Aquecimento Global

luismeteo3

Furacão
Registo
14 Dez 2015
Mensagens
17,112
Local
Fatima (320m)
Novas descobertas: aquecimento global pode estar num estado muito mais avançado do que o estimado
Cátia Borrego
11:47
Os investigadores do novo estudo acreditam que os cientistas têm estado a negligenciar processos cruciais, quando calcularam a temperatura do mar de há milhões de anos.

Um novo estudo elaborado por cientistas revela que o aquecimento global pode estar numa fase muito mais avançada do que esperado. Segundo o relatório, a forma como os cientistas estudaram a temperatura das águas até pode ter estado errada, sugerindo que tudo o que sabemos até ao momento sobre este fenómeno pode estar completamente ultrapassado.

As novas descobertas sugerem que os oceanos, há centenas de milhões de anos, eram muito mais frios do que se pensava. Se isso for verdade, significa que o fenómeno de aquecimento global de hoje é inigualável aos últimos 100 milhões de anos, e muito pior do que anteriormente calculado.

Até agora, os cientistas acreditavam que a água dos oceanos de há 100 milhões de anos era 15 graus Celsius mais quentes do que é hoje. Mas as temperaturas podem ter permanecido relativamente estáveis – piorando a situação vivida hoje, de acordo com o estudo publicado no conceituado jornal científico Nature Communication. As águas da superfície do mar estão aproximadamente um grau mais quentes agora do que há 140 anos.

“Se estivermos certos, o nosso estudo desafia décadas de pesquisa paleoclimática”, disse Anders Meibom, diretor do Laboratório de Geoquímica Biológica da Escola Politécnica Federal de Lausana.

“Os oceanos cobrem 70% do nosso planeta, e desempenham um papel fundamental no clima da Terra. Conhecer como é que as temperaturas variaram ao longo do tempo geológico é crucial se quisermos entender melhor como se comportam, para prevermos as consequências das mudanças climáticas atuais com mais precisão”.

Os investigadores deste estudo acreditam que os cientistas têm estado a negligenciar processos cruciais, quando calcularam a temperatura do mar de há milhões de anos.

Até agora, os cientistas calcularam a temperatura dos mares antigos ao olhar para os foraminíferos – fósseis de pequenos organismos marinhos encontrados no fundo do oceano. Estes formam pequenas conchas e assumem um isótopo de oxigénio a mais ou a menos, dependendo de quão quente a água é, de modo que, observando o teor de oxigénio, é possível estimar a temperatura quando estes fósseis estavam por perto.

As novas descobertas provam, no entanto, que a quantidade de oxigénio nos fósseis não permanece constante ao longo do tempo. A nova investigação mostrou que eles podem mudar – e sem deixar rastos visíveis que alertaria os cientistas sobre essa mudança.

“O que pareciam ser fósseis perfeitamente preservados não o são, de facto. Isso significa que as estimativas feitas até agora estão incorretas”, explicou Sylvain Bernard, investigador do Instituto de Mineralogia, Física de Materiais e Cosmoquímica, com sede em Paris e autor principal do estudo.

Os investigadores franceses e suíços, responsáveis pelo estudo, já estão a trabalhar para tentar perceber qual é o verdadeiro veredicto. “Para rever as paleotemperaturas do oceano agora precisamos quantificar cuidadosamente esse reequilíbrio, que foi negligenciado por muito tempo. Para isso, temos que trabalhar em outros tipos de organismos marinhos para que possamos entender claramente os fenómenos”, disse o professor Meibom.
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/...-muito-mais-avancado-do-que-o-estimado-225697
 
  • Gosto
Reactions: Micael Gonçalves


luismeteo3

Furacão
Registo
14 Dez 2015
Mensagens
17,112
Local
Fatima (320m)
From Science News:

As ice retreats, frozen mosses emerge to tell climate change tale

SEATTLE — Some mosses in the eastern Canadian Arctic, long entombed in ice, are now emerging into the sunlight. And the radiocarbon ages of those plants suggest that summertime temperatures in the region are the warmest they’ve been in tens of thousands of years.

As the planet warms and the ice retreats on Canada’s Baffin Island, the change is revealing plants long buried beneath the ice. And in some locations, the emerging plants last saw the sun at least 45,000 years ago — and possibly as much as 115,000 years ago. Paleoclimatologist Gifford Miller of the University of Colorado Boulder reported the finding October 22 at the Geological Society of America’s annual meeting. “We were stunned,” Miller said.

Miller’s team has collected an impressive number of samples and their findings are very compelling, said geomorphologist Lee Corbett of the University of Vermont in Burlington, who was not involved in the study. “It truly is an indication that humans are pushing the climate into a new regime, one that modern, agriculture-based civilizations have never witnessed.”

[...]

Originally, the researchers expected to find plants dating to medieval times, which would have suggested that the region is the warmest it’s been since the Middle Ages. But finding 3,700-year-old plants was a surprise, Miller said. And “we never anticipated we’d find plants 40,000 years old,” he added. “It’s a bit spooky because it provides quantitative evidence that the magnitude of summer warmth is already sufficient to melt all ice in the eastern Canadian Arctic. It’s just a matter of time now.”
 

luismeteo3

Furacão
Registo
14 Dez 2015
Mensagens
17,112
Local
Fatima (320m)
A agência norte-americana para o espaço e a aeronáutica (NASA) confirma que o buraco da camada de ozono sobre a Antártida encolheu para o menor tamanho desde 1988.

O buraco na camada protectora de ozono da Terra atingiu o seu máximo a 11 de Setembro: atingiu 19,6 milhões de quilómetros quadrados.

Um cientista da NASA, Paul Newman, afirmou que as condições tempestuosas na atmosfera superior aqueceram o ar e impediram que os químicos cloro e bromo 'comessem' o ozono.

Newman afirmou que estas são boas notícias e adiantou que a baixa verificada este ano tem causas naturais, mas que está no topo de melhorias pequenas mas contínuas, resultantes provavelmente de um tratado de 1987 que limitou a produção e consumo de substâncias químicas destruidoras do ozono.

O ozono é uma combinação de três átomos de oxigénio. A camada de ozono protege a Terra dos raios ultravioletas que provocam cancro da pele, danos em colheitas e outros problemas.
 

The Weatherman

Cumulus
Registo
10 Fev 2009
Mensagens
455
Local
Braga
A agência norte-americana para o espaço e a aeronáutica (NASA) confirma que o buraco da camada de ozono sobre a Antártida encolheu para o menor tamanho desde 1988.

O buraco na camada protectora de ozono da Terra atingiu o seu máximo a 11 de Setembro: atingiu 19,6 milhões de quilómetros quadrados.

Um cientista da NASA, Paul Newman, afirmou que as condições tempestuosas na atmosfera superior aqueceram o ar e impediram que os químicos cloro e bromo 'comessem' o ozono.

Newman afirmou que estas são boas notícias e adiantou que a baixa verificada este ano tem causas naturais, mas que está no topo de melhorias pequenas mas contínuas, resultantes provavelmente de um tratado de 1987 que limitou a produção e consumo de substâncias químicas destruidoras do ozono.

O ozono é uma combinação de três átomos de oxigénio. A camada de ozono protege a Terra dos raios ultravioletas que provocam cancro da pele, danos em colheitas e outros problemas.

A redução drástica da utilização de CFC's a dar resultado. O aumento dramático da quantidade de CO2 na atmosfera é neste momento a principal dor de cabeça.
 

The Weatherman

Cumulus
Registo
10 Fev 2009
Mensagens
455
Local
Braga
Não é tão linear assim mas quem sabe? O AG também pode trazer vários benefícios (para a terra) que ainda não conseguimos perceber. Talvez a extinção da espécie humana seja um deles.:D
 

Orion

Furacão
Registo
5 Jul 2011
Mensagens
21,644
Local
Açores
Um cientista da NASA, Paul Newman, afirmou que as condições tempestuosas na atmosfera superior aqueceram o ar e impediram que os químicos cloro e bromo 'comessem' o ozono.

O mesmo aplica-se ao PN.

ystEgYhl.png


O degelo permite o aparecimento de mais plantas que absorvem CO2. Em condições normais, este é um mecanismo natural de equilíbrio. Contudo, as emissões são superiores ao que o mundo natural absorve e a desflorestação em massa pouco ajuda.
 
  • Gosto
Reactions: guisilva5000

The Weatherman

Cumulus
Registo
10 Fev 2009
Mensagens
455
Local
Braga
O degelo (do permafrost) só vai contribuir com mais CO2 e Metano.

https://www.nytimes.com/interactive/2017/08/23/climate/alaska-permafrost-thawing.html

Worldwide, permafrost is thought to contain about twice as much carbon as is currently in the atmosphere.

Once this ancient organic material thaws, microbes convert some of it to carbon dioxide and methane, which can flow into the atmosphere and cause even more warming. Scientists have estimated that the process of permafrost thawing could contribute as much as 1.7 degrees Fahrenheit to global warming over the next several centuries, independent of what society does to reduce emissions from burning fossil fuels and other activities.


BEGLhcp.jpg
 
Última edição:
  • Gosto
Reactions: luismeteo3

The Weatherman

Cumulus
Registo
10 Fev 2009
Mensagens
455
Local
Braga

Uma coisa não invalida a outra. As emissões serão sempre superiores na fase de degelo devido às enormes quantidades armazenadas de gases como o metano e CO2.

Um dos grandes perigos subestimados do degelo é este -> http://www.businessinsider.com/ancient-giant-viruses-waking-up-ice-2017-5

Não se faz a mínima ideia do que está congelado.

Concordo. Alguns cientistas inclusive alertam para o aparecimento de novas doenças.
 
  • Gosto
Reactions: luismeteo3

The Weatherman

Cumulus
Registo
10 Fev 2009
Mensagens
455
Local
Braga
Um paper interessante sobre o permafrost

http://iopscience.iop.org/article/10.1088/1748-9326/9/8/085003/meta

"Permafrost soils contain ~1700 gigatonnes (Gt) of carbon in the form of frozen organic matter, nearly twice as much carbon than is currently in the atmosphere (Tarnocai et al2009). Half of the frozen organic matter lies in the top 3 m of permafrost and the rest is in highly localized deposits that can extend down to 30 m depth (Tarnocai et al2009). Plant remains and other organic material was buried and frozen into permafrost during or since the last ice age by dust deposition, sedimentation in flood plains and peat development on time scales of decades to millennia (Zimov et al2006a, 2006b, Schuur et al2008)."

KDJenB7.jpg