Seguimento Meteorológico Livre 2019

joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Isso não são em geral valores normais para esta época do ano?
Não, e este mapa só não está pior graças ao facto de junho não estar a ser quente. Valores inferiores a 50% e a 10% em diversos locais é preocupante, pois, ainda não sabemos o que os próximos meses podem trazer.
Quanto à chuva dos próximos dias, as previsões apontam para acumulados entre os 0.5mm e 1mm, sendo que há quase 2 meses que não chove nada de significativo por cá. Mas pronto, pelo menos as temperaturas mantém-se agradáveis.
 


N_Fig

Cumulonimbus
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29 Jun 2009
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Figueira da Foz
Não, e este mapa só não está pior graças ao facto de junho não estar a ser quente. Valores inferiores a 50% e a 10% em diversos locais é preocupante, pois, ainda não sabemos o que os próximos meses podem trazer.
Quanto à chuva dos próximos dias, as previsões apontam para acumulados entre os 0.5mm e 1mm, sendo que há quase 2 meses que não chove nada de significativo por cá. Mas pronto, pelo menos as temperaturas mantém-se agradáveis.
Hum, estava a comparar com os mapas dos relatórios do IPMA, mas sendo estes para 30 de junho, é normal que nesta altura devesse haver valores mais altos
 
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Pek

Cumulonimbus
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24 Nov 2005
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Menorca
Atualizo:

- Dias de trovoada AEMET (Completo)

Janeiro
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Fevereiro
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Março
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Abril
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Maio
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Junho
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Julho
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Agosto
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Setembro
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Outubro
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Novembro
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Dezembro
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O máximo ibérico está localizado nas províncias de Huesca, Lérida, Gerona e norte de Barcelona, com entre 45 e 50 dias de trovoada por ano (quase todas no período maio-setembro). Esta área ibérica é também um dos máximos europeus, juntamente com algumas áreas da zona sul alpina.


- Descargas eléctricas (falta 1 mapa)

Janeiro
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Fevereiro
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Março
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Abril
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Maio
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Junho
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Julho
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Setembro
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Outubro
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Novembro
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Dezembro
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O máximo ibérico é em Teruel, também um dos máximos europeus:

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Mapa de Anderson e Klugmann corrigido com os dados de AEMET

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rokleon

Nimbostratus
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2 Abr 2016
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Esmoriz
Mas eu também não disse que é certo que vai cair.
Deverá cair, já estamos a um dia e o IPMA aponta para chuva no continente nacional todo. No entanto, mais fraca no Centro e Sul. Agora, claro, com chuva fraca diria que algumas regiões mais pequenas do Sul podem escapar, infelizmente...
 
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bandevelugo

Cumulus
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3 Jan 2008
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Mas o problema é as alterações climáticas afetam desproporcionalmente os pobres, que pouco contribuem para esse PIB.

Um dos gráficos mais relevantes do relatório é este:

5tes1ma.png


Um ciclone tropical no Japão tendencialmente não provoca grandes danos no PIB porque a infraestrutura está bem preparada. Paralelamente, se um ciclone tropical varrer o Bangladesh ou o Iémen também não haverá grandes alterações no PIB porque são extremamente pobres.

A utilização das mortes para contabilizar os efeitos das alterações climáticas também não é útil. Atualmente os modelos meteorológicos permitem a evacuação de milhões com alguma antecedência. Isto não acontecia há 30 anos atrás.

As secas afetam cada vez mais pessoas nos locais habituais mas o número de mortos e deslocados é contido devido à ajuda internacional. Isto quer dizer que o aumento da frequência e intensidade das secas não interessa? Quem garante que haverá sempre ajuda para as dezenas de milhões que necessitam dela?

As alterações climáticas não podem ser entendidas isoladamente, mas em conjunção com outros fatores. Em muitos países por esse mundo fora há excessiva utilização dos aquíferos para suprir as necessidades de uma população em contínuo crescimento. As alterações na precipitação exacerbam essa necessidade e não existe água infinita.

As alterações climáticas devem ser entendidas num longo período de tempo. Não é por causa que nada aconteceu nos últimos 20 anos que quer dizer que será sempre assim. Entre muitas outras coisas, as alterações climáticas também contribuem para a degradação dos solos que já estão saturados pela exploração excessiva. Isto contribui para mais desflorestação e perda de biodiversidade.

Os países desenvolvidos vivem numa bolha. Assume-se que as alterações climáticas (independentemente da sua origem) são pouco importantes porque a tecnologia compensa muita coisa. Mas a maior parte do mundo é pobre e não tem acesso às mesmas benesses. E quando as condições se tornam insuportáveis, as pessoas movem-se em massa.

Em jeito de resumo, é fácil perceber. Mesmo que as alterações climáticas sejam naturais, elas continuam a representar um enorme problema (mais para as gerações vindouras porque as mais culpadas estarão mortas).


Caro Orion, muito obrigado pela sua paciência, e perdão a todos pelo off-topic.

Concordo com muito do que refere, e sobretudo com uma asserção de que muitos se esquecem: alterações climáticas, medidas à escala de séculos, sempre as houve e alguns historiadores/biólogos defendem mesmo que nalguns casos elas foram o catalizador para a evolução da Humanidade - p.ex. a invenção da agricultura e pastorícia no Crescente Fértil.

A Humanidade tem de se preparar para isso, seja aquecimento (que de há 100-150 anos se constata, com variações), seja arrefecimento, como aconteceu há 500 anos e nalguns casos dizimou populações inteiras de países como a Finlândia, nos picos da "crise climática". Mas o que me preocupa mais é aquilo que referiu - a desnecessária destruição de recursos que muitas vezes se verifica, por cupidez humana e deficiências de organização da sociedade (seja mais capitalista ou mais estatista).

De resto, há 50 anos que "profetas da desgraça", alguns deles cientistas encartados, anunciam o fim do mundo para "daqui a 10 ou 15 anos" e ainda por cá andamos todos, a discutir estas coisas na internet e no conforto do sofá e bem alimentados (no geral).

E há uma coisa que merece ser salientada: hoje há cada vez menos pobreza extrema no mundo, e a evolução tem sido absolutamente espantosa - embora não atinja infelizmente partes do mundo como África. Veja só este gráfico:

https://ourworldindata.org/grapher/distribution-of-population-poverty-thresholds

Isso significará mais pessoas preparadas para desastres naturais, com toda a certeza.

A única questão que falta responder é a seguinte: há limites para a utilização dos recursos naturais do planeta? Certamente, mas de difícil resposta para os próximos 30 ou 50 anos (nunca mais acabam de descobrir novas jazidas de petróleo e de gás natural). Aguentarão os ecossistemas a crescente perda de espécies? É assustador, ninguém sabe responder, mas o planeta recuperou de catástrofes bem piores no passado, isso é certo. Levou milhares ou milhões de anos, mas recuperou até à situação atual (incluindo a perda de espécies provocada pelas últimas glaciações).

Sou dos que têm fé (é isso mesmo, fé) na capacidade regeneradora do planeta e, sobretudo, na capacidade humana de gerar tecnologia que ultrapasse os problemas atuais, incluindo a inevitável poluição e depleção de recursos naturais que decorre do crescimento populacional e da melhoria do nível de vida nos países pobres - mas posso estar errado!
 
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Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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De resto, há 50 anos que "profetas da desgraça", alguns deles cientistas encartados, anunciam o fim do mundo para "daqui a 10 ou 15 anos" e ainda por cá andamos todos, a discutir estas coisas na internet e no conforto do sofá e bem alimentados (no geral).

Verdade e já escrevi muita vez contra esse tipo de coisas que aparece mais do que devia. A intenção até pode ser boa mas a médio prazo é contraproducente.

Ainda assim o problema é significativo.

A única questão que falta responder é a seguinte: há limites para a utilização dos recursos naturais do planeta? Certamente, mas de difícil resposta para os próximos 30 ou 50 anos (nunca mais acabam de descobrir novas jazidas de petróleo e de gás natural).

A questão é outra: Será que a descoberta de novas reservas compensa o declínio das atuais tendo em conta o contínuo crescimento da procura?

Desde já antecipo-me, escrevendo que o maior aumento da oferta veio do tal xisto dos EUA que não é sustentável a longo prazo (os poços até esgotam-se mais depressa do que os convencionais). A indústria está-se a focar na produção em detrimento dos investidores que continuam a ver (a maioria d)as empresas no 'vermelho'. E o preço do petróleo é irrelevante porque as despesas com os fornecedores também aumentam (camiões com água, químicos e areia). Em suma, há uma positividade irrealista associada ao xisto e são >8 milhões de barris por dia que estão longe de estar assegurados.

É assustador, ninguém sabe responder, mas o planeta recuperou de catástrofes bem piores no passado, isso é certo. Levou milhares ou milhões de anos, mas recuperou até à situação atual (incluindo a perda de espécies provocada pelas últimas glaciações).

Isso para 'nós' é irrelevante porque a humanidade ou não presenciou os maiores desastres que se tem conhecimento ou (quando aplicável) fê-lo em números muito inferiores. O típico citadino não faz a mínima como sobreviver na natureza sem nada :D

Sou dos que têm fé (é isso mesmo, fé) na capacidade regeneradora do planeta e, sobretudo, na capacidade humana de gerar tecnologia que ultrapasse os problemas atuais, incluindo a inevitável poluição e depleção de recursos naturais que decorre do crescimento populacional e da melhoria do nível de vida nos países pobres - mas posso estar errado!

Quanto a isso... dá-me exemplos de tecnologia que resolveram problemas existenciais e/ou de larga escala? Os OGM's, por exemplo, (que vão acabar por ser mais aberrações do que já são) não acabaram com a necessidade de mais terra nem cessaram a agricultura intensiva que muito dano faz aos solos.

Se calhar a 'tecnologia', se e quando for criada, pode não ser tão salvadora como se pensa.
 
Última edição:

algarvio1980

Furacão
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21 Mai 2007
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Olhão (24 m)
A nova versão do GFS, é ainda mais "burra" que a anterior. :lmao:



Depois vai-se a ver e nada. :D :lol:
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
63ºC ao sol, porque à sombra foram 52,2ºc.
São os valores medidos à sombra que contam para os registos oficiais... Ainda assim, muito calor (mas não chegou ao recorde mundial, como dizem na notícia).