A quinta em questão é o antigo Paço de Belas, onde muitos reis e rainhas residiram. Agora pertence a um proprietário privado. Tem uma história interessante, a quinta pertenceu a Diogo Lopes Pacheco, homem que esteve implicado no assassínio da famosa D. Inês de Castro. Quando D. Pedro I sobe ao trono, confisca todos os seus bens como forma de vingança, como a quinta de Belas, onde acabou mesmo por residir. Ao longo dos séculos foi sendo devolvida ao proprietário e ao mesmo tempo confiscada pela realeza(por sucessivas traições dos herdeiros), sendo também constantemente herdada e doada, muitas pessoas tiveram a quinta na sua posse (grande parte do tempo a realeza). No final da monarquia foi comprada e foi remodelada durante a ditadura. Até que chegou a revolução de 74, a quinta foi totalmente vandalizada e deixada ao abandono. Depois passou para mãos privadas, o proprietário tratou de recuperar por completo a quinta, sem qualquer tostão do governo. Não percebo o papel da câmara de Sintra nesta quinta, é triste. Se não fosse suficiente, depois entrou o betão. Uma enorme ponte cresceu sobre a quinta, a construção da CREL, que destruiu construções históricas e ignorou muitas. A anta de Belas (-3500 anos a.C), depois de abandonada durante séculos teve a sua desgraça após a construção da CREL: ficou partida em bocados. (provavelmente vandalismo). Outra que contínua abandonada e provavelmente num estado elevado de degradação é este obelisco:
Esconde-se debaixo da ponte, exatamente ao lado de onde as duas ribeiras se unem. Uma prenda para D. João VI. "Esconde-se" é o verbo certo visto que nem o governo nem a câmara de Sintra querem saber ou tentam não ver a história daquela quinta. Se nem sequer respeitam os monumentos megalíticos, quanto mais os que têm séculos...