Bioluminescência em Portugal



camrov8

Cumulonimbus
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14 Set 2008
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Não se lembra de ver um pirilampo? A perda de habitat, a iluminação nocturna e os pesticidas são os responsáveis

Especialistas de todo o mundo responderam a um inquérito coordenado por uma universidade norte-americana e, apesar de algumas variações regionais, a percepção global é a de que a diminuição das populações de pirilampos nas últimas décadas se deve àqueles três factores.

Se calhar ainda se recorda do tempo em que, no Verão, bastava afastar-se um pouco das partes mais iluminadas da cidade para encontrar luzinhas a tremelicar nos campos mergulhados na escuridão. Pode ter sido num desses encontros acidentais que descobriu que aquelas luzes misteriosas pertenciam a pirilampos. E é provável que já há algum tempo que não tenha qualquer encontro desses. Os pirilampos estão a diminuir e um inquérito agora divulgado aponta o dedo aos principais culpados. Segundo os especialistas nestas criaturas que alimentam a imaginação, graças à sua bioluminescência, os principais responsáveis por esse desaparecimento são a perda de habitat, a iluminação nocturna e o uso de pesticidas.

https://www.publico.pt/2020/02/04/c...DbqI7kCoYmjrL2Fwv1hpgVlYP7fW5UoyMNge3uUvUvzX8
há anos que não vejo pirilampos
 

belem

Cumulonimbus
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IMG-1985.jpg


Lenha luminosa (a ser decomposta por um fungo luminoso).

Quem tiver toros de lenha lá fora à chuva, pode ser que tenha alguns que sejam luminosos...
Este fungo aparece especialmente em madeira de folhosas (mas também aparece no eucalipto).
E para ver se os toros brilham, o ideal é vê-los na escuridão.

Alguns têm porções com influência de amarelo:



Ao pé do Porto, também encontrei uns amarelados, que cresciam em madeira de carvalho-alvarinho.
 

Pedro1993

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Esta noite segue bem iluminada, pelas muitas dezenas de pirilampos, que voam e estão pousados, sobre o meu terreno, bem como nos terrenos vizinhos.
Fica a foto, de um que estava pousado numa erva, junto a uma videira, com a luz "sempre ligada".

 

belem

Cumulonimbus
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Obrigado pelo relato!

O pirilampo com a luz sempre acesa (e com o que me parecem ser uns órgãos luminosos extra junto à cabeça), tendo em conta a época do ano e a região, deverá ser uma fêmea adulta de Lamprohiza paulinoi (a Luciola, que também existe nesse local, raramente mantém a luz sempre acesa).
Esse pirilampo, também deverá ter uns órgãos luminosos ao longo do corpo (poderão ser 4, 5, 6, etc...), que deverão ser facilmente visíveis.
Não é impossível que seja outra espécie de Lamprohiza, mas em princípio, deverá ser L. paulinoi.
 

Pedro1993

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Obrigado pelo relato!

O pirilampo com a luz sempre acesa (e o que me parecem ser uns órgãos luminosos extra junto à cabeça), tendo em conta a época do ano e a região, deverá ser uma fêmea adulta de Lamprohiza paulinoi (a Luciola, raramente mantém a luz sempre acesa).
Esse pirilampo, também deverá ter uns órgãos luminosos ao longo do corpo (poderão ser 4, 5, 6, etc...).

Não é tarefa fácil, fotografar pirilampos, ainda para mais com um telemóvel, este que estava pousado, parece-me ser maior em relação ao outros que geralmente se observam em voo, e que piscam a luz.
Outra coisa que observei também, é que eles permanecem em maior número sobre plantas aromáticas, como alecrim e alfazema, bem como em canteiros, onde existe já uma boa camada de matéria organica.
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Não é tarefa fácil, fotografar pirilampos, ainda para mais com um telemóvel, este que estava pousado, parece-me ser maior em relação ao outros que geralmente se observam em voo, e que piscam a luz.
Outra coisa que observei também, é que eles permanecem em maior número sobre plantas aromáticas, como alecrim e alfazema, bem como em canteiros, onde existe já uma boa camada de matéria organica.

É difícil fotografar pirilampos, sem dúvida.

O pirilampo, que está poisado, se for o que eu penso, também deverá produzir uma luz verde, enquanto os que voam produzem uma luz amarela (sobretudo).
Se vires esse pirilampo novamente, já tens alguma forma de o poderes identificar.
 

Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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É difícil fotografar pirilampos, sem dúvida.

O pirilampo, que está poisado, se for o que eu penso, também deverá produzir uma luz verde, enquanto os que voam produzem uma luz amarela (sobretudo).
Se vires esse pirilampo novamente, já tens alguma forma de o poderes identificar.

Sim a cor da luz era diferente em relação aos outros que tinha observado antes do mesmo, e foi a intensidade da luz, que me chamou também á atenção.
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Já agora a fêmea de Lampyris que o Aristocrata postou, na minha opinião, não se trata de Lampyris iberica.
E também não sei se será Lampyris noctiluca.
Estou ainda indeciso sobre o que será (provavelmente L. raymondi ou algo mais desconhecido)...

PS: Agradeço imenso a atenção, mas a foto que apresenta melhor qualidade para identificação é a primeira a contar de cima.
As outras estão algo tremidas, por isso é quase impossível dizer o que se trata.

Aristocrata

Este ano, se houver possibilidade, a ver se tiras umas fotos a essas fêmeas.
Eu estaria mais inclinado para a Lampyris raymondi e se assim for, seria um achado muito bom.
Em duas dessas fotos penso que se conseguem ver os élitros vestigiais (especialmente na foto que apresenta melhor qualidade).
A ver se este ano, tiramos as dúvidas.

A espécie que encontrei aí perto (em S. Gonçalo), era claramente diferente (L. iberica), e vai ser usada no estudo genético.
 
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