Agricultura

MSantos

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Aveiras de Cima
Como prometi, deixo aqui fotos da colheita de este ano de batatas. Ainda só arranquei aproximadamente 40% do semeado em Fevereiro/Março. Hoje renderam 253kg, juntando ao que já fui arrancando em abril/maio, já colhi 325kg este ano.

As que foram semeadas mais tarde:

Boa colheita Between! :w00t::thumbsup:
 
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criz0r

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11 Abr 2008
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Boas,

Tenho uma pequena horta biológica num terreno perto da minha casa e costumo fazer plantação de vários tipos de legumes, nomeadamente pepinos, pimentos, beringelas e tomate.

A colheita de pepino este ano tem sido a valer, mas nas ultimas semanas as folhas da planta estão a ficar amareladas ao ponto de murcharem. Rego as plantas com frequência e o terreno recebe luz solar praticamente o dia todo, desde as 9h até cerca das 20h.

Alguém tem ideia do que pode ser isto e se é possivel tratar ? Até já pensei se não seria falta de Sol, devido á persistência de dias com nebulosidade.

Agradeço desde já qualquer feedback .
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Pedro1993

Super Célula
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Boas,

Tenho uma pequena horta biológica num terreno perto da minha casa e costumo fazer plantação de vários tipos de legumes, nomeadamente pepinos, pimentos, beringelas e tomate.

A colheita de pepino este ano tem sido a valer, mas nas ultimas semanas as folhas da planta estão a ficar amareladas ao ponto de murcharem. Rego as plantas com frequência e o terreno recebe luz solar praticamente o dia todo, desde as 9h até cerca das 20h.

Alguém tem ideia do que pode ser isto e se é possivel tratar ? Até já pensei se não seria falta de Sol, devido á persistência de dias com nebulosidade.

Agradeço desde já qualquer feedback .
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Os pepinos, são muito susceptíveis ao mídio, e oídio, e com este últimos dias com as tempertauras mais baixas, e com mais humidade, e também ocorre isto depois de a planta dar os seus pepinos, enfraquece logo assim muito rapidamente.
O que podes fazer, que é o que eu faço aos pepinos na quinta de agricultura biológica onde trabalho, e fazer uma espécie de estendal, por cima, com uma corda, e depois colocas um cordel do estendal, a cada planta, de modo a ela não estar em contacto com o solo.
Mas agora se eles já produziram, o melhor é se quiseres ter produção é plantares novas plantas, ou podes sempre podar essas folhas que estão afectadas, pois parece-me que nas pontas está a querer regenerar, e estão bem verdes.
 

criz0r

Cumulonimbus
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Obrigado pelos conselhos @Pedro1993 ;).
Sim, este ano estou a ter realmente uma boa colheita com cerca de 6 a 7 frutos por planta. Vou tentar a 1ª solução do estendal, mas pelo sim pelo não vou comprar mais alguns pés para aproveitar o resto do Verão. As minhas beringelas é que está difícil..
 
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MSantos

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Os pepinos, são muito susceptíveis ao mídio, e oídio, e com este últimos dias com as tempertauras mais baixas, e com mais humidade, e também ocorre isto depois de a planta dar os seus pepinos, enfraquece logo assim muito rapidamente.
O que podes fazer, que é o que eu faço aos pepinos na quinta de agricultura biológica onde trabalho, e fazer uma espécie de estendal, por cima, com uma corda, e depois colocas um cordel do estendal, a cada planta, de modo a ela não estar em contacto com o solo.
Mas agora se eles já produziram, o melhor é se quiseres ter produção é plantares novas plantas, ou podes sempre podar essas folhas que estão afectadas, pois parece-me que nas pontas está a querer regenerar, e estão bem verdes.

Pedro, Aproveitando a deixa do @criz0r faço-te também uma questão que talvez saibas responder. Tenho alguns pés de courgette que estão com muita dificuldade em amadurecer os frutos. As pequenas courgettes quando estão a crescer a determinada altura começam a amarelecer, o seu crescimento é interrompido e apodrecem agarradas à planta, o que será? Penso que talvez seja o contacto com a água da rega mas sinceramente não sei. :huh: É a segunda vez que planto courgettes e é a primeira vez que me acontece. :hmm:

Vou tentar tirar uma foto quando estiver na horta.
 

Pedro1993

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Pedro, Aproveitando a deixa do @criz0r faço-te também uma questão que talvez saibas responder. Tenho alguns pés de courgette que estão com muita dificuldade em amadurecer os frutos. As pequenas courgettes quando estão a crescer a determinada altura começam a amarelecer, o seu crescimento é interrompido e apodrecem agarradas à planta, o que será? Penso que talvez seja o contacto com a água da rega mas sinceramente não sei. :huh: É a segunda vez que planto courgettes e é a primeira vez que me acontece. :hmm:

Vou tentar tirar uma foto quando estiver na horta.

Eu este ano, tenho tido muitos cougettes, de poucas plantas, pois produzem muito, e não tenho tido problemas, mas em anos anteriores isso que explicas, já me aconteceu, eu penso que isso se deve á polinização deficitária, ou que não foi feita correctamente pela abelha, pois os courgettes gostam de estar ao sol.

Isti é o que acontece já em estado avançado.

Eu pratico varios tipos de horta actualmente, desde a familiar, até á de escala comercial, e nem sempre se deve ao facto de o courgette entrar dentro do rego com água, e apodocer, claro que por vezes pode ser o problema, mas nem sempre.
Eu estou cá é para ensinar e aprender ao mesmo tempo com todos voces.

how-to-effectively-fight-pests-and-diseases-of-courgettes-9.jpg
 

Pedro1993

Super Célula
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Obrigado pelos conselhos @Pedro1993 ;).
Sim, este ano estou a ter realmente uma boa colheita com cerca de 6 a 7 frutos por planta. Vou tentar a 1ª solução do estendal, mas pelo sim pelo não vou comprar mais alguns pés para aproveitar o resto do Verão. As minhas beringelas é que está difícil..

As beringelas levam sempre muito tempo, uns 4 a 5 meses pelo menos, até começar a produção, mas depois de darem as primeiras, nunca mais param, ou melhor só param quando vierem as chuvas e as geadas.
 
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Mr. Neves

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O assunto "cucurbitáceas" é algo que sempre me despertou muito interesse e curiosidade, ao ponto de todos os anos semear nuns pneus largos algumas variedades (entenda-se abóbora e courgette). A produtividade como seria de esperar não é a mesma que numa horta, mas no meu caso tem também a ver com o sitio propriamente dito, já que o espaço está confinado a umas paredes que tornam o ambiente muito quente e mais seco no Verão, algo que um sistema de rega gota gota atenuaria, para além disso a presença de sol não é regular em todo o espaço, e perante isto acabo por ficar com alguma limitação de espaço. No entanto, o facto de as ter tão perto de mim, permite-me percecionar melhora o ciclo de vida destas plantas e aprofundar conhecimentos relativamente a doenças e outros aspetos.

Este tipo de hortícolas geralmente envolve um consumo muito grande de nutrientes, pelo que é essencial que proceda aos espaçamentos mínimos entre plantas na transplantação ou sementeira, mas mais essencial ainda é a preparação do solo, que necessita de ser bem misturado com estrumes, os estrumes de cavalo e ovídeos são muito bons para o efeito se forem maduros, daí que não é muito conveniente fertilizar a terra com estrumes pouco maturados e fazer a sementeira logo a seguir, corre-se até o risco das plântulas se queimarem devido ao calor produzido com a fermentação. Lá por exigirem muitos nutrientes não significa que se tenha de fazer uma adubação desmesurada, e chamo atenção à utilização dos adubos químicos, que em excesso e na altura errada do ciclo das plantas, podem matar por completo a microbiologia do solo, algo essencial para absorção de nutrientes e decomposição de matéria orgânica. Dar preferência efetivamente aos adubos orgânicos (alguns costumam ser bem caros), e no caso dos adubos químicos preferir aqueles que contêm micronutrientes para além do NPK e se possível alguns microorganismos na sua composição, neste aspeto, e passado publicidades à parte a gama amicote parece-me ser muito boa (se de facto as tecnologias que dizem usar forem verdadeiras:rolleyes:). A reposição de micronutrientes é muitas vezes necessária - molibidénio, boro, ferro entre outros são de grande importância, em geral os adubos à base de algas são ótimas soluções.


Boas,

Tenho uma pequena horta biológica num terreno perto da minha casa e costumo fazer plantação de vários tipos de legumes, nomeadamente pepinos, pimentos, beringelas e tomate.

A colheita de pepino este ano tem sido a valer, mas nas ultimas semanas as folhas da planta estão a ficar amareladas ao ponto de murcharem. Rego as plantas com frequência e o terreno recebe luz solar praticamente o dia todo, desde as 9h até cerca das 20h.

Alguém tem ideia do que pode ser isto e se é possivel tratar ? Até já pensei se não seria falta de Sol, devido á persistência de dias com nebulosidade.

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Nunca semeei pepinos, no entanto tenho pessoas próximas de família que o fazem e acompanho o cultivo quando posso no verão, e de facto queixam-se bastante das doenças que o @Pedro1993 referiu, e neste sentido os nossos verões regra geral não ajudam muito, porque frequentemente existe uma boa percentagem de dias em que as brisas marítimas se fazem sentir e como consequência surgem as famosas orvalhadas, nevoeiros e afins, o que em conjunto com as temperaturas amenas, geram condições ótimas para a proliferação de fungos, e por vezes vírus como é o caso do vírus mosaico. Efetivamente arranjar um suporte em altura para os pepineiros pode ajudar, umas estacas de madeira como alguns cordéis atravessados são o suficiente. No entanto é de referir que os pepineiros à semelhança de outras plantas da família possuem "raízes secundárias" ao longo dos vários elos da vinha o que ajuda à fixação no solo, mas mais importante que isso à obtenção extra de nutrientes, e isso é algo que se perde quando se estacam os pepineiros. Soluções?

De facto não há muito fazer neste sentido e muito menos em agricultura biológica (eu estou a falar mas sou totalmente contra fungicidas e afins, pelo que também não uso). Uma das razões para os pepineiros serem mais vulneráveis a doenças tem a ver com morofologia da sua raiz, é mais fraca mais pequena e vulnerável aos nemátodos, comparativamente à raiz de outras cucurbitáceas como a abóbora. Ora com isto pretendo chegar às enxertias, onde a abóbora serve então de porta enxerto, existem inúmeras técnicas para realizar a enxertia, no entanto algo comum a todas as elas são os valores de humidade e temperatura a manter durante o processo de cicatrização, que tem que ser ideais, e ainda a luz, que tem que ser também fraca. Se a enxertia correr bem, é praticamente garantido um aumento da produtividade, e uma maior resistência às várias doenças incluindo o míldio, oídio e outras. Como nunca o fiz, não sei até que ponto isto permitiria deixar os pepineiros a rastejar no solo, mas seria um bom estudo comparar as relações produtividade/resistência em plantas com e sem enxertia, e com e sem estaca.

Mas porque estou com esta conversa? Olhando para as folhas dos teus pepineiros, diria que têm sérias chances de estar infetados ao nível da raíz com os ditos nemátodos, e se assim for pouco resta a fazer a não ser arrancar a planta. Os nemátodos geram galhas nas raízes, diminuem o volume de raízes e consequentemente leva a uma menor absorção de nutrientes, o que traz à planta uma série de deficiências como cloroses (amarelecimento das folhas/vinha), e simultâneamente abre portas a outras doenças. Os próprios nemátodos são por vezes vetores para outras doenças. Olhando para as folhas nota-se pelo menos uma falta acentuada de potássio, a falta de potássio reflete-se pelo amarelecimento/envelhecimento precoce das bordas das folhas e por aparecimento dessas pontuações meias douradas, o amarelecimento pode de resto também estar associado a falhas de fósforo/azoto. Se de facto existirem os ditos nemátodos não valerá a pena avançar para uma adubação, se não existirem, podes sempre arranjar um adubo biológico rico em potássio e aplicar, como sugestão há húmus liquido de minhoca, muito embora nestas circunstâncias seja quase impossível recuperar plantas com adubos orgânicos. É de qualquer modo impossível ter 100% de certeza da dita infeção, no entanto há fatores que devem ser analisados, como fazer uma comparação entre os pepineiros, em termos da forma como o solo foi preparado, ou seja o tipo e quantidades de estrumes/substratos, a quantidade de pepinos produzidos enfim. Como dizes que a produção de pepinos foi muito boa, pode até de facto existir uma deficiência de nutrientes e micronutrientes (lembrando que a concessão dos frutos, entre outros nutrientes envolve consumo avolumados de potássio, fósforo, cálcio e magnésio), mas grande parte das vezes o problema é com os ditos cujos nemátodos.

Estes seriam o meus principais palpites para o estranho aspeto das folhas, no entanto pode haver sempre algum problema relacionado com os afídios. Não me parece no entanto que as folhas estejam doentes com míldio. Atenção à forma como manipulas as plantulas na transplantação, a sua raiz é muito sensível às mudanças.

Pedro, Aproveitando a deixa do @criz0r faço-te também uma questão que talvez saibas responder. Tenho alguns pés de courgette que estão com muita dificuldade em amadurecer os frutos. As pequenas courgettes quando estão a crescer a determinada altura começam a amarelecer, o seu crescimento é interrompido e apodrecem agarradas à planta, o que será? Penso que talvez seja o contacto com a água da rega mas sinceramente não sei. :huh: É a segunda vez que planto courgettes e é a primeira vez que me acontece. :hmm:

Relativamente às enxertias se estiveres interessado dá uma vista de olhos neste documento (https://www.extension.purdue.edu/extmedia/ho/ho-328-w.pdf), no youtube há imensos videos a demonstrar as técnicas. Uma coisa que é difícil de encontrar, são as molas clip de enxertia, razão pela qual ainda não me aventurei.

Vou tentar tirar uma foto quando estiver na horta.

As courgettes são outro tipo de cucurbitácea algo vulnerável a determinadas doenças, em particular o vírus do mosaico. Como não mostras foto, será difícil perceber se esse amarelecimento está relacionado com doenças, falta de nutrição, ou se se trata da dita fraca polinização que o Pedro já referiu. Se efetivamente o problema estiver relacionado com polinização aconselho-te a fazeres polinização manual, é assim que faço com as minhas abóboras e courgettes. No dia anterior procuro perceber se as flores fêmea se encontram prestes abrir, procuro simultaneamente flores macho na mesma condição e fecho-as com uma mola, na manhã seguinte antes da temperatura subir e o sol incidir em demasia nas flores, corto as flores macho, retiro as pétalas e sépalas e esfrego os estames delicadamente sobre os estigmas da flor fêmea, não é preciso muito pólen e uma flor macho basta. Deste modo garanto que a polinização é efetivamente realizada, por vezes (raras vezes) não tenho sucesso. Não há nada como os insetos polinizadores (abelhas), mas infelizmente nem sempre elas levam o pólen certo para as flores fêmea e vezes há que nem se quer entram nas ditas flores. Se se quiser assegurar a formação de frutos puros sem contaminações genéticas de outras variedades deve-se fechar também a flor fêmea no dia anterior.

 

criz0r

Cumulonimbus
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@Mr. Neves

Obrigado pela explicação, uma vez que algumas plantas têm pequenos rebentos a nascer, optei primeiro por cortar as folhas mais afectadas e até ao momento parece estar a resultar. Vamos ver se se aguenta mais algum tempo, de qualquer maneira, acho que para o ano vou mesmo optar pela vossa solução de colocar a plantação em estacas visto que as ervas daninhas dão-me cabo do juízo.
 
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@Mr. Neves

Obrigado pela explicação, uma vez que algumas plantas têm pequenos rebentos a nascer, optei primeiro por cortar as folhas mais afectadas e até ao momento parece estar a resultar. Vamos ver se se aguenta mais algum tempo, de qualquer maneira, acho que para o ano vou mesmo optar pela vossa solução de colocar a plantação em estacas visto que as ervas daninhas dão-me cabo do juízo.

Veremos então como os pepineiros reagem, contudo na sequência do que referi no meu post anterior, se realmente os meus palpites estiverem certos de pouco servirá cortar as folhas, porque os rebentos estarão sujeitos aos mesmos problemas e tendencialmente devem seguir o mesmo destino. Claro está que as folhas mais velhas são as primeiras a sofrer.

As estacas ajudam, mas como disse não me parece ser a solução perfeita, mas isto é uma opinião muito infundada, dado que não disponho de dados concretos de pepinos enxertados e não estacados. É que não sei até que ponto uma enxertia de abóbora e pepino fosse suficientemente mais imune às doenças fúngicas.

A enxertia do pepino com a abóbora (porta enxerto) requer alguma prática e por isso várias tentativas e erro, isto porque falamos de tecidos bastante frágeis. É necessário ter uma boa lâmina para fazer os cortes. Eu como não semeio pepinos e como regra geral tenho muita pouca disponibilidade, nunca iniciei estes testes, e agora no Verão que vou tendo algum tempo extra, acontece que as temperaturas não são muito boas para o efeito. Mas aconselhava-te vivamente a tentares fazê-lo, os estudos disponíveis indicam que traz várias vantagens.

Uma das coisas a ter em conta, prende-se com o tipo de variedade de abóbora, do que tenho lido as Cucurbita moshcata são bastantes compatíveis nestes processos de enxertia, já as Cucurbita maxima, têm também mostrado boa compatibilidade, e na minha opinião talvez até sejam a melhor solução porque é a espécie que possui raízes mais poderosas. Após a enxertia como já referi, é necessário criar uma atmosfera protetora/estufa onde a humidade relativa seja muito próxima dos 100%, a luminosidade deve ser fraca, e a temperatura não deve ultrapassar os 29ºC nem estar abaixo dos 25ºC. Esta parte da estufa é algo delicado de controlar, e claro que está que aquelas grandes estufas de viveiros com sistemas de climatização levam grande vantagem.

Existem várias técnicas de enxertia, e chegado a este ponto tenho tido outro pretexto desincentivador, é que em lado nenhum do mercado (exceto na net), encontro umas famosas molas clip de enxertia, já apareceram no Lidl em tempos, mas era grandes demais. Apesar disto, um dos passos fulcrais será remover os tecidos meristemáticos da aboboreira (porta enxerto) e retirar as raízes do pepineiro.Deixo aqui uns artigo e alguns vídeos:

Artigo:
https://www.extension.purdue.edu/ex...GYl4_ubRTh8eW_VYjvfZ1PEI7sKTUdUTRbY_kSIXnWQ_g
Video referente ao artigo:


Outro Artigo (entretanto como poderão ver pelo título a técnica da enxertia é também largamente utilizada em melancias, melões e outros, neste caso para além da resistência a microorganismos nefastos, está o facto de que as raízes de abóbora toleram muito melhor o facto de o solo ficar muito húmido):
http://www.vegetablegrafting.org/wp/wp-content/uploads/2018/04/WatermelonMelonGrafting3-15-18.pdf

Mais algumas técnicas em video:


Achei este procedimento interessante:hehe::


Neste outro video, as técnicas não são muito diferentes, mas saltou-me à vista o facto de a união não precisar da dita mola, no entanto ainda não percebi muito bem que fita de alumínio é aquela:intrigante::intrigante:


Outro video, onde se usa outra fita, aqui parece fita adesiva, será?:intrigante:


Bom depois destes videos fiquei com bastante vontade de meter as mãos na massa, mas o problema é a climatização da estufa:unsure:
 
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Veremos então como os pepineiros reagem, contudo na sequência do que referi no meu post anterior, se realmente os meus palpites estiverem certos de pouco servirá cortar as folhas, porque os rebentos estarão sujeitos aos mesmos problemas e tendencialmente devem seguir o mesmo destino. Claro que está que as folhas mais velhas são as primeiras a sofrer.

As estacas ajudam, mas como disse não me parece ser a solução perfeita, mas isto é uma opinião muito infundada, dado que não disponho de dados concretos de pepinos enxertados e não estacados. É que não sei até que ponto uma enxertia de abóbora e pepino fosse suficientemente mais imune às doenças fúngicas.

A enxertia do pepino com a abóbora (porta enxerto) requer alguma prática e por isso várias tentativas e erro, isto porque falamos de tecidos bastante frágeis. É necessário ter uma boa lâmina para fazer os cortes. Eu como não semeio pepinos e como regra geral tenho muita pouca disponibilidade, nunca iniciei estes testes, e agora no Verão que vou tendo algum tempo extra, acontece que as temperaturas não são muito boas para o efeito. Mas aconselhava-te vivamente a tentares fazê-lo, os estudos disponíveis indicam que traz várias vantagens.

Uma das coisas a ter em conta, prende-se com o tipo de variedade de abóbora, do que tenho lido as Cucurbita moshcata são bastantes compatíveis nestes processos de enxertia, já as Cucurbita maxima, têm também mostrado boa compatibilidade, e na minha opinião talvez até sejam a melhor solução porque é a espécie que possui raízes mais poderosas. Após a enxertia como já referi, é necessário criar uma atmosfera protetora/estufa onde a humidade relativa seja muito próxima dos 100%, a luminosidade deve ser fraca, e a temperatura não deve ultrapassar os 29ºC nem estar abaixo dos 25ºC. Esta parte da estufa é algo delicado de controlar, e claro que está que aquelas grandes estufas de viveiros com sistemas de climatização levam grande vantagem.

Existem várias técnicas de enxertia, e chegado a este ponto tenho tido outro pretexto desincentivador, é que em lado nenhum do mercado (exceto na net), encontro umas famosas molas clip de enxertia, já apareceram no Lidl em tempos, mas era grandes demais. Apesar disto, um dos passos fulcrais será remover os tecidos meristemáticos da aboboreira (porta enxerto) e retirar as raízes do pepineiro.Deixo aqui uns artigo e alguns vídeos:

Artigo:
https://www.extension.purdue.edu/ex...GYl4_ubRTh8eW_VYjvfZ1PEI7sKTUdUTRbY_kSIXnWQ_g
Video referente ao artigo:


Outro Artigo (entretanto como poderão ver pelo título a técnica da enxertia é também largamente utilizada em melancias, melões e outros, neste caso para além da resistência a microorganismos nefastos, está o facto de que as raízes de abóbora toleram muito melhor o facto de o solo ficar muito húmido):
http://www.vegetablegrafting.org/wp/wp-content/uploads/2018/04/WatermelonMelonGrafting3-15-18.pdf

Mais algumas técnicas em video:


Achei este procedimento interessante:hehe::


Neste outro video, as técnicas não são muito diferentes, mas saltou-me à vista o facto de a união não precisar da dita mola, no entanto ainda não percebi muito bem que fita de alumínio é aquela:intrigante::intrigante:


Outro video, onde se usa outra fita, aqui parece fita adesiva, será?:intrigante:


Bom depois destes videos fiquei com bastante vontade de meter as mãos na massa, mas o problema é a climatização da estufa:unsure:


Todos os dias, estamos a aprender coisas novas, a 1ª hortícolas que eu ouvi falar que era enxertada, foi um tomateiro, e já lá vão uns bons, anos, na altura toda a gente, achava ainda estranho, e os feirantes diziam que cada tomateiro dava mais de 30 quilos, cheguei a comprar então 2 plantas, mas na verdade, nunca chegaram a produzir tanto.
O meu pai guarda uma semente de tomate, já á mais de de 30 anos, e também são bem produtivos, quando devidamente tutorados, sem necessidade de enxertar.
Deve ser preciso ser muito minucioso, com a enxertia destas hortícolas ainda com o caule tão frágil.
 
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Todos os dias, estamos a aprender coisas novas, a 1ª hortícolas que eu ouvi falar que era enxertada, foi um tomateiro, e já lá vão uns bons, anos, na altura toda a gente, achava ainda estranho, e os feirantes diziam que cada tomateiro dava mais de 30 quilos, cheguei a comprar então 2 plantas, mas na verdade, nunca chegaram a produzir tanto.
O meu pai guarda uma semente de tomate, já á mais de de 30 anos, e também são bem produtivos, quando devidamente tutorados, sem necessidade de enxertar.
Deve ser preciso ser muito minucioso, com a enxertia destas hortícolas ainda com o caule tão frágil.

Sim fazer enxertia destas plantas não é a mesma coisa que enxertar uma videira ou árvore. A grande vantagem das enxertias, neste caso prende-se mesmo com o poder de resistência a doenças, a produtividade sai também regra geral aumentada (uma planta com menos doenças produz mais), para além de que o facto de raiz de abóbora ser maior ajuda também à produtividade. Escusado será dizer que fazer enxertias e possuir um solo mal preparado para a espécie em questão, é o mesmo que nada.

Outro video interessante:
 
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Ah moce, isto sim é um bogango de jête, quase que nem dá para acarditar... Um franquelim ao topar isto, deve apanhar um cagorro!,
Dava para empanzinar uma macheia de gente durante 1 mês!


«Em Albufeira há um agricultor que cultivou uma abóbora com cerca de 450 quilos.

Barman de profissão, José Santos, de 39 anos, dedica os seus tempos livres à agricultura, cultivando um pouco de tudo na sua pequena horta em Paderne.»

http://www.postal.pt/2019/09/algarv...iVsMvvYfnTI7CuzAVQth_VNB_AIhtb9amhuAwZ_-lyd7w
 

Pedro1993

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Ah moce, isto sim é um bogango de jête, quase que nem dá para acarditar... Um franquelim ao topar isto, deve apanhar um cagorro!,
Dava para empanzinar uma macheia de gente durante 1 mês!


«Em Albufeira há um agricultor que cultivou uma abóbora com cerca de 450 quilos.

Barman de profissão, José Santos, de 39 anos, dedica os seus tempos livres à agricultura, cultivando um pouco de tudo na sua pequena horta em Paderne.»

http://www.postal.pt/2019/09/algarv...iVsMvvYfnTI7CuzAVQth_VNB_AIhtb9amhuAwZ_-lyd7w

Essas abóbora com esses pesos exurbitantes, são todas variedades americanas, com um crescimento diário na ordem dos 15 a 20 quilos, o que depois faz com que elas alcancem todo esse peso, e tenham de ser retiradas dos terrenos com recurso a retroescavadoras, ou gruas.
Eu já cheguei em tempo, a semear algumas abobreiras, e ainda colhi alguma se bem me recordo na ordem dos 80 a 100 quilos.