Biodiversidade

Pedro1993

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7 Jan 2014
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Alentejo perde habitat crítico para aves ameaçadas na Península Ibérica

abetarda.png


As Zonas de Proteção Especial no Alentejo e em Espanha perderam um total de cerca de 35 mil hectares de estepes agrícolas ao longo dos últimos dez anos, o que leva a uma perda de habitat crítico para aves ameaçadas na Península Ibérica, avança o National Geographic.

Esta foi a conclusão de um estudo levado a cabo pela Universidade de Lisboa, Universidade do Porto e Universidade de East Anglia, no Reino Unido, que avaliou a eficácia da Rede Natura 2000 na conservação das estepes agrícolas por um período de dez anos. A Rede Natura 2000 é composta por vários locais de estepes agrícolas, passando a integrar a maior rede internacional de áreas protegidas do mundo.

Em Portugal, as Zonas de Proteção Especial situam-se no Alentejo, nomeadamente em Campo Maior, Moura/Mourão/Barrancos, Castro Verde e Vale do Guadiana.

As estepes agrícolas são ecossistemas em que a atividade humana coexiste com a conservação da natureza, numa interação que abriga populações importantes de espécies de aves ameaçadas, tais como a abetarda (Otis Tarda), o sisão (Tetrax Tetrax) e o francelho (Falco Naumanni).

Este estudo sugere que as perdas destas estepes agrícolas devem-se ao facto destas áreas serem economicamente pouco rentáveis, mesmo com os incentivos agroambientais concedidos no âmbito da Rede Natura 2000. Já a conversão da utilização dos terrenos, (tradicionalmente utilizados para cultivo de cereais de sequeiro e pastagens extensivas), para outras culturas agrícolas de maior intensidade, tais como os olivais, vinhas ou culturas de irrigação intensiva, é um dos fatores para a perda das estepes agrícolas, que podia acolher mais de 500 abetardas.

https://tribunaalentejo.pt/artigos/...U6jw-302VFhLx4aJSJBOyJJAOL0uQSR7WCO3gKqmtoyDU
 


Dan

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26 Ago 2005
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Apesar do calor destes dias, a brama já se vai fazendo ouvir, embora ainda um pouco incipiente.

Esta manhã, muitos veados vermelhos (principalmente fêmeas com as crias deste ano e alguns machos jovens).
21896611_cYsJw.jpeg
21896610_KgZFz.jpeg
21896609_9jyo8.jpeg


Também se atravessaram na estrada alguns corços e até javalis, mas tudo muito rápido e sem a mínima hipótese para fotos.
 

João Pedro

Super Célula
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14 Jun 2009
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Apesar do calor destes dias, a brama já se vai fazendo ouvir, embora ainda um pouco incipiente.

Esta manhã, muitos veados vermelhos (principalmente fêmeas com as crias deste ano e alguns machos jovens).
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21896610_KgZFz.jpeg
21896609_9jyo8.jpeg


Também se atravessaram na estrada alguns corços e até javalis, mas tudo muito rápido e sem a mínima hipótese para fotos.
Gostava de tentar vê-los outra vez este ano depois da minha última tentativa falhada... A que distância estavas deles? E, já agora, indicas-me a que horas foi e o sítio, por favor? :)
 
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Reactions: "Charneca" Mundial

Thomar

Cumulonimbus
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19 Dez 2007
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Em 46 anos, perdeu-se 68% da biodiversidade mundial, alerta relatório

O novo relatório “Planeta Vivo” 2020, da AP/WWF, revela que se registou um aumento da perda da biodiversidade, com um declínio de 68% das populações globais de mamíferos, pássaros, anfíbios, répteis e peixes entre 1970 e 2016.

O consumo excessivo por parte dos seres humanos, o aumento da pegada ecológica, o crescimento populacional e a agricultura intensiva estão a resultar numa destruição da biodiversidade e na degradação dos ecossistemas a um ritmo avassalador. Atualmente, a espécie humana está a usar cerca de 56% da biocapacidade do planeta.

Feitas as contas, registou-se um declínio médio de 68% das populações globais de mamíferos, pássaros, anfíbios, répteis e peixes, entre 1970 e 2016. Há dois anos, o número situava-se nos 60% e, em 2012, de apenas 28%, o que mostra como o processo tem acelerado.


O valor é ainda mais assustador se olharmos à lupa para as sub-regiões tropicais do continente americano: o declínio destes animais chega aos 94%, “a maior queda observada em qualquer parte do mundo”. Já sobre os ecossistemas de água doce, concluiu-se que “quase uma em cada três espécies” está ameaçada de extinção, e a média do declínio de populações analisadas é de 84%, “o equivalente a 4% ao ano desde 1970”, refere o relatório Relatório “Planeta Vivo 2020” (Living Planet Report 2020) apresentado esta quinta-feira em Portugal, pela Associação Natureza Portugal em colaboração com a WWF (ANP/WWF).

E por que é que isso interessa? “É importante porque a biodiversidade é fundamental para a vida humana na Terra, e as evidências são inequívocas: ela está a ser destruída por nós a um ritmo sem precedentes na história”, lê-se no documento que é revelado de dois em dois anos. Porém, não só é importante por causa dos impactos no ambiente, mas também por causa dos riscos para a saúde humana.

Desde a revolução industrial, as atividades humanas têm vindo a destruir e a degradas cada vez mais as florestas, as pastagens, os pântanos e outros ecossistemas importantes, ameaçando o bem-estar humano. Segundo o relatório, 75% da superfície terrestre sem gelo da Terra já foi significativamente alterada, a maioria dos oceanos está poluída , e mais de 85% da área de pântanos foi perdida.

Pegada ecológica ultrapassou capacidade regenerativa do planeta

Graças aos desenvolvimentos do setor tecnológico e das práticas de gestão da terra, a biocapacidade global aumentou cerca de 28% nos últimos 60 anos. No entanto, isso pode ser uma superestimativa porque as estatísticas da ONU não incluem perdas subestimadas, como a erosão do solo, o esgotamento das águas subterrâneas e a desflorestação. Ainda assim, esse aumento não acompanhou o crescimento do consumo agregado: a pegada ecológica humana, também estimada a partir de estatísticas da ONU, aumentou cerca de 173% no mesmo período e agora excede a biocapacidade do planeta em 56%.

Dado o estilo de vida que é adotado a nível mundial, seriam necessários 1,6 mais recursos do que a Terra pode gerar”, afirmou Catarina Grilo da ANP/WWF na apresentação do relatório.

Se a nível mundial os dados já preocupam, quando se olha para Portugal a situação agrava-se: “Os portugueses precisam de 2,52 planetas para manter o seu actual estilo de vida”, segundo o relatório da WWF, o que é mais do que o já mau valor do relatório de 2018, quando precisaríamos de 2,23 planetas. “Olhando para a pegada ecológica, vemos que Portugal subiu para a 46.ª posição da lista de países com maior pegada, quando em 2018 estava na 66.ª posição. A recuperação económica entre 2014 e 2016 e o consequente aumento do consumo e de turistas contribuem para isto”, referiu a responsável da ANP/WWF.

Perante esta situação que parece tornar-se cada vez mais irremediável, a WWF destaca que um dos principais desafios atuais é “transformar as práticas agrícolas e de pesca, muitas das quais não são hoje sustentáveis, em actividades que forneçam alimentação nutritiva e acessível, enquanto protegem e conservam a biodiversidade”.

Isto significa produzir de forma mais sustentada – a actividade é responsável por 80% das desflorestação a nível mundial e por 70% do consumo de água doce, segundo os dados do relatório -, e consumir menos e de forma mais consciente, com um travão a fundo ao desperdício alimentar. Esse fator têm um contributo importante também para as alterações climáticas. “São responsáveis por pelo menos 6% do total dos gases com efeito de estufa emitidos, três vezes mais do que as emissões globais da aviação”, explica o relatório.


 

Pedro1993

Super Célula
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Em 46 anos, perdeu-se 68% da biodiversidade mundial, alerta relatório

O novo relatório “Planeta Vivo” 2020, da AP/WWF, revela que se registou um aumento da perda da biodiversidade, com um declínio de 68% das populações globais de mamíferos, pássaros, anfíbios, répteis e peixes entre 1970 e 2016.

O consumo excessivo por parte dos seres humanos, o aumento da pegada ecológica, o crescimento populacional e a agricultura intensiva estão a resultar numa destruição da biodiversidade e na degradação dos ecossistemas a um ritmo avassalador. Atualmente, a espécie humana está a usar cerca de 56% da biocapacidade do planeta.

Feitas as contas, registou-se um declínio médio de 68% das populações globais de mamíferos, pássaros, anfíbios, répteis e peixes, entre 1970 e 2016. Há dois anos, o número situava-se nos 60% e, em 2012, de apenas 28%, o que mostra como o processo tem acelerado.


O valor é ainda mais assustador se olharmos à lupa para as sub-regiões tropicais do continente americano: o declínio destes animais chega aos 94%, “a maior queda observada em qualquer parte do mundo”. Já sobre os ecossistemas de água doce, concluiu-se que “quase uma em cada três espécies” está ameaçada de extinção, e a média do declínio de populações analisadas é de 84%, “o equivalente a 4% ao ano desde 1970”, refere o relatório Relatório “Planeta Vivo 2020” (Living Planet Report 2020) apresentado esta quinta-feira em Portugal, pela Associação Natureza Portugal em colaboração com a WWF (ANP/WWF).

E por que é que isso interessa? “É importante porque a biodiversidade é fundamental para a vida humana na Terra, e as evidências são inequívocas: ela está a ser destruída por nós a um ritmo sem precedentes na história”, lê-se no documento que é revelado de dois em dois anos. Porém, não só é importante por causa dos impactos no ambiente, mas também por causa dos riscos para a saúde humana.

Desde a revolução industrial, as atividades humanas têm vindo a destruir e a degradas cada vez mais as florestas, as pastagens, os pântanos e outros ecossistemas importantes, ameaçando o bem-estar humano. Segundo o relatório, 75% da superfície terrestre sem gelo da Terra já foi significativamente alterada, a maioria dos oceanos está poluída , e mais de 85% da área de pântanos foi perdida.

Pegada ecológica ultrapassou capacidade regenerativa do planeta

Graças aos desenvolvimentos do setor tecnológico e das práticas de gestão da terra, a biocapacidade global aumentou cerca de 28% nos últimos 60 anos. No entanto, isso pode ser uma superestimativa porque as estatísticas da ONU não incluem perdas subestimadas, como a erosão do solo, o esgotamento das águas subterrâneas e a desflorestação. Ainda assim, esse aumento não acompanhou o crescimento do consumo agregado: a pegada ecológica humana, também estimada a partir de estatísticas da ONU, aumentou cerca de 173% no mesmo período e agora excede a biocapacidade do planeta em 56%.

Dado o estilo de vida que é adotado a nível mundial, seriam necessários 1,6 mais recursos do que a Terra pode gerar”, afirmou Catarina Grilo da ANP/WWF na apresentação do relatório.

Se a nível mundial os dados já preocupam, quando se olha para Portugal a situação agrava-se: “Os portugueses precisam de 2,52 planetas para manter o seu actual estilo de vida”, segundo o relatório da WWF, o que é mais do que o já mau valor do relatório de 2018, quando precisaríamos de 2,23 planetas. “Olhando para a pegada ecológica, vemos que Portugal subiu para a 46.ª posição da lista de países com maior pegada, quando em 2018 estava na 66.ª posição. A recuperação económica entre 2014 e 2016 e o consequente aumento do consumo e de turistas contribuem para isto”, referiu a responsável da ANP/WWF.

Perante esta situação que parece tornar-se cada vez mais irremediável, a WWF destaca que um dos principais desafios atuais é “transformar as práticas agrícolas e de pesca, muitas das quais não são hoje sustentáveis, em actividades que forneçam alimentação nutritiva e acessível, enquanto protegem e conservam a biodiversidade”.

Isto significa produzir de forma mais sustentada – a actividade é responsável por 80% das desflorestação a nível mundial e por 70% do consumo de água doce, segundo os dados do relatório -, e consumir menos e de forma mais consciente, com um travão a fundo ao desperdício alimentar. Esse fator têm um contributo importante também para as alterações climáticas. “São responsáveis por pelo menos 6% do total dos gases com efeito de estufa emitidos, três vezes mais do que as emissões globais da aviação”, explica o relatório.


São estes números, alarmantes, que nos deviam a deixar seriamente sobre o assunto, pois temos de encarar a realiadade, que infelizmente é esta, e claro, cabe a todos nós desempenhar a sua função como parte integral deste mesmo ecossistema, que é o nosso planeta Terra.
 

Thomar

Cumulonimbus
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São estes números, alarmantes, que nos deviam a deixar seriamente sobre o assunto, pois temos de encarar a realiadade, que infelizmente é esta, e claro, cabe a todos nós desempenhar a sua função como parte integral deste mesmo ecossistema, que é o nosso planeta Terra.

Estes dados são assustadores, pelo menos para mim e muitos dos membros do forum, principalmente para quem convive com a natureza de alguma forma, no privado ou profissionalmente.
Afinal, a minha percepção de que cada vez existe menos vida selvagem todos anos, é verdade absoluta, e só para dar um exemplo vou falar de insectos, cada vez existem menos borboletas, abelhas, gafanhotos (etc...) e menos espécies das mesmas, desde a poluição dos lençois freáticos dos ribeiros, ribeiras, rios, e já para não falar dos solos (exploração excessiva e produtos químicos), isto tudo somado a juntar ao aquecimento global, às alterações climáticas, ao consumo e desperdício que o ser humano tem, em desrespeito até consigo próprio, é um desastre!
Eu com os meus 48 anos já vi perder 70% da biodiversidade mundial, tenho pena das gerações actuais e vindouras, que só vão conhecer e conviver com "meia-dúzia" de espécies...
 

Pedro1993

Super Célula
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Estes dados são assustadores, pelo menos para mim e muitos dos membros do forum, principalmente para quem convive com a natureza de alguma forma, no privado ou profissionalmente.
Afinal, a minha percepção de que cada vez existe menos vida selvagem todos anos, é verdade absoluta, e só para dar um exemplo vou falar de insectos, cada vez existem menos borboletas, abelhas, gafanhotos (etc...) e menos espécies das mesmas, desde a poluição dos lençois freáticos dos ribeiros, ribeiras, rios, e já para não falar dos solos (exploração excessiva e produtos químicos), isto tudo somado a juntar ao aquecimento global, às alterações climáticas, ao consumo e desperdício que o ser humano tem, em desrespeito até consigo próprio, é um desastre!
Eu com os meus 48 anos já vi perder 70% da biodiversidade mundial, tenho pena das gerações actuais e vindouras, que só vão conhecer e conviver com "meia-dúzia" de espécies...

Faço das tuas palavras as minhas, eu que sempre vivi no campo, e penso por cá ficar até ao fim dos meus dias, e com 27 anos, consigo já notar algumas dessas diferenças que referes, como hobbie faço também observação de aves.
Não podemos continuar a viver a crédito, como vem acontecendo, cada vez mais cedo infelizmente, e a deixar este legado ás futuras gerações, que ainda vão ter menos "histórias" para contar do que nós.
 

Snifa

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Pedro1993

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Este tem passado estes últimos dois dias aqui à porta de casa.
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Parece ser uma das espécies de morcego orellhudo.

Não é todos os dias que se ve um morcego de orelhas, assim preso, a uma parede de casa, é porque de certeza que descobriu aí muitos insectos para se alimentar, eu tenho, em frente a casa, todos os dias, uns 3 a 4 morcegos, sempre á procura do jantar, debaixo do candeeiro da estrada, mas vivem durante o dia em cavidades nas oliveiras.