Mais um estudo sobre os gases com efeito de estufa:
"Concentrações de gases-estufa são as maiores em 800 mil anos
As concentrações actuais de gases causadores do efeito estufa na atmosfera são as mais elevadas dos últimos 800 mil anos, revelam dois artigos publicados na edição de hoje da revista Nature.
A investigação, feita por membros do European Project for Ice Coring in Antarctica (Epica), consistiu na análise de amostras de gelo retiradas a mais de 3 mil metros abaixo da superfície na Antártica. No primeiro artigo, o grupo analisou a concentração de dióxido de carbono enqaunto no outro analisou a concentração de metano.
«A principal conclusão é que as concentrações actuais desses gases estufa não têm paralelo no passado», disse Edward Brook, da Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos, ao comentar os estudos.
Bolhas de ar presas no gelo permitiram aos cientistas analisar a composição atmosférica entre 650 mil e 800 mil anos atrás. Estudos anteriores tinham estimado as concentrações nos últimos 650 mil anos.
A conclusão é que as concentrações actuais de dióxido de carbono e de metano, dois grandes responsáveis pelo efeito de estufa, são bem mais elevadas. A do primeiro, por exemplo, que hoje se situa em 380 partes por milhão (ppm), ficou no período estudado entre 180 ppm e 260 ppm.
O valor menor é o mais baixo já encontrado em estudos feitos no gelo antártico. As pesquisas também destacam a estreita correlação entre as concentrações dos gases e a temperatura e o clima no planeta.
«Verificámos que o dióxido de carbono atmosférico esteve fortemente relacionado com a temperatura na Antártica durante oito ciclos glaciais, mas com concentrações significativamente menores entre 650 mil e 750 mil anos atrás», destacaram os autores.
«Esses ciclos naturais que ocorrem em cada dezenas ou centenas de milhares de anos podem ajudar-nos a compreender as forças que controlaram ou influenciaram o clima no passado e também as implicações das mudanças actuais no futuro do planeta», disse Brook."
in Diário Digital
"Concentrações de gases-estufa são as maiores em 800 mil anos
As concentrações actuais de gases causadores do efeito estufa na atmosfera são as mais elevadas dos últimos 800 mil anos, revelam dois artigos publicados na edição de hoje da revista Nature.
A investigação, feita por membros do European Project for Ice Coring in Antarctica (Epica), consistiu na análise de amostras de gelo retiradas a mais de 3 mil metros abaixo da superfície na Antártica. No primeiro artigo, o grupo analisou a concentração de dióxido de carbono enqaunto no outro analisou a concentração de metano.
«A principal conclusão é que as concentrações actuais desses gases estufa não têm paralelo no passado», disse Edward Brook, da Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos, ao comentar os estudos.
Bolhas de ar presas no gelo permitiram aos cientistas analisar a composição atmosférica entre 650 mil e 800 mil anos atrás. Estudos anteriores tinham estimado as concentrações nos últimos 650 mil anos.
A conclusão é que as concentrações actuais de dióxido de carbono e de metano, dois grandes responsáveis pelo efeito de estufa, são bem mais elevadas. A do primeiro, por exemplo, que hoje se situa em 380 partes por milhão (ppm), ficou no período estudado entre 180 ppm e 260 ppm.
O valor menor é o mais baixo já encontrado em estudos feitos no gelo antártico. As pesquisas também destacam a estreita correlação entre as concentrações dos gases e a temperatura e o clima no planeta.
«Verificámos que o dióxido de carbono atmosférico esteve fortemente relacionado com a temperatura na Antártica durante oito ciclos glaciais, mas com concentrações significativamente menores entre 650 mil e 750 mil anos atrás», destacaram os autores.
«Esses ciclos naturais que ocorrem em cada dezenas ou centenas de milhares de anos podem ajudar-nos a compreender as forças que controlaram ou influenciaram o clima no passado e também as implicações das mudanças actuais no futuro do planeta», disse Brook."
in Diário Digital