Polónia - Janeiro 2016

David sf

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0 - Introdução

Começo este tópico com uma frase que ouvi bastantes vezes nos últimos tempos: “Só alguém que não joga com o baralho todo vai de férias em Janeiro para a Polónia”. E eu sorrio. Nem respondo, não vale a pena convencer quem não entende o que é viajar, quem o conceito de férias é estar uma semana fechado num resort de praia a apanhar Sol e a enfrascar-se (para isso fica-se em casa, por cá há muito Sol e bons vinhos).

É certo que há desvantagens. O Sol põe-se bastante cedo, por volta das 16h, o que implica que se tem de acordar com as galinhas para se conseguir visitar tudo o que se quer ver com a luz do dia. Não é fácil sentar-se numa esplanada ou num banco de jardim. Mesmo nos momentos (raros) em que o Sol brilha e o vento acalma – e o frio torna-se perfeitamente suportável – o mais provável é o banco estar coberto de neve. Em certos locais é difícil andar pois são bastante escorregadios – em duas semanas nunca caí mas houve vários “quases”.

Mas ir ao leste da Europa em Janeiro (ou outros locais do planeta onde existe Inverno a sério) é visitar paisagens únicas, que nunca teremos em Portugal e são totalmente diferentes daquelas que se podem visitar noutras estações do ano. O verde dos campos é substituído pelo branco. As árvores não têm folhas. Alguns rios (e até alguns recantos do mar) estão congelados. E todo o ambiente das cidades – físico e humano - é completamente diferente.

Então decidi-me a fazer as férias de inverno na Polónia, que já era um desejo antigo e que foi reforçado desde que familiares próximos emigraram para Varsóvia. É um país bastante acessível para os bolsos da classe média portuguesa (ainda mais em Janeiro – época baixa) e com grande interesse turístico decorrente da sua história conturbada.

A Historia recente da Polónia é sobejamente conhecida. Localizada entre dois gigantes (Prússia/Alemanha e Rússia/URSS) com grande desejo de a dominar, ao longo de séculos a fronteira polaca foi sendo constantemente alterada (alterando com períodos em que a própria Polónia nem existia enquanto país independente).

A parte mais conhecida e interessante da História do país ocorreu durante a II Guerra Mundial. A Alemanha Nazi exigia a entrega de Gdansk (na altura controlada pela Sociedade das Nações, mas onde o exército polaco tinha instalações para permitir a entrada e saída de mercadorias pelo Porto da cidade, onde a esmagadora maioria da população era alemã) e de um corredor junto ao Báltico que unisse a Alemanha a esta cidade. Ao contrário do que se sucedeu na Checoslováquia, onde Hitler conseguiu os seus intentos por via diplomática, tanto a Polónia como os seus principais aliados (França e Inglaterra) recusaram ceder e Hitler ordenou a invasão da Polónia, episódio que iniciou a II Guerra Mundial.

A 1 de Setembro de 1939 ocorrem os primeiros combates na cidade de Gdansk (houve bombardeamentos de outras cidades, a Sul, na noite anterior, mas sem combate) a partir do navio Schleswig-Hollstein, que estava estacionado ao largo da cidade há vários dias para uma visita de cortesia (mas que servia de Cavalo de Tróia para várias unidades de combate nazis). Duas semanas depois inicia-se a invasão soviética a leste (de acordo com o pacto Ribbentrop-Molotov) e em pouco mais de um mês a Polónia desaparece enquanto país independente.

Tendo a maior comunidade judia de toda a Europa, e situando-se na parte leste da Europa, longe do foco de atenção dos países aliados, foi na Polónia que se localizaram os principais campos de concentração e de extermínio do Holocasto.

Em 1944, e já com o Exército Vermelho bastante próximo de Varsóvia, ocorre o Levantamento de Varsóvia, quando a resistência polaca se rebelou contra os nazis e conseguiu conquistar partes importantes da cidade. O levantamento acabaria por ser esmagado nos meses seguintes, e como vingança os nazis destruíram por completo toda a cidade. Há vários historiadores que defendem que o principal objectivo da revolta não seria propriamente a expulsão dos nazis (já era evidente que a derrota alemã era uma questão de tempo) mas sim conseguir restaurar a independência polaca antes da chegada dos russos, permitindo que a Polónia se sentasse à mesa das negociações entre os Aliados. Na altura, a divisão da Europa que sairia de Potsdam já estava relativamente acordada entre EUA, Inglaterra e URSS, e os polacos queriam evitar ficar sob domínio soviético.

Em Janeiro de 1945 os russos conquistam Varsóvia. Dos acordos de Potsdam sai uma Polónia diferente da de 1939, perdendo territórios a Leste para os vencedores (URSS) e conquistando a Oeste aos derrotados (Alemanha). Deste modo a quase totalidade da actual Lituânia e a parte ocidental da Ucrânia e Bielorrússia passaram para a URSS e cidades com Szczecin e Wroclaw passaram para domínio polaco.

Entre 1945 e 1989 a Polónia é governada a partir de Moscovo (havia um governo fantoche polaco), havendo pontualmente protestos e revoltas contra a situação. A partir do final da década de 70 a situação começa a deteriorar-se ainda mais, com as revoltas sindicais do porto de Gdansk e de Nowa Hutna em Cracóvia a gerarem uma onda de revolta em todo o país. O sindicato Solidariedade, nascido nos estaleiros navais de Gdansk, liderado por Lech Walesa, toma a liderança do protesto, e após vários avanços e recuos ao longo de toda a década de 80, realizam-se em 1989 as primeiras eleições livres vencidas esmagadoramente pelo Solidariedade, contra o Partido Comunista.

Nos últimos anos a Polónia tem experimentado uma grande evolução económica, das maiores da Europa, apesar de recentemente terem elegido um governo beato liderado por uma Primeira-ministra chamada Beata, e que parece querer de forma populista pôr um travão na liberalização da economia polaca.

Passando ao relato da viagem, o objectivo passava por começar em Cracóvia que serviria de base para visitar Auschwitz, Zakopane e Wroclaw, seguindo-se Varsóvia e no fim Gdansk, ou vice-versa. Analisando as alternativas, a melhor opção qualidade-preço passou por viajar até Varsóvia num vôo directo da TAP, apanhando no mesmo dia o comboio Intercity para Cracóvia, voltando para Lisboa desde Gdansk via Frankfurt, também pela TAP, sendo a ligação GDA-FRA operada pela LH.

O baixíssimo custo de vida na Polónia permite vários dias de viagem a preço baixo. Uma refeição boa e completa consegue-se por preços a rondar os 5/6 euros por pessoa. Comprar o pequeno-almoço bastante bom (2 carcaças, 2 croissants, pacote de fiambre, 0,5l de iogurte líquido, pacote de bolachas) no supermercado Biedronka (da Jerónimo Martins) custa cerca de 1,5€. Os transportes públicos são acessíveis (bilhete intermodal de 24h em Varsóvia por 15zl; 3,5€). Os autocarros entre cidades, devido à grande competição entre vários operadores são ainda mais baratos, principalmente se os bilhetes forem comprados na Internet com antecipação. Os melhores preços são os da PolskiBus, com autocarros confortáveis, com Ar Condicionado e acesso WiFi gratuito. Consegui viagens de quase 200 km por 1 zl; 0,25€.

1 – Lisboa – Varsóvia – Cracóvia

Vôo tranquilo e que chega a Varsóvia meia hora antes do horário previsto. Comprei o bilhete para o comboio que partiria três horas depois da chegada do avião, para precaver eventuais atrasos, mas chego à estação central de Varsóvia duas horas e meia antes do horário de partida do comboio. Deixo a mala na estação (10zl; 2,5€ por 24 horas) e vou dar uma volta na área circundante. Estava fresquinho (2ºC) mas a neve que sobrava no solo ia derretendo.

O edifício que mais se nota é o Palácio da Ciência e da Cultura, mandado construir por Estaline para reforçar a amizade entre os povos russos e polacos. Os polacos, principalmente as gerações mais velhas odeiam-no por tudo aquilo que ele representa e não só. O edifício, luxuoso, forrado internamente a mármore, foi construído numa altura em que os polacos passavam fome. Chamam-lhe o “pénis do Estaline”. Independentemente de toda a História subjacente, o edifício tem carisma e domina o horizonte da cidade.

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No centro de Varsóvia existem outros prédios bastante elevados, algumas pessoas dizem que há a tentativa de ir “tapando” o Palácio da Cultura, para este perder a dominância:

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Após uma visita introdutória a Varsóvia apanho o Intercity para Cracóvia (cerca de 10€ para 300 km). Um serviço bastante bom, com oferta de bebidas quentes. As novas carruagens mais modernas têm um enorme espaço para as pernas, devendo-se evitar as carruagens antigas, onde existem compartimentos apertados para 8 pessoas.

O Intercity à chegada a Cracóvia:

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Já era noite há várias horas, sigo para o hotel, situado em frente à estação e ao principal centro comercial da cidade, onde jantei num restaurante de comida ao kg, ao preço de 35zl (8€) por kg.

2 – Cracóvia

Quando se fala da Polónia enquanto destino turístico, Cracóvia é a cidade dominante. Dizem que é a mais bela de todas, e a sua proximidade a várias atracções turísticas (principalmente Auschwitz) ajuda a que seja a “cabeça de cartaz”. O filma de Spielberg, a “Lista de Schindler” rodado na sua maior parte aqui, ajudou a um grande boom turístico no final da década de 90.

Pessoalmente, e apesar de considerar uma cidade interessante, acho que não justifica ser apresentada como a jóia rara da Polónia. Há cidades mais interessantes como Wroclaw, e até partes de Varsóvia e Gdansk são mais interessantes que Cracóvia.

Em Cracóvia também faltou a parte branca. Exceptuando no último dia nunca houve neve, tendo chovido várias vezes com temperaturas muito próximas de zero.

Na entrada Norte no Centro Histórico (Stare Miasto) localiza-se o Barbacã:

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Depois segue-se pela Rua Florianska até à Praça do Mercado (Rinek). Ainda há decorações de Natal nas ruas, na Polónia só se retiram no final de Fevereiro:

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Na parte Sul do Stare Miasto situa-se a fortaleza de Wawel, junto ao rio Wisla, com a superfície parcialmente congelada:

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O dragão de Wawel que segundo a lenda morreu por ter comido demasiado enxofre e alcatrão:

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Fora do Centro, o bairro judeu de Kazimierz:

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E uma das principais sinagogas:

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A casa onde viveu Schindler, em cuja entrada foi gravada uma das cenas do filme de Spielberg:

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A antiga fábrica de Schindler (também usada para o filme), e onde hoje existe um fabuloso museu sobre a ocupação nazi de Cracóvia:

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A sul do rio Wisla situava-se o Gueto de Cracóvia. Na principal praça, onde os judeus a deportar para os Campos de Extremínio de Sobibor e Belzec esperavam de pé a chegada dos vagões, hoje foram colocadas cadeiras gigantes em memória de todas as vítimas:

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Por fim o local onde se situava o antigo Campo de Concentração de Plaszow (onde decorre a maior parte da acção d’A Lista de Schindler:

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Quem viu o filme deve lembrar-se da Villa onde vivia Amon Goeth, e de cuja varanda se entretinha a disparar aleatoriamente sobre os prisioneiros. Essa situação é ficcional, uma vez que a Villa fica situada num ponto mais baixo em relação ao Campo, não tendo visibilidade para lá. Mas a varanda e a Villa existem e têm a mesma forma do que no filme. Aliás, tinham, porque actualmente estão a decorrer obras e parece-me que vai ficar muito diferente daquilo que era:

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A cerca de 10 km de Cracóvia situam-se as Minas de Sal de Wieliczka. O bilhete para a visita é relativamente caro (84 zl, cerca de 20€) e a visita não é de todo excepcional. Já tinha estado noutras minas de sal, em Berschtesgaden na Alemanha, e achei essas mais genuínas. Em Wieliczka raramente parece que se está numa mina, tal a dimensão e limpeza das áreas a visitar.

Para lá chegar é necessário inicialmente descerem-se quase 400 degraus como estes:

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Depois, lá em baixo, vêem-se muitas esculturas em sal, algumas animações sem grande piada. O ex-libris é a fabulosa catedral esculpida em sal, praticamente a única coisa que vale a pena:

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3 – Zakopane

Zakopane é o principal destino de neve da Polónia (apesar das pistas estarem fechadas no dia em que lá estive por risco de avalanche). A cidade em si é muito turística, mas tem interessantes construções em madeira. Através de teleférico subi ao Kasprowi Wierch, a cerca de 1950 m de altitude, onde as vistas em dias limpos devem ser magníficas. Permite igualmente colocar um pé na Eslováquia, uma vez que a linha de cumeada divide os dois países.

No caminho para Zakopane (cerca de 2 horas por 14zl; 3,5€ ida e volta, há várias companhias a fazer o percurso), vêem-se algumas paisagens montanhosas interessantes, e depois de apanhar alguma chuva, à medida que se subia em altitude esta transformava-se em neve:

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Fotografias da cidade, inicialmente com Sol, depois debaixo de um aguaceiro de neve:

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Após o aguaceiro o céu limpou de novo. Era o momento ideal para subir ao Kasprowy Wierch, através do teleférico que se apanha em Kuznice (a cerca de 5 km de Zakopane, por 3zl;0,75€ várias carrinhas fazem o percurso com horários informais). Mas não deu tempo, assim que lá cheguei acima o céu fechou definitivamente. O tempo estava muito agreste com neve, vento e -9ºC:

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Alguns “corajosos” não precisaram de teleférico:

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As placas situadas na cumeada. Do lado de lá das mesmas fica a Eslováquia:

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Nos 100 m entre a paragem do teleférico e a cumeada o ambiente era muito agressivo, com vento forte e uma altura enorme de neve que dificultava muito o andar. O facto de o caminho ser inclinado transversalmente para o lado do precipício, e o vento soprar também ele para o lado onde o caminho inclina, assustava um pouco:

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4 – Wroclaw

Wroclaw (lê-se Vrotsuáv) é a cidade mais bonita das que visitei. Até 1945 pertenceu à Alemanha e isso nota-se bastante, o estilo é semelhante às mais emblemáticas cidades alemãs. Há duas zonas interessantes da cidade, a mais antiga situada a norte do rio Oder, com vários edifícios religiosos na sua maior parte em estilo Gótico, e o centro histórico situado a sul do rio, com uma belíssima e cheia de cor praça central. O Sol que brilhou na maior parte do dia ajudou a realçar a beleza da cidade.

De Cracóvia para Wroclaw viajei na PolskiBus, ida e volta. Cada viagem durou cerca de 3 horas (280 km) e custou 14zl; 3,5€.

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A paragem de autocarros está actualmente em obras, ainda muito atrasadas (deveria ser inaugurada para a Capital Europeia da Cultura 2016, cuja cerimónia de abertura decorreu no dia seguinte à minha visita), e situa-se junto à estação de comboios:

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As primeiras impressões da cidade não são boas. A rua entre a paragem de autocarros provisória, improvisada num parque de estacionamento, e o centro é feia, co trânsito barulhento, e apesar de serem quase 11 da manhã, não se via qualquer pessoa a andar a pé. Mas depois, assim que se chega ao rio:

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Wroclaw foi a última cidade alemã a cair na frente leste. Apesar de cercada pelos russos, resistiu até início de maio, já após aqueda de Berlim. As feridas da guerra, já curadas, foram imensas:

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Interessante, que a 500 km do mar, existam gaivotas em Wroclaw:

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A zona mais central da cidade, com casas de diversas cores:

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Um dos atractivos de Wroclaw são os diversos gnomos que estão espalhados pela cidade. Durante os protestos contra o governo comunista, na década de 80, a censura proibia manifestações explícitas contra o poder, tendo a oposição em Wroclaw arranjado uma forma de resistência “cómica”, sendo que uma dessas formas era os manifestantes vestirem-se de gnomos. Mais tarde, o gnomo passou a ser símbolo anti-governo, sendo que cada gnomo desenhado numa parede substituía palavras de ordem censuradas:

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Um reservatório de água do séc. XIX, hoje transformado num restaurante (onde ninguém fala inglês, mas se come bem e barato):

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E mais alguma arte urbana, várias pessoas “engolidas” pelo passeio e que reaparecem do lado de lá da estrada:

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5 – Auschwitz

Ao quinto e último dia em Cracóvia, finalmente aparece a neve, que caiu durante a noite (era apenas uma pequena amostra do que aí vinha, uma semana consecutiva em que nevou em todos os dias, com temperaturas muitas vezes próximas dos -10ºC). Saí bem cedo do hotel para ir dar uma volta pela cidade com neve:

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Mas o dia estava reservado para Auschwitz. A viagem entre Cracóvia e o antigo Campo de Concentração dura cerca de hora e meia e custa 7zl;1,75€ em cada sentido. Há várias companhias que fazem a viagem, sendo que apenas algumas param mesmo no Campo de Concentração (a cerca de 3 km do centro da cidade).

O complexo de Auschwitz divide-se actualmente em dois campos (durante a guerra havia mais, restaram os dois mais emblemáticos). O primeiro, Auschwitz I, era mais um campo de trabalho, onde os prisioneiros recolhiam depois de um dia de trabalho escravo nas várias fábricas da zona que alimentavam a indústria de guerra alemã. Hoje é um museu, onde se apresentam vários objectos pessoais dos prisioneiros, mostram-se as condições de vida no campo e onde alguns países prestam homenagem aos seus que ali estiveram prisioneiros e/ou morreram.

O segundo, Auschwitz-Birkenau, é o mais cinematográfico (de novo A Lista de Schindler) e é um local magnífico. O que se passou em Birkenau foi horrendo (assassínio industrial de mais de um milhão de pessoas) mas actualmente é um local lindo, vários quilómetros quadrados de campo, com uma imensa paz, sossego e vida selvagem. Fora do corredor de entrada onde há magotes de turistas (se é assim em janeiro, nem quero imaginar em agosto), sobram enormes áreas do Campo, em que se anda no meio da natureza durante quase uma hora sem se ver ninguém. As condições do Campo quando lá estive (elameado, frio e escorregadio) fazem sentir na pele pelo menos 0,1% do que passavam os prisioneiros.

Recomendo vivamente ir ao Campo em época baixa. Apesar de haver limite de visitantes, quando lá estive não havia muita gente, mas sempre que apanhava um grupo era complicado movimentar-me, principalmente em Auschwitz I, onde a área museológica é feita através de corredores estreitos.

Seguem as fotos de Auschwitz I, começando pela famosa e habitual entrada:

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O antigo crematório, destruído pelos nazis antes da fuga, mas reconstruído para o museu:

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O local onde o antigo comandante do campo, Rudolf Hoess, foi enforcado após a guerra:

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Dentro dos edifícios há várias exposições interessantes. A mais chocante é a que mostra duas toneladas de cabelos que seriam usados na indústria têxtil, mas é proibido fotografá-lo por razões óbvias. Mas sobram outras, como as latas de Zyklon-B, o gás usado na matança industrial de prisioneiros:

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As malas e os sapatos dos prisioneiros:

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E várias fotos de prisioneiros:

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Almocei num restaurante à saída de Auschwitz I, e fui a pé até Birkenau (2,5 km, há alguns autocarros a fazer a viagem de borla, mas pouco frequentes em época baixa):

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E a famosa entrada em Birkenau:

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O exemplo de um vagão de transporte de prisioneiros:

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Alguns edifícios que sobraram do vasto complexo que ali se erguia:

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Local das antigas câmaras de gás, destruídas pelos nazis em fuga para não deixar provas:

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Todas as câmaras de gás foram destruídas pelos nazis, exceptuando esta, que foi destruída por uma revolta de prisioneiros:

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A antiga Estação de Tratamento do Campo:

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E o resto do campo, um local sossegado, tranquilo e bastante aprazível actualmente:

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E o dia termina em Cracóvia, de novo debaixo de neve, enquanto que de Varsóvia vinham relatos do maior nevão deste inverno:

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6 – Cracóvia – Varsóvia

De Cracóvia para Varsóvia usei de novo a PolskiBus, naquela que foi a viagem mais chata de todas as férias. Não só a mais demorada, 5 horas e meia entre estrada nacional e bocados da auto-estrada e obras da auto-estrada ainda não terminadas, como o autocarro vinha cheio, não tendo o espaço do lugar ao lado vazio. Quem tem as pernas compridas como eu, sofre um bocado nesta situação (o mesmo ocorre na nossa Rede Expressos).

Nesta noite a paisagem mudou radicalmente. Se até aqui ainda restavam algumas paisagens verdes, a partir de agora é tudo branco. O nevão da noite anterior deixou mais de 10 cm de neve acumulados em quase todo o país:

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Chego a Varsóvia perto das 2 da tarde, tempo de ir visitar familiares e descansar. Depois de andar quase 60 km a pé em 4 dias, hoje é o dia de descanso. Apenas algumas fotos já de noite, na zona envolvente do hotel onde fiquei:

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7/8 – Varsóvia

Quase toda a gente diz que Varsóvia não tem nada que ver. Que é uma cidade feia, devido à construção do tipo comunista e da destruição durante a II Guerra Mundial.

É falso. É certo que há zonas feias (como em todas as cidades). Mas há grandes atractivos, palácios, parques, edifícios originais e um pequeno e compacto centro histórico bastante interessante.

Andar por Varsóvia é fácil, a cidade é plana e as ruas são amplas. Os transportes públicos são excepcionais e baratos, mas visita-se quase tudo a pé (eu entrava nos transportes mais nos momentos em que o frio começava a apoderar-se de mim e era necessário aquecer um bocado).

Levantei-me bem cedo, para aproveitar ao máximo a luz solar, e ainda havia muita neve nas zonas onde não houve necessidade de a limpar:

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A primeira paragem na simbólica a homenagem Wilm Hosenfeld, que deu protecção ao pianista judeu Wladislaw Szpilman nos últimos meses da Guerra (retratado no filme de Polanski, O Pianista). No local onde se situava a casa onde Hosenfeld escondeu Szpilman está esta homenagem:

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Depois, o Parque Lazienki, um local magnífico situado bem perto do centro da cidade, com uma paisagem gélida, e onde algumas corajosas faziam o seu jogging matinal:

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Neste parque fica situado o chamado Palácio sobre a água, mas que neste dia estava situado apenas sobre o gelo:

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Junto a Lazienki, fica situado o antigo quartel general da Gestapo, uma construção típica da Alemanha Nazi:

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Paragem seguinte no museu que presta homenagem ao Levantamento de 1944, com entrada livre aos domingos. Como fui lá num domingo entrei de borla, mas tive de visitar o museu ao mesmo tempo que uma grande multidão.

O museu, apesar de bastante nacionalista e militarizado (há até uma ala que presta homenagem às tropas polacas actualmente em missões no estrangeiro) é bastante interessante e bem estruturado, com várias salas com projecção de filmes e documentários, e informação e legendas em inglês.

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O painel sobre a conferência de Yalta, onde a Polónia começou a perdeu de novo a sua independência:

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À tarde, de novo no centro da cidade, onde já havia estado uma semana antes:

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A rua mais comercial da cidade, que liga o centro actual ao centro histórico, a Nowy Swiat:

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O Palácio Presidencial:

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A entrada no centro histórico, pequeno, compacto, mas interessante:

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A porta de uma Igreja (há uma semelhante em Roma, perto da estação Termini):

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Ao fim do dia fui até ao Palácio de Wilanow, segundo alguns a Versailles de Varsóvia, onde decorrem durante o inverno espectáculos de iluminação:

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E onde existe um cais num braço do rio Wisla:

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E uns banquinhos para se apanhar Sol à beira do rio:

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Segundo dia inteiramente em Varsóvia, com frio extremo (próximo de -10ºC), apesar do amanhecer soalheiro entre alguma neblina.

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Algo que se nota na Polónia é, apesar de ser um país conservador, a enorme quantidade de sex-shops. Neste quarteirão da Av. João Paulo II há 7 (na foto só aparecem 3):

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Um dos locais por onde passava o muro do antigo Gueto de Varsóvia:

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E o local onde se situava a ponte que atravessava a rua que dividia o gueto (também retratada n’O Pianista):

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A antiga prisão de Pawiak, contruída pelos nazis para prisioneiros políticos, hoje museu, mas estava fechado na 2ª feira em que lá estive:

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A exposição sobre o legado judeu em Varsóvia, apresentada neste edifício recente, construído por fundos de judeus polacos na diáspora:

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E o monumento ao Levantamento no Gueto de Varsóvia em 1943 (rapidamente esmagado pelos nazis, que posteriormente liquidaram o gueto e enviaram todos os ocupantes para o extermínio em Treblinka):

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O único que não tinha frio, e estava sentado ao Sol:

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O local onde se concentravam os judeus à espera de entrarem nos comboios para os Campos de Concentração:

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À tarde fui visitar o interior do Palácio da Cultura e da Ciência. Fiz uma visita guiada aos dois primeiros pisos (os restantes são escritórios particulares) e ao terraço no topo. A visita foi privada, pois fui o único visitante àquela hora.

O interior do edifício é um pouco piroso, com muito mármore e adereços luxuosos. Tem uma geometria simétrica ao estilo renascentista, as salas são iguais em relação ao eixo de simetria do palácio. As salas que onde se reuniam o governo do país e da cidade (as grandes reuniões ao nível municipal ainda aqui decorrem) são as mais interessantes, apenas pelo simbolismo.

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A vista lá do alto, um pouco prejudicada pela neblina:

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E acabei a almoçar num dos restaurantes existentes no palácio:

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De noite voltei ao centro histórico:

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David sf

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9 – Lublin

Dia inteiramente dedicado a Lublin, cidade situada a Sudeste de Varsóvia, com um centro histórico interessante e nas proximidades do Campo de Concentração de Majdanek, de todos o que foi deixado em melhor estado pelos nazis aquando da fuga. A câmara de gás está intacta.

A viagem demora cerca de 3 horas (+- 200 km) e custou-me, em cada sentido a módica quantia de 1zl; 0,25€. O horário é que não foi muito favorável, tendo ficado apenas 4 horas na cidade, tendo de fazer tudo a correr.

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Quando cheguei nevava bastante, com algum vento e temperatura de -7ºC. O ambiente estava muito agreste. Logo à entrada no centro, fica o castelo, que serviu de prisão durante o início da ocupação nazi:

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A praça em frente ao castelo:

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Entrando pelo centro histórico:

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Uma bela Igreja, onde apenas entrei para ver se aquecia um pouco, mas que valeu bem a pena:

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Já a caminho do Campo de Concentração de Majdanek, também usado como campo de Extermínio durante a Operação Reinhardt:

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Vista geral do Campo:

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A entrada:

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O monumento instalado pelos soviéticos:

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Referência aos campos de Extermínio de Sobibor e Belzec, próximos das fronteiras com a Ucrânia e a Bielorrússia, hoje apenas memoriais, pois os nazis destruíram-nos para eliminar provas. Estes dois campos, a par de Treblinka, serviam apenas para matar de forma industrial, ao contrário dos restantes onde os prisioneiros mais saudáveis eram usados como mão-de-obra escrava:

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O edifício de entrada para os homens, onde estes tomavam banho, eram selecionados pelo médico e os que não estavam preparados para o trabalho pesado eram mortos na câmara de gás:

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As paredes da câmara de gás estão azuis, devido à reacção entre a tinta da parede e o Zyklon-B:

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Numa das casernas há uma exposição sobre o campo. Esta tartaruga representa a resistência passiva dos prisioneiros, que trabalhavam devagar como protesto (isto numa fase inicial, depois quem não trabalhasse como era exigido ia para a câmara de gás):

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Fresquinho…

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Mais imagens do campo:

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O crematório, reconstruído após a abertura do museu neste espaço:

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O mausoléu onde estão depositadas as areias que continham as cinzas de alguns prisioneiros:

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10 – Torun

A distância entre Varsóvia e Gdansk era grande, e para evitar grandes “secas” dentro de autocarros dividi a viagem em dois dias. Tinha de decidir onde ficaria a meio caminho entre as duas cidades e optei por ficar em Torun, cidade Património Mundial da UNESCO e onde nasceu Nicolau Copérnico.

Entre Varsóvia e Torun voltei a viajar na PolskiBus, uma viagem mais cara (20zl;5€ para 3 horas de viagem directa), mas ainda assim muito abaixo do custo em Portugal.

É uma cidade relativamente interessante, pequena, vê-se em duas horas, e onde se produzem uns magníficos biscoitos de gengibre.

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11 – Gdansk

Gdansk fica situada junto ao mar Báltico, tendo sido o principal porto desta região até meados do século passado. Após a I Guerra Mundial os polacos ficaram com o direito de uso do seu porto, mas devido à animosidade da população da cidade, predominantemente alemã, acabaram por construir um novo porto na vizinha Gdynia, que rapidamente adquiriu uma importância maior.

Foi em Gdansk que ocorreram os primeiro combates da II Guerra Mundial, e foi também a partir dos estaleiros navais Lenine aqui situados que começou a acabar a então República Popular da Polónia.

Hoje, juntamente com Sopot e Gdynia, Gdansk faz parte da Trojmiasto (Três cidades), sendo a principal metrópole do Norte da Polónia.

A cidade em si tem algumas parecenças com Amesterdão (até o típico souvenir de ímans para o frigorífico com as fachadas das casas, altas e estreitas, é semelhante ao da cidade holandesa).

Cheguei a Gdansk vindo de Torun, onde o amanhecer foi soalheiro. A viagem de duas horas e meia custou 16zl;4€. Quando cheguei a Gdansk nevava copiosamente.

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Como só podia fazer o check-in no hotel às 14h, deixei a mala na estação de comboio e fui dar uma volta pelo centro histórico da cidade:

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Monumento às crianças judias deportadas:

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A zona do rio que banha a cidade, já muito próxima da foz:

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Mais tarde fui aos antigos estaleiros navais Lenine, onde se formou o sindicato Solidariedade:

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Um monumento à luta dos trabalhadores dos estaleiros navais:

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Aqui existe um museu situado no Centro Europeu de Solidariedade, financiado pela União Europeia, onde é apresentada uma magnífica exposição (mesmo, das melhores que alguma vez vi em todo o mundo, apresentando toda a informação de modo completo, original e esteticamente feliz e em várias línguas) sobre o caminho da Polónia para a democracia e a luta dos trabalhadores pelo reconhecimento de um sindicato independente face ao governo da altura:

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Um casaco vestido por um manifestante baleado pela polícia política:

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O líder dos protestos em Wroclaw, que deu a ideia dos gnomos:

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No fim um painel onde cada visitante pode deixar uma mensagem:

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Já de noite, e com uma quantidade enorme de neve no solo (cerca de 25 cm):

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12 – Sopot e Malbork

Depois do nevão da véspera, o dia amanheceu com sol, mas foi de pouca dura:

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Nos arredores de Gdansk deu para apreciar a típica construção do tempo comunista:

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E a Catedral de Oliwa, famosa pelos concertos de órgão (não estava nenhum programado neste dia):

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Com uns jardins repousantes e gélidos em seu redor:

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Mais tarde apanhei o comboio para Sopot, cidade balnear a poucos quilómetros de Gdansk.

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A praia da cidade:

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O Grand Hotel de Sopot:

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Aqui existe o edifício mais extraordinário da Polónia, o Krzywy Domek (Casa retorcida), uma maluquice de um arquitecto (a foto não está editada):

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De tarde apanhei o comboio para Malbork, cidade situada cerca de 50 km a Sul de Gdansk, onde existe um dos maiores castelos teutónicos do mundo. Como estava em obras de conservação deu para ver muito pouco, não valendo a pena a visita:

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13 – Península de Hel

A península de Hel situa-se a Norte da Baía de Gdansk, dividindo-a do mar Báltico, e tendo uma largura de poucas centenas de metros. Importante zona balnear durante o verão, mas deserta durante o inverno, tem alguma beleza, principalmente na área mais próxima a terra, onde o mar estava totalmente congelado.

Na ponta da península situa-se Hel, a principal cidade, e onde se chega desde Gdynia em cerca de hora e meia de comboio (de Gdansk a Gdynia é mais cerca de meia hora em comboio suburbano). Neste dia estava Sol, mas bastante frio, tendo alguns locais dos arredores de Gdansk chegado aos -14ºC. Em Hel, para além do frio estava bastante vento, tornando a permanência na rua bastante complicada.

A estação de comboio de Hel:

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A praia:

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Monumento aos mortos da II Guerra Mundial (apesar de ter sido dos primeiros pontos a ser atacados, a península de Hel resistiu aos nazis durante mais de um mês, capitulando vários dias após a queda de Varsóvia):

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Como não estava a suportar o frio, entrei no primeiro local onde pude, neste caso num museu sobre focas. A entrada custou 5zl;1,25€ e deu para assistir a um pequeno espectáculo protagonizado por alguns exemplares deste animal, ameaçado nesta zona devido à acção humana:

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