Aquecimento Global



Iceberg

Nimbostratus
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Em qualquer área da ciência, a comunidade cientifica normalmente é mais céptica do que a Opinião Publica. A climatologia não é diferente... por isso a tua ultima frase terá mais de fé do que de ciência! ;)

…o futuro sempre esteve traçado…tal como o passado…fases de aquecimento, arrefecimento, aquecimento, arrefecimento, aquecimento, arrefecimento…períodos secos, chuvosos, secos, chuvosos…
 
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Orion

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Certamente aparecerá em português mas o original é sempre o mais importante:

Sun's impact on climate change quantified for first time

Researchers from the Physical Meteorological Observatory Davos (PMOD), the Swiss Federal Institute of Aquatic Science and Technology (EAWAG), ETH Zurich and the University of Bern are now qualifying this assumption. Their elaborate model calculations are supplying a robust estimate of the contribution that the sun is expected to make to temperature change in the next 100 years. For the first time, a significant effect is apparent. They expect the Earth's temperature to fall by half a degree when solar activity reaches its next minimum.

According to project head Werner Schmutz, who is also Director of PMOD, this reduction in temperature is significant, even though it will do little to compensate for human-induced climate change. "We could win valuable time if solar activity declines and slows the pace of global warming a little. That might help us to deal with the consequences of climate change." But this will be no more than borrowed time, warns Schmutz, since the next minimum will inevitably be followed by a maximum.

Exactly how the sun will behave over the next few years remains a matter of speculation, however, since appropriate data series have only been available for a few decades and they reveal no evidence of fluctuations during this time. "To that extent, our latest results are still a hypothesis," says Schmutz, "and it remains difficult for solar physicists to predict the next cycle." But since we have been observing a consistently strong phase since 1950, it is highly likely that we will experience another low point in 50 to 100 years' time. It could be every bit as intense as the Maunder Minimum, which brought particularly cold weather during the 17th century.
 

Thomar

Cumulonimbus
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http://lifestyle.sapo.pt/saude/noti...-inundacoes-ainda-maiores?artigo-completo=sim


AQUECIMENTO GLOBAL AFETA MASSAS DE AR E TORNA AS SECAS E INUNDAÇÕES AINDA MAIORES

28 MAR 2017 08:50 // NUNO NORONHA // NOTÍCIAS // COM LUSA/AFP

O aquecimento global está a amplificar secas e inundações severas, ao desfazer as poderosas correntes de ar a alta altitude (‘jet streams’), que evoluem de oeste para leste no Hemisfério Norte, segundo um estudo apresentado na segunda-feira.


Em apenas 15 anos, estes fenómenos - secas devastadoras na Califórnia, vagas de calor através dos EUA e Europa Ocidental, inundações mortíferas no Paquistão – ficaram pior quando as alterações climáticas de responsabilidade humana alteraram aquelas correntes, apontaram cientistas no documento publicado na revista Scientific Reports.

“O nosso trabalho mostra que as alterações climáticas não estão apenas a provocar eventos climáticos ainda mais extremos através dos mecanismos habituais”, afirmou o principal investigador, Michael Mann, professor na Universidade Estadual de Penn, nos EUA.

Estes “mecanismos habituais” incluem temperaturas mais quentes, que conduzem a mais vagas de calor e secas, bem como a mais humidade no ar, o que provoca mais inundações ou nevões. “Além destes efeitos, o aquecimento global está a mudar o padrão do ‘jet stream’ de uma form acue favorece anomalias climáticas mais extremas e persistentes”, disse Mann à AFP. “Revelámos uma consequência clara da atividade humana”, salientou.

Os ‘jet streams’ são correntes de ar que serpenteiam através da metade norte do globo, a cerca de oito a 11 quilómetros acima da superfície terrestre. Conduzidas pelo contraste entre o ar frio polar e o clima tropical, os ‘jet streams’ viajam dentro de uma banda com várias centenas de quilómetros de largura a velocidades de cerca de 300 quilómetros horários. Os ‘jet streams’ são a razão pela qual o voo de Los Angeles para Novo Iorque demora menos uma hora do que o percurso inverso.

O percurso sinuoso destes gigantescos fluxos de ar cria padrões climatéricos, incluindo os sistemas de altas e baixas pressões que criam os momentos extemporâneos de calor ou frio. Quando estas correntes de ar perdem velocidade ou param, estas manifestações climatéricas podem tornar-se mais extremas, conduzindo a períodos extensos de calor ou precipitação. “Mudanças relativamente pequenas das correntes de ar podem ter efeitos significativos nas condições meteorológicas, incluindo as extremas”, disse o coautor Dim Coumou, professor no Instituto de Estudos Ambientais da Universidade de Amesterdão, à AFP.

E o que causa a paragem destas correntes de ar? Pequenas diferenças de temperatura entre o ar do Ártico e o dos trópicos. Isto pode acontecer naturalmente, mas tem acontecido com mais frequência desde que as alterações climáticas se acentuaram, apuraram os investigadores.

O Ártico aqueceu mais do dobro da média global dos últimos 50 anos, ao verificar um aumento da sua temperatura em dois graus Celsius (ºC). O ar sobre as massas terrestres também aqueceu mais depressa do que sobre os oceanos.

Pesquisas anteriores associavam os ‘jet streams’ com grandes secas e inundações ocorridas nas últimas duas décadas, mas não adiantaram nada sobre a influência da atividade humana no processo. “O que o novo estudo faz é ligar os pontos entre a crescente frequência deste efeito das correntes de ar e o aquecimento global provocado pelos humanos no planeta”, disse Mann.

Este cientista e a sua equipa usaram registos de temperaturas terrestres, iniciados em 1870, combinados com simulações por computador, para analisarem os padrões.

O estudo apurou que as condições promotoras da perturbação das correntes de ar aumentaram cerca de 70% desde o início da idade industrial, quando os humanos começaram a carregar a atmosfera com gases com efeito de estufa. De forma significativa, a maior parte das alterações ocorreu nas últimas quatro décadas.

A conferência de Paris, realizada no final de 2016, apelou para a contenção do aquecimento global “bem abaixo” dos 2ºC até ao final do século. A manter-se a evolução atual, a temperatura média global da Terra vai aumentar em 4ºC até ao final do século.

 

Orion

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Then and now: How glaciers around the world are melting

http://bigstory.ap.org/article/43d4...and-now-how-glaciers-around-world-are-melting

Claro que os padrões meteorológicos são apenas uma parte do problema. A pressão humana faz o resto:

Scientists: Cod population in New England drops 80 percent

http://bigstory.ap.org/article/e704...s-cod-population-new-england-drops-80-percent

Termino, repetindo o mesmo:

lPNAYJj.gif



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A civilização moderna não assistiu nem está preparada para as brutais mudanças que a Terra já assistiu (quer aquecimento quer arrefecimento). Como tal, minimizar o impacto das alterações usando essa desculpa é irrealista porque as sociedades tinham uma organização completamente diferente.

Para exemplificar: A Terra já foi atingida inúmeras vezes por meteoritos na história. Como tal, e alegadamente, devíamos entender isso como algo 'normal'. E se um meteorito caísse em cheio na Alemanha ou em França? Certamente as opiniões seriam outras.

O que o clima não tem em intensidade tem em duração. E num passado recente, por exemplo, as secas podem durar - como já duraram - muitos anos. Claro que os primeiros a sofrer são os que dependem mais do tempo: os agricultores. Os restantes usufruem do supermercado para comprarem quase tudo (benesses da civilização moderna que não existem há muito tempo). Pior é quando deixa de haver água na torneira (como já acontece em muitos países do 'terceiro' mundo.
 
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Pek

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Then and now: How glaciers around the world are melting

http://bigstory.ap.org/article/43d4...and-now-how-glaciers-around-world-are-melting

Claro que os padrões meteorológicos são apenas uma parte do problema. A pressão humana faz o resto:

Scientists: Cod population in New England drops 80 percent

http://bigstory.ap.org/article/e704...s-cod-population-new-england-drops-80-percent

Termino, repetindo o mesmo:

lPNAYJj.gif



qJrOVIs.jpg


A civilização moderna não assistiu nem está preparada para as brutais mudanças que a Terra já assistiu (quer aquecimento quer arrefecimento). Como tal, minimizar o impacto das alterações usando essa desculpa é irrealista porque as sociedades tinham uma organização completamente diferente.

Para exemplificar: A Terra já foi atingida inúmeras vezes por meteoritos na história. Como tal, e alegadamente, devíamos entender isso como algo 'normal'. E se um meteorito caísse em cheio na Alemanha ou em França? Certamente as opiniões seriam outras.

O que o clima não tem em intensidade tem em duração. E num passado recente, por exemplo, as secas podem durar - como já duraram - muitos anos. Claro que os primeiros a sofrer são os que dependem mais do tempo: os agricultores. Os restantes usufruem do supermercado para comprarem quase tudo (benesses da civilização moderna que não existem há muito tempo). Pior é quando deixa de haver água na torneira (como já acontece em muitos países do 'terceiro' mundo.

A este propósito, recomendo a leitura de um livro já não muito recente, mas com uma narrativa muito atual: "As últimas horas da antiga luz do sol", de Thom Hartmann. Existe também um livro, bastante conhecido e escrito mais recentemente - "Dez mil milhões", de Stephen Emmott. Duas boas leituras para quem se interessa por estas temáticas abordadas no post do @Orion
 
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joralentejano

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Inédito: Rio de glaciar desapareceu em quatro dias devido ao aquecimento global
Cientistas dizem nunca ter encontrado um acontecimento do género.

Desapareceu em quatro dias o rio que corria do glaciar Kaskawulsh, no Canadá. O fluxo do rio passou totalmente para outro nesse curto período, um fenómeno nunca até hoje visto pelos cientistas, consequência do aquecimento global e que alterou profundamente a paisagem da zona.
O leito do rio Slims chegava aos 150 metros no ponto mais largo, segundo o The Guardian. Durante centenas de anos, o rio transportou água derretida no glaciar Kaskawulsh, um dos maiores do Canadá, em direção ao norte, ao mar de Bering.
Na primavera de 2016, no entanto, a quantidade de água que derreteu do glaciar foi tão grande que esta acabou por correr para um segundo leito: o rio Alsek, a centenas de quilómetros de distância e que vai dar ao Golfo do Alasca.
Os cientistas afirmam que a probabilidade deste acontecimento ter ocorrido devido às alterações climáticas naturais é de 0,5%. "Logo há 99.5% [de probabilidades] de ter ocorrido devido ao aquecimento causado pela era industrial", explicou James Best, geólogo da Universidade de Illinois.
Medições do fluxo dos rios mostram que a mudança, a primeira do género alguma vez documentada, ocorreu entre 26 e 29 de maio. As conclusões da equipa de cientistas forma publicadas esta segunda-feira na revista
Nature.
As alterações foram detetadas por uma equipa de cientistas que estuda há muitos anos o recuo dos glaciares na zona.
"Fomos para área para continuarmos a medir o rio Slim e encontramos o leito do rio mais ou menos seco", contou Best. "O delta onde navegávamos de barco era agora uma tempestade de areia. Em termos de paisagem a mudança foi incrivelmente dramática".
A equipa usou helicópteros e drones para perceber o que se passava. "Descobrimos que toda a água que vinha da parte da frente do glaciar, ao invés de se dividir em dois rios, estava a ir só para um", explicou Best.
Enquanto nos últimos anos os rios Slims e Alsek eram equiparáveis em termos de tamanho, a partir de 2016 o Alsek tornou-se 60 a 70 vezes maior que o rio Slims.
O caso de o fluxo de um rio ser totalmente desviado para outro nunca tinha sido observado pelos cientistas. Geólogos sabem que casos semelhantes ocorreram no passado e é a primeira vez que podem documentar e acompanhar um destes fenómenos.
"Que nós saibamos, nunca ninguém documentou este acontecimento no nosso tempo de vida", disse Dan Shugar, geocientista da Universidade de Washington Tacoma.
O paleontólogo Lonnie Thompson, que não esteve envolvido nas investigações, prevê, com base nestas conclusões, que fenómenos de desvio de rios se tornem mais comuns à medidas que os glaciares diminuem.

Fonte
 

Orion

Furacão
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O Lago Chad já cobriu uma área de 25000 km2. A isto acrescenta-se:

The Lake Chad Basin emergency affects some 17 million people across north-eastern Nigeria, northern Cameroon, western Chad and south-east Niger. The effects of conflict, climate change, environmental degradation, poverty and underinvestment in social services have combined to bring about deepening insecurity, rapid population growth and severe vulnerability. This has translated into 11 million people needing humanitarian assistance. More than 2.3 million people have fled their homes. Vital infrastructure such as health centres, schools, water pipelines, bridges and roads have been destroyed and millions of people have limited or no access to basic services.

WMO
Some 7 million people risk suffering from severe hunger in the Lake Chad Basin, which incorporates parts of Cameroon, Chad, Niger and northeastern Nigeria. In the latter, some 50,000 people are facing famine.

While fighting and violence have caused much of the suffering, the impact of environmental degradation and climate change including repeated droughts, are exacerbating the situation, the FAO Director-General said.

FAO

O Chade e o Níger são dos países mais pobres do mundo. A Nigéria é dos países que maior crescimento populacional regista. Novamente, as mudanças climáticas, mesmo sem interferência do homem, podem ser desastrosas.

A seta a vermelho indica a Bacia do Lago Chade. A sua posição geográfica já é suficiente para o tornar bastante vulnerável.

XSLgkng.jpg
 
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Antártida está tornar-se verde devido a alterações climáticas
18.05.2017 às 23h17

mw-860

MATT AMESBURY/ LUSA

A continuar a aumentar a temperatura, ainda que de forma moderada, e a crescer o degelo, a Antártida “será um lugar mais verde no futuro"

Cientistas concluíram que a vida vegetal está a crescer no continente gelado da Antártida devido às alterações climáticas, revela um estudo publicado esta quinta-feira na revista Current Biology.

Poucas plantas vivem na Antártida, mas os cientistas que estudam musgos detetaram um aumento significativo da atividade biológica no continente nos últimos 50 anos.

Para o estudo, a equipa de investigadores, nomeadamente das universidades britânicas de Exeter e Cambridge, analisou núcleos de bancos de musgo bem preservados na Antártida, numa extensão de cerca de 643,73 quilómetros, e dados documentados dos últimos 150 anos.

Os cientistas estudaram em pormenor cinco núcleos de três locais, tendo concluído que houve alterações biológicas importantes em toda a península antártica no último meio século.

Segundo um dos autores do estudo, Matt Amesbury, da Universidade de Exeter, o aumento da temperatura verificado na Antártida nos últimos 50 anos teve "um efeito dramático no crescimento dos bancos de musgo" no continente gelado.

A continuar a aumentar a temperatura, ainda que de forma moderada, e a crescer o degelo, a Antártida "será um lugar mais verde no futuro", sustentou.

A equipa científica pretende, numa nova investigação, recuar mais no tempo e avaliar o quanto as alterações climáticas afetaram os ecossistemas na Antártida antes de a atividade humana provocar o aquecimento global.
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2...ornar-se-verde-devido-a-alteracoes-climaticas