Agricultura



Thomar

Cumulonimbus
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19 Dez 2007
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Cabanas - Palmela (75m)
O nosso país não valoriza esta riqueza tão antiga.


Se não forem destruídas, apenas transplantadas, tudo bem.
É mais um negócio em franca expansão, aqui bem perto (Quinta do Anjo), existe um terreno cheio de oliveiras todas preparadas para vender (podadas, ramas e raízes), e o cartaz diz oliveiras centenárias para venda, se são centenárias ou não, não sei.
E uma pequena pesquisa na net são ás dezenas de anúncios. E já agora deixo aqui esta notícia do jornal Público de 2006 e que explica os perigos destas práticas:

"Olival da CEE" pode levar à extinção de oliveiras centenárias
CARLOS DIAS
6 de Agosto de 2006, 0:00

Os agricultores espanhóis proprietários de explorações no Alentejo estão a substituir árvores centenárias por novos olivais, uma prática subsidiada pela União Europeia que no limite pode levar à extinção dos espécimes mais antigos. Mas também há na região quem combata esta tendência, como um agricultor de Moura que só à sua conta já salvou do fogo cerca de dez mil oliveiras, algumas com 800 anos, que agora embelezam campos de golfe no Algarve e jardins em França

Na freguesia de Póvoa de S. Miguel, concelho de Moura, a poucas centenas de metros da albufeira de Alqueva, foi recentemente instalado um viveiro de oliveiras oriundas de explorações onde árvores centenárias deram lugar ao "olival da CEE", designação local que identifica as plantações feitas por agricultores espanhóis.Foi a alternativa descortinada por Paulo Tiago, proprietário do viveiro, para salvar do fogo milhares de árvores com centenas de anos e assegurar ao mesmo tempo a sua própria sobrevivência, depois de ter passado por uma exploração sem viabilidade financeira. Com esta iniciativa, o empresário já transplantou para parques e jardins públicos e privados em França e na região de Lisboa, mas sobretudo para campos de golfe no Algarve, cerca de 6500 oliveiras.
Os arquitectos e engenheiros paisagistas "têm sido os meus maiores aliados" na consolidação da empresa, ao exigirem nos projectos que elaboram árvores adultas, refere Paulo Tiago. Há seis anos que tenta manter "sem ajuda de ninguém"o seu viveiro de árvores transplantadas, acima de tudo por gostar natureza. "Faz-me pena ver reduzidas a lenha espécies centenárias", na sua esmagadora maioria provenientes das explorações agrícolas adquiridas por agricultores espanhóis.
Depois de várias peripécias burocráticas para obter o licenciamento, há pouco tempo conseguiu finalmente instalar o seu viveiro, onde tem cerca de 3.400 oliveiras, algumas laranjeiras e romãzeiras, que recolheu de várias explorações agrícolas "limpas" para plantio de novos olivais.

Negócio de milhões. Quem circula na estrada municipal que liga Póvoa de S. Miguel a Mourão pode observar, alinhadas dos dois lados da via e ao longo de centenas de metros, milhares de oliveiras com idades entre os 100 e os 800 anos. Depois de transplantadas do seu local de origem, as árvores são colocadas numa vala com alguma profundidade e fertilizadas com uma espécie de estrume formado apenas por folhagem de azeitona recolhida nas cooperativas produtoras de azeite da região.
Só no mês de Junho, foram enviadas cerca de quatro mil árvores para vários campos de golfe algarvios, urbanizações em Oeiras e para França. Desde que iniciou o negócio, Paulo Tiago já recuperou cerca de dez mil árvores, na sua esmagadora maioria oliveiras. "Só dois clientes no Algarve levaram 5.300", conta.
O agricultor lamenta ainda assim a falta de meios, que o impediu, por exemplo, de chegar a tempo de salvar uma oliveira com mais de mil anos que foi buscar a Serpa. "Para evitar a sua destruição, pedi que a poupassem que eu me comprometeria a ir buscá-la", explica Paulo Tiago. Mas como era um exemplar de grande porte - pesava à volta de tonelada e meia -, só com equipamento adequado podia movimentá-la. E quando o equipamento chegou, a árvore já estava morta. Mesmo assim está colocada junto à entrada principal do viveiro, " para que todos possam aperceber-se do que significa sacrificar árvores mais velhas que Portugal".
Paulo Tiago já movimentou com o seu negócio à volta de 100 mil euros. O seu preço varia entre os 50 euros para árvores com 40 centímetros de diâmetro no caule e os 3000 euros para os exemplares de grande porte, com um diâmetro entre os cinco e os seis metros.
O agricultor adverte ainda para o negócio que está a ser feito em Espanha com o transplante de árvores de montado. O custo de um sobreiro transplantado ascende aos 24 mil euros e há cada vez mais gente interessada em obter este tipo de árvores autóctones nos mais diversos países da Europa.
 

Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Torres Novas(75m)
Se não forem destruídas, apenas transplantadas, tudo bem.
É mais um negócio em franca expansão, aqui bem perto (Quinta do Anjo), existe um terreno cheio de oliveiras todas preparadas para vender (podadas, ramas e raízes), e o cartaz diz oliveiras centenárias para venda, se são centenárias ou não, não sei.
E uma pequena pesquisa na net são ás dezenas de anúncios. E já agora deixo aqui esta notícia do jornal Público de 2006 e que explica os perigos destas práticas:

"Olival da CEE" pode levar à extinção de oliveiras centenárias
CARLOS DIAS
6 de Agosto de 2006, 0:00

Os agricultores espanhóis proprietários de explorações no Alentejo estão a substituir árvores centenárias por novos olivais, uma prática subsidiada pela União Europeia que no limite pode levar à extinção dos espécimes mais antigos. Mas também há na região quem combata esta tendência, como um agricultor de Moura que só à sua conta já salvou do fogo cerca de dez mil oliveiras, algumas com 800 anos, que agora embelezam campos de golfe no Algarve e jardins em França

Na freguesia de Póvoa de S. Miguel, concelho de Moura, a poucas centenas de metros da albufeira de Alqueva, foi recentemente instalado um viveiro de oliveiras oriundas de explorações onde árvores centenárias deram lugar ao "olival da CEE", designação local que identifica as plantações feitas por agricultores espanhóis.Foi a alternativa descortinada por Paulo Tiago, proprietário do viveiro, para salvar do fogo milhares de árvores com centenas de anos e assegurar ao mesmo tempo a sua própria sobrevivência, depois de ter passado por uma exploração sem viabilidade financeira. Com esta iniciativa, o empresário já transplantou para parques e jardins públicos e privados em França e na região de Lisboa, mas sobretudo para campos de golfe no Algarve, cerca de 6500 oliveiras.
Os arquitectos e engenheiros paisagistas "têm sido os meus maiores aliados" na consolidação da empresa, ao exigirem nos projectos que elaboram árvores adultas, refere Paulo Tiago. Há seis anos que tenta manter "sem ajuda de ninguém"o seu viveiro de árvores transplantadas, acima de tudo por gostar natureza. "Faz-me pena ver reduzidas a lenha espécies centenárias", na sua esmagadora maioria provenientes das explorações agrícolas adquiridas por agricultores espanhóis.
Depois de várias peripécias burocráticas para obter o licenciamento, há pouco tempo conseguiu finalmente instalar o seu viveiro, onde tem cerca de 3.400 oliveiras, algumas laranjeiras e romãzeiras, que recolheu de várias explorações agrícolas "limpas" para plantio de novos olivais.

Negócio de milhões. Quem circula na estrada municipal que liga Póvoa de S. Miguel a Mourão pode observar, alinhadas dos dois lados da via e ao longo de centenas de metros, milhares de oliveiras com idades entre os 100 e os 800 anos. Depois de transplantadas do seu local de origem, as árvores são colocadas numa vala com alguma profundidade e fertilizadas com uma espécie de estrume formado apenas por folhagem de azeitona recolhida nas cooperativas produtoras de azeite da região.
Só no mês de Junho, foram enviadas cerca de quatro mil árvores para vários campos de golfe algarvios, urbanizações em Oeiras e para França. Desde que iniciou o negócio, Paulo Tiago já recuperou cerca de dez mil árvores, na sua esmagadora maioria oliveiras. "Só dois clientes no Algarve levaram 5.300", conta.
O agricultor lamenta ainda assim a falta de meios, que o impediu, por exemplo, de chegar a tempo de salvar uma oliveira com mais de mil anos que foi buscar a Serpa. "Para evitar a sua destruição, pedi que a poupassem que eu me comprometeria a ir buscá-la", explica Paulo Tiago. Mas como era um exemplar de grande porte - pesava à volta de tonelada e meia -, só com equipamento adequado podia movimentá-la. E quando o equipamento chegou, a árvore já estava morta. Mesmo assim está colocada junto à entrada principal do viveiro, " para que todos possam aperceber-se do que significa sacrificar árvores mais velhas que Portugal".
Paulo Tiago já movimentou com o seu negócio à volta de 100 mil euros. O seu preço varia entre os 50 euros para árvores com 40 centímetros de diâmetro no caule e os 3000 euros para os exemplares de grande porte, com um diâmetro entre os cinco e os seis metros.
O agricultor adverte ainda para o negócio que está a ser feito em Espanha com o transplante de árvores de montado. O custo de um sobreiro transplantado ascende aos 24 mil euros e há cada vez mais gente interessada em obter este tipo de árvores autóctones nos mais diversos países da Europa.

Uma oliveira seja ela centenária ou milenar, o seu trasnplante é sempre um verdadeiro choque, eu falo por mim, prefiro comprar as árvores pequenas, prinicpalmente as oliveiras, até porque ao fim de 5 ou 6 anos a árovore já está a iniciar a produção.
Mas sim de facto é um negócio em expansão, e extremamente lucrativo, no OLX, existem dezenas de anúnicios sobre o assunto.

Os olivais super intensivos, levam ao arranque de outras árvores adultas, como acontece por vezes de oliveiras e afarrobeiras.
 
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Thomar

Cumulonimbus
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Uma oliveira seja ela centenária ou milenar, o seu trasnplante é sempre um verdadeiro choque, eu falo por mim, prefiro comprar as árvores pequenas, prinicpalmente as oliveiras, até porque ao fim de 5 ou 6 anos a árovore já está a iniciar a produção.
Mas sim de facto é um negócio em expansão, e extremamente lucrativo, no OLX, existem dezenas de anúnicios sobre o assunto.

Os olivais super intensivos, levam ao arranque de outras árvores adultas, como acontece por vezes de oliveiras e afarrobeiras.
Sim, concordo contigo, apenas quis dizer que era um mal menor a transplantação.
Então este ano com a loucura da urgência da limpeza dos terrenos, onde é tudo "limpo" (leia-se arrancado tudo a eito) foram milhares de árvores arrancadas, cortadas.
Aqui a 100 metros de casa numa propriedade foram arrancadas amendoeiras adultas por causa da limpeza de terrenos...
 
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Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Sim, concordo contigo, apenas quis dizer que era um mal menor a transplantação.
Então este ano com a loucura da urgência da limpeza dos terrenos, onde é tudo "limpo" (leia-se arrancado tudo a eito) foram milhares de árvores arrancadas, cortadas.
Aqui a 100 metros de casa numa propriedade foram arrancadas amendoeiras adultas por causa da limpeza de terrenos...

É verdade por aqui também se passou uns casos, devido á febre das limpezas daqueles, como se costuma dizer que nem lembram ao diabo.
Nem sei onde é que essas pessoas ouviram dizer que para se limpar os terrenos tinham de se abater as ávores todas e só ficar a terra.
 
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Pedro1993

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Não tem nada a ver com os incêndios! Isto já se passa à muito tempo! Estas oliveiras milenares são vendidas por fortunas e muitas vezes para fora! Porque é que falas sem saber?

Parece-me que ele se estava a referir sobre a tal lei das limpezas, e sim de facto o comércio de oliveiras antigas já não é de agora, mas talvez esteja actualmente mais intenso.
 

Pedro1993

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Este ano o almeirão está soberbo, com quase 2 metros de altura, devido ás boas chuvadas, muito trabalho para as abelhas, para no mínimo 1 mes e meio, o alho-frances também ajuda todo o tipo de polinizadores, bem como os oregãos, e as silvas.

A facélia também já está a acabar a floração, já está a começar a desenvolver a semente para depois aproveitar para o próximo ano.

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luismeteo3

Furacão
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14 Dez 2015
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Fatima (320m)
Produção nacional de batata em risco de ser afetada pela traça da Guatemala
Jornal Económico com Lusa
20:11
“É uma praga devastadora a nível dos tubérculos, nos campos como em armazém. Destrói as culturas quase por inteiro e, por esse motivo, nós estamos muito preocupados porque esta situação poderá levar a efeitos económicos muito graves […]. Uma das nossas principais lutas é que, se a praga entrar [em Portugal], possa haver alguma compensação para os produtores e armazenistas”, disse Sandra Pereira, em declarações à Lusa.
... http://www.jornaleconomico.sapo.pt/...de-ser-afetada-pela-traca-da-guatemala-329680
 

camrov8

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Oliveira de Azeméis(278m)
meu deus esta cada vez pior, os pinheiros com nematodo, os citrinos afectados a mosca do mediterrâneo a atacar tudo, ainda bem que foi agora a ultima grande praga da batata deixou milhões a fome na Irlanda e a fugir para os estates e não esquecer as palmeiras que estão a ir uma a uma
 

MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
meu deus esta cada vez pior, os pinheiros com nematodo, os citrinos afectados a mosca do mediterrâneo a atacar tudo, ainda bem que foi agora a ultima grande praga da batata deixou milhões a fome na Irlanda e a fugir para os estates e não esquecer as palmeiras que estão a ir uma a uma

Num Mundo cada vez mais globalizado em que as mercadorias hoje estão aqui amanha estão do outro lado do Mundo e vice-versa o risco de disseminação de doenças, pragas, ou invasões biológicas é cada vez mais uma ameaça bem real. :(
 

Pedro1993

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7 Jan 2014
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Torres Novas(75m)
Estive hoje presente neste seminário, onde se debateu principalmente o uso racional da água na agricultura, tendo com factor importante o uso das tecnologias, como factor chave.
Estiveram presentes cerca de 30 pessoas, o que para o municipio de Torres Novas já é muito positivo.
Ficaram também muitas boas ideias, como principalemente fazer omáximo de proveito das águas pluviais, e o seu máximo de retenção, pricipalmente nos nosso solos, e tembém as melhores maneiras de evitar a sua erosão.

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