Seguimento Rios e Albufeiras - 2019

Aurélio Carvalho

Nimbostratus
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5 Out 2018
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Bom dia
Analisando os dados da barragem de o odeleite me parece que durante este mês a mesma baixou algo ....
Me parece que neste todas as barragens vão descer no volume de armazenamento a menos que a precipitação prevista para o final do mês sobretudo no Minho e Douro Litoral faca aumentar o volume nas barragens do Minho e Douro litoral.
 


AnDré

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22 Nov 2007
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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
O regresso do vento aliviou a procura pela energia hídrica. Aliás, dia 23 de Janeiro foi batido o recorde diário de produção eólica em Portugal.

A albufeira de Alto Lindoso está agora à cota 294,35m. Dia 22/01, segundo os dados da REN, a cota era de 292,71m.

Segundo um ex habitante que lá encontrei foi ele que tirou a terra da fonte e a pós á correr.
Disse me também (confirmado por mais 2 habitantes da zona ) a instalação de sirenes no alto Lindoso, segundo eles há problemas nas 2 barragens a montante (as conchas e salas).
Porém não me foi possível confirmar isso em alguma notícia

Problemas com Conchas e Salas?
Salas está nos 33%, e por acaso, nos últimos anos, tem sido raro ultrapassar os 70%.
Las Conchas está nos 42%.
 

slbgdt

Nimbostratus
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31 Jan 2015
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Barcelos
O regresso do vento aliviou a procura pela energia hídrica. Aliás, dia 23 de Janeiro foi batido o recorde diário de produção eólica em Portugal.

A albufeira de Alto Lindoso está agora à cota 294,35m. Dia 22/01, segundo os dados da REN, a cota era de 292,71m.



Problemas com Conchas e Salas?
Salas está nos 33%, e por acaso, nos últimos anos, tem sido raro ultrapassar os 70%.
Las Conchas está nos 42%.

Sim pelo que esses 2 galegos disseram.
Porém não encontrei nada sobre isso.
Embora já haja problemas em algumas como esta onde já passei:
http://www.diariodevalderrueda.es/t...bligan-chd-realizar-obras-presa-embalse-porma
 

huguh

Cumulonimbus
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1 Out 2015
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Godim - Peso da Régua (93m)
Deviam colocar aqui tambem as imagens com os dados e gráficos de descargas das barragens como tinham na 1ª página do seguimento do ano passado. Embora este ano não haja grandes chuvas até agora, dá sempre jeito para consulta
 
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joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Seca: Albufeira do Caia já está a cortar no fornecimento de água para a agricultura

A Associação de Regantes da Barragem do Caia, distrito Portalegre, já está a aplicar restrições no fornecimento de água para a agricultura devido à falta de chuva.

Em declarações à Rádio Portalegre, João Ramalho, da Associação de Regantes da Barragem do Caia, admitiu que a situação “é preocupante” e pode agravar-se se não chover até ao final do mês de abril.

João Ramalho indicou que os cortes no fornecimento de água à agricultura “são cirúrgicos” e com o objetivo de assegurar uma campanha de rega dentro da normalidade.

O mesmo responsável revelou que o volume armazenado atualmente é na ordem dos 65 milhões de metros cúbicos de água, o que corresponde a cerca de 35 por cento da capacidade total, que é de cerca de 190 milhões de metros cúbicos.

Questionado sobre o abastecimento de água às populações servidas pela albufeira, João Ramalho indicou que as reservas hídricas são suficientes para três anos.

A albufeira do Caia serve as populações do concelhos de Elvas, Campo Maior, Arronches e Monforte, no Alto Alentejo.

Fonte: Rádio Portalegre
 

joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Arronches / Lisboa
Não há “água nova” no Guadiana e no Sado. Quem vive da terra e dos rios sofre com isso
No Guadiana falta peixe e no Sado há barragens com um volume de armazenamento de apenas 12% e 16%. Nas culturas de sequeiro, só a chuva pode ajudar a minorar perdas que se prevêem “em grande escala”. Quem depende da rega, também não tem garantias. A seca não escolhe quem vai afectar e isso sente-se nas margens dos dois rios.

Já passaram alguns anos desde que António dos Reis Soeiro, 78 anos, apanhou lampreia que se visse no Guadiana. O pescador da aldeia de Pomarão – colada à fronteira com Espanha e com a barragem espanhola do Chança quase a fazer sombra ao casario – está sentado à porta de casa a aproveitar o sol que espreita entre as nuvens negras desta tarde de domingo. “Aqui há uns anos, eu e outro rapaz chegámos a apanhar 986 lampreias. Mas tem vindo a diminuir. Cento e tal... No ano passado foram duas e este agora só uma”, diz, desalentado. A explicação, coloca-a na falta de chuva, que faz com que a água do Guadiana e das ribeiras que o engordam não se renove. “A água é sempre a mesma, está a compreender? E o peixe não entra. A água não vem da barragem, nem das ribeiras, nem dos barrancos. Isto não está nada famoso.”

Quem olha lá para baixo, para o Guadiana a espraiar-se largo entre as margens, pode ter dificuldade em acreditar no velho pescador de boina e olhos claros. Mas ele sabe do que fala. As cheias, que ajudam à subida da lampreia e antigamente levavam as águas do rio a invadir ruas e casas do Pomarão (há marcas a assinalar a chegada das águas às habitações baixinhas), são algo que não se vê por ali desde 1997. Nesse ano, as barragens encheram tanto que foi preciso abri-las. O alerta chegou na noite de 5 de Novembro. Na manhã do dia 6 estava tudo como mostram as fotografias que Margarida, esposa do velho pescador, mostra agora: as ruas mais baixas da aldeia já não se vêem, a água chega aos patamares superiores, onde está a casa de ambos, e, atrás, poderosos jactos de água saltam ainda da barragem espanhola.
........................
O Inverno que agora terminou foi já classificado pelo IPMA como o 4.º mais seco do século, com a precipitação ocorrida entre Dezembro e Fevereiro a corresponder a cerca de 41% do valor médio. Uma situação que se reflecte no volume de água armazenado nas albufeiras das barragens nacionais – e também espanholas, onde tem chovido ainda menos do que em Portugal. Em Março, havia dez barragens com um armazenamento inferior a 40% (eram apenas três em 2018), e duas delas estavam no Guadiana: a barragem da Vigia (24%) e a do Caia (32%).
Ano perdido
Luís Rodrigues, 38 anos, aproveitou o domingo de manhã para passar pela albufeira do Caia e procurar apanhar algum peixe com uma cana. À volta, só se ouvem pássaros ou o carro muito ocasional que atravessa a estrada lá em cima. O silêncio é tanto que se ouve o barulho de um cão a sacudir a água do pelo, depois de um banho na albufeira, a poucas centenas de metros de distância. O homem olha em redor, para as encostas em que é bem visível o local onde devia haver água – há uma faixa larga de terra castanha, despida, e só depois começam as primeiras ervas e árvores. “Isto devia estar mais cinco ou seis metros acima. Já tínhamos tido seca no ano passado. Agora já cortaram a rega em Setembro e, com os olivais intensivos, isto vai ser muito complicado”, diz.

Há-de ser para a rega, mas Francisco Corado, 46 anos, nem nessa hipótese pode pensar. Nos 400 hectares da Herdade da Fragosa, onde cria gado, a pastagem de que os animais precisam para se alimentarem é produzida em regime exclusivo de sequeiro. Ali, diz o produtor de Arronches, já quase não vale a pena ter esperança que chova. Porque não é possível recuperar de um Inverno sem chuva. “A pastagem vai ser sempre afectada porque as plantas que estão secas já não recuperam. O ciclo da planta fechou. Isto são plantas de sequeiro, pode chover que nunca recuperam”, diz.

Fermelinda Carvalho, presidente da Associação de Agricultores de Portalegre, que representa 3800 produtores – incluindo Francisco Corado –, diz que o que tem ouvido dos associados é que a situação “é extremamente grave”. “As secas têm sido sucessivas, mas esta já nos arriscamos a dizer que será a pior de que temos memória. Choveu muitíssimo pouco de Novembro até à data”, diz. A seca não escolhe e visa todos por igual. A também presidente da Câmara de Arronches diz que o efeito faz-se sentir “dos cereais às pastagens, às vinhas e pomares, que são poucos, ao olival, para quem não tem regadio”. Quem depende da rega “irá ser afectado mais à frente”, se não chover.

Restante reportagem aqui
 

Ricardo Carvalho

Cumulonimbus
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23 Jul 2015
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Azeitão/Sesimbra
Não há “água nova” no Guadiana e no Sado. Quem vive da terra e dos rios sofre com isso
No Guadiana falta peixe e no Sado há barragens com um volume de armazenamento de apenas 12% e 16%. Nas culturas de sequeiro, só a chuva pode ajudar a minorar perdas que se prevêem “em grande escala”. Quem depende da rega, também não tem garantias. A seca não escolhe quem vai afectar e isso sente-se nas margens dos dois rios.

Já passaram alguns anos desde que António dos Reis Soeiro, 78 anos, apanhou lampreia que se visse no Guadiana. O pescador da aldeia de Pomarão – colada à fronteira com Espanha e com a barragem espanhola do Chança quase a fazer sombra ao casario – está sentado à porta de casa a aproveitar o sol que espreita entre as nuvens negras desta tarde de domingo. “Aqui há uns anos, eu e outro rapaz chegámos a apanhar 986 lampreias. Mas tem vindo a diminuir. Cento e tal... No ano passado foram duas e este agora só uma”, diz, desalentado. A explicação, coloca-a na falta de chuva, que faz com que a água do Guadiana e das ribeiras que o engordam não se renove. “A água é sempre a mesma, está a compreender? E o peixe não entra. A água não vem da barragem, nem das ribeiras, nem dos barrancos. Isto não está nada famoso.”

Quem olha lá para baixo, para o Guadiana a espraiar-se largo entre as margens, pode ter dificuldade em acreditar no velho pescador de boina e olhos claros. Mas ele sabe do que fala. As cheias, que ajudam à subida da lampreia e antigamente levavam as águas do rio a invadir ruas e casas do Pomarão (há marcas a assinalar a chegada das águas às habitações baixinhas), são algo que não se vê por ali desde 1997. Nesse ano, as barragens encheram tanto que foi preciso abri-las. O alerta chegou na noite de 5 de Novembro. Na manhã do dia 6 estava tudo como mostram as fotografias que Margarida, esposa do velho pescador, mostra agora: as ruas mais baixas da aldeia já não se vêem, a água chega aos patamares superiores, onde está a casa de ambos, e, atrás, poderosos jactos de água saltam ainda da barragem espanhola.
........................
O Inverno que agora terminou foi já classificado pelo IPMA como o 4.º mais seco do século, com a precipitação ocorrida entre Dezembro e Fevereiro a corresponder a cerca de 41% do valor médio. Uma situação que se reflecte no volume de água armazenado nas albufeiras das barragens nacionais – e também espanholas, onde tem chovido ainda menos do que em Portugal. Em Março, havia dez barragens com um armazenamento inferior a 40% (eram apenas três em 2018), e duas delas estavam no Guadiana: a barragem da Vigia (24%) e a do Caia (32%).
Ano perdido
Luís Rodrigues, 38 anos, aproveitou o domingo de manhã para passar pela albufeira do Caia e procurar apanhar algum peixe com uma cana. À volta, só se ouvem pássaros ou o carro muito ocasional que atravessa a estrada lá em cima. O silêncio é tanto que se ouve o barulho de um cão a sacudir a água do pelo, depois de um banho na albufeira, a poucas centenas de metros de distância. O homem olha em redor, para as encostas em que é bem visível o local onde devia haver água – há uma faixa larga de terra castanha, despida, e só depois começam as primeiras ervas e árvores. “Isto devia estar mais cinco ou seis metros acima. Já tínhamos tido seca no ano passado. Agora já cortaram a rega em Setembro e, com os olivais intensivos, isto vai ser muito complicado”, diz.

Há-de ser para a rega, mas Francisco Corado, 46 anos, nem nessa hipótese pode pensar. Nos 400 hectares da Herdade da Fragosa, onde cria gado, a pastagem de que os animais precisam para se alimentarem é produzida em regime exclusivo de sequeiro. Ali, diz o produtor de Arronches, já quase não vale a pena ter esperança que chova. Porque não é possível recuperar de um Inverno sem chuva. “A pastagem vai ser sempre afectada porque as plantas que estão secas já não recuperam. O ciclo da planta fechou. Isto são plantas de sequeiro, pode chover que nunca recuperam”, diz.

Fermelinda Carvalho, presidente da Associação de Agricultores de Portalegre, que representa 3800 produtores – incluindo Francisco Corado –, diz que o que tem ouvido dos associados é que a situação “é extremamente grave”. “As secas têm sido sucessivas, mas esta já nos arriscamos a dizer que será a pior de que temos memória. Choveu muitíssimo pouco de Novembro até à data”, diz. A seca não escolhe e visa todos por igual. A também presidente da Câmara de Arronches diz que o efeito faz-se sentir “dos cereais às pastagens, às vinhas e pomares, que são poucos, ao olival, para quem não tem regadio”. Quem depende da rega “irá ser afectado mais à frente”, se não chover.

Restante reportagem aqui


Uma triste realidade, que infelizmente muitas pessoas ainda não conseguem ver!:unsure: Um dia ainda vamos chegar a triste época , em que os jornalistas vão dar a notícia de bom tempo quando estiver de chuva!