Biodiversidade

PedroNTSantos

Nimbostratus
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Voltndo a este documento... volta a citar a presença de Quercus canariensis em Monchique e faz a distinção clara com o Quercus marianica, também presente no Algarve. E fala na raridade que procuro há muito tempo e só encontrei uma vez, na serra de Aracena, o Quercus robur estremadurensis.

É um documento que parece ser interessantíssimo, a ver se arranjo tempo para lhe dar a leitura que merece...Entretanto, como estou sem vontade de trabalhar, pus-me a pesquisar e encontrei esta página com variedades e subespécies de Quercus robur (também lá está o estremadurensis...) e ainda esta com uma lista interminável de espécies de carvalhos, também com referância ao Q. robur estremadurensis...
 
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belem

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"Do ponto de vista geral o arquipélago da Madeira é das regiões do mundo com mais diversidade de moluscos terrestres por unidade de área. Porto Santo é a ilha que encerra a maior diversidade", explicou ao DN a bióloga madeirense, que, no âmbito do seu doutoramento, estuda os caracóis da ilha do Porto Santo e dos ilhéus que a circunda, realizando, assim, o seu mapeamento e identificação.

O alerta da UICN foi mais um alerta importante que veio pôr a nu todos os problemas na sobrevivência de uma espécie cujo interesse científico aumenta, sobretudo na farmacologia e cosmética. A presença e intervenção do Homem, com a rápida perda de habitats, é mais trágica para as espécies de caracóis do que as alterações climáticas ou as causas naturais.

"Não podemos viver sem caracóis. A vida está organizada em ecossistemas, os ecossistemas para funcionarem têm de estar em equilíbrio. Os caracóis fazem parte das cadeias elementares, o seu desaparecimento vai alterar esse equilíbrio", diz.
Nas ilhas esta espécie não entra nos hábitos gastronómicos, portanto, não tem papel económico. O levantamento cartográfico, o seu mapeamento, quer em termos de quantidade e distribuição tem ainda o objectivo de chamar a atenção das autarquias e do governo. Mas não será tarefa fácil.


"Recorde-se, por exemplo, que a área do Porto Santo é inferior a 45 km2. É óbvio que a presença humana exerce uma pressão sobre estas comunidades", reiterou. Nesta ilha, protegem-se do calor e luz excessivos, "que lhes provoca uma grande desidratação", razão por que se resguardam por debaixo das pedras, nas fendas da rocha ou raízes das plantas onde é possível, também, encontrar várias espécies de aranhas que se alimentam deste molusco. Os caracóis têm um período de resistência grande, são capazes de estivar "quando as condições não são as mais favoráveis, segregam um película e fixam-se num suporte".

Para a bióloga Cristina Abreu, são os países estrangeiros que demonstram maior interesse na investigação, sobretudo a Inglaterra (Museu de História Natural, Museu de Gales, entre outros), França (Museu de História Natural de Paris), Alemanha e nos Estados Unidos (Museu de História Natural de Filadélfia).

Em Portugal não há muita pessoas e instituições a fazê-lo, excepção para as universidades de Coimbra e de Lisboa. Contudo, há um grupo muito grande coleccionadores que envolve já a questão económica e monetária, as trocas, as compras e as vendas.

É, aliás, no Museu de História Natural de Londres que se encontra depositada a grande colecção de referência dos moluscos terrestres da Madeira. No passado, naturalistas e todos quantos se interessavam por estas áreas da ciência, eram ingleses que se deslocavam às ilhas, transportando para o país de origem as espécies recolhidas de tal forma que algumas chegaram aos EUA (Museu de História Natural de Filadélfia).»

https://www.dn.pt/arquivo/2008/o-passo-lento-da-extincao-1135569.html

Artigo interessante:

https://zookeys.pensoft.net/article/21677/
 
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belem

Cumulonimbus
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Plutonia brumalis dos Açores:



Mais uma semi-lesma açoreana do género Plutonia:



E mais uma (Plutonia sp.):

big1503514959.jpg


Plutonia brevispira:

Plutonia%20brevispira.jpg


 
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belem

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Deixo um vídeo dos sons da vida noturna na aldeia de Signo-Samo, na Pampilhosa da Serra :)

Seria interessante identificar esta bicharada toda, alguém tem palpites?



Eu oiço os seguintes: Ralo (Gryllotalpa sp)., rouxinol (Luscinia megarhynchos), sapo-parteiro (Alytes obstetricans), grilo-campestre (Gryllus campestris).

Existem mais sons, mas não consigo definir bem que espécies os produzem (alguns parecem-me produzidos por uma coruja do mato, mas não tenho a certeza).
 
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Duarte Sousa

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Eu oiço os seguintes: Ralo (Gryllotalpa sp)., rouxinol (Luscinia megarhynchos), sapo-parteiro (Alytes obstetricans), grilo-campestre (Gryllus campestris).

Existem mais sons, mas não consigo definir bem que espécies os produzem (alguns parecem-me produzidos por uma coruja do mato, mas não tenho a certeza).

Em relação à coruja-do-mato tenho quase a certeza que sim. É muito bom saber que a espécie continua por lá, sei que existia naquela zona pois ouvia todos os verões em que eu ia de férias para esta aldeia, mas tinha ficado na dúvida se depois do incêndio de 15/10/2017 ainda por lá permanecia. Uma boa notícia :)
 

Cadito

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MSantos

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Deixo um vídeo dos sons da vida noturna na aldeia de Signo-Samo, na Pampilhosa da Serra :)

Seria interessante identificar esta bicharada toda, alguém tem palpites?



A ave que canta é um Rouxinol-comum! (Luscinia megarhynchos) esta altura do ano cantam dia e noite para impressionar as parceiras e desafiar os adversários. :D

Aqui pelo Ribatejo também os oiço na galeria ripícola de uma ribeira que passa aqui perto da minha casa!

EDIT 23:20: Ups... O Belém já respondeu e eu não tinha visto. :o
 

Thomar

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Cabanas - Palmela (75m)
Planta inédita em Portugal descoberta no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros

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Decorrente de uma ação de prospeção botânica no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), concebida e coordenada na Direção Regional de Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo (DRCNF-LVT), foi identificada uma espécie de planta nunca antes observada e registada, em território português.

A nova espécie para a flora de Portugal, cujo nome científico é Arenaria grandiflora L. ocorre no PNSAC quase exclusivamente em fendas de rochas calcárias.

António Flor, Vigilante da Natureza especialista em botânica que exerce funções na DRCNF-LVT, é o coordenador do projeto e autor da descoberta que resultou de um processo de investigação documental relacionado com geologia, geomorfologia, pedologia e solos da área do Maciço Calcário Estremenho.


Local: Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
Data: 27 de abril de 2020
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