Como é óbvio qualquer um de nós adoraria visualizar um fenómeno destes "in loco"...agora nenhum de nós quer assistir a tragédias humanas (e animais), mesmo perdas de bens, como ali aconteceu.
Os desejos que muitas vezes manifestamos não são mórbidos como alguns pensarão. Gostar de fenómenos extremos, violentos, não é o mesmo que desejar a mal alheio ou regozijar-se com ele. É apenas querer participar nele, da mesma forma que a curiosidade nos traz aqui todos os dias.
As canárias são de há muito conhecidas pelos extremos climatológicos, principalmente nas ilhas de maior relevo. O outono é a estação privilegiada para assistir a estes.
A ilha da Gran Canária, na sua metade sul é praticamente desértica ou semi-desértica; as dunas de Maspalomas são dunas naturais próprias de zonas áridas ou semi-áridas e mesmo ali encostado a elas há um canal, um leito de rio que habitualmente está seco. Normalmente só tem água a passar no outono. Mas quando passa é normalmente com caudais repentinos e torrenciais, pelo que a sua ocupação é interdita. As águas que vem das montanhas ganham grandes velocidades e é isso que muitas vezes leva às tragédias - a população muitas vezes acostuma-se a ver na maior parte do tempo os leitos dos rios secos e depois quando as chuvas são fortes são apanhadas desprevenidas...