Tempestade Tropical Sebastien (#Atlântico AL20)



luismeteo3

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A Tempestade Tropical Sebastien ao pé das Caraíbas...
 

Jorge_scp

Nimbostratus
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Casal do Rato (Odivelas)
é sempre o aquecimento se amanhã fizer sol também é se chover idem aspas agora é tudo o aquecimento e se vier o el niño também

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra...

De facto, cientificamente não podemos atribuir estes 4 eventos tropicais num ano ao aquecimento global. Assim como alguns episódeos extremos que acontecem, e sempre aconteceram, e sempre acontecerão. Records sempre foram batidos, e continuarão a sê-lo. Anos anómalos, idem. Por outro lado, analisando de um ponto de vista climatológico, numa escala temporal mais alargada, parece evidente que esses eventos/anos "anómalos" se estão a tornar mais frequentes, e que os records se batem mais rapidamente. No caso de ciclones tropicais, olhando para o problema de um ponto de vista puramente físico e não estatístico, faz sentido que a frequência, a intensidade e a presença em locais menos habituais tenha uma tendência crescente uma vez que se alimentam essencialmente de energia proveniente da água do mar. Se a temperatura da água do mar continuar a aumentar, o resultado não é muito díficil de prever...

Evidentemente, não quero com isto dizer que de repente os Açores se tornarão uma rota de furacões de intensidade 5 ano sim, ano não. Nem daqui a 50 ou 100 anos, provavelmente.
 

luismeteo3

Furacão
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Nem tanto ao mar, nem tanto à terra...

De facto, cientificamente não podemos atribuir estes 4 eventos tropicais num ano ao aquecimento global. Assim como alguns episódeos extremos que acontecem, e sempre aconteceram, e sempre acontecerão. Records sempre foram batidos, e continuarão a sê-lo. Anos anómalos, idem. Por outro lado, analisando de um ponto de vista climatológico, numa escala temporal mais alargada, parece evidente que esses eventos/anos "anómalos" se estão a tornar mais frequentes, e que os records se batem mais rapidamente. No caso de ciclones tropicais, olhando para o problema de um ponto de vista puramente físico e não estatístico, faz sentido que a frequência, a intensidade e a presença em locais menos habituais tenha uma tendência crescente uma vez que se alimentam essencialmente de energia proveniente da água do mar. Se a temperatura da água do mar continuar a aumentar, o resultado não é muito díficil de prever...
Ainda não podes atribuir porque ainda não temos um intervalo de tempo suficiente para fazer comparações, mas sabemos que a temperatura média dos oceanos está a aumentar incluindo nas latitudes mais a norte... como tu dizes e bem, o resultado não é difícil de prever...
 

"Charneca" Mundial

Super Célula
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28 Nov 2018
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Corroios (cota 26); Aroeira (cota 59)
Fogo, outro este ano? O que se está a passar com o clima? :uau: :surprise:
E nenhum de grandes dimensões nos EUA!!! Mas que temporada de furacões tão anómala... :hmm:
 

irpsit

Cumulonimbus
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Ha uma ligeira tendencia para menos furacoes....

Alguns modelos prevem exactamente isso num globo mais quente: menos furacoes, mas maiores numeros dos de cat 4/5. Ainda nao existe consenso face a este tema.
O que tenho observado e muito mais irregularidade. Parece haver tendencia de longo prazo para uma reducao do numero de furacoes, excepto que alguns anos tem tido numeros extremamente elevados de furacoes.

Factores que interferem: a posicao do AA nos Acores e Bermuda. A quantidade de shear e poeira do Sahara.... Estes factores podem dificultar a formacao de furacoes.
Mas o aquecimento da agua facilita o crescimento explosivo e rapido de furacoes, quando estes surgem.
 

irpsit

Cumulonimbus
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Jorge, face ao que disseste acrescento algo:

Os modelos climaticos para temperaturas 6-10C acima da media actual (um cenario para niveis de CO2 acima de 1000ppm, e modelando o que aconteceu ha 55 milhoes de anos no PETM):
Esses modelos prevem coisas muito interessantes e peculiares: primeiro a subida da temperatura do oceano a grande profundidade, que actualmente e 4C para 10C ou mais.
Depois, muito menos sistemas frontais, menos estratocumulos, e muito mais convexao local.
Com temperaturas do mar acima dos 35C, menos furacoes mas furacoes muito mais pequenos e de violencia extrema. Algo nao experienciado hoje em dia.
Seria um mundo climaticamente muito muito estranho aos nossos olhos!



Nem tanto ao mar, nem tanto à terra...

De facto, cientificamente não podemos atribuir estes 4 eventos tropicais num ano ao aquecimento global. Assim como alguns episódeos extremos que acontecem, e sempre aconteceram, e sempre acontecerão. Records sempre foram batidos, e continuarão a sê-lo. Anos anómalos, idem. Por outro lado, analisando de um ponto de vista climatológico, numa escala temporal mais alargada, parece evidente que esses eventos/anos "anómalos" se estão a tornar mais frequentes, e que os records se batem mais rapidamente. No caso de ciclones tropicais, olhando para o problema de um ponto de vista puramente físico e não estatístico, faz sentido que a frequência, a intensidade e a presença em locais menos habituais tenha uma tendência crescente uma vez que se alimentam essencialmente de energia proveniente da água do mar. Se a temperatura da água do mar continuar a aumentar, o resultado não é muito díficil de prever...

Evidentemente, não quero com isto dizer que de repente os Açores se tornarão uma rota de furacões de intensidade 5 ano sim, ano não. Nem daqui a 50 ou 100 anos, provavelmente.