroso o Gerês já não é o que era e se não fizer nada os problemas serão cada vez mais! No entanto a espécie está-se a aguentar. Pelo que percebi as alcateias lá cada vez são mais pequenas o que torna mais complicado a sua sobrevivência.
 

boneli

Nimbostratus
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12 Jan 2008
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Braga. Lomar
Aqui vai a boa nova.

O secretário de Estado da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, admitiu nesta terça-feira que caso se confirme um aumento da população de lobo ibérico em Portugal terão de ser tomadas novas medidas para proteger o gado, dando como exemplo a caça.
"Se se confirmar que a população de lobo aumentou [atingindo determinados níveis], outras medidas" terão de avançar "e uma delas a actividade cinegética", disse Miguel de Castro Neto na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, na Assembleia da República, onde esteve a ser ouvido o ministro que tutela esta área, Jorge Moreira da Silva.
Castro Neto respondia à deputada do partido Os Verdes, Heloísa Apolónia, que pediu esclarecimentos acerca de declarações do secretário de Estado à comunicação social, colocando a hipótese de o lobo ibérico (Canis lupus signatus), espécie actualmente protegida e classificada como "em perigo" no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, poder passar a ser alvo de caça.
No final de Janeiro, o secretário de Estado anunciou a criação de um grupo de trabalho para actualizar os dados relativos à espécie, a sua localização, o número de alcateias e de presas naturais. O mais recente Censo Nacional do Lobo, de 2005, contabilizou cerca de 300 indivíduos em território nacional distribuídos por 65 alcateias. Segundo Miguel de Castro Neto, o grupo de trabalho irá preparar um plano de acção para conciliar a protecção da espécie e a das explorações agrícolas, podendo propor alterações à lei.
A associação ambientalista Quercus reagiu recentemente a estas declarações, que considerou "infelizes e despropositadas", por não assentarem em "qualquer estudo ou estratégia definida a longo prazo" para a conservação do lobo ibérico. "Estudos científicos demonstram que o abate de alguns lobos numa população não leva necessariamente a uma redução da intensidade de ataques ao gado. Pelo contrário, a aplicação de correctas medidas destinadas à protecção e vigilância do gado são a melhor solução para reduzir eficazmente os ataques de lobo", considera a associação num comunicado enviado às redacções.
A possibilidade de abrir a espécie à caça está em sintonia com as intenções do Governo espanhol, que em Setembro passado pediu à Comissão Europeia uma alteração à Directiva Habitat no sentido de permitir a caça legal, na zona a sul do rio Douro, de 10% da população destes animais existente na Península Ibérica.
Porém, em Dezembro, em resposta a perguntas do PÚBLICO, o ICNF não punha a hipótese de Portugal seguir o exemplo espanhol. "A evolução do efectivo populacional e área ocupada pelo lobo em Espanha apresenta actualmente uma situação totalmente distinta de Portugal, não permitindo comparações nomeadamente quanto às opções de gestão adoptadas", declarou este organismo.
Proprietários têm que fazer "gestão activa"
Na intervenção que fez nesta terça-feira, Miguel de Castro Neto lembrou que o lobo é a única espécie em que a lei prevê o pagamento de indemnizações para compensar os danos causados pelos seus ataques. E nos últimos meses têm sido relatados vários casos de proprietários de gado com prejuízos devido à actividade dos lobos, no centro e norte do país. Segundo dados fornecidos ao PÚBLICO pelo ICNF, no ano passado, o Estado pagou pelo menos 28 mil euros em indemnizações aos pastores cujos rebanhos foram atacados por lobos. Em 2013 tinha pago muito mais, quase 800 mil euros.
O secretário de Estado explicou que os criadores de gado têm de cumprir algumas regras, desde logo ter uma "gestão activa" do gado, utilizar cães de guarda e instalar cercas de proteção. No Plano de Desenvolvimento Rural (Proder) estão previstos apoios para a manutenção dos cães e a construção das cercas. Através deste plano, o Governo tem 57 milhões de euros até 2020, provenientes de fundos comunitários, para investir na protecção do gado.
O Ministério da Agricultura "fixa o valor da indemnização em função dos valores de mercado" na região onde ocorrem o ataque, mas "tem de ser provado que houve ataque do lobo e que o proprietário cumpriu" as regras definidas, disse o secretário de Estado. Miguel de Castro Neto acrescentou que, em resultado do esforço do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), o prazo de pagamento das indemnizações foi reduzido para menos de seis meses.




http://www.publico.pt/sociedade/not...pulacao-de-lobo-iberico-crescer-muito-1685661
 

frederico

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O que notei em algumas zonas do Gerês é um excesso de turistas, excesso de presença humana.

Já aqui referi e volto a frisar que os parques naturais têm de ter zonas interditas ou limitadas, e que isso não se faz em Portugal. Felizmente o Gerês não tem nenhuma estrada no maciço central, e é milagre pois em Portugal temos a mania de meter estradas asfaltadas para quase todos os picos das serras: não sei se é verdade, mas há quem diga que somos caso singular em toda a Europa. A verdade é que nas serras espanholas que ja visitei não há estrada asfaltada até ao ponto mais alto.

Houve um erro muito grave no Gerês há cerca de 4 décadas, a abertura da fronteira internacional na Portela do Homem. Actualmente as população dos concelhos de Lobios e Terras do Bouro não aceitariam o encerramento da fronteira, mas pelo menos deveria haver um controlo muito maior de tráfego na mata da Albergaria. Portagens todo o ano durante o dia, e trânsito encerrado à noite seria o ideal.

Mas dizia eu que noto na parte central do parque um excesso de presença humana, de turismo, que acarreta problemas graves para aquela área. Há o pisoteio de plantas em perigo, as aves não conseguem nidificar, os mamíferos afastam-se pois não apreciam o bicho Homem. Há o lixo, a caça furtiva, a colheita de plantas e de cogumelos. Num Parque Nacional a postura tem de ser outra, há caminhos que devem ser encerrados ao trânsito com cancelas, acesso limitado apenas para autoridades, há zonas como a Mata da Albergaria onde tem de haver um número limite de visitantes por dia, e portagens, há outras áreas que não podem ser divulgadas nem ter trilhos pedestres. Parques naturais e monumentos com limite diário de visitantes existem noutros países, eu nunca consegui ver a Última Ceia do Da Vinci porque tem limite de visitas e é necessária marcação com antecedência.

Isto são tudo erros cometidos a partir dos anos 60, fronteira na Portela do Homem, urbanização maciça das ilhas da Ria Formosa e ponte na ilha de Faro, aprovação da Quinta do Lago à beira da zona mais sensível do Parque Natural da Ria Formosa, aeroporto de Faro em cima da área protegida, auto-estrada do Norte em cima do polje de Minde, a cortar ao meio desnecessariamente um Parque Natural, entre tantos outros crimes ambientais e paisagísticos evitáveis sem prejuízo para as populações.
 

ICunha

Cirrus
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11 Jun 2014
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O que notei em algumas zonas do Gerês é um excesso de turistas, excesso de presença humana.

Já aqui referi e volto a frisar que os parques naturais têm de ter zonas interditas ou limitadas, e que isso não se faz em Portugal. Felizmente o Gerês não tem nenhuma estrada no maciço central, e é milagre pois em Portugal temos a mania de meter estradas asfaltadas para quase todos os picos das serras: não sei se é verdade, mas há quem diga que somos caso singular em toda a Europa. A verdade é que nas serras espanholas que ja visitei não há estrada asfaltada até ao ponto mais alto.

Houve um erro muito grave no Gerês há cerca de 4 décadas, a abertura da fronteira internacional na Portela do Homem. Actualmente as população dos concelhos de Lobios e Terras do Bouro não aceitariam o encerramento da fronteira, mas pelo menos deveria haver um controlo muito maior de tráfego na mata da Albergaria. Portagens todo o ano durante o dia, e trânsito encerrado à noite seria o ideal.

Mas dizia eu que noto na parte central do parque um excesso de presença humana, de turismo, que acarreta problemas graves para aquela área. Há o pisoteio de plantas em perigo, as aves não conseguem nidificar, os mamíferos afastam-se pois não apreciam o bicho Homem. Há o lixo, a caça furtiva, a colheita de plantas e de cogumelos. Num Parque Nacional a postura tem de ser outra, há caminhos que devem ser encerrados ao trânsito com cancelas, acesso limitado apenas para autoridades, há zonas como a Mata da Albergaria onde tem de haver um número limite de visitantes por dia, e portagens, há outras áreas que não podem ser divulgadas nem ter trilhos pedestres. Parques naturais e monumentos com limite diário de visitantes existem noutros países, eu nunca consegui ver a Última Ceia do Da Vinci porque tem limite de visitas e é necessária marcação com antecedência.

Isto são tudo erros cometidos a partir dos anos 60, fronteira na Portela do Homem, urbanização maciça das ilhas da Ria Formosa e ponte na ilha de Faro, aprovação da Quinta do Lago à beira da zona mais sensível do Parque Natural da Ria Formosa, aeroporto de Faro em cima da área protegida, auto-estrada do Norte em cima do polje de Minde, a cortar ao meio desnecessariamente um Parque Natural, entre tantos outros crimes ambientais e paisagísticos evitáveis sem prejuízo para as populações.

A minha opinião é a mesma acho que existe um numero elevado durante todo ano do homem nesse local isso é um grande problema para toda a fauna no Parque ainda no mês de Agosto Passei pelo parque assisti a um momento triste onde no momento que encontrei a cabraXurés estava tentando fotografar a distancia sem incomodar quando de repente sai um grupo de pessoas que ião a caminhar que se deparam com os animais sucedido no meio desse grupo o que se lembram algumas pessoas fazer atirar pedras em direcção dos animais como todos sabemos estas coisas e mais acontecem no Parque isso claro prejudica as espécies. Acho que devia haver mais vigia mais controlo das pessoas dentro do parque. Mas não o que interessa é chagar ao fim do dia e ver a lata cheia de tostões é triste mas é o que acontece.

É Por isso que eu adoro Montesinho
 
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Cumulonimbus
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16 Set 2011
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A minha opinião é a mesma acho que existe um numero elevado durante todo ano do homem nesse local isso é um grande problema para toda a fauna no Parque ainda no mês de Agosto Passei pelo parque assisti a um momento triste onde no momento que encontrei a cabraXurés estava tentando fotografar a distancia sem incomodar quando de repente sai um grupo de pessoas que ião a caminhar que se deparam com os animais sucedido no meio desse grupo o que se lembram algumas pessoas fazer atirar pedras em direcção dos animais como todos sabemos estas coisas e mais acontecem no Parque isso claro prejudica as espécies. Acho que devia haver mais vigia mais controlo das pessoas dentro do parque. Mas não o que interessa é chagar ao fim do dia e ver a lata cheia de tostões é triste mas é o que acontece.

É Por isso que eu adoro Montesinho


A zona mais turística do " PNPG " representa , felizmente , apenas uma pequeníssima parcela do parque , não é , felizmente outra vez , uma pressão generalizada mas uma pressão localizada , até porque a orografia não permite .

Mas , é verdade , em julho e agosto , tem gente a mais .
 
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james

Cumulonimbus
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[QUOlolreis, post: 480466, member: 3442"]A vida maldita dos lobos portugueses. A vida real...

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/gnr-mais-lobos-mortos-viana-castelo-este-ano-todo-2014[/QUOTE]


A proteção do lobo podia ,
Alem da vertente ecológica , também podia ser um trunfo turístico , os paises mais inteligentes já chegaram la .

Em Portugal , com o argumento muito beato e catolicista de que as pessoas são mais importantes do que a natureza ( eu não acho ! ! !) permite - se tudo , ate aberracoes que são ate contrarias ao interesse publico , onde as autoridades fecham os olhos a grunhos ,que vivem em lugarejos com meia duzia de gatos pingados , praticam a subsistência e s a sua contribuição para a economia nacional e zero , só dão e despesa ao estado.

Quando e que estes tipos são postos na ordem?

O lobo
 

frederico

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Os proprietários não querem gastar em prevenção mas se calhar depois gastam fortunas em tabaco e bebida, e vêm queixar-se do lobo e das raposas...

Na serra algarvia há ataques de raposas a galinheiros, conheço uma pessoa que colocou uma vedação com uma pequena barreira de cimento no solo para prevenir que as raposas e os cães vadios fizessem tocas, e por cima levou rede para evitar a entrada de gatos, que como se sabe comem os pintos. Assunto resolvido, é investimento para a vida e não fica tão caro quanto isso. Essa aldeã tinha perdido muitas galinhas para raposas e cães abandonados. Na serra algarvia ficam muitos cães de caça abandonados no final da época cinegética, depois vão para as aldeias atacar galinheiros e gado, e há muitos gatos vadios a atacar galinheiros.

Quanto à religião, sim há muito a dizer, parte do nosso desprezo pelo ambiente deve-se não ao Cristianismo mas sim aos ensinamentos da Igreja Católica, mais especificamente da Igreja Católica portuguesa, que anda desde a Inquisição a atrofiar o espírito dos portugueses. Os Cátaros eram cristãos e amavam o ambiente e os animais, até eram vegetarianos, mas acabaram assassinados pela Igreja Católica...
 
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james

Cumulonimbus
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16 Set 2011
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E continua a terrível saga dos terríveis ataques dos lobos patrocinada por alguns pseudojornalistas .

Agora foi em Almeida onde alegadamente existiu um ataque de lobos a avestruzes . Apareceram logo pessoas muito chateadas .

E pergunto eu , onde estavam essas pessoas quando os lobos foram exterminados e quando destruiram o patrimônio natural da terra deles , inclusive as presas naturais dos lobos ?
 

frederico

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Sensacionalismo não falta. Num país com povo mais instruído estas declarações seriam ridicularizadas.

Cracel alertou ainda que os lobos em Terras de Bouro estão a atacar o gado "cada vez com mais frequência e mais próximo das populações".

Disse que há registo de ataques de lobos a cães, cabras e ovelhas junto a aldeias como Campo do Gerês, Ermida e Vilar da Veiga.

"As populações começam a temer pela própria segurança, sobretudo no que diz respeito às crianças, uma vez que parece evidente que o lobo deixou de ter medo do homem", referiu.

Ressalvou que não há ainda notícia de qualquer ataque do lobo ao homem, mas acrescentou que ninguém pode garantir que um dia isso não venha a acontecer.

"A alteração do comportamento do lobo pode levar a situações perigosas", avisou.

Por isso, o autarca pede, desde logo, à comunidade científico que estude possíveis alterações do comportamento do lobo face ao homem.


A Câmara de Terras de Bouro quer ainda que a indemnização por cada animal abatido pelo lobo seja paga no período de 60 dias estipulado por lei e que inclua o valor do animal e as despesas realizadas com o seu tratamento.

Exige também, entre várias outras medidas, que a redução do rácio de um cão de guarda por cada 50 cabeças de gado atualmente exigível para o criador ter direito a indemnização.

http://www.noticiasaominuto.com/pai...bos-motivam-manifestacao-de-criadores-de-gado

Quando estive no Gerês no Outono vi gado ao abandono no meio da serra, sem qualquer vigilância. Depois queixam-se. Até me admira como não há mais roubos ou ataques.
 

james

Cumulonimbus
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16 Set 2011
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Viana Castelo(35 m)/Guimarães (150 m)
Somos o país que somos e não há muito a fazer : uma parte da população profundamente ignorante , com afirmações que nem dá para acreditar e não são só as pessoas de zonas recônditas , ainda hoje vi na tv uma jornalista a falar do lobo como se fosse o bicho papão .

Eu pessoalmente , já desisti , já fui a favor de programas de revitalização das aldeias mais interiores e despovoadas . Agora , se calhar , até acho que o despovoamento dessas zonas até é uma coisa boa .