Cotação do Petróleo bate recordes

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Nimbostratus
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ACP tem "forte convicção" da existência de uma "possível concertação" de preços entre operadores
14.08.2008 - 16h27 Lusa
O Automóvel Clube de Portugal (ACP) anunciou hoje, com base numa análise do mercado dos combustíveis, ter "forte convicção" de que existe "uma possível concertação de preços" entre os operadores de mercado.

Da análise que faz da evolução dos preços do gasóleo e da gasolina super 95 octanas, face à evolução da cotação do petróleo e dos produtos refinados nos mercados internacionais, o ACP refere que os ajustamentos relativos às subidas e descidas não são feitos com a celeridade devida.

O ACP afirma que os três principais operadores de mercado - Galp, Repsol e BP - fazem, apesar de serem concorrentes, um ajustamento de preços marcado pela actuação do principal operador de mercado.

"Constata-se que o nível de preços praticados em qualquer estação de serviço dos três operadores é exactamente o mesmo, com diferenças mínimas", ao contrário do que se passa em outros países da União Europeia, refere. Diz também que a frequência com que os preços são actualizados e o montante da actualização "é claramente desigual" no tempo.

Nesse sentido, o ACP diz que a cotação do crude a 19 de Maio e a 28 de Julho deste ano foi praticamente idêntica - em cerca de 80 euros o barril - mas os preços do combustível na bomba foram significativamente diferentes.

Em 19 de Maio, o preço do gasóleo era de 1,358 euros o litro e a 28 de Julho era de 1,417 euros o litro.

Esta diferença traduziu-se "num aumento da margem de comercialização e distribuição de 6 cêntimos o litro nessas mesmas datas", refere o ACP.

Já na gasolina super 95, o ACP diz que se pode tirar "idêntica conclusão", existindo "um acréscimo da margem de 5 cêntimos" por litro.

Face a estes dados, o ACP conclui que "se ganha uma forte convicção da existência de uma possível concertação de preços e de uma evolução assimétrica dos preços dos produtos refinados nos períodos de subida e de descida das cotações do crude".
 


Rog

Cumulonimbus
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6 Set 2006
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Petróleo com maior aumento de sempre num só dia: subida superior a 20 dólares


O Petróleo acaba de registar a maior subida de sempre num só dia: aumentou mais de 20 dólares por barril. Entretanto, GALP, BP e Repsol baixam os preços do combustível. A DECO apela a todos consumidores para não abastecerem as suas viaturas com combustível no próximo sábado.

Em Nova Iorque o light disparou mais de 21 dólares, empurrando o barril para os 126 dólares.

Em Londres, a referência para o mercado português, o crude cotou acima dos 106 dólares o barril.

É a reacção dos investidores que consideram que o plano do Governo norte-americano para ajudar o sector financeiro , deverá levar a uma maior procura do "ouro negro".

Combustíveis baixaram em Portugal

Os preços dos combustíveis baixaram nas bombas da BP, a segunda maior petrolífera a operar no mercado português.

Nas bombas da BP a gasolina de 95 octanas desceu 8 cêntimos, para menos de 1 euro e 40 cêntimos por litro.

Já o gasóleo baixou quatro cêntimos, para quase 1,258 euros por litro.

Esta descida aconteceu três dias depois de a GALP, a maior petrolífera a operar em Portugal, ter descido o preço dos combustíveis, com os seus postos de abastecimento a venderem a gasolina 95 octanas a menos três cêntimos, custando o litro agora 1,428 euros, e o gasóleo a menos um cêntimo, ficando-se pelos 1,291 euros .

A Repsol e a Cepsa vão também descer os preços a partir da meia-noite.

Nos postos da Repsol a Gasolina de 95 octanas desce três centimos, passando a custar o litro 1,428 euros, enquanto o Gasóleo descerá um cêntimo ficando-se pelos 1,288 euros.

A Cepsa passa a cobrar pelo litro de Gasolina de 95 octanas 1,392 euros com uma descida de 8,3 cêntimos e o Gasóleo a 1,257 euros, menos quatro cêntimos por litro.

DECO convoca protesto para este sábado

Já tem data o protesto nacional que a DECO pretende seja uma forma de protestar contra o preço dos combustíveis.

É já no próximo sábado que os consumidores serão desafiados a não abastecerem com combustíveis os seus veículos durante todo o dia.

Sob o slogan de “Preços dos Combustíveis: Assim não! Sábado 27: Não se esqueça, não abasteça”, a Associação de Defesa dos Consumidores pretende obrigar as petrolíferas a fazer repercutir no preço de venda ao público as reais variações dos preços das matérias-primas.

A DECO exige que a Autoridade da Concorrência exerça "com eficácia as suas competências de fiscalização e supervisão" do mercado, vigiando permanentemente a evolução dos preços e reprimindo fortemente eventuais práticas restritivas da concorrência.

O Governo deverá criar uma "estrutura específica de regulação deste sector", com capacidades "efectivas de intervenção" e fomentar o aparecimento de novos operadores no mercado.

A Associação de Defesa dos Consumidores denuncia aquilo que muitos já disseram, ou seja, que as petrolíferas respondem de imediato ao aumento do petróleo com aumento dos preços dos combustíveis, mas que no caso da descida do petróleo as empresas "mantêm discricionariamente os preços".

A DECO lembra ainda que três empresas dominam entre si o mercado nacional, "numa verdadeira situação de oligopólio", praticando preços idênticos entre si, o que, na opinião da Associação, demonstra a falta de concorrência do mercado.
Fonte: RTP
2008-09-22 20:45:46
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Como tudo mudou em tão poucos meses ....

Valor mais baixo desde Maio de 2005
Barril de Brent abaixo da barreira dos 50 dólares
20.11.2008 - 13h44 Agências
O preço do barril de Brent caiu hoje abaixo da barreira dos 50 dólares no mercado de Londres (referência para as importações nacionais), o valor mais baixo desde Maio de 2005, enquanto em Nova Iorque o barril de crude era transaccionado a 51 dólares, pressionado pelos ecos crescentes da crise financeira na economia internacional.

Desde Julho, altura em que atingiu máximos históricos (147,5 dólares em Londres, 147,27 em Nova Iorque), o crude perdeu já cerca de dois terços do seu valor.

O pessimismo económico agravou-se depois dos últimos dados divulgados pela Reserva Federal norte-americana, que ontem reviu em forte baixa as previsões de crescimento da economia dos EUA, não descartando a hipótese de uma contracção da actividade em 2009.

Também ontem, o Departamento de Energia dos EUA divulgou o seu relatório semanal, revelando que, nas últimas quatro semanas, o consumo de combustível caiu sete por cento em comparação com o ano anterior. Já a procura de querosene para a aviação diminuiu vinte por cento.