Seguimento Meteorológico Livre 2018

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miguel

Furacão
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4 Fev 2006
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Setúbal
Tanto se fala nos ensemble o do gfs esta fraquíssimo!! O ecm logo logo cai correr atrás do gfs como na maioria das vezes. Fevereiro pedido digo isto desde o inicio do mês quase, por algum motivo é. Venha Março mas já não ponho as mãos no fogo por mês nenhum.
 


joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Pior acho que ainda não o é, pelo menos nesta região, em 2005 o rio Zêzere deixou de correr aqui na Cova da Beira, eu andei no leito, neste momento ainda corre.
É uma coisa que vai variando de umas zonas para outras. A seca, neste momento, no Alentejo está e vai ser pior do que em 2005, em todos os sentidos.
Seria muito mau se o Rio Zêzere não corresse nesta altura mas pelo menos, na zona de Constância ao desaguar no Tejo está muito, muito fraco e provavelmente vai voltar a secar. Era preciso chover muito agora em Março, ao estilo de 2013, por exemplo, para repôr água suficiente nos solos de modo a que as nascentes aguentassem o verão inteiro. Abril e Maio são meses, por norma de trovoadas, chuvas diluvianas, em secas como esta, pouco fazem.
Já não coloco esperanças em mês nenhum, à medida que o tempo passa é preciso cada vez mais chuva e simplesmente não aparece, seja de que maneira for. Grande parte do país está condenado.
 

Dias Miguel

Cumulonimbus
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26 Jan 2015
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Boa tarde

Aconselho a todos os amigos deste fórum, observarem atentamente o movimento delineado pelos diferentes modelos nas últimas run's. Para onde vai o AA?? Onde surgem as depressões?? Parece-me que teremos novidades dentro de 10 dias. Se assim não for, bem podemos "sair todos em procissão" com todos os santos das paróquias deste Portugal... ;)
 

Orion

Furacão
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Boa tarde

Aconselho a todos os amigos deste fórum, observarem atentamente o movimento delineado pelos diferentes modelos nas últimas run's. Para onde vai o AA?? Onde surgem as depressões?? Parece-me que teremos novidades dentro de 10 dias. Se assim não for, bem podemos "sair todos em procissão" com todos os santos das paróquias deste Portugal... ;)

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Bom, se os continentais soprarem o suficiente quem sabe se a depressão não faz um desvio não anunciado para norte e implementa a circulação atmosférica 'de sonho'? :D

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Davidmpb

Super Célula
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7 Jul 2014
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Trás-os-Montes. Seca deixou animais sem alimento

Se não chover nos próximos tempos, “os pastos poderão não rebentar” e os produtores não têm com que alimentar os animais. Já há pastores a vender animais.
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Os produtores de bovinos de raça mirandesa estão apreensivos com as consequências da seca no setor. As sementeiras correram mal, escasseia o alimento para o gado e o futuro é uma incógnita.

O ano passado não houve forragens em quantidade suficiente e as explorações agrícolas estão a ressentir-se desse problema, o que está a afetar todas as explorações pecuárias do Nordeste Transmontano.

O secretário técnico da Associação de Produtores de Bovinos de Raça Mirandesa (ACRBM), Válter Raposo, traça um retrato negro para o setor, revelando que “estamos perante uma situação alarmante que passa pela falta de pasto nos lameiros”.

“As sementeiras correram muito mal, muitas delas nem sequer rebentaram e os produtores estão a recorrer a suplementos alimentares para os animais”, acrescenta.

O técnico afirma que o “futuro é uma incógnita” e teme que, se não chover nos próximos tempos, “os pastos poderão não rebentar”, referindo que as “culturas de sequeiro estão muito atrasadas”.

Para já, alguns produtores estão às recorrer às reservas de outros anos e outros estão a comprar forragens e palha, principalmente na vizinha Espanha, a preços muito altos.

Válter Raposo sublinha que os alimentos para animais encarecerem muito e dá como exemplo a “palha que está ao dobro dos preços praticados no ano passado”.

A médio prazo, a falta de alimento provocado pela seca poderá “ter consequências na reprodução dos animais e comprometer o efetivo de uma raça que já esteve ameaçada de extinção”, alerta o secretário técnico da ACRBM.

O Solar dos Bovinos de Raça Mirandesa está confinado aos concelhos Miranda do Douro, Vimioso, Mogadouro, Bragança, Vinhais e Macedo de Cavaleiros.

http://rr.sapo.pt/noticia/105841/tras-os-montes-seca-deixou-animais-sem-alimento
 
M

Membro excluído 274

Essa é a realidade...
Agora imaginem o Verão longo e seco que seguramente vamos ter (nem preciso de mapas para o afirmar), sem água nos solos, rios secos, barragens a míngua logo à partida... Imaginem como chegaremos a Setembro/ Outubro... A mim arrepia-me.
Temos 2 meses, até Abril... Se não chover, depois sera o caos.
 

Marco pires

Nimbostratus
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23 Out 2017
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Pinhal novo
uma pergunta:

se de facto se verificar uma situação de muito pouca chuva nos próximos meses e chegarmos ao inicio do verão com uma seca severa ou extrema, quais as consequências para a população em geral, urbana e rural?

gostaria de ver expresso materialmente e concretamente as consequências de uma situação dessas, e se por exemplo levarmos em linha de conta que grosso modo grande parte da população está concentrada nas cinturas urbanas de lisboa e porto, que rotinas, hábitos, comportamentos teriam obrigatoriamente que mudar em consequência da situação, e não falo de conselhos para poupar agua e coisas do tipo, falo de situações concretas em que a população seria afectada.

bens alimentares, esses como mais de 50% do que se vende hipers é tudo importado de Espanha, França e outros países, não será por aí.
 
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Mr. Neves

Cumulonimbus
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22 Jan 2013
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Tondela-290m
Neste momento estão bem visíveis nos modelos os efeitos do SSW com a nova configuração bipartida do vórtice polar, só em termos comparativos veja-se uma saída do GFS no início do mês e o que está ser previsto a curto-prazo:

Antes:

gfsnh-0-6_zee7.png


"Depois":
gfsnh-0-48_xpk1.png


Nesta carta surge então a circulação estratosférica anticiclónica provocada pela conjugação da expansão do ar quente com a força de coriólis , circulação que de resto é inversa à do vórtice polar e que está a provocar a sua desintegração:
P0roRUk.png


Tanto quanto me inteirei, para que haja uma propagação dos efeitos do SSW mais eficaz, é necessário que ocorra uma redução da intensidade da circulação zonal, e neste momento há efetivamente uma diminuição da sua velocidade, com inversão inclusivamente do tipo de fluxo (regiões azuis de circulação E-O na carta abaixo), provocada pelos dois núcleos anti-horários da carta que mostrei em cima aos 30hPa:
HIitIl4.png


Os efeitos deste fenómeno estão a tornar os modelos bastante instáveis, não se esqueçam que as perturbações do SSW só se refletem nas camadas troposféricas numa média de 2 a 3 semanas após o aquecimento. Como estes fenómenos têm a capacidade de alterar a circulação zonal (e embora a circulação às nossas latitudes dificilmente se inverta na totalidade), não será de estranhar se nas próximas semanas voltarmos a ter mais uma entrada fria continental.

O estabelecimento desta entrada fria continental, bem como de um padrão de NAO- vai depender da forma como o jet e os seus meandros forem empurrados com a desintegração do vórtice, veremos, efetivamente, o que se vai suceder, mas para já não atiraria a toalha ao chão;) Agora esperemos é que haja propagação da perturbação aos níveis mais baixos da atmosfera, para já existem indícios de que está a ocorrer.
 

António josé Sales

Nimbostratus
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6 Out 2016
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Turquel, concelho de Alcobaça
Neste momento estão bem visíveis nos modelos os efeitos do SSW com a nova configuração bipartida do vórtice polar, só em termos comparativos veja-se uma saída do GFS no início do mês e o que está ser previsto a curto-prazo:

Antes:

gfsnh-0-6_zee7.png


"Depois":
gfsnh-0-48_xpk1.png


Nesta carta surge então a circulação estratosférica anticiclónica provocada pela conjugação da expansão do ar quente com a força de coriólis , circulação que de resto é inversa à do vórtice polar e que está a provocar a sua desintegração:
P0roRUk.png


Tanto quanto me inteirei, para que haja uma propagação dos efeitos do SSW mais eficaz, é necessário que ocorra uma redução da intensidade da circulação zonal, e neste momento há efetivamente uma diminuição da sua velocidade, com inversão inclusivamente do tipo de fluxo (regiões azuis de circulação E-O na carta abaixo), provocada pelos dois núcleos anti-horários da carta que mostrei em cima aos 30hPa:
HIitIl4.png


Os efeitos deste fenómeno estão a tornar os modelos bastante instáveis, não se esqueçam que as perturbações do SSW só se refletem nas camadas troposféricas numa média de 2 a 3 semanas após o aquecimento. Como estes fenómenos têm a capacidade de alterar a circulação zonal (e embora a circulação às nossas latitudes dificilmente se inverta na totalidade), não será de estranhar se nas próximas semanas voltarmos a ter mais uma entrada fria continental.

O estabelecimento desta entrada fria continental, bem como de um padrão de NAO- vai depender da forma como o jet e os seus meandros forem empurrados com a desintegração do vórtice, veremos, efetivamente, o que se vai suceder, mas para já não atiraria a toalha ao chão;) Agora esperemos é que haja propagação da perturbação aos níveis mais baixos da atmosfera, para já existem indícios de que está a ocorrer.


Excelente explicação:winner::thumbsup::thumbsup:
 
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