Biodiversidade



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Cumulonimbus
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Licença de caça revogada na Azambuja devido ao abate de 540 animais

Tudo terá acontecido no último fim-de-semana na Quinta da Torre Bela, no norte do concelho da Azambuja, numa montaria em que morreram principalmente javalis e veados.


O ministro do Ambiente mandou revogar imediatamente a licença de caça da Quinta da Torre Bela, na Azambuja, depois da “gabarolice de um acto vil” relacionado com o abate de centenas de animais. A garantia foi dada esta terça-feira por João Pedro Matos Fernandes em declarações à TSF.

Além de revogar a licença, indicou o ministro, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas vai apresentar uma queixa ao Ministério Público, “porque muito provavelmente terão de ser criminalizados quem organizou, quem tem aquela licença e, muito provavelmente, os próprios caçadores que nela participaram”.

O acontecimento que motivou esta reacção do ministro do Ambiente foi descrito em inglês através de várias publicações nas redes sociais, divulgado como um “super-recorde” em que se salientavam os “540 animais [caçados] por 16 caçadores em Portugal”.

De acordo com o jornal online Fundamental, que noticiou o sucedido, a nacionalidade dos caçadores envolvidos é desconhecida mas acredita-se que não seja portuguesa, tendo em conta os nomes associados às publicações nas redes sociais.

O local é uma zona de caça congestionada como Zona de Caça Turística (ZCT) de Torrebela. Nesta segunda-feira, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), num comunicado enviado à comunicação social, tinha indicado que “o plano de ordenamento e exploração cinegética desta ZCT prevê a exploração do veado e do javali pelos métodos previstos na lei, onde se incluem as montarias”.

No entanto, tento em conta os números de animais abatidos já divulgados, o ICNF acrescentava que “deu já início a um processo de averiguações junto da Entidade Gestora da ZCT no sentido de apurar os factos ocorridos e eventuais ilícitos nos termos da legislação em vigor”.

De acordo com o Fundamental, os animais terão sido perseguidos sem hipóteses de fuga, uma vez que se trata de uma propriedade com muros a toda a volta e quase sem árvores.

Já o partido PAN – Pessoas-Animais-Natureza reagiu lembrando que está prevista para a zona onde decorreu a montaria “envolta em polémica” a instalação de uma central fotovoltaica com 775 hectares “e cujo Estudo de Impacte Ambiental (EIA) encontra-se ainda em fase de consulta pública até 20 de janeiro de 2021”. O partido requereu esta terça-feira uma audição ao Ministro do Ambiente com caráter de urgência para esclarecer esta situação.

Em comunicado, o PAN acrescenta que tem defendido uma “regulamentação apertada para o sector da caça”, devido aos “visíveis impactos negativos para a biodiversidade”. Em comunicado, considera também que “matar por regozijo e desporto é simplesmente desumano e representa um grave retrocesso civilizacional”.

Por outro lado, “ninguém sabe com exatidão qual é o estado de conservação das populações de espécies classificadas como cinegéticas” em Portugal, pois “os dados existentes resultam da contabilização dos animais mortos e não do número efectivo”, acrescenta. O partido defende que “a realização de censos é fundamental” e lembra que já apresentou uma proposta nesse sentido, tal como a pedir a monitorização dessas espécies, que foi rejeitada com votos contra do PSD, PS, CDS-PP e PCP.






https://www.wilder.pt/historias/mor...mB0eQI2r3sEcInf_IP8iRnWjeKD_iDEpYEx3fCQpjNTkc
 

Snifa

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Hoje aqui nas redondezas da Aldeia de Azinhoso/Mogadouro perto de um campo agrícola, andava eu à procura de passarada e acabei por encontrar este simpático gato que, apesar de estar bastante longe logo me "topou", mas ainda deu para uma foto.

Fiquei a saber que tem dono e está bem tratado, estava só a disfrutar do sol no meio da vegetação ou, quem sabe, à caça de algo... :D

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MSantos

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Ainda a propósito do que se passou na Torre Bela... A aprovação da mega central solar implicaria sempre a retirada dos animais de uma forma ou de outra. Numa zona de caça bem gerida a morte de uma assentada de tantos animais nunca teria lugar, é um manifesto exagero. Acontece que o que sucedeu foi mesmo uma ação de extermínio, aproveitada para vender caçadas a caçadores pouco éticos dispostos ao disparate e ganância de matar tantos animais. Caçar implica que os animais têm oportunidade de fugir (coisa que não acontece nos animais que compramos empacotados no supermercado), o que aconteceu foi que em vez de levarem os animais ao matadouro, foram mortos no local.

O mesmo Ministro que agora vem revogar a licença da Torre Bela seria o mesmo que viria vangloriar-se que nem um pavão no dia da inauguração da mega central como "um grande feito para o ambiente e para o País". Tal como o presidente da câmara que vem dizer que nada sabia e que é inaceitável, foi o mesmo cujo executivo aprovou com votos contra de todos os outros partidos a referida central e que no dia da inauguração apareceria ao lado do referido ministro a dizer "grande passo para o desenvolvimento do concelho da Azambuja". Querem fazer dos caçadores os únicos culpados, quando no fundo foram apenas um meio para atingir um fim (foram os carrascos), limitaram-se a remover o empecilho para o "desenvolvimento" que seriam todos aqueles animais.

Revogar a licença agora é apenas mais um passo para a concretização do "progresso da Azambuja e do País", já não há árvores, já não há animais, já não há reserva de caça, já não há bloqueios à nova central. Portanto, vir agora cancelar a zona de caça como uma grande medida é ridículo, quando era isso mesmo que a governança queria para poder construir a central.

Como medida propunha o contrário, a não revogação da licença, mas sim a proibição da construção da central... Queria ver como se sairiam os proprietários se não pudessem receber os lucros da central nem pudessem organizar e vender caçadas por já não haver mais animais....
 
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VimDePantufas

Nimbostratus
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Ainda a propósito do que se passou na Torre Bela... A aprovação da mega central solar implicaria sempre a retirada dos animais de uma forma ou de outra. Numa zona de caça bem gerida a morte de uma assentada de tantos animais nunca teria lugar, é um manifesto exagero. Acontece que o que sucedeu foi mesmo uma ação de extermínio, aproveitada para vender caçadas a caçadores pouco éticos dispostos ao disparate e ganância de matar tantos animais. Caçar implica que os animais têm oportunidade de fugir (coisa que não acontece nos animais que compramos empacotados no supermercado), o que aconteceu foi que em vez de levarem os animais ao matadouro, foram mortos no local.

O mesmo Ministro que agora vem revogar a licença da Torre Bela seria o mesmo que viria vangloriar-se que nem um pavão no dia da inauguração da mega central como "um grande feito para o ambiente e para o País". Tal como o presidente da câmara que vem dizer que nada sabia e que é inaceitável, foi o mesmo cujo executivo aprovou com votos contra de todos os outros partidos a referida central e que no dia da inauguração apareceria ao lado do referido ministro a dizer "grande passo para o desenvolvimento do concelho da Azambuja". Querem fazer dos caçadores os únicos culpados, quando no fundo foram apenas um meio para atingir um fim (foram os carrascos), limitaram-se a remover o empecilho para o "desenvolvimento" que seriam todos aqueles animais.

Revogar a licença agora é apenas mais um passo para a concretização do "progresso da Azambuja e do País", já não há árvores, já não há animais, já não há reserva de caça, já não há bloqueios à nova central. Portanto, vir agora cancelar a zona de caça como uma grande medida é ridículo quando era isso mesmo que a governança queria para poder construir a central.

Como medida propunha o contrário, a não revogação da licença, mas sim a proibição da construção da central... Queria ver como se sairiam os proprietários se não pudessem receber os lucros da central nem pudessem organizar e vender caçadas por já não haver mais animais....

É verdade meu amigo, e com esta já perdi a conta ao número de alarvidades cometidas por este governo, a começar com a Covid-19, tantos têm sido intectados pelo virus, passando pelas forças de segurança aeroportuárias, mas enfim vamos vendo e claro comentando .
 

ClaudiaRM

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2 Dez 2009
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Os psicopatas gostam de incutir a violência e a morte aos rebentos desde tenríssima idade, pintando-lhes o rosto de sangue. Devem ser os mesmos que não querem a criançada a frequentar aulas de Cidadania não vão eles, por mero acaso, interiorizar alguma decência. Não fosse o facto de ter mais respeito pelas crianças do que os progenitores/quem divulgou orgulhosamente as fotos da matança, publicava-a.
 

Snifa

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Por aqui em Azinhoso andam muitos destes, também a aproveitar o sol ainda baixo logo de manhã cedo, apesar do frio.

Este estava com ar de quem tinha acabado de comer :D

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algarvio1980

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21 Mai 2007
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Ainda a propósito do que se passou na Torre Bela... A aprovação da mega central solar implicaria sempre a retirada dos animais de uma forma ou de outra. Numa zona de caça bem gerida a morte de uma assentada de tantos animais nunca teria lugar, é um manifesto exagero. Acontece que o que sucedeu foi mesmo uma ação de extermínio, aproveitada para vender caçadas a caçadores pouco éticos dispostos ao disparate e ganância de matar tantos animais. Caçar implica que os animais têm oportunidade de fugir (coisa que não acontece nos animais que compramos empacotados no supermercado), o que aconteceu foi que em vez de levarem os animais ao matadouro, foram mortos no local.

O mesmo Ministro que agora vem revogar a licença da Torre Bela seria o mesmo que viria vangloriar-se que nem um pavão no dia da inauguração da mega central como "um grande feito para o ambiente e para o País". Tal como o presidente da câmara que vem dizer que nada sabia e que é inaceitável, foi o mesmo cujo executivo aprovou com votos contra de todos os outros partidos a referida central e que no dia da inauguração apareceria ao lado do referido ministro a dizer "grande passo para o desenvolvimento do concelho da Azambuja". Querem fazer dos caçadores os únicos culpados, quando no fundo foram apenas um meio para atingir um fim (foram os carrascos), limitaram-se a remover o empecilho para o "desenvolvimento" que seriam todos aqueles animais.

Revogar a licença agora é apenas mais um passo para a concretização do "progresso da Azambuja e do País", já não há árvores, já não há animais, já não há reserva de caça, já não há bloqueios à nova central. Portanto, vir agora cancelar a zona de caça como uma grande medida é ridículo, quando era isso mesmo que a governança queria para poder construir a central.

Como medida propunha o contrário, a não revogação da licença, mas sim a proibição da construção da central... Queria ver como se sairiam os proprietários se não pudessem receber os lucros da central nem pudessem organizar e vender caçadas por já não haver mais animais....

Este governo não age, ele reage. Não fosse publicado nada nas redes sociais, o massacre ambiental tinha passado despercebido quer à comunicação social quer à população.

Se formos ver, as centrais fotovoltaicas ocupam grandes áreas, mas o objectivo deste governo, é encher todo o país dessa trampa, que no fundo, vai causar impactos ambientes nessas zonas implicando a perda de fauna e flora na zona.

O que eu vejo é a ganância pura dos governantes em prol das alterações climáticas, ora quem nos governa o que faz, é aumentar taxas e criar novas taxas, no próximo ano os combustíveis vão aumentar entre 5 a 7 cêntimos por litro devido à taxa de carbono, quem viaja paga 2 € de taxa de carbono, depois temos as negociatas da exploração de lítio terá consequências ambientais graves tal como as grandes centrais fotovoltaicas que certamente não podem cohabitar com a flora da zona seja javalis, veados etc, que destruíam a central, depois arrancam sobreiros e dizimam um montado para outra central noutra zona.

Aliás, o que está em causa é a sobrevivência do ser humano e para isso, o ser humano poderá fazer as atrocidades que quiser que vão sempre argumentar que é em prol do ambiente.

A meu ver, seria mais vantajoso criar soluções mais económicas para os edifícios habitacionais, fábricas, centros comerciais, empresas instalarem painéis fotovoltaicos para autoconsumo do que dizimarem milhares de hectares com painéis fotovoltaicos, que daqui a 25/30 anos tempo de vida útil dessas centrais será uma autêntica lixeira ambiental.

Aliás, para uma central fotovoltaica ser rentável tem que ser gigante, porque o preço do Kwh ronda os 0.045 € no Mibel e é esse preço que pagam a quem injecta energia na rede.

Trabalhei 3 anos no fotovoltaico e vi muito interesse sobretudo de empresas, mas dada a sua rentabilidade um pouco longa entre 6 a 8 anos para terem esse retorno desse investimento consideravam que é demasiado tempo e poucos incentivos existem para o mesmo para atenuar o tempo de retorno.

Isto, é que eu chamo medidas ambientais que ajudam a combater as alterações climáticas, agora criarem taxas e taxinhas só com um único objectivo ter mais receita fiscal, não é por aí que vai mudar alguma coisa. .
 

Crazyrain

Nimbostratus
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16 Jan 2020
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Os psicopatas gostam de incutir a violência e a morte aos rebentos desde tenríssima idade, pintando-lhes o rosto de sangue. Devem ser os mesmos que não querem a criançada a frequentar aulas de Cidadania não vão eles, por mero acaso, interiorizar alguma decência. Não fosse o facto de ter mais respeito pelas crianças do que os progenitores/quem divulgou orgulhosamente as fotos da matança, publicava-a.

Resumindo : querem os filhos broncos como eles .
 

N_Fig

Cumulonimbus
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29 Jun 2009
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Figueira da Foz
Trabalhei 3 anos no fotovoltaico e vi muito interesse sobretudo de empresas, mas dada a sua rentabilidade um pouco longa entre 6 a 8 anos para terem esse retorno desse investimento consideravam que é demasiado tempo e poucos incentivos existem para o mesmo para atenuar o tempo de retorno.
Este interesse não virá dos subsídios que há para essas energias? Eu não sou nenhum especialista no assunto e corrige-me se estiver a dizer um enorme disparate, mas eu fico com a impressão que com a tecnologia atual investirmos à grande na energia solar é um disparate. Uma coisa é instalar painéis solares em telhados e coisas assim, nada contra, agora estar a ocupar terrenos de propósito com os painéis não me parece boa ideia
Este triste caso levanta uma questão que acho relevante e muitas vezes esquecida: acho que ninguém no seu juízo perfeito nega o enorme lóbi que há à volta do petróleo, carvão, etc..., mas é ingénuo pensar que não há pessoas com os mesmos interesses do lado das renováveis, e que não haverá a mesma corrupção assim que começar a cheirar a dinheiro desse lado