Aquecimento Global



aoc36

Nimbostratus
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30 Mar 2012
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albufeira- montechoro
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País quase abastecido só por energias renováveis.


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joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Arronches / Lisboa
Enquanto discutimos, o mundo aquece
Apesar de todo o cepticismo e da ignorância de alguns líderes mundiais, as alterações climáticas são uma realidade. Mas talvez seja preciso que o ambiente prejudique mais o crescimento económico para levarmos o problema a sério.

Verdade ou consequência? No que diz respeito ao clima, o mundo está actualmente a enfrentar os dois “castigos” ao mesmo tempo. Mas o problema é que ainda não dói. A percepção da maioria das pessoas coincide com o consenso científico sobre estarmos já a sentir os efeitos das alterações climáticas e de os seres humanos serem o seu principal agente causador. Porém, algures neste caminho, população, decisores e cientistas deixam de caminhar juntos. Até que ponto estamos mesmo preocupados com as alterações climáticas e com os cenários anunciados para 2100? Afinal, em 2100 já não estaremos cá para ver. Muitos acreditam que a tecnologia vai resolver os problemas do clima que hoje nos preocupam. E essa é uma perigosa percepção que, na realidade, nos pode tramar.

Esqueça as previsões para 2100 e modelos do clima concebidos por cientistas das mais reputadas organizações do mundo. Recorde apenas o tempo nos últimos dias. Esta semana os dias estarão mais cinzentos, mas em Fevereiro, as temperaturas em Portugal ultrapassaram os 25 graus em várias cidades, muito acima da média para a altura do ano, e o inusitado Verão foi estranhamente bem acolhido em pleno Inverno. Sabe bem, é certo, mas não é normal. Um dias antes, em Janeiro, os EUA atravessaram uma das piores vagas de frio de todos os tempos com temperaturas mínimas de 40 graus negativos e num dos seus insensatos desabafos, o Presidente norte-americano Donald Trump tweetou para o mundo: “Mas o que é que se passa com o Aquecimento Global? Volta depressa, por favor, precisamos de ti!” O mundo, que ainda lhe presta atenção, respondeu com indignação e factos. O “tal” aquecimento estaria naquele exacto momento atrapalhado a sufocar a Austrália com mais de 40 graus Celsius positivos em muitas cidades. Por todo o lado, os cientistas foram chamados a comentar o fenómeno claramente associado às alterações climáticas. O aquecimento global é uma das manifestações das alterações climáticas. Como os fenómenos extremos também são. Ou seja, como as vagas de frio também são. Ou os incêndios ou os furacões ou as inundações ou as secas.

Fonte e ler mais aqui
 

Gerofil

Furacão
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21 Mar 2007
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Estremoz
O novo normal do clima é não haver normal

Vagas de frio sucedem-se a ondas de calor. Uma das explicações pode estar no degelo do Ártico.

O clima na Europa tem passado por extremos nas últimas semanas. No Reino Unido, por exemplo, se o final de Janeiro trouxe uma vaga de frio que congelou o País, este Fevereiro está a bater recordes de calor.
Os cientistas são comedidos nas análises de fenómenos atípicos – porque as excepções devem ser analisadas em séries longas de 20 a 30 anos e não no imediato – mas cresce a percepção de que os fenómenos extremos são cada vez mais frequentes. E tudo pode estar relacionado com o progressivo degelo que se verifica no Árctico, onde ano após ano os glaciares vão recuando.
Philip Jones, professor da Universidade de East Anglia, em Inglaterra, e um dos mais reputados especialistas mundiais em alterações climáticas, explica ao CM a influência do Árctico no clima terrestre. "É possível que o Árctico seja responsável [por esta instabilidade] mas teremos que analisar mais anos do que os últimos dois ou três. As correntes de jacto circulam pelo Hemisfério Norte entre as latitudes 45 e 65N. Em alguns Invernos, isto provoca mais ondas (meandros). À medida que os meandros sobem a latitudes mais a Norte e depois descem mais para Leste, isto leva a anormalidades de frio e calor nas latitudes intermédias no Hemisfério Norte", explica o cientista que assinou vários relatórios para o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), da ONU.
O professor explica que "Se a formação deste meandro [corrente de ar em serpentina] se deve à redução do gelo no Oceano Árctico, essa é uma área de pesquisa que tem estado muito activa". Mais do que em qualquer outro ponto do globo, as temperaturas em redor do Pólo Norte têm subido ano após ano. O que significa um degelo acelerado, mais calor a chegar aos oceanos, tudo combinado para criar significativas alterações nas correntes atmosféricas, que a ciência ainda tenta compreender.
Apesar das dúvidas, há factos inquestionáveis. Na última segunda-feira, 25 de Fevereiro, bateu-se o recorde do dia mais quente deste mês alguma vez registado no Reino Unido, com os termómetros a chegarem acima dos 20 graus em várias zonas no País. Mas, como lembra Philip Jones, no ano passado, por esta altura, vivia-se no norte da Europa uma das maiores vagas de frio de sempre, baptizada com o curioso nome de ‘A Besta de Leste’.
O que parece cada vez mais evidente é que o clima está cada vez mais imprevisível em termos globais. Neste mês de Janeiro, vivemos em simultâneo a maior vaga de frio registada nos últimos 50 anos na América do Norte, ao mesmo tempo que a Austrália vivia uma onda de calor sem precedentes.
Os números mostram que os 20 anos mais quentes alguma vez registados aconteceram desde 1981. Ou que os 10 anos mais quentes de sempre ocorreram nuas últimos 12. Os oceanos já registam uma subida do nível das águas de 17 centímetros desde 1900 (indica a NASA), e as temperaturas médias subiram 1 grau. Factos que apontam para uma mudança que muitos consideram já irreversível e que não augura nada de bom.
José Carlos Marques

Correio da Manhã
 

luismeteo3

Furacão
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14 Dez 2015
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Fatima (320m)
Calor: Físico da Universidade de Évora admite 2019 "ao nível dos anos mais quentes"
27 mar 2019 18:13

O físico meteorologista Rui Salgado, da Universidade de Évora, admitiu hoje que 2019 possa ser "um ano ao nível dos mais quentes desde que há registos", não só em Portugal, mas a nível do planeta.

“Se virmos a evolução da temperatura do planeta, os quatro últimos anos, entre 2015 e 2018, foram aqueles em que as temperaturas médias foram mais elevadas desde que há registos”, disse à agência Lusa o investigador do Instituto de Ciências da Terra (ICT) da Universidade de Évora (UÉ).

Segundo o físico meteorologista, a evolução demonstra que se está a assistir a um aquecimento global e que a tendência é de continuidade.

“O mês de janeiro deste ano, e não foi só em Portugal que isso aconteceu, foi o segundo mais quente em termos globais desde que há registos”, pelo que “tudo indica que este ano vai estar ao nível dos anos mais quentes desde que há registos”, alertou Rui Salgado.

Questionado hoje pela Lusa sobre a situação de seca que volta a afetar Portugal, o investigador da UÉ afirmou que “a tendência parece ser esta” quanto a 2019 poder vir a ser particularmente quente, no país e no mundo.

Rui Salgado disse ainda que, ao contrário das projeções para a temperatura, que “são bastante consensuais” entre os cientistas de que se está “a experienciar um período de alterações climáticas”, quanto à precipitação “os sinais são mais contraditórios”.
https://24.sapo.pt/atualidade/artig...ra-admite-2019-ao-nivel-dos-anos-mais-quentes
 
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