Aquecimento Global

guisilva5000

Super Célula
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16 Set 2014
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Belas
Prever coisas para 2100 tem um sentido... Sabemos que o clima está a alterar-se para uma maior secura nos meses de estiagem (Maio-Outubro), contudo existem meses em que a chuva até é capaz de abundar porque temos o Atlântico à porta.

É uma questão de nos adaptar-nos a esta gradual alteração, claro que as zonas do Sul estão muito mais propícias a secas prolongadas e quem sabe se em 2100 ainda não ficam com clima desértico.

Mas nem sabemos se para a semana chove quando mais em 2100.
 


Snifa

Furacão
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16 Abr 2008
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Donald Trump confirma que os EUA vão abandonar Acordo de Paris

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Donald Trump anunciou, esta quinta-feira, que os EUA vão abandonar o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas e tentar encontrar uma nova solução.

Trump afirmou, esta quinta-feira, na Casa Branca, que o Acordo de Paris "imputa custos aos americanos" e que esta decisão vai ao encontro da sua promessa de "pôr os trabalhadores americanos em primeiro".

O presidente norte-americano disse esperar "um melhor acordo" no futuro, em termos que considera justos para o país. "Se conseguirmos, tudo bem, se não conseguirmos, não faz mal", afirmou Donald Trump.

O acordo de Paris foi assinado por 195 países em dezembro de 2015 tendo em vista reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e conter o aquecimento global abaixo dos dois graus Celsius.


http://www.jn.pt/mundo/interior/don...ua-vao-abandonar-acordo-de-paris-8526678.html
 
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dahon

Nimbostratus
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1 Mar 2009
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O que vale é que o tamanco do trump acha que é um homem de negócios.



Até os republicanos mais "hardcore" tem mais visão em termos económicos, mesmo não "acreditando" no aquecimento global, do que o mãozinhas.

Aliás a esperança é mesmo essa, que os estados, pelo menos os democratas, ignorem a saída do tratado e o continuem a cumprir.
 

joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Arronches / Lisboa
O que é que as alterações climáticas fizeram a Portugal?
Os efeitos das mudanças do clima são evidentes em zonas como Árctico, Antárctida ou África. Mas também já há muita coisa que mudou em Portugal.
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Se o aumento de temperatura média global for superior a dois graus Celsius até ao fim do século, o ecossistema do montado do Sul dificilmente resiste. DANIEL ROCHA

Enquanto se discute sobre quem fica fora e dentro do Acordo de Paris, o mundo aquece, o Árctico derrete e a Antárctida fica um bocadinho mais verde. Não são projecções ou especulações, são constatações que estão em relatórios de cientistas que continuam a medir os efeitos das alterações climáticas no planeta Terra. E Portugal? Há muitas coisas que já mudaram à nossa volta.
Já reparou que há sobreiros e azinheiras a morrer no Alentejo? Que as ondas de calor se tornaram mais frequentes? Que a floresta de Portugal está a diminuir, consumida pelos incêndios? Que a chuva já não cai como antes? Que os Invernos estão mais curtos? Que os mosquitos da febre de dengue encontraram condições para espalhar um surto na ilha da Madeira? Que, devagarinho, acontece uma subida do nível do mar? São apenas alguns dos efeitos das mudanças climáticas em Portugal.

A lista de fenómenos, mais ou menos visíveis, registados em Portugal que resultam das alterações climática é longa. Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS), destaca a diminuição da precipitação, acompanhada de uma mudança do seu regime.
“A diminuição traduz-se, se fizermos uma média por década a partir de 1960, em 40 milímetros por década no Sul de Portugal. Ou seja, em 56 anos, estamos a falar de mais 200 milímetros, o que é muito significativo”, especifica o físico, referindo-se a dados da Agência Europeia do Ambiente (EEA, na sigla em inglês). O problema, diz o especialista, não é exclusivo de Portugal e abarca toda a Península Ibérica onde, segundo os mesmos dados da EEA, a precipitação anual diminuiu até um máximo de 90 milímetros por década, desde 1960.

Infelizmente, este mau indicador parece manter a sua tendência. “Este ano é mais um exemplo disso. Estamos a ter uma precipitação reduzida, relativamente à média de há 60 ou 70 anos. Isto tem impactos muito significativos na agricultura e também no montado”, avisa. Por outro lado, nota, também se percebe que o padrão da chuva mudou e que, quando realmente chove, chove muito e durante pouco tempo. O que, entre outros efeitos, significa muitas vezes cidades inundadas por cheias.
Nas cidades sentem-se as cheias mas não a falta da chuva que, aliás, (quando cai) incomoda muita gente. “As pessoas que vivem na cidade não notam a diminuição da precipitação, abrem a torneira e têm água e de qualidade. A chuva é uma chatice”, reconhece Filipe Duarte Santos, que acrescenta que “é muito diferente quando se é um agricultor no interior do país”. É preciso enfrentar este problema e planear uma resposta, sem esquecer que a solução tem de ser discutida com os nossos vizinhos espanhóis com quem partilhamos recursos importantes para nos adaptarmos a estes desafios, recomenda o físico.
__________
A notícia é algo extensa
Fonte: Público
 

Davidmpb

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7 Jul 2014
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Portalegre( 600m)/ Fundão
O que é que as alterações climáticas fizeram a Portugal?
Os efeitos das mudanças do clima são evidentes em zonas como Árctico, Antárctida ou África. Mas também já há muita coisa que mudou em Portugal.
3lYZyXD.jpg

Se o aumento de temperatura média global for superior a dois graus Celsius até ao fim do século, o ecossistema do montado do Sul dificilmente resiste. DANIEL ROCHA

Enquanto se discute sobre quem fica fora e dentro do Acordo de Paris, o mundo aquece, o Árctico derrete e a Antárctida fica um bocadinho mais verde. Não são projecções ou especulações, são constatações que estão em relatórios de cientistas que continuam a medir os efeitos das alterações climáticas no planeta Terra. E Portugal? Há muitas coisas que já mudaram à nossa volta.
Já reparou que há sobreiros e azinheiras a morrer no Alentejo? Que as ondas de calor se tornaram mais frequentes? Que a floresta de Portugal está a diminuir, consumida pelos incêndios? Que a chuva já não cai como antes? Que os Invernos estão mais curtos? Que os mosquitos da febre de dengue encontraram condições para espalhar um surto na ilha da Madeira? Que, devagarinho, acontece uma subida do nível do mar? São apenas alguns dos efeitos das mudanças climáticas em Portugal.

A lista de fenómenos, mais ou menos visíveis, registados em Portugal que resultam das alterações climática é longa. Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS), destaca a diminuição da precipitação, acompanhada de uma mudança do seu regime.
“A diminuição traduz-se, se fizermos uma média por década a partir de 1960, em 40 milímetros por década no Sul de Portugal. Ou seja, em 56 anos, estamos a falar de mais 200 milímetros, o que é muito significativo”, especifica o físico, referindo-se a dados da Agência Europeia do Ambiente (EEA, na sigla em inglês). O problema, diz o especialista, não é exclusivo de Portugal e abarca toda a Península Ibérica onde, segundo os mesmos dados da EEA, a precipitação anual diminuiu até um máximo de 90 milímetros por década, desde 1960.

Infelizmente, este mau indicador parece manter a sua tendência. “Este ano é mais um exemplo disso. Estamos a ter uma precipitação reduzida, relativamente à média de há 60 ou 70 anos. Isto tem impactos muito significativos na agricultura e também no montado”, avisa. Por outro lado, nota, também se percebe que o padrão da chuva mudou e que, quando realmente chove, chove muito e durante pouco tempo. O que, entre outros efeitos, significa muitas vezes cidades inundadas por cheias.
Nas cidades sentem-se as cheias mas não a falta da chuva que, aliás, (quando cai) incomoda muita gente. “As pessoas que vivem na cidade não notam a diminuição da precipitação, abrem a torneira e têm água e de qualidade. A chuva é uma chatice”, reconhece Filipe Duarte Santos, que acrescenta que “é muito diferente quando se é um agricultor no interior do país”. É preciso enfrentar este problema e planear uma resposta, sem esquecer que a solução tem de ser discutida com os nossos vizinhos espanhóis com quem partilhamos recursos importantes para nos adaptarmos a estes desafios, recomenda o físico.
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A notícia é algo extensa
Fonte: Público
Ora, aí está algo que eu não podia concordar mais, o clima tem mudado aos poucos e quem nota mais isso são os agricultores, as pessoas do campo e as pessoas mais velhas. Os meus pais, principalmente o meu pai sempre viveu do campo e da agricultura e não tem dúvidas que o clima já não é o mesmo de quando era mais novo, á 40 ou 50 anos atrás, nos 3 meses de Inverno contavam-se pelos dedos das mãos os dias em que não chovia, hoje em dia mesmo no Inverno chegamos a estar semanas e semanas sem chover e quando chove são precipitações curtas e fortes que pouco beneficiam os solos, já para não falar do Verão que cada vez mais têm a tendência a ser mais quentes, secos e prolongados, chegamos a ter meses e meses de calor, algo que á 50 anos não acontecia.
Quem vive na cidade, pouco ou nada dá por isto, desde que a água corra na torneira está tudo bem, e pegando no artigo acima para a maioria das pessoas a chuva " é uma chatice" .
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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Estremoz
"As alterações climáticas que têm ocorrido ao nível do globo apontam não só para um aumento da temperatura média global, mas também para o aumento da frequência e intensidade dos fenómenos climáticos extremos tais como secas, cheias, ondas de calor etc. A maior frequência de situações de seca meteorológica que se verifica em Portugal Continental nas últimas décadas, é indicativo de um aumento do risco e da vulnerabilidade a este fenómeno, o que poderá obviamente trazer um aumento dos impactos, nomeadamente, ao nível dos sectores agrícola e hidrológico e necessariamente social."

RISCOS DE SECAS EM PORTUGAL CONTINENTAL (Vanda Cabrinha Pires, Instituto de Meteorologia, Divisão de Observação Meteorológica e Clima; Álvaro Silva, Instituto de Meteorologia, Divisão de Observação Meteorológica e Clima; Luísa Mendes, Instituto de Meteorologia, Divisão de Observação Meteorológica e Clima)
 
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Orion

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5 Jul 2011
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Açores
Figure 1: Climate anomalies with respect to the 1951–1980 period in 1816.

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Para o melhor ou para o pior, o clima não é linear.

More surprising, investigators have found that the giant cloud of minuscule particles spread around the globe, blocked sunlight and produced three years of planetary cooling. In June 1816, a blizzard pummeled upstate New York. That July and August, killer frosts in New England ravaged farms. Hailstones pounded London all summer.

https://www.nytimes.com/2015/08/25/science/mount-tambora-volcano-eruption-1815.html?_r=0

Heavy snow fell in northern New England on June 7-8, with 18- to 20-inch high drifts. In Philadelphia, the ice was so bad "every green herb was killed and vegetables of every description very much injured," according to the book American Weather Stories.

Frozen birds dropped dead in the streets of Montreal, and lambs died from exposure in Vermont, the New England Historical Society said.

On July 4, one observer wrote that "several men were pitching quoits (a game) in the middle of the day with heavy overcoats on." A frost in Maine that month killed beans, cucumbers and squash, according to meteorologist Keith Heidorn. Ice covered lakes and rivers as far south as Pennsylvania, according to the Weather Underground.

https://www.usatoday.com/story/weather/2016/05/26/year-without-a-summer-1816-mount-tambora/84855694/

In 1816 Ireland suffered one of the worst of its recurring potato famines: typhus fever broke out, infecting 80,000 and killing 44,000. In the Chinese province of Yunnan, where harvests were ruined for three years, they planted poppies as a more robust and profitable alternative to rice, which became one of China’s main sources of opium, with devastating and enduring human consequences at home and abroad. The repeated crop failures over the same period in North America caused its economy, driven by arable farming, to crash in 1819, again with far-reaching repercussions. Disrupted monsoons in India were another aspect of the Tamboran climate change, giving rise to a new strain of cholera which almost wiped out the British army in the Bay of Bengal: the epidemic spread overseas, including to Indonesia, where many more people were killed by the disease than the 90,000 direct fatalities from the original volcanic eruptions of 1815.

https://www.theguardian.com/music/2...-dark-masterpieces-beethoven-schubert-shelley

Quantos milhões de mortos causaria a mesma erupção se ocorresse hoje em dia? :intrigante:
 

Davidmpb

Super Célula
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7 Jul 2014
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Portalegre( 600m)/ Fundão
O que aconteceria à Europa se o gelo do planeta derretesse?


Aquecimento global está a aumentar cada vez mais
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Se continuarmos a poluir o nosso planeta, o aquecimento global vai continuar a aumentar, levando a que o todo o gelo da Terra derreta e que haja um sucessivo aumento do nível do mar.

De acordo com o National Geographic, se o gelo derretesse, Londres poderia vir a desaparecer. Para além disso, Veneza ficaria submersa pelo mar Adriático.

Este cenário catastrófico levaria a que os Países Baixos se desviassem e ficassem rodeados de água, enquanto que a maior parte da Dinamarca também desaparecia.

Para além de todas estas transformações, o mar Mediterrâneo iria aumentar, engolindo assim os mares Negro e Cáspio.
https://sol.sapo.pt/artigo/566163/o-que-aconteceria-a-europa-se-o-gelo-do-planeta-derretesse-
 

luismeteo3

Furacão
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14 Dez 2015
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Fatima (320m)
Bloco de gelo gigante na Antártida está quase a separar-se
2/6/2017, 14:02293
10
Trump recusa acreditar em alterações climáticas. Até tirou os Estados Unidos do Acordo de Paris. Enquanto isso, na Antártida, a plataforma de gelo Larsen C está prestes a separar-se.

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A separação do bloco de gelo irá resultar na perda de 10% da plataforma Larsen C

NASA/JOHN SONNTAG HANDOUT/EPA
Trump recusa acreditar em alterações climáticas, até tirou os Estados Unidos do Acordo de Paris. Mas, enquanto isso, na Antártida, a plataforma de gelo Larsen C está prestes a separar-se. Já só faltam 13 quilómetros para a fissura da plataforma de gelo atingir a outra ponta do bloco de gelo Larsen C. A propagação da fenda tem-se intensificado e a última estendeu-se por 16 quilómetros.

O historial já vem desde 2011 – no entanto, nos últimos 6 meses o ritmo acelerou. Foram 20 quilómetros em dezembro, mais 10 em janeiro, em abril bifurcou-se e em maio cresceu outros 17 quilómetros.

Apesar de ser frequente a separação de blocos de gelo por causas naturais, a verdade é que a comunidade científica nunca testemunhou nada a este ritmo. A plataforma Larsen C – uma das maiores placas de gelo na Antártida – tem metade do tamanho do Líbano.

O aumento da temperatura na Antártida tem sido objeto de estudo dos cientistas nas últimas décadas. É nos polos do planeta que o aquecimento global é mais sentido – e aqui o degelo é mais acentuado. A situação é preocupante porque serão blocos que se separam de icebergues. A partir daí derretem e aumentam o nível médio das águas do mar.
http://observador.pt/2017/06/02/bloco-gigante-de-gelo-na-antartida-esta-quase-a-separar-se/
 
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6 Mai 2017
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Bloco de gelo gigante na Antártida está quase a separar-se
2/6/2017, 14:02293
10
Trump recusa acreditar em alterações climáticas. Até tirou os Estados Unidos do Acordo de Paris. Enquanto isso, na Antártida, a plataforma de gelo Larsen C está prestes a separar-se.

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A separação do bloco de gelo irá resultar na perda de 10% da plataforma Larsen C

NASA/JOHN SONNTAG HANDOUT/EPA
Trump recusa acreditar em alterações climáticas, até tirou os Estados Unidos do Acordo de Paris. Mas, enquanto isso, na Antártida, a plataforma de gelo Larsen C está prestes a separar-se. Já só faltam 13 quilómetros para a fissura da plataforma de gelo atingir a outra ponta do bloco de gelo Larsen C. A propagação da fenda tem-se intensificado e a última estendeu-se por 16 quilómetros.

O historial já vem desde 2011 – no entanto, nos últimos 6 meses o ritmo acelerou. Foram 20 quilómetros em dezembro, mais 10 em janeiro, em abril bifurcou-se e em maio cresceu outros 17 quilómetros.

Apesar de ser frequente a separação de blocos de gelo por causas naturais, a verdade é que a comunidade científica nunca testemunhou nada a este ritmo. A plataforma Larsen C – uma das maiores placas de gelo na Antártida – tem metade do tamanho do Líbano.

O aumento da temperatura na Antártida tem sido objeto de estudo dos cientistas nas últimas décadas. É nos polos do planeta que o aquecimento global é mais sentido – e aqui o degelo é mais acentuado. A situação é preocupante porque serão blocos que se separam de icebergues. A partir daí derretem e aumentam o nível médio das águas do mar.
http://observador.pt/2017/06/02/bloco-gigante-de-gelo-na-antartida-esta-quase-a-separar-se/

Larsen C é o 3º Iceberg que derrete na Antártica seguido, sendo este o maior até agora, Larsen A e B já desapareceram. Após perda deste bloco de gelo espera-se que todo o Iceberg desapareça, sendo isso o que se sucedeu com os anteriores, num efeito de "bola de neve".
 
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joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Arronches / Lisboa
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS JÁ ESTÃO A TER EFEITOS NA SAÚDE DOS PORTUGUESES
Os problemas respiratórios, cardíacos e as doenças infecciosas aumentam com a subida da temperatura média. O combate aos gases com efeito de estufa é também uma questão de saúde, alertam especialistas em Medicina Interna
____

O clima mudou, continua a mudar, mas a maior parte de nós continua a enfiar a cabeça na areia, alheado de uma realidade bem expressa em dados: 2016 foi o ano mais quente desde que há registo; a Organização Mundial de Saúde estima que todos os anos morram 150 mil pessoas por causa das alterações climáticas; atualmente, 96% do território nacional está em situação de seca e só na onda de calor de 2013 morreram 1 700 portugueses por problemas de saúde relacionados com a temperatura extrema.

Num inquérito feito aos especialistas em Medicina Interna, 90% deles afirmou que "as alterações climáticas já estão a ter efeitos na saúde dos portugueses", revela à VISÃO o presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), Luís Campos. As doenças respiratórias são as mais referidas pelos médicos portugueses, sendo os grupos mais frágeis, como os idosos, as crianças ou os que vivem em piores condições de habitação ou alimentares os que mais sofrem. A nível mundial, têm vindo a aumentar os AVC, a doença coronária, a bronquite crónica, as doenças infecciosas, e ainda as patologias relacionadas com a qualidade da água, como a cólera, ou as que são transmitidas por mosquitos, como a malária e o dengue. Também aumentam as vítimas de catástrofes naturais, como as cheias ou os furacões, os problemas mentais em pessoas obrigadas a emigrar.

Por altura do Dia Mundial do Ambiente, celebrado a 5 de junho, a Sociedade alertou médicos e sociedade em geral para os problemas relacionados com a subida da temperatura média, reforçando o papel de cada um de nós.

Também é objetivo das SPMI que a atenção ao ambiente comece nos próprios hospitais. "Os hospitais são responsáveis pelo consumo de 11% da eletricidade e 18% do gás natural. São ainda produtores de 108 mil toneladas de resíduos", avança Luís Campos. "O combate às alterações climáticas deve ser uma prioridade e o setor da saúde devia dar o exemplo", sublinha o médico.

Pela sua saúde, recomenda a Sociedade, ande a pé, de bicicleta ou de transportes públicos, escolha carros menos poluentes, reduza o consumo de energia, o lixo e a carne na alimentação, coma frutas e legumes de produção local e sazonal, não beba bebidas engarrafadas em garrafas de plástico.
Fonte