Alemanha (Ruhr, Harz, Berlim) - Fev/Mar 2017

David sf

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Em 2013 estive em Berlim e antes dessas férias pesquisei por lugares que se pudessem visitar num dia de viagem desde a capital alemã. Acabei por ir a Dresden e a Potsdam, mas deixei para trás a região do Harz por considerar que um dia era bastante pouco para todas as atracções que aí existiam. Mas a decisão de visitar esta região já estava tomada, restava saber quando.


E aconteceu três anos e meio depois. Tinha uma semana de férias durante o Carnaval, que por motivos profissionais só ficaram confirmadas com menos de uma semana de antecedência, tinha um gift-voucher da TAP que me ofereceram no meu aniversário e tinha uma grande vontade de ir para um sítio com neve, mas longe das habituais multidões e das pistas de esqui. E deste modo decidi-me pela região do Harz, uma pequena cadeia montanhosa no centro da Alemanha com vários locais considerados Património Mundial pela UNESCO (Goslar, Minas de Rammelsberg, Quedlinburg).


O aeroporto internacional mais próximo é o de Hannover, mas a TAP deixou de voar para lá. Restavam, mas já a alguma distância (200 a 300 km), Dusseldorf, Hamburgo e Berlim. A ideia era passar quatro noites (segunda a sexta) no Harz e passar os dois fins-de-semana em duas destas cidades. Pesquisando no site da TAP a opção mais barata era voar para Dusseldorf (em executiva que por estranho que pareça estava mais barata que a económica!!!) e voltar por Berlim, na segunda-feira bem cedo chegando a Lisboa a tempo de ir trabalhar.


Voei pela primeira vez em classe executiva, que no médio curso da TAP é praticamente igual à económica, apenas com a vantagem de ninguém se sentar no lugar do meio e de ter refeição a bordo com mais qualidade. A grande vantagem de viajar em executiva é a utilização gratuita do lounge do aeroporto de Lisboa, onde se pode tomar o pequeno almoço sem pagar nada e esperar pela hora do embarque sentado em sofás confortáveis. Eu saí de casa bem cedo para usufruir do lounge, mas bati com o nariz na porta do Metro, que para minha surpresa só abre às 6:30 (em Berlim abre às 4:00), e acabei por lá chegar apenas 10 minutos antes do embarque se iniciar (também por causa da demoradíssima espera para se passar nos procedimentos de segurança do aeroporto).


DUSSELDORF


O aeroporto de Dusseldorf situa-se a cerca de 15 km do centro da cidade e é bem servido por transportes públicos. Desde o terminal até à estação de comboio que serve o aeroporto existe um pequeno shuttle que faz o percurso em 2/3 minutos e depois os comboios para o centro da cidade são bastante frequentes e rápidos (cerca de 10 minutos sem paragens até à Hauptbanhoff), tudo isto por 2,7€, o que para esta zona da Alemanha nem é muito caro.


Faço check-in no hotel e saio para conhecer a cidade. Apesar de ser uma cidade bastante bem servida por transportes públicos, é preferível visitá-la a pé, uma vez que a parte mais interessante é bastante compacta.


Dusseldorf (tal como quase todas as cidades da região) foi bastante destruída durante a WWII e isso nota-se na ausência de edifícios antigos. A cidade tem um ambiente agradável, a marginal junto ao Reno é bastante convidativa, mas não é uma cidade que por si só valha uma visita.


Por ser sábado de Carnaval o ambiente era bastante festivo (e alcoólico), havia um desfile que passava por quase todas as ruas do centro da cidade, e vários bares a organizar festas. Às 17h o ambiente nas ruas de Dusseldorf era semelhante ao do Bairro Alto às 2 da manhã. Devido aos vários ataques contra multidões que recentemente aconteceram no centro da Europa a segurança era apertada, com a presença de vários polícias fortemente armados.


Seguem as fotos. O desfile de Carnaval:


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O centro da cidade:


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O mercado de rua, onde almocei por meia dúzia de euros:


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A marginal junto ao Reno, o lugar mais agradável da cidade, com a habitual (em cidades alemãs) torre de TV no horizonte:


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RUHR


O segundo dia em Dusseldorf estava destinado a visitar a região, uma vez que um dia era mais do que suficiente para conhecer a cidade. Poderia ter ido a Colónia ou a Aachen, cidades com centros históricos antigos e bem preservados, mas quis fazer algo diferente.


Fui visitar o vale do Ruhr, a região do carvão e do aço, altamente industrializada e até há umas décadas atrás o principal motor económico da Europa. E o que tem o Ruhr para oferecer a um turista? Surpreendentemente tem muita coisa.


Mas não se iludam. O vale do Ruhr é feio, desagradável, quase sempre desinteressante e monótono. Num mapa de estradas é representado por um emaranhado de autoestradas que unem cidades que um português apenas conhece do futebol (Dortmund, Gelsenkirchen, Bochum, Duisburg). Mas um programa de revitalização das fábricas e minas entretanto abandonadas começa a atrair atenções para esta região. De escombreiras fizeram-se parques urbanos e de fábricas fizeram-se museus. Criou-se a rota industrial que passa por vários pontos de interesse desde miradouros (no topo de antigas escombreiras), espectáculos de luzes nocturnas e vários museus.


Para me deslocar comprei um bilhete de um dia por 30£ que me permitia utilizar a rede nacional e regional de comboios, bem como todos os transportes públicos de todas as cidades da região.


O ex-libris da região é a antiga fábrica de carvão de Zollverein, hoje Património Mundial da UNESCO, situada a meio caminho entre Essen e Gelsenkirchen. Dizem que é a fábrica mais bonita do mundo, e no seu processo de conversão em algo voltado para o turismo contou com a contribuição de vários arquitectos, entre os quais Rem Koolhaas. É possível visitar os exteriores e parte do interior da fábrica sem se pagar, apenas é exigido pagamento para visitar os museus.


A estação de eléctrico que serve Zollverein:


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A entrada na fábrica:


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No edifício principal situa-se o museu e respectiva bilheteira, café, loja de souvenirs, entre outros. Esta zona é acessível por escada rolante, com uma altura de 24m:


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Neste edifício os pisos não são numerados, sendo identificado pela sua altura em relação ao piso térreo:


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Não entrei no museu, mas na área de acesso livre já dava para ter uma ideia de como era a fábrica:


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Mais interessante é circular livremente pelos três complexos da fábrica agora desactivada:


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Este vagão é do contra:


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Imagens do bairro (ou lugar) de Zollverein:


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Desde Zollverein apanhei o comboio para Dortmund:


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Onde fui visitar o estádio do Borussia (10 dias antes de o Benfica ter lá perdido). O estádio chama-se oficialmente Signal Iduna Park, mercê do contrato de naming feito pelo clube há poucos meses, mas os adeptos continuam a chamá-lo de Westfalenstadion:


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A visita foi feita em inglês (apenas uma por dia, contra as dezenas em alemão) e inicia-se no museu do clube:


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Onde há referência a uma reviravolta histórica contra o Benfica na década de 60 (vitória por 5-0):


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Depois a visita segue para a bancada VIP:


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Zona mista:


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Balneários:


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O lugar do português Raphael Guerreiro:


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Túnel de acesso ao relvado:


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Banco de suplentes:


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E o topo conhecido como yellow Wall onde dezenas de milhares de adeptos acompanham o jogo de pé:


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Quanto à cidade de Dortmund, como quase todas da região, tem poucos motivos de interesse. Alguns edifícios mais interessantes, como o Rathaus (equivalente à câmara municipal em Portugal) e uma praça com uma igreja, onde por ocasião do Carnaval instalaram uma espécie de Feira Popular:


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Ainda tentei ir a um dos parques urbanos criados em zonas de escombreiras, mas chovia, e acabei por desistir. No fim do dia passei por Duisburg, outra cidade industrial com o principal porto da região:


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O Rathaus de Duisburg:


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E uma igreja:


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HARZ


O Harz é uma cadeia montanhosa situada sensivelmente a meio da Alemanha (é atravessado pela antiga fronteira entre RFA e RDA), tendo o seu ponto mais alto pouco mais de 1 000m de altitude no Brocken. Como já referi possui vários locais classificados como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO para além de várias localidades pitorescas e monumentos geológicos.


É associado a vários cultos pagãos, nomeadamente à bruxaria. Na noite de 30 de abril (Walpurgisnacht) pessoas ligadas a estes cultos vindas de toda a Europa reúnem-se no planalto das bruxas (Hexentasplatz) em torno de fogueiras em honra a Santa Walpurgis.


Nos países germânicos havia uma crença solidamente estabelecida de que durante a noite de 30 de Abril, os demónios e as bruxas reuniam-se nas montanhas, principalmente na de Blocksberg, no Harz, a que se chamava “Montanha de Walpurgis”, para celebrarem o seu sabbat. Conta a lenda, que, por obra do diabo, a santa foi levada a essa montanha para conhecer de perto essas práticas que ela tanto tinha combatido, mas ao chegar lá, pregou com tanto fervor, que por pouco não converteu o próprio diabo…

(http://obaudahistoria.blogspot.pt/2011/04/noite-de-walpurgis.html)


Esta ligação à bruxaria é convenientemente explorada para fins turísticos em toda a região.


Escolhi a cidade de Wernigerode como base para a minha estadia nesta região, por ser a mais central e melhor servida por transportes públicos. De Dusseldorf apanhei um autocarro da FlixBus até Wernigerode, numa viagem que durou umas extenuantes 7 horas e meia por autoestradas cheias de camiões e com paragens demoradíssimas em algumas cidades. A viagem custou-me 19 euros num autocarro razoavelmente confortável.


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WERNIGERODE


Wernigerode é uma pequena cidade com um centro histórico pequeno mas bastante interessante e um castelo imponente. Ao chegar a primeira sensação de déjà-vu ao ver os semáforos para peões ao estilo de Berlim (Wernigerode ficou situada na RDA, a cerca de 5 km da fronteira). Apesar de a RDA ser bastante mais pobre e ter tido um passado mais triste, gosto mais das cidades da Alemanha Oriental.


Fiquei hospedado neste hotel, a meio caminho entre a estação de comboio e o centro da cidade:


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A praça onde se situa o Rathaus de Wernigerode:


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Uma casa bastante torta:


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O Castelo visto cá de baixo:


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A íngreme subida para o castelo:


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A entrada no castelo, no interior era proibido tirar fotos, mas a visita vale a pena, uma vez que a decoração do espaço é bastante fiel à do início do século XX, quando este castelo recebeu várias visitas dos Kaisers alemães e de Bismarck:


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A vista desde o castelo:


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Outras fotografias do centro de Wernigerode:


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GOSLAR


O segundo dia no Harz reservei-o para Goslar, a única cidade da região que situava no território da RFA e onde se situavam as minas de Rammelsberg, que deixaram de funcionar em 1988 por esgotamento do filão de onde se extraíam cobre, zinco e ouro, entre outros. Tanto a cidade como as minas são Património Mundial.


De Wernigerode para Goslar são cerca de 30 minutos de comboio, a um preço extremamente elevado (18 euros ida e volta) por não pertencerem à mesma região, sendo então necessário comprar o bilhete à companhia nacional.


A cidade de Goslar é em todo idêntica a Wernigerode. Um centro histórico com casas em entramado de madeira, com cores variadas e uma praça central mais monumental. Aqui nota-se apenas uma maior quantidade de igrejas.


Praça Central:


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Outras fotos de Goslar:


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Uma das muitas bruxas que apareceram nas cidades que visitei:


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MINAS RAMMELSBERG


Cheguei às minas sabendo de antemão que iria visitá-los com guia em alemão, uma vez que no site dizia que visitas em língua estrangeira estavam sujeitas a marcação prévia e para o fazer era preciso um grupo numeroso, e eu ia sozinho. Na recepção, quando comprei o bilhete, a senhora perguntou-me em que língua eu preferia a visita e eu respondi que era em inglês. Ela logo me disse que tal não era possível, que só havia disponibilidade em alemão e eu respondi que não fazia mal. Já tinha virado as costas quando ela me chama e me diz que abria uma excepção e fazia uma visita guiada personalizada em inglês.

E lá fui, feliz da vida, na minha visita guiada personalizada.


Vista desde o exterior da mina:


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Área onde os trabalhadores se equipavam. O equipamento de cada um era colocado num cabide que subia após o seu uso, dando um aspecto interessante a esta sala:


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A exposição sobre a vida na mina e o processo de extracção do minério:


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Fotografia do dia em que a mina fechou:


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A mina de Rammelsberg deve a sua classificação como Património Mundial ao engenhoso sistema hidráulico que a abastecia. Ao todo, nesta região, existem cerca de 200km de levadas e mais de 30 barragens, construídas entre os séculos XVIII e XIX, que permitiam facilitar a elevação do minério extraído a várias centenas de metros de profundidade. A visita que eu fiz debruçava-se sobre essa temática. No interior da mina, o sistema de elevação era accionado por duas rodas reversíveis com um diâmetro de 7 m:


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O túnel que servia para transportar água para o interior da mina:


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A barragem, construída no seculo XVIII, onde era captada a água que abastecia a mina:


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SANKT ANDREASBERG


A tarde foi ocupada a viajar de autocarro pelas montanhas da região, visitando aldeias e vendo desde a janela do autocarro os vários componentes do sistema hidráulico. Para tal comprei um bilhete de ida e volta para o destino no interior da montanha mais afastado de Goslar (a vila de Sankt Andreasberg).


A primeira paragem, onde se troca de autocarro, é em Clausthal Zellerfeld:


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Havia alguma neve no solo, aumentando em quantidade conforme a altitude subia:


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Nesta zona montanhosa notava-se que já se estava em época baixa, a temporada de esqui tinha acabado mas ainda era inverno. As vilas e aldeias estavam desertas, os autocarros praticamente vazios e as infraestruturas turísticas quase todas fechadas.


Fotografias da vila de Sankt Andreasberg:


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Onde fica a Grube Samson, antiga mina de prata, mas encontrava-se fechada para visitas:


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COMBOIO A VAPOR – BROCKEN


Nesta região existe ainda um comboio a vapor de bitola curta (1 m) que efectua serviço de passageiros e é usado para fins turísticos. O troço mais famoso é o que liga Wernigerode ao Brocken, ponto mais alto do Harz, numa viagem de cerca de hora e meia. O preço é elevado, mais de 30 euros ida e volta, mas é uma viagem que vale muito a pena.


O comboio sai do cais 31 da estação de Wernigerode:


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Chegando-se um pouco antes da hora de partida dá para assistir às manobras da locomotiva a vapor até acoplar aos vagões de passageiros:


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O interior do vagão:


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Em Wernigerode o dia estava soalheiro, mas a montanha estava envolta em nuvens. Aproximadamente à cota 300 começou a nevar, o que ajudou a dar uma aura de grande misticismo à viagem:


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O comboio faz duas pausas de cerca de 10 minutos durante a subida, a primeira em Drei Annen Hohne:


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E a segunda em Schierke:


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O troço final é realizado a muito baixa velocidade e numa pendente bastante inclinada (considerando que se trata de uma linha férrea):


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No alto de Brocken o ambiente era muito hostil. O vento soprava fortíssimo e a temperatura rondava os -5ºC. Existe no topo um museu e um miradouro, mas o nevoeiro era tão denso que não os consegui encontrar. Ao fim de cinco minutos gélidos desisti e voltei para o comboio:


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De regresso a Drei Annen Hohne, já com melhor visibilidade, era necessário trocar de comboio para voltar a Wernigerode e fazer uma pausa de uma hora:


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Aproveitei para almoçar num hotel-restaurante junto à estação:


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QUEDLINBURG


No quarto dia no Harz a ideia era visitar Quedlinburg, a primeira capital da Alemanha, e a cidade de Thale onde se situa o planalto das bruxas (Hexentasplatz). O acesso a este planalto é feito através de teleférico (a alternativa de autocarro nesta altura do ano é fraca, com ligações raras). O dia amanheceu extremamente ventoso, era difícil circular na rua, e imaginei logo que o teleférico estivesse encerrado, mas segui caminho na mesma.


Quedlinburg é Património Mundial da UNESCO. Foi a primeira capital de um Império Alemão, há mais de um milénio atrás. É uma cidade semelhante a Goslar e Wernigerode, como as fotos o atestam:


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O Castelo, que apenas visitei por fora:


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Vista desde o castelo:


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Mais umas casas tortas:


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THALE


Thale situa-se a cerca de 10 km de Quedlinburg, fazendo-se rapidamente a viagem de comboio entre estas duas cidades. Situada no sopé da montanha, difere das restantes cidades que visitei. A construção em madeira é mais rara, as casas são menos típicas. É a porta de entrada para o Bodetal, o vale do rio Bode, bastante profundo.

Como suspeitei o teleférico estava encerrado. Decidi que voltava a Thale no dia seguinte, antes de ir para Berlim, mas ainda deu uma volta pela cidade antes de voltar a Wernigerode.


A Estação de comboio de Thale:


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A Igreja principal da cidade:


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Thale, como já referi, tem forte ligação ao paganismo. Em toda a cidade há várias esculturas que remetem para antigos mitos germânicos (a explicação desses mitos só a encontrei no posto de turismo, mas estava em alemão):


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Outra história, semelhante à da Nazaré em Portugal, é que no alto de uma das montanhas há uma pata de cavalo marcada na rocha, onde o cavalo conseguiu travar a tempo antes de cair no precipício. Para honrar essa história vários passeios da cidade estão repletos de patas de cavalo:


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Tal como em Berlim, embora de muito menores dimensões, existe em Thale um museu a explicar como era a vida quotidiana na RDA. Este situa-se no último andar de uma loja de móveis (!):


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Um antigo mural dos tempos da RDA que ainda perdura:


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E muito mobiliário urbano a remeter para bruxaria e mitos pagãos:


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No dia seguinte voltei a Thale, já com o teleférico para a Hexentasplatz a funcionar. Junto à entrada da estação do teleférico, uma complexa infraestrutura para praticar arvorismo:


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O rio Bode, também nesta zona:


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Vistas desde o teleférico:


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A estação de teleférico no topo da montanha:


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A vista para Bodetal:


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Tal como em Sankt Andreasberg, notava-se que era a temporada turística baixa. Várias infraestruturas estavam fechadas e havia muito poucos visitantes:


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Na Hexentasplatz existe um zoo, onde animais de carne e osso dividem o espaço com figuras em madeira:


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E à tarde apanhei o comboio para Berlim, onde cheguei já de noite:


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No fim de semana que passei em Berlim aproveitei para visitar algumas atracções (um pouco mais escondidas) que me tinham escapado na minha anterior visita.

Uma das principais atracções, Património Mundial da UNESCO, são os vários conjuntos de habitação social construídas durante a república de Weimar, nas décadas de 20 e 30 do século passado pela escola modernista alemã. Ao todo são 6 conjuntos habitacionais, todos longe do centro da cidade e com muito pouca publicidade, tanto nos centros de turismo da cidade, como mesmo na própria zona onde se situam. Provavelmente, por ainda serem utilizados como habitação, não se pretende que hordas de turistas se desloquem a esses locais a fotografar o local onde pessoas moram e fazem a sua vida quotidiana.

Visitei 3 destes complexos, o primeiro, o mais fácil de aceder desde o centro da cidade, a Weisse Stadt (cidade branca) construída sob a direcção de Martin Wagner entre 1929 e 1931. Não encontrei em todo o bairro qualquer referência à classificação do complexo como Património Mundial, nem nenhuma informação turística.

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Gartenstadt Falkenberg, da autoria de Bruno Taut, o mais antigo destes bairros (1913-16), localizado a cerca de meia hora de comboio da estação de Ostbanhoff, já bem perto do aeroporto de Schonefeld:

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Hufeisensiedlung (ferradura), complexo habitacional com forma de ferradura em torno a um lago, da autoria de Bruno Taut (1925-30). Aqui, e ao contrário do que acontece nos restantes complexos que visitei, havia uma modesta placa informativa para turistas:

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