Biodiversidade



luismeteo3

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Bactéria que destrói oliveiras vai afetar Portugal
2 out 2017 14:57
MadreMedia / Lusa

O presidente da direção da Olivum - Associação de Olivicultores do Sul disse hoje à Lusa que não tem dúvidas de que a bactéria “xylella fastidiosa”, que destrói várias plantas e árvores, como oliveiras, vai afetar o olival português.


“Não tenho dúvida de que (…), tendo-se alastrado, nos últimos quatro anos, a países da Europa, chegará, mais tarde ou mais cedo a Portugal, portanto, temos que estar preventivos, para pode travar o avanço dessa bactéria”, afirmou João Cortez de Lobão, na véspera das IV Jornadas Olivum, nas quais a associação vai debater, em Beja, as principais medidas para travar a bactéria, bem como o planeamento do olival.

João Cortez de Lobão disse também que é necessário que sejam implementadas medidas que obriguem os olivicultores a informar, assim que desconfiarem que uma árvore está infetada, de modo a que as autoridades possam controlar a zona e travar o contágio.

“A verdade é que, quando ela afeta, a árvore morre, não há solução”, vincou.

Questionado sobre a possibilidade da chegada da bactéria poder afetar economicamente os agricultores portugueses, num ano marcado pela seca severa em algumas zonas do território, o presidente da associação de olivicultores afirmou que os terrenos atingidos com a falta de água são mais permeáveis a quaisquer doenças e acrescentou que os agricultores ficarão numa situação ainda mais fragilizada.

O representante da Olivum indicou que outro desafio que o setor enfrenta é o planeamento do olival, tendo em conta os investimentos aplicados pelos proprietários.

“Uma das preocupações é o tipo de agricultura que as autoridades e os Governos querem para Portugal”, uma vez que “é importante que os agentes económicos, neste caso os olivicultores, saibam que não têm ninguém contra as suas iniciativas”, sublinhou.

No que se refere às perspetivas do setor, para os próximos anos, João Cortez de Lobão destaca o aumento do preço do azeite e possibilidade de se verificar uma subida no consumo mundial.

“O preço do azeite está relativamente alto em relação à média dos últimos dez anos. Por outro lado, o consumo mundial tem tendência a aumentar e Portugal tem condições ímpares para poder ser um produtor de referência de azeitona para azeite”, disse à Lusa.


Porém, o presidente da direção Olivum alerta para que é necessário produzir a um preço muito competitivo, para que outro país não seja concorrente direto de Portugal.

A Associação de Olivicultores do Sul, que emprega mais de 1.000 funcionários, representa 30 mil hectares de olival e produz cerca de 90% da azeitona de mesa em Portugal e 70% da azeitona para azeite.

Segundo a Direcção-Geral de Veterinária (DGAV), a "xylella fastidiosa" é uma bactéria que "ataca uma vasta gama de espécies vegetais", como plantasornamentais e árvores, como oliveiras, videiras, amendoeiras e sobreiro, e é "um dos principais problemas fitossanitários emergentes das últimas décadas".

A bactéria, que ficou "por muito tempo" confinada ao continente americano, foi detetada pela primeira vez na Europa em 2013, em oliveiras adultas, na região de Apúlia, em Itália, onde "devastou uma extensa área de olival".

Em 2015, foram detetados focos em plantas ornamentais na Córsega e no sul de França e, em 2016, em plantas de aloendro na Alemanha e em plantas de cerejeiras num viveiro nas Ilhas Baleares, em Espanha.

O mais recente caso de presença da bactéria na Europa foi confirmado em junho num pomar de amendoeiras em Alicante, na região de Valência, em Espanha, tratando-se da primeira deteção no território continental espanhol.

Nas IV Jornadas Olivum estarão presentes representantes da direção-geral de alimentação e veterinária, da Casa do Azeite e da direção-geral de saúde da produção agrária, de Espanha.
http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/bacteria-que-destroi-oliveiras-vai-afetar-portugal
 
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frederico

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Afectadas ja andam ha bastante tempo. As novas geracoes estao-se nas tintas e querem dinheiro rapido. Novos valores... o sotavento algarvio tinha inumeras oliveiras centanarias, e alfarrobeiras monumentais. Ha uns anos comecaram a vender as oliveiras centenarias, que sao depois levadas para jardins de Espanha ou de paises muculmanos. Depois voltou a moda das lareiras a lenha, e comecaram a fazer podas assassinas. Agora com "moda" das estufas e das culturas de abacate, arrasam tudo nas limpezas (na realidade fazem-no por ignorancia pois para colocar um pomar de citrinos ou de outra arvore de fruto podem ser preservadas as arvores de maior valor, o meu avo tinha nogueiras antigas num pomar de laranjeiras e nunca as cortou nem podou so para por mais meia duzia de laranjeiras).
 
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Boas... É um grilo.

O grilo é um "bicho" muito interessante pois, o seu barulho é bem audível, mas nem sempre se consegue detectar a sua presença, ou quando chegamos mais perto, ele simplesmente se cala.


 
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luismeteo3

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O grilo é um "bicho" muito interessante pois, o seu barulho é bem audível, mas nem sempre se consegue detectar a sua presença, ou quando chegamos mais perto, ele simplesmente se cala.
Apanhei tantos em criança... tínhamos de chegar perto deles muito devagarinho e quando se calavam parava-mos até os conseguir apanhar. No fim ficavam numa gaiolinha própria a comer alface... :D
 

frederico

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Lamentavelmente nao me espanta que aconteca isso com as aguias ou que tenha falecido o lince perto do Pereiro, em Alcoutim. Sempre fui muito ceptico em relacao a criacao de reservas de casa turisticas em Portugal. No meio do interior nao ha vigilancia, cada um faz o que quer. E os donos das herdades querem lucros, e os predadores sao vistos como concorrentes que matam a caca. Talvez seja hora de mudar a legislacao...
 

Pedro1993

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Correr sobre quatro milhões de toneladas de resíduos

A paisagem é praticamente idílica. O trilho corre ao longo de um rio ainda riacho, com degraus feitos das pedras de antanhos, grandes, há um magnífico moinho parado nos séculos, pássaros. Do outro lado, sobe às alturas quase mais altas da zona envolvente e atira as vistas para lá da cintura suburbana do Porto, quase até ao Douro não estivesse ele escondido atrás da cidade, lá no horizonte, há mesas e bancos de jardins, parques infantis, um minigolfe a meia altitude e, ó alegria, um burro, um cavalo ou dois e uma manada de ovelhas a tratar da manutenção da encosta.

Só olhando para baixo se vislumbra a realidade. No sopé da colina, a arranjada e imensa unidade fabril da Lipor revela ao que vamos: trata-se de percorrer, as vezes que for preciso, um circuito de quatro quilómetros sobre 30 anos de lixo acumulado, mais de quatro milhões de toneladas de resíduos, uma montanha que cresceu, lenta, entre Ermesinde e Gondomar, entre a Formiga e a Linha do Norte, entre o desespero dos vizinhos e o ter que ser, entre um rio Tinto moribundo e entubado para fins de desenvolvimento urbano.


https://www.jn.pt/desporto/especial...milhoes-de-toneladas-de-residuos-8840567.html
 
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Pedro1993

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Pois, o Tejo com a pouca água que leva, e mesmo assim essa pouca está toda poluida por tantas descargas que traz desde que entre em Portugal. até chegar á sua foz, desta maneira não deve ser fácil ser peixe nestas águas.
Ainda hoje foi uma manifestação em Lisboa, no Terreiro do Paço.







Dia 14 de outubro de 2017 Barragem do Fratel, milhares de peixes mortos.