Seguimento Meteorológico Livre 2017

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algarvio1980

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Não acredito, sem lestada vincada e essas temperaturas. :wacko:

Agora, as regiões que vão suar, são claramente, o Alentejo e o Algarve. A AEMET prevê para Ayamonte, 41ºC de máxima para 4ª feira (dia 12).

Tanto, que não existe lestada, que no Algarve, o vento está sempre de NW/N, nunca de E/SE. :unsure:

Querem ver, que vem aí uma torradeira maluca e ainda bate o recorde de 2004 em Faro. :D :huhlmao:
 
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Davidmpb

Super Célula
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"Situação gravíssima". Governo vai ativar "plano de contingência"
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TSF, o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, explica que além de ativar esta comissão, será ainda elaborado o plano de contingência para enfrentar a seca e evitar consequências mais graves a meio do verão.

"É preciso tomar medidas de contenção de consumos, criar regras e sobretudo alertar para a situação gravíssima que estamos a viver", afirma Carlos Martins.

No final de junho, cerca de 80% do território estava em seca severa ou extrema e 18 das 60 barragens do Continente iniciaram o verão com menos de metade da água que conseguem armazenar.
"De uma forma geral no país há motivos de preocupação e sobretudo na Bacia do rio Sado o caso já é mesmo muito preocupante", admite o secretário de Estado, em declarações à TSF.

De acordo com a TSF, vários concelhos do Alentejo e da Beira Interior podem chegar a agosto sem água para a população e, como tal, o Governo quer que nas autarquias mais afetadas se comecem a procurar ou reativar antigos furos de água que substituam o abastecimento que atualmente é feito, mas também que os municípios parem de regar espaços verdes.

O secretário de Estado do Ambiente sublinha que é preciso definir prioridades e acrescenta: "ninguém iria perceber que andássemos a regar rotundas numa altura em que há restrições de abastecimento à população ou ao gado. As rotundas não ficam com a mesma beleza... mas não são prioritárias".

Carlos Martins afirma que o governo vai "fazer rapidamente um plano de contingência para enfrentar a seca e evitar consequências mais graves a meio do verão".

As autarquias mais afetadas devem, segundo o secretário de Estado do Ambiente, "procurar ou reativar antigos furos de água" e parar de "regar espaços verdes."
O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, diz que "é preciso alertar para a situação gravíssima que estamos a viver".
Carlos Martins revela que há uma zona da Beira Interior que "pode chegar a Agosto sem água para as populações".
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Segundo o boletim climatológico de Junho, no final do mês passado cerca de 80% do território estava em seca severa (72,3%) ou extrema (7,3%).

De acordo com o índice meteorológico de seca (que tem em conta os dados da quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo), a 30 de junho mantinha-se a situação de seca meteorológica em quase todo o território de Portugal continental, verificando-se, em relação a 31 de maio, um agravamento da intensidade da seca.

Depois de um inverno com pouca chuva, a primavera também foi muito quente, seca e com uma chuva que apenas correspondeu a 75% do valor médio histórico para estes meses do ano.

A primavera deste ano foi a terceira mais quente desde 1931, revela o último boletim climatológico sazonal do IPMA, que dá conta de um aumento significativo da seca, especialmente nas regiões do Norte e Centro do continente.

De acordo com o IPMA, a temperatura média do trimestre (março, abril e maio) foi superior ao normal e o valor da temperatura máxima do ar foi o segundo mais alto desde 1931.

No que diz respeito à precipitação, o IPMA indica que o valor médio no trimestre foi inferior ao valor médio correspondendo a 75% do valor normal.
http://www.dn.pt/sociedade/interior...e-seca-severa-e-extrema-em-junho-8619362.html
 

rmsg

Cumulus
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26 Fev 2016
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É uma diferença do GFS para os restantes!
 

Shiver

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7 Jul 2017
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Não é mentira não senhor. Fui em trabalho com uns colegas e era extremamente penoso andar na rua... Mesmo dentro dos edifícios era muito complicado trabalhar.

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Os records absolutos para o Baltico e Filandia variam entre os 36º38º graus, para Portugal é de 47º graus, se retirarmos esse valor da Amareleja o record baixa para os 46º, ou seja a diferença é de 10º de graus se analisarmos algumas regiões como por exemplo o litoral norte que deve ter o record absoluto de 43º,42º graus a diferença é ainda menor. Por estranho que pareça para alguns, a grande diferença entre os climas continentais e temperados frios para com o nosso clima temperado mediterrâneo não reside tanto nos records de calor mas sim de frio, ou seja, o record de temperatura mínima do Báltico ou da Finlândia deverá andar á volta dos 40º,51º ou até mais graus negativos ou mais, cá no interior os records andam á volta dos -10,-12,-13 negativos no interior trasmontano, -16 salvo erro nas Penhas da Saude, ou seja a diferença entre os records de frio são muito maiores que no que respeita ao calor. Em relação ao que o colega afirma dos 45º graus não há registos é obvio, o estranho é que também não existem registos de dos 50º graus de cá do burgo mas á de quem os ponha em causa. É uma questão de critério.
No Litoral Norte os 36º graus também não são assim tão frequentes porque se fossem a media das maximas não era de 27º ou 25º graus mas sim de 30º graus ou mais.
 

Shiver

Cirrus
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7 Jul 2017
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O facto de ter feito uma onda de calor em Junho excepcional determina que o padrão do Verão seja todo ele tórrido( como foi prometido na comunicação social)? Em Janeiro deste ano devido as mesmas razões pelo qual aquecemos tivemos temperaturas de 5,6,7º graus negativos no Litoral Alentejano ou no Litoral centro, esse evento determinou todo o Inverno? Não, o Inverno possivelmente acabou até com uma anomalia positiva de temperaturas. Ou seja o facto de termos tido uma onda de calor em Junho pouco ou nada determina no que respeita ao comportamento atmosférico do Verão.

Se me perguntam a mim, o que determina o calor extremo em Portugal são as lestadas, o ano passado e inicio deste ano tivemos um sufoco desses eventos tanto no Verão no Inverno, essa tendência tem-se mantido, porem já a vi mais imperial, pujante, vejo agora outro tipo de circulação e a verdade é que o inicio do mês de Julho e o final do mês de junho trouxe o inverso tempo fresco e alguma instabilidade, isso não significa que não as venhamos a ter, e que de repente o Verão não se torne tórrido o que acho é que não é por o ano passado ter sido assim e em Junho ter feito a onda de calor que fez, que tenha-se logo de decretar um Verão quente como fosse um Facto Indiscutível aqui ou na CS ou até em meios académico . Gostaria um dia que alguém me explicasse o peso que o aquecimento global tem nas lestadas, para mim é somente algo aleatório.
 

jonas_87

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11 Mar 2012
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.
A lestada em Portugal tem estado mais pujante do que nunca e não falo exclusivamente em máximas, falo em temperaturas altissimas tendo em conta as horas do dia. Ainda no outro dia a malta do litoral Norte tinha temperaturas de 30 graus, já ia noite dentro.Existem membros do fórum, que conseguiram registar mínimas tropicais em locais de forte inversão térmica,o que é incrível!Estas constantes lestadas deste calibre fazem m impressão, confesso.
 
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Cumulus
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31 Out 2016
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Atenção que a carta já era da TMAX, não das 15h, portanto os 48º eram mesmo a máxima do dia naquela louca previsão.

Obviamente que dificilmente se concretiza, é uma carta bastante "irreal" em termos de sinóptica. Muito dificilmente se conjugariam todos as peças do puzzle para tal ocorrer.
Claro que andamos num padrão de cut-offs misturado com dorsais tropicais intensas, portanto são as 2 principais peças para termos iso's muito elevadas e ocasionalmente coincidentes com lestadas que quebram as brisas, como no fatídico dia dos incêndios, portanto impossíveis não são, mas altamente improváveis. Cartas como a daquele dia, ou como 1 Agosto 2003, ou como essa da saída louca do GFS acontecem 1x numa década, ou menos ainda...

Ainda assim, relativamente aos valores, não sei até que ponto são assim tão exagerados. Por várias vezes pensámos isso ao ver valores na ordem dos 45º no GFS (inclusivamente no passado dia de Junho dos incêndios) em que "gozámos" com as cartas dos 45/46º. E na verdade não foram longe da realidade. Talvez não tão generalizados, mas a verdade é que ocorreram mesmo valores dessa ordem...

Quero com isto dizer... Que talvez a física e valores estimados pelo GFS em cartas delirantes como estas não sejam assim tão exagerados, e que se as cartas previstas nessa saída ocorressem (caso por uma conjunção altamente improvável a sinóptica viesse a ser mesmo essa), até fosse realmente possível chegar a valores de temperatura perto disso. A questão é mesmo é da sinóptica prevista ser altamente improvável, e portanto felizmente uma resposta da temperatura dessa ordem não ser nada expectável. Ehehehe..

Tem razão, my bad, não reparei que era o produto das máximas nas últimas horas na carta, e não da hora.
De qualquer forma, referia-me a isto:

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Era uma carta muito irreal, não me recordo de algo do género

E entretanto já repararam que o GFS começou a acalmar, mas aposto que os freaks dos extremos não vem aqui divulgar
 
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Orion

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5 Jul 2011
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Gostaria um dia que alguém me explicasse o peso que o aquecimento global tem nas lestadas, para mim é somente algo aleatório.

Boa pergunta.

https://www.researchgate.net/public...MJFzhGutjJ17WoVag5eWWi_yT5WUvqmg_L1s-585G10Bg
http://escolanaval.marinha.pt/pt/investigacao_web/repositorio_web/Artigos Cientificos/The impact of climate change on the Iberian low-level_Semedo, ÁLVARO MILHO.pdf

Eu, humilde ignorante na matéria em geral e com poucos conhecimentos em climatologia de PT continental, especulo que isso estará relacionado com a intensidade e posição do anticiclone. Em teoria o AG deslocará/expandirá o anticiclone para leste/nordeste podendo isto promover mais episódios de lestada significativa mediante a interação com a depressão térmica. Claro que a eventual intensificação da nortada protegeria até certo ponto o litoral mas decerto haveriam dias mais quentes.

Se me perguntam a mim, o que determina o calor extremo em Portugal são as lestadas, o ano passado e inicio deste ano tivemos um sufoco desses eventos tanto no Verão no Inverno, essa tendência tem-se mantido, porem já a vi mais imperial, pujante, vejo agora outro tipo de circulação e a verdade é que o inicio do mês de Julho e o final do mês de junho trouxe o inverso tempo fresco e alguma instabilidade, isso não significa que não as venhamos a ter, e que de repente o Verão não se torne tórrido o que acho é que não é por o ano passado ter sido assim e em Junho ter feito a onda de calor que fez, que tenha-se logo de decretar um Verão quente como fosse um Facto Indiscutível aqui ou na CS ou até em meios académico .

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A complexidade dificulta a transmissão da mensagem e as pessoas preferem simplicidade. Isto aplica-se a tudo. Desde eleições até à CS.

Este tipo de coisas não é (nem vai ser) linear nem o sistema Terra é determinado por poucas variáveis. Basta haver alguma erupção vulcânica mais significativa para a relação entre o CO2 e a temperatura terrestre passar de uma causalidade para uma correlação (imperfeita). Isto facilita a tarefa dos céticos. Decerto haverão ainda alguns anos frescos e chuvosos pela frente em PT.

Tentar convencer que um determinado evento (mega-secas na Europa por exemplo) passará a ocorrer 2 vezes por milénio em vez de 1 é pura perda de tempo. Daí que se faça o fearmongering com todo e qualquer evento mais significativo. É compreensível porque neste tópico é impossível ter certezas absolutas e a meteorologia afeta todos sem exceção (independentemente das alterações). Um bom exemplo disso está relacionada com a tentativa de relacionar o AG com o número/intensidade de furacões que até agora tem sido um desastre. Para o típico americano que viu nos últimos anos poucos landfalls, o AG até que traz coisas boas. Como é infelizmente habitual, a resposta é complexa.

https://weather.com/storms/hurricane/news/hurricane-drought-gulf-of-mexico
https://www.usatoday.com/story/weather/2017/01/04/buffer-zone-hurricanes-wind-shear/96159510/
 
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Orion

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Outro exemplo:

Temperatures reached peak night levels during the period from Wednesday night through to Thursday morning. The meteorological station’s thermometer recorded a temperature of 23.9°C at 6 a.m. this morning. This came at the end of the hottest night for any June, since records began in 1901. The previous record dates back to June 27th, 1976. The RTBF says that the temperature was then 20.5°C.

The last June heatwave recorded dates back to 2006. In 1976, Belgium saw the longest heatwave ever recorded. Back then temperatures reached more than 30 degrees Celsius during a period of 17 days in a row.

A onda de calor mais longa foi em 1976 mas o recorde de noite mais quente de Junho foi batido em 2017 e ultrapassou o de '76. Neste caso houve mais intensidade do que duração. O que é que foi mais severo? O episódio de '76 ou o de '17?

Temperaturas sem precedentes na ocupação humana da Bélgica? Não se sabe e tal é improvável. Isto de AG é um jogo de probabilidades quando se exclui as teorias absurdas que advogam que a Terra se vai tornar em Vénus 2.0. Tal asneira não considera muitos outros fatores e limitações tecnológicas, económicas e ambientais de difícil conceptualização e previsão.

As alterações climáticas têm efeitos diretos e indiretos e, em parte, é indiferente se são naturais ou antropogénicas. E se o planeta estivesse rapidamente a arrefecer? Quais seriam as consequências? Haveriam muitas e nem todas seriam boas.
 
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Davidmpb

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Governo em alerta com seca na Beira Interior e Alentejo. Vai ser activada Comissão de Prevenção
mw-860

NICOLAS ASFOURI/GETTY

O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, admitiu que se não forem tomadas medidas de imediato, alguns concelhos poderão chegar a agosto sem água para as suas populações


O calor é o paraíso de uns, o inferno de outros. Quanto mais a sul do país, maior a escassez de água. O alerta foi dado: Vários concelhos do Alentejo e da Beira Interior podem chegar a agosto sem água para a população. De acordo com números do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, no final de junho cerca de 80% do território nacional estava em seca severa ou extrema; das 60 barragens que há pelo país, 18 iniciaram o verão com menos de metade da água que conseguem armazenar.

O Governo está em preocupado e vai de imediato ativar a Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, criada há pouco mais de um mês pelo Conselho de Ministros. A identificação concreta dos concelhos com mais problemas ainda não está feita, mas o Governo vai já passar ao terreno.

“De uma forma geral no país há motivos de preocupação e sobretudo na Bacia do rio Sado o caso já é mesmo muito preocupante”, admitiu o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, em entrevista à “TSF” esta sexta-feira.

As dez albufeiras do Sado têm todas as suas reservas de água abaixo dos 40%. Em algumas o valor ronda mesmo os 20%, aponta “TSF”.

Segundo o governante, “é preciso tomar medidas de contenção de consumos, criar regras e sobretudo alertar para a situação gravíssima que estamos a viver”.

Carlos Martins admite que se não foram tomadas medidas de imediato, alguns concelhos poderão chegar a agosto sem água para as suas populações.

Na próxima semana, o Governo irá dar início a reuniões com agricultores, responsáveis pela gestão das albufeiras e os municípios que se prevê que tenham mais problemas no abastecimento de água nos próximos meses.
http://expresso.sapo.pt/revista-de-...entejo.-Vai-ser-ativada-Comissao-de-Prevencao
 

algarvio1980

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21 Mai 2007
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Olhão (24 m)
Falar de seca, numa região que tem a maior albufeira da Europa e com água para dar e vender, é mesmo um país de anedotas. :huhlmao::wacko:

Construíram uma barragem para criação de peixes, porque, tudo o resto, foi esquecido, as ligações a todas as barragens do Alentejo, se isto, não é um país de "inteligentes", é de quê?
 

dahon

Nimbostratus
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1 Mar 2009
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Não estando sequer a comparar com a situação de seca do sul do país ou do nordeste transmontano, mas sim fazendo um relato. Tenho o caso dos meus avós que neste momento os poços da quinta estão ao nivel de finais de Agosto inicio de Setembro, basicamente toda a plantação de milho está em risco. Para quem faz agricultura digamos de auto-consumo ou subsistência este ano vai ser muito complicado.
 
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