Como já estava previsto, a frente, logo após passar a fronteira, começou a dissipar-se, fruto do anticiclone que se encontra, mais uma vez, no Mediterrâneo.
Isso dá para ver nos acumulados para leste da fronteira, na Andaluzia. Por exemplo, no Sotavento Algarvio houve muitos locais que ultrapassaram os 10 mm. A frente, por outro lado, dissipou-se completamente logo após a fronteira e somente Villablanca teve um acumulado razoável de 13 mm. Huelva, por exemplo, acumula neste momento menos de 0,5 mm. Mais a norte, o padrão é bem visível: Aroche acumulou 11 mm, já Aracena apenas 1.
Na Estremadura, esse padrão também é bem visível: Badajoz acumulou 23 mm, Cáceres 15, mas Mérida e Trujillo nem 1 mm acumularam. As chuvas na Estremadura foram muito restritas à fronteira e aos montes que provocaram efeito orográfico (exemplo disso é a Serra de Gredos).
Em Castela-Leão aconteceu a mesma coisa: os acumulados foram muito restritos às montanhas e à fronteira (à exceção de um ou outro local, onde houve convecção, como na zona de Valladolid).
Temos tido uma enorme sorte: no último mês a coisa virou-se ao contrário - as tempestades passaram a vir para cá e a pasmaceira foi para o Mediterrâneo. Curioso...