Biodiversidade



Davidmpb

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Manto de espuma "dantesco" cobre Tejo em Abrantes
25 jan, 2018 - 08:33

Ambientalistas descrevem mais "um dia negro para a história da poluição no rio Tejo". Dirigente do proTEJO deixa apelo ao Presidente e fala em "novas acções de protesto".

Foto: Movimento proTEJO/ Facebook

Um manto de espuma branca com cerca de meio metro cobriu o rio Tejo na zona de Abrantes, junto à queda de água do açude insuflável, num cenário descrito como "dantesco" pelo proTEJO e como "assustador" pelo município.

"Ando nisto há mais de três anos e este é um cenário dantesco e nunca visto", disse à agência Lusa Arlindo Marques, dirigente do Movimento pelo Tejo - proTEJO, que neste período tem registado e denunciado episódios de poluição no rio, partilhando-os na internet.

O ambientalista sublinhou que a "água castanha" e o "manto de espuma da morte" que cobria na quarta-feira uma extensa parte das águas na zona de Abrantes (distrito de Santarém) constituíam "um dos piores cenários" jamais registados neste troço do maior rio ibérico.

"Parece o cenário de um filme, tanta espuma que mal deixa ver a água", sublinhou, lamentando a continuação de "gravíssimos problemas ambientais, sociais e económicos".

O ambientalista destacou "a indignação e o desespero dos pescadores" e de outros sectores de atividade, referindo que, com as águas nestas condições, os peixes não vão entrar no estuário e subir o Tejo.

"Não há peixe que sobreviva a isto e os pescadores, os restaurantes e outros setores do turismo acumulam prejuízos e antecipam mais um desastre para a época da desova que se avizinha", observou.

Poluição “assustadora”

Contactado pela agência Lusa, o vereador do Ambiente na Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, disse ter sido surpreendido por um "nível de poluição visual brutal", uma situação "assustadora" e "acima de todos os parâmetros" ali registados.

"Não temos informação da origem", observou, referindo que a Agência Portuguesa do Ambiente "esteve no local a recolher amostras da água", aguardando a autarquia por mais informações das entidades competentes.

Também contactado pela Lusa, o Ministério do Ambiente disse que a tutela está consciente da situação e continua a acompanhar "de forma muito intensa tudo o que se passa no rio Tejo".

Arlindo Marques especificou, depois de percorrer outras zonas, que é da zona de Vila Velha de Ródão (distrito de Castelo Branco) para sul que se nota esta poluição: a montante dessa zona, referiu, as águas estão límpidas, mas "para baixo [a jusante] das fábricas lá instaladas, a água vem castanha e corre para Lisboa".

"Hoje é mais um dia negro para a história da poluição no rio Tejo", vincou o ambientalista.

O dirigente do proTEJO disse ainda que "novas acções de protesto e manifestações" poderão ocorrer, depois da reunião de trabalho que o movimento ambientalista tem agendada para o dia 24 de fevereiro.

"Alguém tem de pôr mão nisto, seja o Presidente da República, seja o Governo, porque, por este caminho, qualquer dia não há vida no rio", apelou.
Vergonhoso mesmo.
Ninguém mete mão nisto:facepalm:
 

luismeteo3

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14 Dez 2015
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Fatima (320m)
COMISSÃO EUROPEIA LEVA PORTUGAL A TRIBUNAL POR NÃO PROTEGER HABITATS NATURAIS
25/01/2018

Portugal não está a fazer tudo o que está ao seu alcance para proteger adequadamente certos habitats naturais e algumas espécies. Quem o diz é a Comissão Europeia, que anunciou hoje que irá intentar uma acção contra Portugal junto do Tribunal de Justiça da União Europeia.


Em causa está a falha de Portugal ao não ter designado zonas especiais de conservação (ZEC) para protecção dos habitats naturais e das espécies incluídos na rede Natura 2000 e por não ter estabelecido as medidas de conservação necessárias para essas zonas. As autoridades portuguesas tinham de designar sete ZEC na região atlântica até 7 de Dezembro de 2010 e 54 Sítios de Importância Comunitária (SIC) na região mediterrânica até 19 de Julho de 2012, sendo que nenhuma das hipóteses se verificou.

“As actuais medidas adoptadas no âmbito do plano sectorial português para a rede Natura 2000 (PSRN2000) e de outros planos sectoriais e especiais (por exemplo, planos de desenvolvimento rural, como o PRODER, e planos municipais) não são suficientemente exaustivas nem concretas para permitirem um nível de protecção adequado e a designação de ZEC”, pode ler-se no comunicado enviado pela Comissão Europeia.

Segundo Bruxelas, novamente em 2015 e 2016 Portugal foi avisado repetidamente que estava em falta, devendo fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para cumprir com as suas “obrigações”. Do processo que segue agora para tribunal fazem parte a carta de notificação formal enviada pela Comissão em Fevereiro de 2015 e um parecer fundamentado em Maio de 2016.

Duas directivas comunitárias estão ligadas a este processo. A directiva “Habitats” que diz respeito à conservação de todas as espécies de aves que vivem naturalmente no estado selvagem, e tem como objectivo a protecção, a gestão e o controlo dessas espécies e regula a sua exploração; e a directiva “Aves” em que principal objectivo contribuir para assegurar a conservação dos habitats naturais e de espécies da flora e da fauna selvagens.
https://greensavers.sapo.pt/comissa...-tribunal-por-nao-proteger-habitats-naturais/
 

Dan

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Bragança (675m)
Há coisa de 15 minutos este Açor pousou num pinheiro aqui em frente à minha janela.
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BeiraTejo

Nimbostratus
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Alcochete (6m)
é engracado o ministro do ambiente culpar a pouca preciptação por isto. ora bem se um rio é um sistema dinamico porque que as descargas são geridas de modo estatico? Tenho reservas que a medida de retirada de sedimentos seja benefica, não sei se não será pior a emenda que o soneto, com a retirada destes sedimentos, provavelmente contaminados, poluentes lá acumulados serão resuspendidos na água
 

Pedro1993

Super Célula
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REDE NATURA 2000 NÃO ESTÁ A CONSEGUIR PROTEGER O SISÃO

Investigadores lançaram um alerta para a situação do sisão, ave emblemática das estepes cerealíferas do Alentejo, que perdeu quase metade da população portuguesa nos últimos 10 anos. O estatuto de conservação da espécie vai ser revisto.

As populações desta ave prioritária na União Europeia estão em declínio desde há mais de 20 anos, em Portugal. Todavia, as 13 zonas de protecção especial (ZPE) designadas entre 1994 e 2008 para a conservação de aves como o sisão, ligadas aos sistemas agrícolas, estão longe de ser eficazes.

Segundo um estudo publicado no final de Janeiro na revista científica PeerJ, coordenado por investigadores do CIBIO-InBIO, esta ave que faz lembrar uma pequena abetarda perdeu 49% da população portuguesa entre os censos realizados em 2003-2006 e em 2016.

“Os resultados mostram um declínio generalizado de sisões nidificantes em quase toda a área de distribuição. A população portuguesa estimada entre 2003 e 2006 era de 17.418 machos. Em 2016, estima-se que havia 8.900 machos, o que representa um declínio nacional de 48,9%”, informam os autores do estudo.

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Macho de sisão. Foto: Pierre Dalous/Wiki Commons

http://www.wilder.pt/historias/rede-natura-2000-esta-proteger-sisao-portugal/
 

lreis

Cumulus
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REDE NATURA 2000 NÃO ESTÁ A CONSEGUIR PROTEGER O SISÃO

Investigadores lançaram um alerta para a situação do sisão, ave emblemática das estepes cerealíferas do Alentejo, que perdeu quase metade da população portuguesa nos últimos 10 anos. O estatuto de conservação da espécie vai ser revisto.

Fico surpreendido. Supostamente as mesmas ZPE criadas foram muito positivas para a Abetarda mas negativas para o Sisão. Existe alguma explicação para isto?. Dos relatórios que tenho lido, por exemplo, na zona de Castro Verde, todas as espécies recuperaram, aparentemente esta é a única em recessão. É verdade? têm alguma ideia do que possa estar a acontecer?
 

algarvio1980

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frederico

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Estive no Algarve este fim-de-semana e constatei que a panca das podas agravou-se. Não há árvore que resista, e vários choupos perto da EN 125, que fazem parte da urbanizacao a norte da estada, depois do Minipreco, em Tavira, estao a ser abatidos. Sao arvores ja adultas, que nao prejudicavam ninguem... ja na minha freguesia foi arrendado um terreno com figueiras adultas, que ficaram com as copas destruidas com podas absurdas, o arrendatario tem negocio de lenha. Perguntei a um jardineiro mais velho, um senhor com perto de 80 anos, que foi funcionario de uma autarquia toda a vida. Disse o que eu pensava, aquilo nao tem pes nem cabeca. Nao se tiram as copas de figueiras, oliveiras ja velhas ou alfarrobeiras. Nem se podam. Isto ja chegou ao ponto de cortarem metade do tronco de casaurinas ou araucacias! Em 30 anos de vida nunca vi podarem araucacias ou casaurinas, e de loucos!

Na casa dos meus pais tentei fazer um pequeno jardim. Tive de desistir. O choupo incomodava "pois tapava a frente da casa". Tiraram-no ha semanas, com tres anos, vamos ver se sobrevive a mudanca. A palmeira morreu (mataram-na...) pois serve para os pardais fazerem ninho, e depois incomodam. Uma planta nativa rara foi morta pois estava a trepar na rede, e podia estragar... a camelia foi a serra e levou umas podas, vamos ver se nao morre. A melia tambem ficou sem copa com as podas. Nem falo do que secou no Verao pois nao estava la para regar. A relva foi tirada e levou com cimento. Enfim conclui que para fazer um jardim botanico terei de um dia comprar um terreno longe de uma povoacao, e terei de fazer tudo sozinho. Tenho uma vizinha no Algarve que tinha uns belos pinheiros de Alepo adultos, enormes. Os vizinhos conseguiram que a senhora fosse obrigada a corta-los. Estavam dentro de propriedade privada, diga-se. A caruma incomodava porque sujava o passeio, e entupia as valetas... quando fazia vento as arvores abanavam e umas velhinhas ficavam com medo, e havia o bicho de pinheiro, que horror! A camara obrigou a senhora a cortar as arvores. O desgosto foi tanto que saiu dali e foi viver para outro sitio.

Conheco um bosquete adulto de lodao-bastardo, o unico do do litoral algarvio. Esta a segurar as margens de uma ribeira, mas a Junta so reclama porque nao pode cortar as arvores! Na mente desta gente as margens nao devem ter nenhuma vegetacao, devem estar totalmente despidas!

PS

O costume de envenenar animais continha entranhado na populacao... isso e as armadilhas a animais.
 
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Pedro1993

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Estive no Algarve este fim-de-semana e constatei que a panca das podas agravou-se. Não há árvore que resista, e vários choupos perto da EN 125, que fazem parte da urbanizacao a norte da estada, depois do Minipreco, em Tavira, estao a ser abatidos. Sao arvores ja adultas, que nao prejudicavam ninguem... ja na minha freguesia foi arrendado um terreno com figueiras adultas, que ficaram com as copas destruidas com podas absurdas, o arrendatario tem negocio de lenha. Perguntei a um jardineiro mais velho, um senhor com perto de 80 anos, que foi funcionario de uma autarquia toda a vida. Disse o que eu pensava, aquilo nao tem pes nem cabeca. Nao se tiram as copas de figueiras, oliveiras ja velhas ou alfarrobeiras. Nem se podam. Isto ja chegou ao ponto de cortarem metade do tronco de casaurinas ou araucacias! Em 30 anos de vida nunca vi podarem araucacias ou casaurinas, e de loucos!

Na casa dos meus pais tentei fazer um pequeno jardim. Tive de desistir. O choupo incomodava "pois tapava a frente da casa". Tiraram-no ha semanas, com tres anos, vamos ver se sobrevive a mudanca. A palmeira morreu (mataram-na...) pois serve para os pardais fazerem ninho, e depois incomodam. Uma planta nativa rara foi morta pois estava a trepar na rede, e podia estragar... a camelia foi a serra e levou umas podas, vamos ver se nao morre. A melia tambem ficou sem copa com as podas. Nem falo do que secou no Verao pois nao estava la para regar. A relva foi tirada e levou com cimento. Enfim conclui que para fazer um jardim botanico terei de um dia comprar um terreno longe de uma povoacao, e terei de fazer tudo sozinho. Tenho uma vizinha no Algarve que tinha uns belos pinheiros de Alepo adultos, enormes. Os vizinhos conseguiram que a senhora fosse obrigada a corta-los. Estavam dentro de propriedade privada, diga-se. A caruma incomodava porque sujava o passeio, e entupia as valetas... quando fazia vento as arvores abanavam e umas velhinhas ficavam com medo, e havia o bicho de pinheiro, que horror! A camara obrigou a senhora a cortar as arvores. O desgosto foi tanto que saiu dali e foi viver para outro sitio.

Conheco um bosquete adulto de lodao-bastardo, o unico do do litoral algarvio. Esta a segurar as margens de uma ribeira, mas a Junta so reclama porque nao pode cortar as arvores! Na mente desta gente as margens nao devem ter nenhuma vegetacao, devem estar totalmente despidas!

PS

O costume de envenenar animais continha entranhado na populacao... isso e as armadilhas a animais.

É bem verdade, tudo o que dizes, eu tenho visto fotos, que as pessoas vão publicando, as podas assassinas, na nossa capital, em Lisboa, ás vezes até tenho de esfregar os olhos para ver se estou mesmo a ver bem, tal não é a barbaridade, mas o mal é um pouco por todo o país.
Asério que um dia, gostava mesmo de saber qual é finalidade deste tipo de podas, eu falo por mim, que tenho plantado árvores de fruto, e em que tenho feito as suas podas de formação, no 1º e 2º ano, e depois já não é preciso, muito mais podas, enquanto elas estiverem no seu auge, e depois mesmo com as mais antigas, apenas lhes tiro alguns pequenos galhos, no interior da copa, que por vezes são ramos secos, ou que se cruzam.
Estas podas apenas servem para encher os bolsos, a algumas pessoas, nada mais do que isso.
Também tenho seguido através da comunicação social, os casos de envenenamentos, e isso é mesmo um ciclo problemático, porque quando pensam que estão apenas e envenenar, um animal, enganam-se, pois estão a matar toda a cadeia animal, aí está um bom exemplo, da falta que faz uma fiscalização forte, e que não existe simplesmente.

Seguem alguns exemplos de "atentados."
As 2 primeiras fotos são em Avis.




 
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MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
Infelizmente a prática de autenticas "phodas" às árvores que povoam os nossos jardins (e não só) é um epidemia nacional, desde pequenas aldeias até à capital... Não temos emenda.:disgust:

Em Santo Estêvão (Benavente) no ano passado conseguiram transformar um belo conjunto de medronheiros que existem num jardim a apenas um tronco com duas ou três ramificações. Este ano os medronheiros conseguiram recuperar parte da copa... Veremos agora que sorte lhes destina a junta/câmara nos próximos tempos...