Seguimento Meteorológico Livre 2016

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Topê

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O melhor que encontrei numa pesquisa expresso foi um poster:

iIcf5Uw.png


Mas o mais relevante são os resultados:

j4l8K4el.png


Quando encontrares avisos de clima igual à Mauritânia, seca eterna e outras afirmações com semelhante exagero avisa. Eu não encontrei nenhuma :D

---



h

A ciência climática é complexa e a ignorância humana não ajuda. Novamente, as variações climáticas, mesmo naturais, criarão ondas de choque cada vez maiores num planeta cuja população não pára de crescer e em que pouquíssimas nações têm independência alimentar. Más colheitas darão origem a medidas protecionistas afetando desproporcionalmente as nações pobres e com muita população. Em 2010 a Rússia ardeu, em 2011 os barbudos revoltaram-se.

A discussão acerca da geoengenharia só vai aumentar (e eu suspeito que já há mas oficialmente não há). A França está a ter uma péssima colheita de trigo. Os russos já usam a modificação meteorológica para apagar incêndios e para que não chova em feriados.

Toda a ação tem consequência. E não há assim tanto estudo no que concerne a estas últimas em termos de geoengenharia persistente e generalizada. O bário e o alumínio são tóxicos. O dióxido de enxofre destrói o ozono.

Se e quando a situação ficar muito má as 'soluções' serão implementadas à pressa. Mas haverá muito tempo para abordar isso. O futuro vai ser pior que Orweliano. Vai ser um freak-show autêntico. Lá chegaremos :D



1º relativo as grandes secas eis o IPAM refere:
https://www.ipma.pt/pt/educativa/tempo.clima/index.jsp?page=seca.causas.xml
Nada conveniente que as grandes secas tenham sido em períodos anteriores as previsões que determinam que o nosso clima cada vez será mais seco, é irónico que as grandes secas tenham sido nas décadas de 40 por exemplo, se tivéssemos um década com a de 40 novamente não sei o que aconteceria.

2º relativo á Mauritânia, até de dou razão pois ao contrário do que se pensa o Litoral da Mauritânia nem tem Verões muito quentes por irónico possa parecer, mas quando são feitas projecções onde a temperatura pode subir 7 graus temos procurar paralelos.

Mais uma vez digo não há só uma verdade, um paradigma de opinião, uma linha de factos ou premissas válidas a própria ciência além de multidisciplinar tem várias correntes como em tudo na vida.

Não nego evidências o aquecimento global existe, porque? porque de facto as temperaturas têm subido a nível mundial.
O que já não me convença são as consequências e previsões que são feitas para o territorio português extremamente catastróficas e apocalípticas e que insiro já numa area de profecia apocalíptica. Sinceramente mais ou menos graus, enquanto cá estivermos próximos 80 anos por exemplo não iremos assistir a nenhuma mudança climática drástica, o nosso clima não irá deixar de ter os traços definitórios, o Litoral Norte irá ser extremamente chuvoso mas depois com Verões que poderão ser quentes como este e que irão criar as condições necessárias para que grupos terroristas de acordo com o nosso Ministro lancem o caos no pais( influência humana), iremos ter Invernos mais frescos outros mais amenos, uns mais frios outros mais secos,etc,etc Tivemos Invernos bem frios já nos chamados últimos anos, aliás acho que na ultima norma até houve uma redução das temperaturas nos meses de Inverno em algumas estações por exemplo existem vários ses nisto tudo.
Apenas e só isto.
 
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Davidmpb

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2º relativo á Mauritânia, até de dou razão pois ao contrário do que se pensa o Litoral da Mauritânia nem tem Verões muito quentes por irónico possa parecer, mas quando são feitas projecções onde a temperatura pode subir 7 graus temos procurar paralelos.
Ninguém aqui mencionou que a temperatura ia subir 7ºc até 2100 na península ibérica. Lê com mais atenção, esse é o pior cenário, o menos provável, é a mesma coisa que dizer que o Tondela vai ser campeão, a probabilidade existe só que é muito reduzida, mas no entanto não é impossível.
 
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Topê

Nimbostratus
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Ninguém aqui mencionou que a temperatura ia subir 7ºc até 2100 na península ibérica. Lê com mais atenção, esse é o pior cenário, o menos provável, é a mesma coisa que dizer que o Tondela vai ser campeão, a probabilidade existe só que é muito reduzida, mas no entanto não é impossível.

É assim ao contrário do que posso ser questionado, tenho apresentado dados para fundamentar as minhas opiniões, fala-se que teremos um decréscimo significativo de precipitação e que as secas serão mais frequentes, voilá, demonstrei aqui que quando houve as maiores secas não foram nos últimos 20,30 anos foram até em décadas em que nem sequer se discutia o aquecimento global .

Relativo ao que considero o exagero á mediatização do aquecimento global, deixo aqui uma reportagem da TVI 24 sobre alterações climáticas onde é referido por especialistas e de forma repetida pela jornalista quase como fosse um dado concreto e algo inevitável que Portugal vai virar Marrocos a nível climático, ou seja que teremos o clima identico ao do Norte de África, é bom referir para isso acontecer, ou seja, termos um clima identico á costa marroquina, teremos de ter uma subida média de 3º graus para todo o nosso territorio e termos uma redução de valores médios de precipitação mais de 50%, ou seja, e é isso que acho que é além de irresponsável, considero impossível de acontecer e dizem estas coisas com a maior naturalidade possível.
Uma coisa que noto é que estas reportagens, estas previsões quase apocalípticas ou muito drásticas surgem sempre quando vimos de tempo muito quente e seco, o ano passado era a seca, passado uns meses deixamos de ter seca deixou-se de falar no assunto:

 

Davidmpb

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É assim ao contrário do que posso ser questionado, tenho apresentado dados para fundamentar as minhas opiniões, fala-se que teremos um decréscimo significativo de precipitação e que as secas serão mais frequentes, voilá, demonstrei aqui que quando houve as maiores secas não foram nos últimos 20,30 anos foram até em décadas em que nem sequer se discutia o aquecimento global .

Relativo ao que considero o exagero á mediatização do aquecimento global, deixo aqui uma reportagem da TVI 24 sobre alterações climáticas onde é referido por especialistas e de forma repetida pela jornalista quase como fosse um dado concreto e algo inevitável que Portugal vai virar Marrocos a nível climático, ou seja que teremos o clima identico ao do Norte de África, é bom referir para isso acontecer, ou seja, termos um clima identico á costa marroquina, teremos de ter uma subida média de 3º graus para todo o nosso territorio e termos uma redução de valores médios de precipitação mais de 50%, ou seja, e é isso que acho que é além de irresponsável, considero impossível de acontecer e dizem estas coisas com a maior naturalidade possível.
Uma coisa que noto é que estas reportagens, estas previsões quase apocalípticas ou muito drásticas surgem sempre quando vimos de tempo muito quente e seco, o ano passado era a seca, passado uns meses deixamos de ter seca deixou-se de falar no assunto:


Umas regiões serão sempre mais vulneráveis que outras. Falo concretamente mais no sul onde provavelmente as alterações serão mais significativas que no norte.
 

Topê

Nimbostratus
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4 Dez 2015
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Umas regiões serão sempre mais vulneráveis que outras. Falo concretamente mais no sul onde provavelmente as alterações serão mais significativas que no norte.

Não vejo dados objectivos para isso. Sinceramente e como entramos numa campo de analise que é meramente um exercício especulativo, eu não acredito nem há dados que o demonstrem que venha a existir problemas, alterações climáticas significativas enquanto andarmos por cá em todo o territorio português sul, norte, centro, oeste, interior,etc.
Por isso é que coloco isto no campo da crença tu és um beliver tens fé eu não tão simples como isto, agora não tentam impor a vossa fé aos outros como dogmas inquestionáveis.Para mim daqui a 60,70 anos se lá chegar teremos um Algarve com um clima de todo identico ou que tem actualmente, até lá espero assistir a mais uns eventos de neve a cotas baixas, a secas, a anos muito chuvosos, mas nada que altere uma caracterização climática ou uma tipologia climática, mais ou menos graus, vai ficar tudo muito idêntico.
Até porque como disse para uma tal mudança climática brusca ela já teria de estar em andamento, e isso não se comprova existem mudanças nas normas mas nada que sustente uma alteração do tipo de clima por exemplo.
O que infelizmente acho que vou assistir é de ano para ano a cada vez mais incêndios, porque vivemos numa sociedade corrupta, vivemos numa sociedade do caos, com jovens alienados, pessoas com problemas graves e a uma industria do Apocalipse por isso acho que vamos assistir cada vez a cada ano, verão mais quente a incêndios brutais. E como o clima português no Norte e Centro do pais é muito ingrato tem 10 meses chuvosos e depois dois meses muito quentes e secos, faz com que a vegetação se torne totalmente combustível se houver vontade dos humanos para que arde tudo, Portugal é o sitio ideal como é a costa Oeste da América do Norte para que hajam incêndios brutais, porque lá está ao contrário de Marrocos ou 80% do territorio espanhol nós cá temos um misto de vegetação e muita chuva durante 9,10 meses num ano interrompida por 2,3 meses muito secos e quentes o nosso pais é uma bomba incendiária e ai infelizmente como depende do homem acho que vamos assistir cada vez mais ao que assistimos este ano.
 
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Davidmpb

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Não vejo dados objectivos para isso. Sinceramente e como entramos numa campo de analise que é meramente um exercício especulativo, eu não acredito nem há dados que o demonstrem que venha a existir problemas, alterações climáticas significativas enquanto andarmos por cá em todo o territorio português sul, norte, centro, oeste, interior,etc.
Por isso é que coloco isto no campo da crença tu és um beliver tens fé eu não tão simples como isto.
Até porque como disse para uma tal mudança climática brusca ela já teria de estar em andamento, e isso não se comprova existem mudanças nas normas mas nada que sustente uma alteração do tipo de clima por exemplo.
Isto não é uma questão de fé, se for uma questão de fé vou para a igreja rezar ou vou a pé para Fátima.
é uma questão de fatos, estudos que são feitos e por observações minhas, com isto não estou a dizer que a temperatura vai aumentar 7ºc até 2100, apenas digo que para mim há uma tendência para os Verões serem mais quentes no geral, nada me garante que o verão para o ano vai ser diferente deste por exemplo.
Dou por encerrado este assunto porque por mais situações e coisas que possas mostrar e escrever a minha opinião não se vai alterar.
 

Topê

Nimbostratus
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Isto não é uma questão de fé, se for uma questão de fé vou para a igreja rezar ou vou a pé para Fátima.
é uma questão de fatos, estudos que são feitos e por observações minhas, com isto não estou a dizer que a temperatura vai aumentar 7ºc até 2100, apenas digo que para mim há uma tendência para os Verões serem mais quentes no geral, nada me garante que o verão para o ano vai ser diferente deste por exemplo.
Dou por encerrado este assunto porque por mais situações e coisas que possas mostrar e escrever a minha opinião não se vai alterar.

Para mim é uma questão de fé a Igreja também tem factos, bíblias.
Acho que ainda não percebeste bem o que quero dizer. O que está aqui em discussão e que eu me bato, não é o aquecimento global, como já disse aqui não nego evidências existe uma tendência para que a terra aqueça, o aquecimento global existe não o nego.
O que não compro, é que ajam mudanças climáticas de tipologias de clima ou alterações drásticas que ponham em causa o clima que nós conhecemos hoje num curto espaço de tempo até porque isso não é sequer mensurável em uma ou duas normas, por exemplo. Para mim no Algarve não vão deixar de haver laranjas, no Alentejo excelentes tintos, no Vale do Douro excelentes vinhos, o Litoral Norte chuvoso com meses a bater os 300mm ou mais. O clima será de todo igual ao que é actualmente.
Claro que ao mínimo ano seco, ou se tivermos um período de 2,3 anos secos entraremos numa histeria colectiva mediática é por isso que comparo isto á religião, tem pastores, profetas, livros, seguidores, Apocalipse, locais de culto, grupos mais fanáticos, que nem sequer têm o poder de encaixe de perceber que existem pessoas que não alinham etc,etc
Ainda estou á espera de mais uma década, duas décadas para ver se teremos sempre verões mais quentes,etc. Não é por entre 2000-2010 termos tido uma década de Verões quentes que vou já achar que será sempre assim.
 

Gerofil

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Variabilidade da temperatura média no Verão em Portugal Continental

temperatura_ver%25C3%25A3o.JPG


Variabilidade interanual da temperatura média anual em Portugal Continental

temperatura_anual.JPG




A comparação entre os gráficos afere uma elevada correlação directa entre o aumento da temperatura média anual em Portugal Continental e o aumento da temperatura média durante o Verão. Assim, à medida que os Verões se vão tornando mais quentes, quase implica um aumento da temperatura média anual, concluindo-se que o registo de Verões cada vez mais quentes tem contribuído para a ocorrência de temperaturas médias anuais cada mais elevadas.

Salienta-se também o facto de aumentos de temperatura se associarem à diminuição da precipitação.
 
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5 Jul 2011
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O que não compro, é que ajam mudanças climáticas de tipologias de clima ou alterações drásticas que ponham em causa o clima que nós conhecemos hoje num curto espaço de tempo até porque isso não é sequer mensurável em uma ou duas normas, por exemplo. Para mim no Algarve não vão deixar de haver laranjas, no Alentejo excelentes tintos, no Vale do Douro excelentes vinhos, o Litoral Norte chuvoso com meses a bater os 300mm ou mais. O clima será de todo igual ao que é actualmente.

Não é tão simples, faltando vários aspetos:

- Intensificação do anticiclone;

- Mudanças de posição do anticiclone (e das restantes circulações atmosféricas em larga escala):



- Efeito cumulativo das alterações meteorológicas regionais (aumento do deserto; redução dos glaciares, desflorestação...).

Globalmente pode não haver alterações marcantes mas pequenas alterações regionais, quando em grande número, inevitavelmente têm muito impacto.

1º relativo as grandes secas eis o IPAM refere:
https://www.ipma.pt/pt/educativa/tempo.clima/index.jsp?page=seca.causas.xml
Nada conveniente que as grandes secas tenham sido em períodos anteriores as previsões que determinam que o nosso clima cada vez será mais seco, é irónico que as grandes secas tenham sido nas décadas de 40 por exemplo, se tivéssemos um década com a de 40 novamente não sei o que aconteceria.

Também está lá escrito que...

As situações de seca são frequentes em Portugal Continental, com consequências desastrosas na agricultura e na pecuária, nos recursos hídricos e no bem-estar das populações, sendo de destacar, nos últimos 65 anos, os anos de seca com maior severidade: 1944/46, 1965, 1976, 1980/81, 1991/92, 1994/95 e 1998/99. Nomeadamente as regiões a Sul do Tejo são as mais vulneráveis, e as que têm sido mais afetadas.

O estudo que publiquei hoje da madrugada também não refere que a seca afetará todo o território de forma igual.
 
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Topê

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4 Dez 2015
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Não é tão simples, faltando vários aspetos:

-


Também está lá escrito que...



O estudo que publiquei hoje da madrugada também não refere que a seca afetará todo o território de forma igual.

Sim mas se interpretarmos correctamente o que o IPMA afirma quando diz "As situações de seca são frequentes em Portugal Continental, com consequências desastrosas na agricultura e na pecuária, nos recursos hídricos e no bem-estar das populações, sendo de destacar, nos últimos 65 anos, os anos de seca com maior severidade: 1944/46, 1965, 1976, 1980/81, 1991/92, 1994/95 e 1998/99. Nomeadamente as regiões a Sul do Tejo são as mais vulneráveis, e as que têm sido mais afetadas." é que o sul do Tejo é sempre e sempre será e sempre foi a região mais afectada pela seca, aliás o IPMA é bem claro pois até especifica os anos das secas e acrescente que são as regiões a sul do Tejo as mais vulneráveis, sempre foi assim e sempre será enquanto formos contemporâneos destes fenómenos.

Tenho sustentado as minhas posições, as projecções indicam "Ao calor pode juntar-se o espectro das secas. “Nas nossas simulações apanhamos pelo menos um episódio com dez anos de precipitação abaixo da média”, afirma Pedro Viterbo, do IPMA."
demonstrei simplesmente que :
"As situações de seca são frequentes em Portugal Continental, com consequências desastrosas na agricultura e na pecuária, nos recursos hídricos e no bem-estar das populações, sendo de destacar, nos últimos 65 anos, os anos de seca com maior severidade: 1944/46, 1965, 1976, 1980/81, 1991/92, 1994/95 e 1998/99"
Logo concluísse que as maiores secas nem se deram sequer nos tais últimos anos, desde que se abriu a caixa de Pandora cientifica do aquecimento global( que eu não nego).
 

Gerofil

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http://www.apda.pt/site/upload/Pedro_Viterbo.pdf

5 dos 10 anos mais secos em Portugal Continental registaram-se depois de 2001

Passando agora a análise da precipitação total anual no continente, é possível constatar que, a partir do início dos anos sessenta do século passado, a mesma tem vindo a registar valores cada vez mais baixos, encontrando-se nos do século XXI os valores mais baixos.

Relacionando a evolução da precipitação total anual com a temperatura média anual, conclui-se que a tendência em Portugal Continental segue dois parâmetros: aumento da temperatura média anual e redução da precipitação total anual. Com esta tendência, os períodos de seca tenderão a ser mais frequentes.

Nota: Tendo em conta o gráfico representado, o ano com maior défice de precipitação foi em 2005.

Consultando a área educativa do IPMA, constacta-se que os dados ali referidos reportam até ao ano de 2004, deixando de fora os anos seguintes em que se registaram os maiores défices de precipitação em Portugal Continental. Este facto cria a falsa ilusão de que a redução da precipitação média anual não ocorreu também ao longo dos últimos anos.

Por curiosidade refira-se que a seca mais longa em Portugal Continental ocorreu no litoral norte (Porto: Março de 1943 a Fevereiro de 1946).
 
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Gerofil

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Outro estudo com curiosidades interessantes:

"Verifica-se a ocorrência de um elevado número de secas em Beja, 28, seguido de Évora com 25, Porto com 23 e Lisboa com 21. Alguns episódios de seca destacam-se, não só pela sua duração, mas também pelo número de meses consecutivos em situação de seca severa e extrema.
Em termos de duração há a realçar:
• 1933 –1935 no Porto (26 meses), Lisboa (15 meses) e Beja (28 meses)
• 1943 – 1946 no Porto (38 meses), Lisboa (26 meses), Évora e Beja (29 meses)
• 1953 –1955 no Porto (25 meses), Évora (23 meses) e Beja (24 meses)
• 1973 – 1976 em Lisboa (28 meses) e Évora (18meses)
• 1979 – 1982 em Évora (33 meses)
• 1991 – 1992/3 em Lisboa e Beja (24 meses), Évora(18 meses)
• 1994 – 1995 em Lisboa (22 meses), Évora e Beja (20 meses)
• 2004 – 2006 em Beja, (33 meses), Évora, Lisboa e Porto (16 meses).
Em termos de intensidade (número de meses consecutivos
em seca severa ou extrema) são de realçar:
• 12 meses – Beja, 1943-1946 e 1994-95
• 11 meses – Beja, 1994-1995
• 10 meses – Beja e Porto, 2004-2006
• 9 meses
– Beja 1980-1981; Lisboa e Évora, 2004-2006

Verifica-se que as situações de seca de 1943-46, 1980--83, 1990-92 e 2004-06, são as que apresentam maior duração, com quase todo o território a apresentar mais de 18 meses em seca, sendo de destacar:
seca de 1943-46: 38 meses em Castelo Branco e no Porto; 30 meses em Portalegre;
seca de 1980-83: 39 meses em Alvega, 36 meses em Sagres, 35 meses em Faro;
seca de 1991-92: 34 meses em Penhas Douradas e Miranda do Douro com 30 meses;
seca de 2004-06: 36 meses em Braga, 35 meses em Amareleja e 33 em Beja.

Considerando apenas duas áreas do território, a Norte e Sul do rio Tejo, verifica-se que:
a) nas situações de seca de 1964-65, 1974-76 e 2004--06 as duas áreas foram de igual forma afectadas;
b) nas situações de seca de 1943-46, 1948-49 e 1990-92 foram mais afectadas as áreas a Norte
do rio Tejo, em particular na de 1943-46 com 72% de área afectada;
c) nas situações de seca de 1980-83, 1994-95 foram particularmente afectadas as áreas a Sul do rio
Tejo.

A destacar:
-Seca de 2004-06 foi a de maior extensão territorial (100% do território afectado), seguida pela de 1943-46 (92% do território);
-Seca 2004-06 foi a situação de seca mais intensa (meses consecutivos em seca severa e extrema) em termos de extensão territorial dos últimos 65 anos (100%);
-Maior frequência de situações de secas nos últimos 30 anos (depois de 1976) quando comparado com o período entre 1941-1975.

Fonte: RISCOS DE SECAS EM PORTUGAL CONTINENTAL (Vanda Cabrinha Pires, Instituto de Meteorologia, Divisão de Observação Meteorológica e Clima; Álvaro Silva, Instituto de Meteorologia, Divisão de Observação Meteorológica e Clima; Luisa Mendes, Instituto de Meteorologia, Divisão de Observação Meteorológica e Clima)

http://www.uc.pt/fluc/nicif/riscos/Documentacao/Territorium/T17_artg/04Territorium_27-34.pdf
 
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Gerofil

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21 Mar 2007
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Com as pesquisas que efectuei tendei deixar claro as tendências de evolução recente, tanto da temperatura como da precipitação em Portugal continental. A leitura das pesquisas que fiz vem exactamente na linha geral do aumento da temperatura média anual e da precipitação total no território de Portugal continental, e que as secas não são um fenómeno exclusivo ou predominante de uma região.

Fica clara a ideia de que o senso comum, a religião ou gostos pessoais de que alguns gostam nada têm a haver com a meteorologia e climatologia, enquanto conhecimento científico.
 

james

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16 Set 2011
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Viana Castelo(35 m)/Guimarães (150 m)
Também fica claro que secas ( muito) severas sempre existiram e Já existiam nos primeiros registos meteorológicos.

Nos últimos anos, muitas regiões, o que choveu a menos nuns anos equilibrou noutros, basta ver os registos do ipma.

Os primeiros anos deste ano foram extremamente chuvosos e não vi dar realce por aí além.

Este fórum está a ir por um caminho de fundamentalismo, de gente fascinada pelo aquecimento global, a debitar os dados que mais lhe convém.
Sinceramente, não me apetece continuar neste fórum, tendo em conta o rumo que está a tomar.
Cumprimentos.
 
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TiagoLC

Super Célula
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15 Jul 2015
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Carnaxide, Oeiras
Também fica claro que secas ( muito) severas sempre existiram e Já existiam nos primeiros registos meteorológicos.

Nos últimos anos, muitas regiões, o que choveu a menos nuns anos equilibrou noutros, basta ver os registos do ipma.

Os primeiros anos deste ano foram extremamente chuvosos e não vi dar realce por aí além.

Este fórum está a ir por um caminho de fundamentalismo, de gente fascinada pelo aquecimento global, a debitar os dados que mais lhe convém.
Sinceramente, não me apetece continuar neste fórum, tendo em conta o rumo que está a tomar.
Cumprimentos.
Que drama...
Não concordo com muita coisa neste fórum mas isso não é motivo pra deixar de seguir o que gosto. Não deixes o fórum.
 
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