Biodiversidade

belem

Cumulonimbus
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
Vocês vejam lá a minha vida. Ontem ia descansadinha na minha vida quando vi esta amostra de rato perdido, para cima e para baixo, sem saber para onde fugir. Estive 10 minutos a tentar apanhá-lo para o pôr em cima de um muro e ele ir à vida dele (tive medo que passasse alguém que lhe pusesse o pé em cima e o esborrachasse). Finalmente consegui encurralá-lo e apanhei-o. E o que faz ele? Ferra os dentes finos como agulhas no meu dedo mindinho da mão direita e fica pendurado pelos dentes. O ingrato!

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Digo isto, sem grandes certezas, mas parece-me uma ratazana jovem (sobretudo na foto de cima, em que se vê melhor o animal).
 


belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
Perto de Óbidos, vou vendo roedores, mas como é numa zona agro-florestal, são muitos os selvagens.
Um dos que mais gosto é o leirão, que é relativamente grande e tem um canto curioso .
Outro animal, que não sendo um roedor, é frequentemente associado a estes animais, é o musaranho, que também já ouvi a produzir sons muito curiosos (infelizmente não sei qual a espécie exatamente) e vou vendo com alguma regularidade.
Quando esteve aquele tempo anormalmente frio, no início de Novembro, vi alguns apressados à procura de alimento, sempre que parava de chover.
Não tenho gatos, nem cães (contudo já tive ambos), mas uma vez (no ano passado) tive a felicidade de ver uma coruja-das-torres no chão a fazer espera a roedores numa extremidade de um silvado, enquanto na outra, mas apenas a uns 2 metros da coruja, estava um gato, (que me pareceu ser um gato-selvagem, dado o tamanho da cauda e a furtividade, mas não tenho a certeza absoluta, por que já estava algo escuro) a fazer espera também aos roedores. Infelizmente deram comigo, e cada um desapareceu em menos de nada.
De dia deu para ver que havia um caminho em forma de «V» debaixo do silvado, que devia ser utilizado pelos roedores e ambos os predadores esperavam por eles, nas extremidades do «V».
Será que a coruja se apercebeu do gato e vice-versa? Isso provavelmente nunca saberei...
 
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Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Catástrofe ambiental: milhões de aves migratórias mortas pela colheita noturna do olival superintensivo

Um relatório do Conselho, após uma denúncia de ecologistas em Córdoba, conclui que esta nova prática agrícola está causando uma mortalidade muito alta em aves da Europa | A Guarda Civil garante que até mesmo muitos acabem sendo vendidos para consumo humano como 'fritos'.

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Aves mortas misturadas com azeitonas recém colhidas do olival superintensivo.

A colheita noturna do olival superintensivo está causando uma "alta mortalidade" entre as aves migratórias, que aproveitam a falta de luz para descansar nas oliveiras. Um relatório preparado pelo Ministério do Meio Ambiente da Junta de Andalucía, por uma denúncia iniciada por Ecologistas em Ação na província de Córdoba, concluiu que há uma relação entre essa nova prática agrícola e a morte em massa de muitas dessas aves. De fato, as informações distribuídas pelos ecologistas mostram os corpos das aves entre as azeitonas recentemente colhidas.

De fato, o relatório é tão contundente que os técnicos do Meio Ambiente levantam a possibilidade de proibir a colheita noturna do olival superintensivo, devido ao enorme impacto ambiental que estaria causando na fauna do sul da península. E eles asseguram que é um problema ambiental de natureza muito séria, já que muitas dessas aves são migratórias e vêm de todo o continente europeu, o que poderia esgotar as aves para continuar essa nova prática agrícola.

O documento, ao qual este jornal teve acesso, alude a "várias fontes simultâneas" (Ecologistas em Ação, Delegações Territoriais do Ministério do Meio Ambiente e o serviço Seprona da Guarda Civil) sobre esses eventos. O relatório tem sua origem, de fato, na sessão ordinária do Conselho Provincial de Meio Ambiente e Biodiversidade da província de Córdoba, em 11 de janeiro. Naquele dia, chegou-se a um acordo para investigar esses fatos, que no dia 29 foram corroborados por técnicos da Delegação, que forneceram dados e imagens dos danos que estavam causando a colheita noturna desses olivais. A esta informação foi adicionado outro ainda mais grave, enviado pelos responsáveis pela Seprona da Guarda Civil.

https://cordopolis.es/2018/11/23/ca...Btf42JiTnDk8MTSCMt-WDxI#.W_gJdJQq4P1.facebook
 

João Pedro

Super Célula
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Catástrofe ambiental: milhões de aves migratórias mortas pela colheita noturna do olival superintensivo

Um relatório do Conselho, após uma denúncia de ecologistas em Córdoba, conclui que esta nova prática agrícola está causando uma mortalidade muito alta em aves da Europa | A Guarda Civil garante que até mesmo muitos acabem sendo vendidos para consumo humano como 'fritos'.

foto-3-copia.jpg

Aves mortas misturadas com azeitonas recém colhidas do olival superintensivo.

A colheita noturna do olival superintensivo está causando uma "alta mortalidade" entre as aves migratórias, que aproveitam a falta de luz para descansar nas oliveiras. Um relatório preparado pelo Ministério do Meio Ambiente da Junta de Andalucía, por uma denúncia iniciada por Ecologistas em Ação na província de Córdoba, concluiu que há uma relação entre essa nova prática agrícola e a morte em massa de muitas dessas aves. De fato, as informações distribuídas pelos ecologistas mostram os corpos das aves entre as azeitonas recentemente colhidas.

De fato, o relatório é tão contundente que os técnicos do Meio Ambiente levantam a possibilidade de proibir a colheita noturna do olival superintensivo, devido ao enorme impacto ambiental que estaria causando na fauna do sul da península. E eles asseguram que é um problema ambiental de natureza muito séria, já que muitas dessas aves são migratórias e vêm de todo o continente europeu, o que poderia esgotar as aves para continuar essa nova prática agrícola.

O documento, ao qual este jornal teve acesso, alude a "várias fontes simultâneas" (Ecologistas em Ação, Delegações Territoriais do Ministério do Meio Ambiente e o serviço Seprona da Guarda Civil) sobre esses eventos. O relatório tem sua origem, de fato, na sessão ordinária do Conselho Provincial de Meio Ambiente e Biodiversidade da província de Córdoba, em 11 de janeiro. Naquele dia, chegou-se a um acordo para investigar esses fatos, que no dia 29 foram corroborados por técnicos da Delegação, que forneceram dados e imagens dos danos que estavam causando a colheita noturna desses olivais. A esta informação foi adicionado outro ainda mais grave, enviado pelos responsáveis pela Seprona da Guarda Civil.

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É incrível como o homem continua a encontrar formas de destruir o meio que o rodeia... sem dúvida a pior coisa que apareceu neste planeta, o aparecimento do ser humano. Ou de alguns seres humanos pelo menos...
 

luismeteo3

Furacão
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Catástrofe ambiental: milhões de aves migratórias mortas pela colheita noturna do olival superintensivo

Um relatório do Conselho, após uma denúncia de ecologistas em Córdoba, conclui que esta nova prática agrícola está causando uma mortalidade muito alta em aves da Europa | A Guarda Civil garante que até mesmo muitos acabem sendo vendidos para consumo humano como 'fritos'.

foto-3-copia.jpg

Aves mortas misturadas com azeitonas recém colhidas do olival superintensivo.

A colheita noturna do olival superintensivo está causando uma "alta mortalidade" entre as aves migratórias, que aproveitam a falta de luz para descansar nas oliveiras. Um relatório preparado pelo Ministério do Meio Ambiente da Junta de Andalucía, por uma denúncia iniciada por Ecologistas em Ação na província de Córdoba, concluiu que há uma relação entre essa nova prática agrícola e a morte em massa de muitas dessas aves. De fato, as informações distribuídas pelos ecologistas mostram os corpos das aves entre as azeitonas recentemente colhidas.

De fato, o relatório é tão contundente que os técnicos do Meio Ambiente levantam a possibilidade de proibir a colheita noturna do olival superintensivo, devido ao enorme impacto ambiental que estaria causando na fauna do sul da península. E eles asseguram que é um problema ambiental de natureza muito séria, já que muitas dessas aves são migratórias e vêm de todo o continente europeu, o que poderia esgotar as aves para continuar essa nova prática agrícola.

O documento, ao qual este jornal teve acesso, alude a "várias fontes simultâneas" (Ecologistas em Ação, Delegações Territoriais do Ministério do Meio Ambiente e o serviço Seprona da Guarda Civil) sobre esses eventos. O relatório tem sua origem, de fato, na sessão ordinária do Conselho Provincial de Meio Ambiente e Biodiversidade da província de Córdoba, em 11 de janeiro. Naquele dia, chegou-se a um acordo para investigar esses fatos, que no dia 29 foram corroborados por técnicos da Delegação, que forneceram dados e imagens dos danos que estavam causando a colheita noturna desses olivais. A esta informação foi adicionado outro ainda mais grave, enviado pelos responsáveis pela Seprona da Guarda Civil.

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Isto é terrível! Como estará a situação no nosso país?
 
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Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Isto é terrível! Como estará a situação no nosso país?

Pelo menos que eu saiba até ao momento, não existe qualquer notícia ou dados relativos ao que se passa nos nosso olivais intensivos.
A colheita mecanica nocturna também só deve ser mais intensa na zona do Alqueva.
 

Between

Cumulus
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17 Nov 2018
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Amarante
Nesta altura do ano, e com toda esta humidade, o que não faltam são cogumelos. Hoje de manhã fui explorar para ver o que natureza tinha para mostrar.

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Os famosos santieiros/frades/tortulhos. Este acabou de nascer, ainda está fechado. Juntamente com os míscaros, os santieiros são os únicos cogumelos que costumo apanhar e comer. São uma relíquia.

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Dizem que os santieiros andam sempre aos pares... e confirma-se. Junto ao primeiro que encontrei, estava este, também ele fechado.

Agora partilho fotos de outros cogumelos, que foram aparecendo, e embora não os conheça, não deixam de ser igualmente bonitos.

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A natureza nesta altura do ano tem um encanto especial :)
 

jonas_87

Furacão
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11 Mar 2012
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.
Não é! Este do post do @jonas_87 é um Macrolepiota. :)

Contudo não consigo pela foto ter a certeza se se trata de um Macrolipiota procera, um dos cogumelos silvestres mais apreciados, conhecidos localmente por frades, rocas, púcaras e outros nomes. Há dois "primos" dos M. procera, normalmente mais pequenos e com escamas um pouco diferentes que são tóxicos, o M. venenata e o M. Rhacodes. um olhar mais distraído pode dar em asneira...

Exacto, tenho um amigo que percebe do assunto e costuma ir á serra apanha-los, são comestíveis ele chama-os de púcaras tal e qual como disseste.
 

belem

Cumulonimbus
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
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Penso que se trata de Mycena pura.
É bioluminescente (o micélio, a volva e o pé são luminosos).
Bons achados!

Por acaso hoje encontrei uns Omphalotus olearius (o conhecido «jack-o-lantern mushroom»).
Se alguém encontrar alguns, diga-me alguma coisa (por aqui ou por pm), se faz favor, pois estou a estudar esta e outras espécies luminosas já há algum tempo.

Um mapa (simplificado) da distribuição da espécie Omphalotus olearius em Portugal que fiz em 2014:

omph8.png



Claro que em princípio deve existir em mais lugares.
Tenho um relato não confirmado (sem fotos, só a descrição), de Castelo Branco, por exemplo.
E existe uma foto pouco clara, que possivelmente retrata a presença desta espécie, na Guarda

Pelo que parece, também temos em Portugal uma espécie semelhante, que é o Omphalotus illudens.(pensei que ainda não houvesse provas, mas a espécie já aparece como presente em Portugal no Naturdata (e eles são exigentes com este tipo de coisas)...
 
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Cumulus
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Amarante
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Penso que se trata de Mycena pura.
É bioluminescente (o micélio, a volva e o pé são luminosos).
Bons achados!

Por acaso hoje encontrei uns Omphalotus olearius (o conhecido «jack-o-lantern mushroom»).
Se alguém encontrar alguns, diga-me alguma coisa (por aqui ou por pm), se faz favor, pois estou a estudar esta e outras espécies luminosas já há algum tempo.

Um mapa (simplificado) da distribuição da espécie Omphalotus olearius em Portugal que fiz em 2014:

omph8.png



Claro que em princípio deve existir em mais lugares.
Tenho um relato não confirmado (sem fotos, só a descrição), de Castelo Branco, por exemplo.
E existe uma foto pouco clara, que possivelmente retrata a presença desta espécie, na Guarda

Pelo que parece, também temos em Portugal uma espécie semelhante, que é o Omphalotus illudens.(pensei que ainda não houvesse provas, mas a espécie já aparece como presente em Portugal no Naturdata (e eles são exigentes com este tipo de coisas)...

Interessante, obrigado pelas informações. Pelo mapa na minha zona não deverão existir os tais Omphalotus olearius, mas se por acaso aparecerem, tiro foto e partilho aqui. Está a chegar a época dos míscaros, vou estar atento ;)
 

ct1gnd

Cumulus
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7 Jan 2010
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Gouveia
com esse meninos não brinco eu um erro e pode ser o ultimo, ou se é um grande especialista ou daqueles que aprenderam com os avós, os cogumelos são um perigo
O míscaro é tipico nesta zona. Identifica-se facilmente pela sua cor. Infelizmente o grande incendio do ano passado devorou quase todas as matas onde se apanhavam. São simplesmente deliciosos.